Lição 1 Criados à Imagem de Deus (Classe: Adolescentes)

Lições Bíblicas Adolescentes 1° trimestre de 2024 – CPAD

Título: A História da Salvação

Comentarista: Thaís A. G. de Paula Martins

LEITURA BÍBLICA: Gênesis 1.26-31

A MENSAGEM

Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher. Gênesis 1.27

Devocional

Segunda >> Gn 2.7

Terça >> Rm 10.12

Quarta >> 1 Co 3.16

Quinta >> Sl 128.1-3

Sexta >> Mt 19.5, 6

Sábado >> Sl 104.5-12


Objetivos

1. ENTENDER que o homem e a mulher foram criados por Deus;

2. EXPLICAR o que significa a imagem de Deus no ser humano;

3. MOSTRAR que o Criador fez o ser humano para viver em sociedade.


Ei Professor!

Quando Deus criou a raça humana, Ele fez algo especial. Não seria, simplesmente, como um dos lindos animais que habitavam o mundo recém estabelecido. Deveria tratar-se de seres vivos que refletissem o padrão moral do Criador. Assim, Deus formou Adão e Eva à sua imagem e semelhança. Esse propósito divino foi levado tão a sério pelo Senhor que, quando essa imagem fosse “danificada” pelo pecado, Deus já tinha um plano para restaurá-la. É sobre esse maravilhoso Plano da Salvação que vamos refletir e ensinar nos próximos meses. Veremos em detalhes os grandes atos de Deus para nos salvar dos nossos próprios pecados.

Ponto de Partida

Estamos começando um novo trimestre e temos um grande desafio pela frente: manter a atenção dos alunos para que aprendam um tema eminentemente teológico. A salvação possui grande importância. Uma compreensão correta sobre esse tema definirá, não apenas o futuro eterno de cada adolescente, mas também a maneira como ele viverá na Igreja e na sociedade. Assim, os alunos precisam compreender todo o desenvolvimento bíblico e histórico do Plano da Salvação, bem como o alto preço que foi pago pela redenção da humanidade. Ore a Deus, pedindo a capacitação espiritual e prepare a lição com muito cuidado. Tenha uma boa aula!


Vamos Descobrir

Você já parou para pensar sobre o que significa sermos feitos à imagem de Deus? Essa expressão significa que todos os homens e mulheres possuem características que apontam para a existência do Criador. São elas que nos tornam especiais. Você não nasceu por meio de um acidente cósmico. Sua origem está em Deus. Interessante, você não acha?


Hora de Aprender


I - A CRIAÇÃO DA VIDA HUMANA

1. Façamos o ser humano

Deus já havia criado todas as coisas para recepcionar o seu maior e mais esperado projeto: o homem e a mulher. Durante a criação do mundo, Deus já tinha feito obras maravilhosas apenas com a sua Palavra; Ele disse “haja luz”, “que a terra produza”, “haja luzes no céu” e tudo ocorreu conforme o seu poder (Gn 1.3,11,14).


Porém, quando formou as pessoas, não houve ordens, como anteriormente. O Deus Trino (Pai, Filho e Espírito Santo), em perfeita unidade, decidiu: “Agora vamos fazer os seres humanos” (Gn 1.26a). Assim, Ele nos formou como a coroa da criação. A origem da vida para muitos é tida como um mistério, mas nós sabemos que ela começou através da ação poderosa do nosso Deus!


2. A imagem de Deus no Ser Humano

A primeira compreensão que você deve ter é que a ‘semelhança de Deus’ impressa no homem NÃO é uma característica física. Ou seja, os elementos presentes na existência da humanidade que aludem à imagem de Deus são espirituais, psíquicos e morais. Mas o que isso quer dizer? Bom, no início, antes do pecado, o ser humano era plenamente santo e justo, como um reflexo no espelho do seu Criador. Após a queda do homem em pecado (Gn 3.6, 7), essas características foram desfiguradas e só podem ser restauradas por meio da salvação em Cristo.


Entretanto, há outras características nos seres humanos que permaneceram após a queda e que também representam a imagem de Deus.

Essas características diferenciam a humanidade de todo o restante da criação. Conheça algumas delas:

• A capacidade de adorar, orar e estar em comunhão com Deus;

• A consciência de existência, a racionalidade, a capacidade de pensar;

• O livre-arbítrio, o poder de fazer escolhas, de se arrepender e mudar de vida;

• O senso moral, isto é, saber diferenciar o certo do errado; Entender que fomos feitos à semelhança do Criador nos dá a base necessária para a construção da nossa identidade. É assim que o Senhor quer que você se veja e entenda o seu grande valor.


3. A autoridade sobre a Criação

A imagem de Deus no ser humano também se expressa na autoridade recebida sobre a criação. No início era assim: não importava quão ferozes e fortes ou sagazes os animais fossem, Adão e Eva teriam domínio sobre eles. Hoje, a humanidade continua tendo autoridade sobre o planeta, a fauna e a flora. Entretanto, é preciso que se compreenda que o Senhor delegou autoridade para uma gestão responsável, visando a preservação da vida (Gn 1.28, 29).


I - AUXÍLIO PEDAGÓGICO

 Qual o propósito da existência do Homem?” Escreva essa pergunta num quadro, cartolina, ou a disponibilize por meio de um projetor multimídia, começando um diálogo sobre o tema. Permita que a classe compartilhe sua percepção. Incentive também a participação dos alunos mais tímidos. Você vai se surpreender com a inteligência das respostas da maioria dos alunos. Depois de ouvi-los por uns cinco minutos, encaminhe a reflexão para as seguintes áreas: espiritual, social e familiar.


