Lição 3 A natureza da igreja

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo |Subsídios Dominical |Lição 3 A natureza da igreja

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Data da aula: 21 de Janeiro de 2024

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TEXTO ÁUREO

“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.” (1 Co 12.12)

VERDADE PRÁTICA

Conhecendo a Igreja em sua natureza nos conscientizamos da importância de fazer parte dela.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 1.1

A Igreja centrada na Palavra Viva de Deus

Terça - Rm 8.14

A Igreja na esfera do Espírito

Quarta - 1 Co 1.1-3

A Igreja como expressão visível e local

Quinta - Hb 12.23

A Igreja em seu aspecto invisível e universal

Sexta - Ef 4.3

A indivisibilidade da Igreja de Cristo

Sábado - Fp 2.2

A Igreja em busca da unidade

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Coríntios 12.12-27

12 - Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

13 - Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

14 - Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.

15 - Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

16 - E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

17 - Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?

18 - Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.

19 - E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

20 - Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo.

21 - E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós.

22  - Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários.

23 - E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.

24 - Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela,

25 - para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.

26 - De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

27 - Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.

Hinos Sugeridos: 144,175, 375 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Prezado (a) professor (a), nesta lição, estamos estudando a Eclesiologia, isto é, o estudo sobre a natureza da Igreja, sua essência e dimensões. Para tanto, temos como particularidades da Igreja a sua extensão confessional, isto é, sua base doutrinária e ortodoxa; sua extensão local e espiritual que diz respeito à sua localização e influência na sociedade enquanto Corpo de Cristo; e, por fim, sua extensão comunitária no que tange a sua unidade e comunhão como estilo de vida.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A)    Objetivos da Lição:

I) Destacar a natureza bíblica da Igreja, fundamentada na doutrina dos apóstolos e conduzida pelo Espírito Santo;

II) Apresentar os aspectos naturais visíveis e invisíveis da Igreja;

III) Elencar a unidade da Igreja como aspecto central que revela a sua identidade cristã neste mundo.


B) Motivação: A compreensão exata do que é a Igreja está presente nas marcas ou características que a identificam como sendo cristã. Esses aspectos estavam presentes, sobretudo, nas relações e estilo de vida dos crentes do primeiro século. O desafio da igreja atual é desenvolver as práticas das primeiras obras nestes últimos tempos tão trabalhosos.


C) Sugestão de Método: Sugerimos que você estimule os seus alunos a participarem da aula, apontando os conceitos abordados na lição que, possivelmente, encontraram dificuldade para compreender. Destaque esses conceitos ao longo da aula e, sendo possível, consulte um Dicionário Teológico e exponha as definições aos alunos. Esse método agregará novos conhecimentos à aula a partir das dúvidas apresentadas pela classe.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A Igreja foi instituída neste mundo com a incumbência de transmitir a mensagem do Evangelho até os confins da Terra. Para tanto, ela deve testemunhar aos pecadores que o Senhor Jesus, mediante a ação do Espírito Santo, continua a curar, salvar, batizar no Espírito Santo e conduzir o homem ao Reino Celestial.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A)    Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p. 37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “Definição de Igreja”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o significado da palavra igreja e os seus diversos sentidos em que é aplicada no texto bíblico;

2) O texto “Entendendo o Texto”, ao final do terceiro tópico, apresenta três aspectos que estão intrinsecamente ligados e ampliam a compreensão da relação estabelecida entre os crentes como Corpo de Cristo.

Palavra-Chave: Natureza

INTRODUÇÃO

O estudo sobre a natureza A da Igreja deve analisar aquilo que ela é em essência. O que define uma igreja genuinamente cristã? Evidentemente que há muitas características que mostram o que é uma verdadeira igreja. Contudo, para nosso propósito aqui, trataremos apenas de algumas delas.

Por isso, nesta lição, veremos que uma igreja genuinamente cristã é confessional, ou seja, ela se fundamenta na Palavra de Deus; tem uma dimensão local e universal, ou seja, existe tanto na forma visível como invisível; e, finalmente, a igreja genuinamente cristã é una, isto é, não é dividida, pois sem unidade não há Igreja.

I - A NATUREZA DA IGREJA NA SUA DIMENSÃO CONFESSIONAL

1. Fundamentada na Palavra.

Uma igreja verdadeiramente bíblica é firmada na Palavra de Deus. Nesse aspecto, primeiramente, temos Cristo como a Palavra Encarnada, a Palavra Viva. No princípio era a Palavra (Jo 1.1). Jesus é a Palavra que se humanizou, isto é, Deus feito homem.


A igreja bíblica possui Jesus Cristo como seu fundamento (Ef 2.20). Uma igreja verdadeiramente bíblica é centrada em Jesus. Em segundo lugar, uma igreja bíblica é fundamentada nas Escrituras Sagradas, a Palavra Inspirada. Se não existe igreja verdadeira sem Jesus, da mesma forma não há igreja verdadeira sem fundamentação bíblica (2 Tm 3.15). A heterodoxia, o desvio doutrinário e a apostasia vêm pelo distanciamento e abandono da Palavra de Deus.


2.    Habitada pelo Espírito.

A Igreja é habitada pelo Espírito, dirigida e capacitada por Ele. O Espírito Santo é a força-motriz da Igreja. Na verdade, a obra do Espírito começa no seu trabalho de convencimento do pecador. É o Espírito quem convence o ser humano do pecado (Jo 16.8-11). É o Espírito Santo quem produz a obra da regeneração. Quando o evangelista Lucas diz que o Senhor abriu o coração de Lídia (At 16.14), aí vemos uma obra poderosa do Espírito Santo trazendo o convencimento para a salvação.


3.    Quem faz parte da Igreja anda no Espírito.

Quando alguém responde à mensagem da cruz, o Espírito de Deus produz nele a certeza da salvação (Rm 8.16). Agora, regenerado, o cristão passa a andar ou ser dirigido pelo Espírito (Rm 8.14). O fracasso na vida espiritual está no fato de não andarmos na esfera do Espírito (Gl 5.16,17). O Espírito, portanto, habita o crente; capacitando-o (At 1.8). Sem a capacitação do Espírito, a igreja é inoperante e perde a sua essência.


SINOPSE I

Uma igreja bíblica é fundamentada na Palavra Inspirada por Deus, habitada pelo Espírito, dirigida e capacitada por Ele.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

DEFINIÇÃO DE IGREJA

Jesus assevera, em Mateus 16.18: ‘Edificarei a minha igreja’. Esta é a primeira entre mais de cem referências no Novo Testamento que empregam a palavra grega primária para ‘igreja’: ekklesia, composta com a preposição ek (‘fora de’) e o verbo kaleõ (‘chamar’). Logo, ekklêsia denotava originalmente um grupo de cidadãos chamados e reunidos, visando um propósito específico. O termo é conhecido desde o século V a.C., nos escritos de Heródoto, Xenofontes, Platão e Eurípedes. [...] O uso secular do termo também aparece no Novo Testamento. [...] Na maioria das vezes, porém, o termo tem uma aplicação mais sagrada e refere-se àqueles que Deus tem chamado para fora do pecado e para dentro da comunhão do seu Filho, Jesus Cristo, e que se tornaram ‘concidadãos dos santos e da família de Deus’ (Ef 2.19). Ekklêsia é sempre empregada às pessoas e também identifica as reuniões destas para adorar servir ao Senhor” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 536).

II - A NATUREZA DA IGREJA NAS SUAS DIMENSÕES LOCAL E UNIVERSAL


1. Local e visível.

Biblicamente, podemos falar da Igreja em relação à sua dimensão espacial, isto é, em relação ao local ou ao espaço geográfico. Ela pode ser vista e sentida. Nesse aspecto, a Igreja existe localmente. Assim, vemos os apóstolos escrevendo suas cartas a determinadas igrejas, situadas em diferentes locais: “à igreja de Deus que está em Corinto” (1 Co 1.2); “aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1 Pe 1.1). Nesses textos vemos as Escrituras se referindo à ekklesia, à comunidade de crentes, situada em diferentes locais.


2. As particularidades das igrejas locais.

Pelo teor das cartas neotesta-mentárias, observamos que essas igrejas locais possuíam suas particularidades. Os problemas encontrados em uma não eram necessariamente os mesmos da outra (Fp 4.2,3 cf. 2 Ts 3.11,12). De igual modo, as virtudes. Por outro lado, embora estivessem todas sob a supervisão apostólica, observamos que eram autônomas uma em relação às outras. Assim possuíam sua dinâmica própria. Um método que funciona em determinada igreja pode ser inadequado em outra.