E conclua esse momento reforçando o valor que cada pessoa tem para Deus. Dessa forma, os adolescentes entenderão como eles são importantes enquanto seres humanos, independentemente do status social, porquanto são a coroa da Criação. Eles saberão que a existência de cada um deles tem um sentido especial, pois eles foram criados por Deus.

II – A BENÇÃO E OS PROPÓSITOS DE DEUS

Deus, após concluir toda a sua obra criadora, derramou bênçãos sobre os seres vivos. Essas bênçãos estavam interligadas com os propósitos divinos para a humanidade. Vejamos:


1. A Frutificação

Adão e Eva receberam a bênção da fertilidade: eles poderiam gerar filhos (Gn 1.28).


É importante destacar que essa benção também foi liberada sobre os animais e plantas, que também foram criados com potencial para frutificar e serem abençoados para este fim (Gn 1.11, 12, 22).


2. A Multiplicação

A segunda determinação de Deus ao primeiro casal foi a multiplicação (Gn 1.27, 28). Ou seja, a bênção da frutificação não deveria ser interrompida nas gerações seguintes para que eles tivessem muitos descendentes.


Hoje existe no planeta, aproximadamente, 8 bilhões de pessoas, apesar da violência dos homens, das inúmeras guerras e pestes que assolaram a humanidade em todos os séculos. Isso comprova que a bênção do Senhor manteve os homens e mulheres se multiplicando sobre a Terra desde o princípio dos tempos.


3. O Povoamento da Terra

Com a multiplicação das pessoas, o Senhor anelava que elas povoassem a Terra, de forma a disseminar a espécie humana em todos os lugares, ambientes e climas distintos. Por isso, Deus “os abençoou, dizendo: — Tenham muitos e muitos filhos; espalhem-se por toda a terra e a dominem. E tenham poder sobre os peixes do mar, sobre as aves que voam no ar e sobre os animais que se arrastam pelo chão” (Gn 1.28).


II - AUXÍLIO DIDÁTICO

“A importância do conceito de homens e mulheres como portadores da imagem de Deus remete à dignidade e ao valor que cada ser humano possui (Gn 1.26,27). Nenhuma pessoa pode ser considerada mais semelhante ao Criador que outra. Além disso, toda vida, quer nos primeiros estágios, quer nos últimos dias, tem o mesmo valor diante de Deus.


Esse fato deveria encorajar os cristãos com duas verdades importantes:

• Você deve buscar proteger a vida em todos os estágios. A interrupção da vida humana – seja por meio do aborto ou da eutanásia – é uma agressão ao conceito da humanidade como portadora da imagem de Deus, uma vez que o aborto e a eutanásia empregam a lógica de que a vida, em seu estágio embrionário ou em seu estágio terminal, não tem valor. Essa mentira é proveniente do abismo do inferno.


• Você jamais deve ter crenças racistas. Todos os seres humanos [...] são criados à imagem de Deus. Cada pessoa individualmente traz consigo a imagem de Deus” (Bíblia de Estudo da Mulher Cristã, Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 5).

III – A CRIAÇÃO DA FAMÍLIA

Você sabia que a família é uma criação de Deus? Vamos ver como e por que Ele a criou:


1. Proteção contra a solidão

Logo no início, Deus viu que não era bom que Adão estivesse sozinho (Gn 2.18). A solidão não faz bem para ninguém. O ser humano precisa se relacionar e, por isso, Deus criou a companheira perfeita para Adão. Podemos imaginar a surpresa que foi para ele encontrá-la no jardim.


2. Uma companheira singular

É importante entender o papel da mulher na criação. Ela não foi feita inferior ao homem, mas como semelhante. Eva veio para ser uma ajudadora (Gn 2.18). Junto a Adão, ela iria cumprir um grande propósito divino: a formação da família.


3. A primeira família

Adão, Eva e seus filhos formaram a primeira família humana. E nesse relato bíblico há um grande ensinamento. O fato de Eva ter sido criada a partir de Adão, (v. 23), constitui um dos princípios essenciais do casamento, em que o homem deverá deixar pai e mãe e se unir à sua mulher para, assim, ambos serem uma só carne (v. 24).


III - AUXÍLIO PEDAGÓGICO

A família foi uma criação incrível de Deus. É possível aprender muito ao ler a história da primeira família na Bíblia. Por exemplo, aprendemos que nenhuma família é perfeita; que toda família enfrenta problemas; que as pessoas erram e devemos enfrentar as situações com coragem.


Também aprendemos que o trabalho faz parte da rotina familiar e faz bem; que toda família tem um propósito diante de Deus, que precisa ser cumprido na sociedade; que todos os dias a nossa família precisa ter comunhão entre si e com o nosso Deus. Enfim, são muitas lições.


Apresente à sua turma essas reflexões e abra um diálogo com eles. Pergunte o que eles pensam sobre esses tópicos. Incentive a participação de todos. Por fim, reforce que devemos agradecer a Deus pela nossa família.


CONCLUSÃO

Todas as coisas vieram à existência por meio da Palavra de Deus. Mas, em relação à criação da humanidade, o Senhor entrou em ação e formou do pó da terra um corpo físico e, soprando em seu nariz, deu-lhe o fôlego de vida! E não parou por aí, pois Ele fez as pessoas conforme Sua imagem e semelhança, dando ao ser humano a capacidade de pensar, avaliar, planejar, desejar, criar, sentir, amar e escolher. Deus deu aos seres humanos poder e domínio sobre toda a Terra e os presenteou com a bênção do casamento e da fertilidade. O ser humano é parte de um projeto perfeito!


VAMOS PRATICAR

 1. Marque (V) para Verdadeiro ou (F) para Falso:

( V ) Todos os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus.

( V ) O ser humano foi criado por Deus.

( F ) Deus não abençoou sua criação.

( F ) O ser humano foi criado para viver em solidão.

( V ) A família é um projeto de Deus.

Lição 1 Aprendendo a Estender a Mão

Lições Bíblicas Juvenis 1° Trimestre 2024 CPAD

Revista: Feliz por inteiro: o que Deus preparou para mim | Comentarista: Jonas José de Oliveira 

VERSÍCULO CHAVE

“... todo corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4.16).

LEITURA DIÁRIA

SEG. 1 Co 15.58 O serviço para Deus tem recompensa

TER. Tg 4.17 Quem sabe fazer o bem e não o faz, peca

QUA. 1 Co 12.26 A empatia faz parte da vida em comunhão

QUI. 1 Jo 4.21 Amando a Deus e amando meu próximo

SEX. 1 Jo 3.16 Jesus deu a vida por nós e nós pelos irmãos

SÁB. Tg 2.26 A fé sem obras é morta

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:

1 Coríntios 12.12-27

12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

13 Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.

15 Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

16 E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?

18 Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.

19 E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

20 Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo.

21 E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós.

22 Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários.

23 E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.

24 Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela,

25 para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.

26 De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

27 Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.


CONECTADO COM DEUS

Qual o valor de estender a mão para ajudar alguém? Se somos o Corpo de Cristo, devemos ajudar os outros membros desse mesmo Corpo? Qual deve ser a atitude diante de minha participação dentro de casa, na igreja e na sociedade a qual eu pertenço? O que significa realizar, com amor, a obra de Deus? Bem, são respostas para estas questões que veremos na lição de hoje. Como um aluno da Escola Dominical, você poderá praticar pequenos gestos que farão toda a diferença na vida das pessoas, a começar na ajuda da arrumação da sala de Escola Dominical que você frequenta. Sendo assim, vamos olhar para a Palavra de Deus e aprender a praticar o companheirismo e o espírito participativo. E, claro, tudo feito com amor.


OBJETIVOS

1. IDENTIFICAR que somos membros do Corpo de Cristo;

2. REFLETIR sobre o nosso espírito participativo no lar, na igreja e na comunidade;

3. PRATICAR o amor em tudo o que fazemos na obra de Deus e também ao próximo.


ANTES DA AULA

Querido (a) professor (a), na aula de hoje vamos refletir sobre a importância de uma compreensão clara a respeito do nosso papel dentro do Corpo de Cristo. Ligados uns aos outros, e também ligados a Jesus, temos condições de desenvolver um brilhante trabalho para Deus. Além disso, faz-se necessário dialogar sobre o papel do cristão e o espírito participativo não apenas no ambiente da igreja, mas dentro de casa, no bairro e na cidade em que moramos. Falaremos ainda sobre a importância do amor que precisa ser traduzido em ações concretas para alcançar outras pessoas.


Sugerimos que nesta aula você realize um momento prático, convidando seus alunos para a arrumação da sala de Escola Dominical ou do local das aulas. Quando mostramos que a fé sem obras é morta e que o amor precisa ser traduzido na prática, despertamos a consciência de nossos alunos sobre o valor da cooperação no Reino de Deus.

1. A IMPORTÂNCIA DO COMPANHEIRISMO E DA UNIDADE CONFORME EFÉSIOS

1.1. Somos o Corpo de Cristo

Escrita enquanto o apóstolo Paulo estava na prisão, a Carta aos Efésios oferece-nos um rico conteúdo sobre a oportunidade que temos de exercer o companheirismo e buscarmos a unidade, seja dentro do grupo de adolescentes e jovens da igreja, seja em nossa classe de Escola Dominical ou em outro departamento do qual façamos parte. Você é parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja (Ef 4.15). Jesus Cristo é a cabeça e nós somos membros do seu Corpo.


1.2. Estamos ligados uns com os outros

Você nunca viu um corpo ter vida distante da cabeça ou uma cabeça, longe do corpo. Também nunca viu um membro do corpo que esteja fora do corpo e sobreviva. A sobrevivência do corpo está ligada à unidade dos membros do corpo. Esta é a verdade, proclamada por Davi no Salmo 133.1: “Oh! Quão bom e suave é que os irmãos vivam em união”. Portanto, é impossível ser um cristão genuíno sem fazer parte de uma igreja local.


INTERAÇÃO

Coloque no quadro ou em uma cartolina a seguinte frase: “A fé sem obras é morta” (Tg 2.26). Em seguida peça que cada aluno fale sobre o que entende em relação a este texto bíblico. Apesar da livre participação, incentive cada aluno a falar alguma coisa, a fim de que todos participem desse momento. Após ouvir todos, explique que as obras não podem salvar uma pessoa, mas elas são o resultado de alguém que já é salvo e que pratica boas obras com o objetivo de glorificar a Deus e edificar o seu irmão. Finalmente, escreva abaixo da frase inicial a seguinte sentença: “Sou salvo pela fé, por isso pratico boas obras”.


1.3 Estamos ligados a Jesus Cristo

Como estamos ligados uns aos outros, também estamos ligados a Cristo, a Cabeça da Igreja. Foi Jesus quem disse: “Sem mim, nada podereis fazer” (Jo 15.5). Se somos o Corpo de Cristo, e se estamos ligados uns aos outros, precisamos estar conectados com Jesus através do seu Espírito Santo em nós. Paulo fala sobre isso em Efésios 1.22,23. Somos criados em Cristo (Ef 2.10); por Ele temos acesso ao Pai (Ef 2.18); fazemos conhecida a multiforme sabedoria de Deus através de Cristo (Ef 3.10,11). Que bênção! Cristo habita em nós (Ef 3.17-19).

2. O ESPÍRITO PARTICIPATIVO E DE COOPERAÇÃO NO LAR E NA IGREJA

2.1. O espírito participativo no lar

Como você lida com os pedidos que sua mãe e seu pai lhe fazem dentro de casa? Você ajuda nos afazeres domésticos? Você expressa o caráter de Jesus do portão para dentro de sua casa? Estas questões nos levam a refletir sobre a vida cristã, que não está restrita somente ao ambiente do culto. Na verdade, a igreja é uma extensão de nossa casa.


Você honra a seus pais (Ef 6.1-4) obedecendo-lhes em tudo, ajudando-os e, assim, demonstrando o caráter de Cristo e dando testemunho de uma pessoa que serve a Deus? Em casa precisamos ter um espírito participativo, ajudando nossos pais nos afazeres domésticos.


2.2. O espírito participativo na igreja

Se podemos demonstrar nossa participação ativa dentro de casa nos afazeres domésticos, também temos o dever e o prazer de servir a Jesus na igreja a qual pertencemos. O seu pastor conta com você e com a sua participação ativa nas programações anuais da igreja. No templo, você não apenas assiste ao culto, mas adora a Deus, edifica seus amigos, pratica a comunhão e expõe o amor de Deus, que você recebeu quando aceitou a Jesus como Salvador e Senhor de sua vida.


2.3. O espírito participativo na sociedade

Dentre as missões da Igreja, uma aponta para cima (adorar a Deus), outra aponta para o lado (edificar uns aos outros), mas há outra que aponta para fora (evangelizar os perdidos). Você pode falar de Jesus para seus amigos da escola, seus vizinhos e convidá-los para irem ao culto.


A Grande Comissão inclui você (Mt 28.19,20). Ao falar de Jesus, conte com a ação do Espírito Santo, pois é Ele que convence alguém de que é um pecador e de que precisa de um Salvador (Mc 16.15,16,20). Paulo exclamou: “Ai de mim, se não pregar o Evangelho” (1 Co 9.16).


3. APRENDENDO A ESTENDER A MÃO

3.1. O que posso fazer, na prática, para estender a mão?

Diante do que já vimos até aqui, você pode estar se perguntando de que maneira poderá servir a Jesus na Igreja, que é o Corpo do qual você é membro. Primeiro, seja compreensivo com as pessoas de sua igreja. Ao enxergar uma falha em alguém, não se esqueça de que você também não é perfeito. Em segundo lugar, não critique as pessoas, mas faça a sua parte. Terceiro, tenha participação ativa nos trabalhos da igreja. Jesus deixou bem claro: “Aquele que me serve, meu Pai o honrará (Jo 12.26). Você está fazendo para Deus e não para as pessoas, com o intuito de servir a Jesus, na certeza de que a recompensa virá das mãos de Deus.


3.2. O que posso fazer para ajudar a quem precisa?

Ao fazer parte do Corpo de Cristo, você não apenas deve ser um cristão ativo nos trabalhos da igreja, mas pedir ao Espírito Santo que use a sua vida para ajudar as pessoas que estão feridas emocionalmente, enfermas fisicamente, entristecidas por diversas situações em sua vida pessoal, familiar e profissional. Talvez um sorriso, um abraço ou uma palavra que saia de sua boca possa trazer saúde, esperança e paz para pessoas que precisam de Jesus.


3.3. O que posso ser para então fazer?

Não se esqueça que o “ser” vem antes do “fazer”. Então, evite ser briguento e não menospreze os serviços que outros membros da igreja realizam, por mais simples que possam parecer. Não existe trabalho de maior ou menor valor, apenas existem funções com maior ou menor visibilidade. Mas Deus honrará todo serviço feito com amor e zelo. Então, examine a si mesmo (1 Co 11.28), faça uma autoanálise e tenha o prazer de servir a Deus juntamente com seus irmãos em Cristo Jesus.


4. A BASE DE TUDO É O AMOR

4.1. O amor é traduzido em serviço

Quem ama faz. Em um quadro na parede de uma casa estava escrito: “Eu amo o que eu faço e eu faço o que eu amo”. Nesse sentido, você precisa descobrir sua vocação na obra de Deus. Paulo tratou desse tema, afirmando que o pé não pode reclamar de não ser mão, nem a orelha reclamar de não ser olho (1 Co 12.15,16). Até porque, se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Ou seja, se todos fossem pregadores, quem cantaria? Se todos cantassem, quem pregaria? Cada um tem sua função e todos são importantes no Corpo de Cristo, pois o amor deve ser traduzido em serviço.


4.2. O amor é a expressão do próprio Deus

“Deus é amor” (1 Jo 4.8). E o amor de Deus é tão grande que Ele nos deu seu único filho, Jesus Cristo (Jo 3.16). Ao trabalhar na obra de Deus e ao estender suas mãos para cooperar no trabalho do Senhor, lembre-se sempre do amor de Deus por você. E, se Deus nos amou, também devemos amar uns aos outros (1 Jo 4.11). João, o apóstolo do amor, expressa de modo maravilhoso esta verdade, dizendo: “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19).


4.3. O amor precisa ser praticado

Em um mundo onde parece que o amor está em extinção, cabe a mim e a você pedir a Deus que encha nosso coração de amor pelas pessoas, pelos irmãos e irmãs em Cristo e pela obra de Deus.


O Senhor Jesus afirmou que o mundo não conhecerá que O servimos pela beleza de nosso templo, pela afinação de nossa voz ou pela quantidade de nossos membros. Jesus disse: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Aproveite esta aula para fazer um propósito com Deus de servir a Ele com mais intensidade e amor, clamando ao Espírito Santo que derrame o amor de Deus em seu coração.


SUBSÍDIO

“A FÉ SEM OBRAS É MORTA (Tg 2.17,26).

(1) A verdadeira fé salvífica é tão vital que não poderá deixar de se expressar por ações, e pela devoção a Jesus Cristo. As obras sem a fé são obras mortas. A fé sem obras é fé morta. A fé verdadeira sempre se manifesta em obediência para com Deus e atos compassivos para com os necessitados [...]


(2) Tiago objetiva seus ensinos contra os que na igreja professavam fé em Cristo e na expiação pelo seu sangue, crendo que isso por si só bastava para a salvação. Eles também achavam que não era essencial no relacionamento com Cristo obedecer-lhe como Senhor. Tiago diz que semelhante fé é morta e que não resultará em salvação, nem em qualquer outra coisa boa [...]


(3) Não devemos, por outro lado, pensar que mantemos uma fé viva, exclusivamente por nossos próprios esforços. A graça de Deus, o Espírito Santo que em nós habita e a intercessão sacerdotal de Cristo [...] operam em nossa vida, capacitando-nos a obediência a Deus pela fé, do começo ao fim (cf. Rm 1.17). Se deixarmos de ser receptivos à graça de Deus e à direção do Espírito Santo, nossa fé sucumbirá”. (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1928, 1929)


PARA CONCLUIR

É importante estender a mão para quem precisa, tendo a consciência de que nós somos membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Não podemos ser omissos diante das necessidades da obra de Deus em nossa igreja local, mas realizar o trabalho para Deus com alegria e fervor do Espírito Santo. O Senhor Jesus conta comigo e também conta com você. E você? Está pronto para realizar uma grande obra para Deus?


CONHEÇA OS SEUS ALUNOS

Caso os alunos tenham entendido a aula de hoje, faz-se necessário dar-lhes a oportunidade para expressarem seus sentimentos em relação às suas tarefas dentro de casa ao lado da família, bem como seu comprometimento com a obra de Deus.


Os Juvenis compreenderam a unidade entre a Igreja, Corpo de Cristo, e o Senhor Jesus Cristo, cabeça da Igreja. Portanto, motive-os a falarem sobre vocação, ou em quais áreas eles pensam que serão mais efetivos no Reino de Deus. Lembrando-lhes, no entanto, que, independente do trabalho, o amor deve ser a base para todas as atividades e que ninguém deve ser desvalorizado na igreja local.


HORA DA REVISÃO

1. Na lição de hoje, a quem o apóstolo Paulo comparou a Igreja?

R: A Igreja é comparada ao Corpo de Cristo, cuja cabeça é o Senhor Jesus.

2. De acordo com a lição, qual deve ser a nossa atitude dentro de casa?

R: Em casa precisamos ter um espírito participativo, ajudando nossos pais nos afazeres domésticos.

3. De que forma você pode contribuir com o seu pastor nas atividades da igreja a que você pertence?

R: Resposta pessoal.

4. O que Jesus quis dizer ao afirmar: “Aquele que me serve, meu Pai o honrará (Jo 12.26)?

R: Significa que tudo o que eu faço deve ser no intuito de servir a Jesus, na certeza de que a recompensa virá das mãos de Deus.

5. Para sermos honrados por Deus, todo o nosso serviço deve ser feito com o quê?

R: Deus honrará todo serviço feito com amor e zelo.

Lições Bíblicas Juvenis 1° Trimestre 2024 CPAD

Lições Bíblicas Juvenis 1° Trimestre 2024 CPAD  Revista: Feliz por inteiro: o que Deus preparou para mim | Comentarista: Jonas José de Oliveira

Lições Bíblicas Juvenis 1° Trimestre 2024 CPAD

Revista: Feliz por inteiro: o que Deus preparou para mim | Comentarista: Jonas José de Oliveira

Lições:

Lição 1 - Aprendendo a Estender a Mão

Lição 2 - Depressão, como Livrar-se Dela?

Lição 3 - Vencendo o Medo e a Timidez

Lição 4 - A Influência das Amizades

Lição 5 - Preconceitos e Discriminações

Lição 6 - As Grandes Escolhas da Vida

Lição 7 - A Importância da Comunicação

Lição 8 - Como Vencer as Influências Mundanas

Lição 9 - Vivendo os Valores do Reino de Deus

Lição 10 - Quando a Paixão Chegar

Lição 11 - Como Ter uma Vida Vitoriosa?

Lição 12 - A Temperança na Vida Cristã

Lição 13 - Ser um Cristão Fiel, um Grande Desafio


Lições Bíblicas Adolescentes 1° trimestre de 2024 – CPAD

Lições Bíblicas Adolescentes 1° trimestre de 2024 – CPAD

Título: A História da Salvação

Comentarista: Thaís A. G. de Paula Martins

LIÇÕES:

Lição 1 - Criados à Imagem de Deus

Lição 2 - Errando o Alvo

Lição 3 - Pecado: a Maior Pandemia da História

Lição 4 - Uma Promessa, uma Esperança

Lição 5 - A Missão de Israel no PLANO de Deus

Lição 6 - O Nascimento que Mudou a História

Lição 7 - O Que Jesus Fez na Cruz

Lição 8 - O Novo Nascimento e a Justificação

Lição 9 - A Santificação

Lição 10 - A Certeza da Salvação

Lição 11 - A importância da Fé

Lição 12 - Salvos para Mudar o Mundo

Lição 13 - As Promessas Bíblicas para os Salvos

 

Lição 1 A BÍBLIA: FONTE DE DOUTRINA (Classe: Jovens)

🎓 Lições Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD

Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã Vitoriosa

AUTOR: Pr. Elias Torralbo

TEXTO PRINCIPAL

“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.” (2 Tm 3.16)

RESUMO DA LIÇÃO

A Bíblia é a única fonte genuína de doutrina para o cristão.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – 2 Pe 1.19-21

Inspirados pelo Espírito Santo

TERÇA – Jo 5.39

A Palavra testifica acerca de Jesus

QUARTA – Sl 119.72

A Palavra de Deus é preciosa

QUINTA – Sl 119.89

A Palavra permanece para sempre

SEXTA – Sl 119.105

A Palavra é lâmpada para os nossos pés

SÁBADO – Hb 4.12

A Palavra e o seu poder eficaz


OBJETIVOS

1. APRESENTAR a origem da Bíblia;

2. EXPLICAR a inspiração das Escrituras;

3. DESTACAR a Bíblia como fonte de doutrina.


INTERAÇÃO

Prezado(a) professor (a), com a graça de Deus iniciamos o primeiro trimestre do ano. Estudaremos treze lições a respeito do fundamento dos apóstolos e profetas. Veremos que a Bíblia é a única fonte genuína de doutrina para o crente de todos os tempos.


O comentarista das lições é o pastor Elias Torralbo, Mestre em Teologia Sistemática e especialista em Gestão Escolar. Diretor Executivo da FAESP – Faculdade Evangélica de São Paulo. Atua como pastor na Assembleia de Deus Ministério do Belém, cidade de Mogi das Cruzes - SP. Que o estudo de cada lição possa trazer a certeza, para você e seus alunos, de que a Bíblia é a inspirada e inerrante Palavra de Deus. Seus ensinos são luz para o nosso caminho e se praticados vão nos oferecer uma vida vitoriosa.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), para a primeira aula do trimestre, sugerimos que você reproduza a tabela abaixo mostrando aos alunos que as Escrituras Sagradas são

uma confirmação de que Deus deseja ser conhecido pelos seres humanos. Deus fala conosco de diferentes maneiras, mas a sua Palavra é a sua revelação plena para nós.

 

Ele falou do Céu, direta e audivelmente. Lc 3.21,22

Ele escreveu em tábuas de pedra. Êx 31.18

Ele se tornou carne. Jo 1.14

Ele deu vívidos sonhos e visões. Gn 28.12; Mt 1.20; 2.19,29

Ele utilizou paredes de palácios. Dn 5.5

Ele fez animais falarem. Nm 22.28

Ele expressou a verdade dos profetas. Ez 51.1; Am 2.1; Ag 1.7; Zc 8.3

Ele utilizou os anjos. Lc 1.11,28; At 10.3,4


TEXTO BÍBLICO: 2 Timóteo 3.14-17

14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que fostes inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.

15 E que, desde a tua meninice, sabe as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

16 Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,

17 Para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, estudaremos a respeito do “Valor da Doutrina”. Este é um tema de fundamental importância para o cristão, individualmente e para a igreja. Quanto ao foco da primeira lição, abordaremos a Bíblia como fonte segura da doutrina. Certamente você concorda que a Bíblia é indispensável para uma vida cristã frutífera, saudável. Mas você sabe qual é a sua origem e natureza? Nesta primeira lição, vamos responder essas questões, discorrendo a respeito da origem da Bíblia, a sua inspiração divina e a sua elevada e inestimável importância.

I - A ORIGEM DA BÍBLIA

1. Definição do termo.

As Escrituras Sagradas são uma confirmação de que Deus deseja ser conhecido pelos seres humanos, por isso a revelação de si mesmo foi preservada de forma escrita em um livro chamado Bíblia Sagrada. Qual o significado da palavra Bíblia?

Como se deu o seu desenvolvimento dentro da história?

O vocábulo Bíblia tem origem na expressão grega biblos (Mt 1.1), que significa “um livro”, ou ainda, da forma diminutiva “biblion” (Lc 4.17) que significa “pequeno livro”. O termo Bíblia relaciona-se com biblos, de onde vem o nome dado à parte interna do papiro, material usado na antiguidade para escrever os livros.


A Bíblia é também chamada de: Escritura (Mc 12.10; 15.28); Santas Escrituras (Rm 1.2) e Sagradas Letras (2 Tm 3.15).


2. A origem literária da Bíblia.

A Bíblia é a Palavra de Deus aos homens e, como literatura, é um livro antigo. Seu formato original era a de um rolo (Jr 36.2) (2 Tm 4.13). Inicialmente, a Bíblia não foi formada de um livro só, mas cada livro compunha um rolo individual. A invenção do papel no século II pelos chineses e o desenvolvimento da imprensa, por Johannes Gutenberg, contribuíram com a junção de seus livros.


A Bíblia tem 66 livros que foram escritos por 40 homens de lugares e culturas diferentes. Originalmente foi escrita em dois idiomas (hebraico e grego) e um dialeto (aramaico), dentro de mais de 1600 anos, com os mais variados temas, com uma unidade admirável e inigualável. O centro de sua mensagem não é o homem (antropológico), mas Deus (teocêntrico), abordando o criacionismo (Deus é o Criador de todas as coisas), a teologia (ênfase no conhecimento a respeito de Deus e a sua relação com o mundo), a antropologia (exposição sobre o lugar do homem no plano de Deus), culminando na soteriologia e na escatologia (a doutrina da salvação e das últimas coisas, respectivamente).


3. A origem da Bíblia Sagrada.

A Bíblia é um livro sagrado e a expressão dada a isso é “cânon sagrado”. A palavra “cânon” é de origem cristã e vem do grego kanon e provavelmente do hebraico “kaneh”, que quer dizer “junco”, “cana” ou “vara de medir”, com referência a uma regra ou uma norma a seguir. O cânon bíblico é uma referência aos livros considerados como Palavra de Deus, servindo como regra de fé e prática (Gl 6.16).


A canonização dos livros da Bíblia foi feita por concílios eclesiásticos nos quais os livros eram considerados úteis para a fé e a adoração cristã. O Antigo Testamento foi aceito como sagrado pelos judeus e, nos dias de Jesus, a sua composição já existia.


Quanto ao Novo Testamento, a autoridade de seus livros se confirmou pelos seguintes critérios:

a) deveriam ter sido escritos por um dos apóstolos ou por alguém bem próximo a eles;

b) o conteúdo deveria ser coerente com os ensinos da igreja e os demais livros sagrados e

c) deveriam ser conhecidos e reconhecidos na igreja. Os concílios não concederam autoridade divina às Escrituras, apenas a reconheceu.


SUBSÍDIO 1

Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “Você crê na inspiração divina da Bíblia?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Explique que toda a Escritura é inspirada por Deus. Em seguida, aclare que a “palavra ‘bíblia’ é derivada do latim, proveniente da palavra grega bíblia (livros), que diz respeito especificamente aos livros que são reconhecidos como canônicos pela Igreja cristã. Um termo sinônimo de ‘a Bíblia’ é ‘os escritos’ ou ‘as Escrituras’ (em grego hai graphai, ta gramata), frequentemente usado no Novo Testamento para designar, no todo ou parte, os documentos do Antigo Testamento. Por exemplo, Mateus 21.42 diz: ‘Nunca lestes nas Escrituras?’ (em tais graphais).


A passagem paralela, Marcos 12.10, traz o singular, referindo-se ao particular texto citado: ‘Ainda não lestes esta Escrituras?’ (ten graphen tauten). Em 2 Timóteo 3.15, temos ‘as sagradas letras’ (ta hiera gramata), e o versículo seguinte (ARA) diz: ‘Toda Escritura é inspirada por Deus’ (passa grafe theopneustos).


Em 2 Pedro 3.16, ‘todas’ as epístolas de Paulo são incluídas junto com ‘as outras Escrituras’ (tas loipas graphas), as quais presumem- se que sejam os Escritos do Antigo Testamento e provavelmente os evangelhos também.

II - A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

1. Uma breve definição.

Termos como inspiração, iluminação, aplicação, convicção e testemunho compõem a discussão acerca da fonte das Escrituras. A expressão “inspiração” é a que coordena o funcionamento das demais, pois atesta a origem da Bíblia, reafirmando assim a sua autoridade final. Do latim inspiratio, que advém do verbo inspirare, inspiração quer dizer “soprar em”, ou ainda, “insuflar”.


Ao afirmar que a Escritura é “divinamente inspirada”, o apóstolo Paulo está afirmando que ela foi idealizada e supervisionada pelo Espírito Santo (2 Tm 3.16), motivo pelo qual ela é “digna de toda aceitação” (1 Tm 1.15). Portanto, uma vez que o Espírito Santo é que inspirou a Bíblia, é Ele quem também ilumina o homem para que possa entendê-la, além de operar os seus resultados exclusivos, atestando ser ela a verdade eterna de Deus.


2. A revelação especial da Bíblia.

Inicialmente veremos duas questões a serem consideradas: “Por que Deus usou homens como autores de sua Palavra?” e “Como aceitar a Bíblia como Palavra de Deus se ela foi escrita por homens?” Deus, inicialmente, se revelou ao homem por meio de sua criação (Sl 19.1- 6; Rm 1.18-20).


Ele também se revelou pela Bíblia, e por intermédio de Jesus Cristo, “a quem constituiu herdeiro de tudo” (Hb 1.1-3), o qual denominamos Revelação Especial. Portanto, a escolha de homens como autores da Bíblia é justificada pela estratégia divina em dar-se a conhecer à humanidade. Nota- se que, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, Deus se comunicou oralmente com o homem (Gn 1.28-30), e depois incumbiu pessoas a fazer o registro, em sua Palavra (Êx 17.14). Os homens que escreveram a Bíblia foram chamados por Deus para tal tarefa, servindo-lhes como instrumento divino (2 Pe 1.21). O “canal” usado foi o humano, mas a autoridade é divina, o que faz da Bíblia a Palavra de Deus para os homens de todos os tempos.


3. A natureza divina da Bíblia.

Como confirmar a natureza divina da Bíblia? Há meios pelos quais a fonte divina da Bíblia pode ser constatada e aceita, tais como:

a) sua unidade;

b) sua mensagem sem igual;

c) o cumprimento de suas profecias e

d) o seu testemunho próprio. Mesmo tendo sido escrita por diferentes pessoas, nas mais variadas condições e em diferentes épocas, a unidade doutrinária e estrutural da Bíblia indica a inquestionável e necessária presença de um idealizador soberano, que conduziu a sua composição e estruturação.


A mensagem das Escrituras também faz dela um livro divino, pois reafirma a perfeição de Deus, o estado de Queda do homem e os seus efeitos, o amor de Deus revelado em Cristo, bem como o chamado ao homem para a redenção e para a esperança de vida eterna.


A Bíblia contém profecias, das quais muitas já se cumpriram, outras estão em franco cumprimento e outras que ainda se cumprirão, e somente Deus é capaz de anunciar antecipadamente e, com precisão, a sua vontade. A própria Bíblia dá testemunho de sua natureza divina (2 Sm 23.1,2; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21).


Os testemunhos da arqueologia, da própria Bíblia e das muitas vidas transformadas pela Palavra de Deus, de forma conjunta, também confirmam a natureza divina da Bíblia.


SUBSÍDIO 2

Professor (a), dê início ao tópico com a seguinte pergunta: “O que é inspiração bíblica?”

Ouça os alunos com atenção. Depois, explique que “inspiração é o termo usado para a ação direta de Deus sobre os escritores bíblicos. Embora a individualidade de cada um fosse mantida, foram ao mesmo tempo movidos, guiados e guardados pelo Espírito Santo; desse modo, o que escreveram constitui a sufi ciente Palavra de Deus para a humanidade. De acordo com essa declaração, fica evidente ser a Bíblia um produto tanto humano quanto divino. Veremos algo do seu autor — sua perspectiva, estilo, temperamento e outros. Mas toda ela traz o selo do impulso divino, para indicar que por trás e no interior da obra do autor humano está o próprio Deus. Portanto, mediante o processo da inspiração, Deus é o autor das Escrituras.


Uma das passagens que especificam a autoria divina: ‘Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo’ (2 Pe 1.21). Esses autores foram inspirados por uma influência especial do Espírito Santo, que fez com que os seus escritos também fossem inspirados pelo sopro de Deus.”

III - A BÍBLIA COMO FONTE DA DOUTRINA

1. Definição do termo.

O significado do termo “doutrina” é amplo. A este respeito, o Dicionário Teológico editado pela CPAD afirma: “[Do lat. Doctrina, do verbo docio, ensinar, instruir, educar.] Conjunto de princípios que formam a base de um sistema religioso”. Já em uma análise mais específica, a referida obra dá a seguinte explicação: “A doutrina cristã acha-se baseada na Bíblia Sagrada – nossa única regra de fé e prática. Ela pode vir expressa em forma de credos, declarações de fé ou dogmáticas”.


A doutrina também pode ser entendida como ensinamento. Portanto, doutrinar é ensinar com base em um conjunto de crenças pertencente a uma pessoa, individualmente, mas principalmente a um determinado grupo religioso, coletivamente. Quanto ao uso do termo “doutrina” nesta lição, e em todas as demais deste trimestre, relaciona-se com as bases da fé cristã, conforme expostas e ensinadas nas Escrituras Sagradas.


2. A importância da doutrina bíblica.

A sua estima se confirma de muitas formas, principalmente se considerada a sua missão de apontar o caminho a ser seguido pela Igreja, isto é, para onde ela deve ir, mas também de protegê-la dos ataques externos, e, nesse caso, advertindo-a sobre o que não fazer como método de manutenção de sua saúde espiritual. Historicamente, as doutrinas bíblicas surgiram e se consolidaram como respostas às ameaças e defesa aos ataques à unidade da fé da Igreja.


Nesse ponto, a doutrina se reafirma como indispensável à vida da igreja, pois ela cumpre uma função delimitadora, mantendo assim a sua integridade. Uma igreja sem as doutrinas bíblicas pode ser comparada a uma casa sem portas, cuja característica é a ausência de limites e a presença marcante e desastrosa da desordem. A doutrina bíblica lança luz na trajetória da igreja e fecha as portas para as ameaças externas.


3. Bíblia, verdadeira fonte doutrinária.

A esta altura deve estar claro que a Bíblia é o instrumento de comunicação de Deus com o homem, que se dá em duas dimensões: com o homem, em geral e com a Igreja, em particular. Note que a ordem de Jesus é para que o Evangelho seja pregado a todo o mundo (Mc 16.15), assim como Paulo afirmou que compartilharia o mesmo Evangelho com os irmãos que estavam em Roma (Rm 1.15). Obedecendo os respectivos propósitos, o Evangelho a ser pregado ao pecador é o mesmo a ser ensinado à Igreja, cuja fonte é uma só, a Palavra de Deus, isto é, a Bíblia. Considerando que, conforme já visto, doutrina é ensinamento, as palavras de Paulo confirmam que a Bíblia é a fonte de toda doutrina cristã: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Tm 3.16).


SUBSÍDIO 3

Professor (a), diga que doutrina é “didache no grego e denota ensinamento, quer aquilo que é ensinado (por exemplo, Mt 7.28; Tt 1.9; Ap 2.14,15,24), quer o ato do ensino, instrução (por exemplo, Marcos 4.2; Romanos 16.17). Didaskalia, denota aquilo que é ensinado, doutrina (Mt 15.9; Mc 7.7; Ef 4.14; 1 Tm 1.10). No mesmo tempo que o termo didache é usado apenas duas vezes nas Epístolas Pastorais (em 2 Tm 4.2 e Tt 1.9), o termo didaskalia é empregado quinze vezes. Ambos são usados nos sentidos ativo e passivo (ou seja, o ato de ensinar e o que é ensinado).”


CONCLUSÃO

Nesta lição reafirmamos o lugar da Bíblia como fonte genuína da doutrina cristã. Vimos que ela é a inspirada Palavra de Deus, cujo desenvolvimento histórico e estrutural comprova que, não obstante tenha sido escrita por homens falíveis, Deus é a sua fonte; o que faz dela o Livro dos livros, pois é o instrumento infalível e inerrante de comunicação da mensagem de Deus aos seres humanos.

HORA DA REVISÃO

1. Qual o significado do vocábulo Bíblia?

O vocábulo Bíblia tem origem na expressão grega biblos (Mt 1.1), que significa “um livro”, ou ainda, de forma diminutiva “biblion” (Lc 4.17) que significa “pequeno livro”.

2. Qual o significado da expressão “Cânon Sagrado”?

A palavra “cânon” é de origem cristã e vem do grego kanon e provavelmente do hebraico “kaneh”, que quer dizer “junco”, “cana” ou “vara de medir”, com referência a uma regra ou uma norma a seguir.

3. Qual era o formato original da Bíblia?

Seu formato original era a de um rolo (Jr 36.2), feito de papiro e pergaminho (2 Tm 4.13).

4. Segundo a lição, como confirmar a natureza divina da Bíblia?

Há meios pelos quais a fonte divina da Bíblia pode ser constatada e aceita, tais como: a) sua unidade; b) sua mensagem sem igual; c) o cumprimento de suas profecias e d) o seu testemunho próprio.

5. Defina o termo “doutrina”. "Conjunto de princípios que formam a base de um sistema religioso."

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