3. Universal e invisível.

Assim como a Igreja existe em sua dimensão local, existe também na sua dimensão universal. Somos conscientes da existência da igreja local, pois dela fazemos parte. Contudo, nem sempre é fácil se dar conta do aspecto universal da Igreja porque nesse sentido, a Igreja não está limitada ao espaço geográfico ou físico. Assim a Igreja universal e invisível é formada por todos os cristãos regenerados que estão em todos os lugares e por aqueles que já estão também na glória (Hb 12.23), não se limitando somente à dimensão terrena. Aqui, é importante se diferenciar “Igreja” de “denominação”. Numa cidade, por exemplo, pode haver várias denominações; contudo, somente há uma Igreja.


A igreja é divina, as denominações são humanas. As denominações podem ser temporárias, a Igreja não. As denominações podem desparecer, mas a Igreja é indestrutível (Mt 16.18). Convém dizer que nem todo grupo que se diz cristão pode ser visto como fazendo parte da Igreja Cristã. Há grupos que se autodenominam “igrejas”, contudo, são sinagoga de Satanás (Ap 3.9). Entretanto, o que fará com que uma igreja ou denominação seja cristã, é a sua fidelidade a Cristo e às Escrituras Sagradas.


SINOPSE II

A Igreja de Cristo se revela numa dimensão terrena e, igualmente, numa dimensão espiritual.

III - A IGREJA NA SUA DIMENSÃO COMUNITÁRIA

1. A igreja é una.

Isso significa que a igreja é indivisível. Na analogia onde compara a Igreja ao corpo humano, Paulo deixa bem claro que uma igreja verdadeiramente cristã é unida porque não pode haver divisão no corpo (1 Co 12.12). Jesus disse que um reino dividido não subsistirá (Mt 12.25). Esse princípio se aplica à Igreja também. O que o Diabo não consegue contra a Igreja por meio da perseguição, ele consegue por intermédio da divisão. Devemos evitar, a todo custo, o partidarismo, as preferências e os exclusivismos, se quisermos preservar a unidade da igreja local (Ef 43).


2. Unidade na Igreja.

Paulo escreveu à igreja de Filipos: “completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa” (Fp 2.2). Esse texto mostra o anseio do apóstolo pela unidade da igreja que, como Corpo de Cristo em sua forma coletiva, deve zelar pela unidade e, da mesma forma, cada crente deve buscar isso.


3. Diversidade na unidade.

Isso reverbera o anseio de Jesus pela unidade dos seus discípulos (Jo 17). Ali há o que os teólogos chamam de “unidade de essência”. Na Trindade, O Pai, O Filho e O Espírito Santo são pessoas diferentes, com uma mesma essência, possuindo a mesma substância e um só propósito. Da mesma forma, os cristãos devem buscar esse tipo de unidade. Nesse aspecto, unidade não é uniformidade. Somos diferentes, diversos, temos temperamentos distintos e maneiras diferentes para fazer as coisas; mas, mesmo assim, somos um em Cristo Jesus para perseverar no mesmo alvo.


SINOPSE III

A igreja como Corpo de Cristo em sua forma coletiva deve zelar pela unidade e, da mesma forma, cada crente deve buscar isso.


AMPLIANDO O CONHECIMENTO

A IGREJA

“A palavra ekklesia se refere a uma reunião ou congregação de pessoas que são chamadas ou convocadas e se reúnem com um propósito. No Novo Testamento, a palavra designa basicamente uma congregação ou comunidade do povo de Deus - as pessoas que aceitam a mensagem de Cristo, confiam a Ele suas vidas e se reúnem como cidadãos do Reino de Deus (Ef 2.19) com o propósito de adorar e honrar a Deus. A palavra ‘igreja’ pode se referir a uma congregação na igreja local (Mt 18.17; At 15.4) (...) ou à igreja universal.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1650.


AUXÍLIO DEVOCIONAL

“ENTENDENDO O TEXTO:

‘Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal'. Há três temas que sempre sãos encontrados juntos em passagens do Novo Testamento.


O Corpo de Cristo, os dons espirituais e o amor. Há razões importantes por que esses três temas são inseparáveis. O nosso relacionamento com outros cristãos é definido pela participação conjunta em um único Corpo. O nosso serviço aos outros cristãos é definido com o uso de nossos dons e capacidades para servi-los. Nossa postura para com outros cristãos deve ser de amor ativo e cuidado. Unidade, serviço e amor nunca estão separados na Escritura. Sem unidade, não pode haver qualquer experiência de amor. Sem amor, não pode haver qualquer experiência de unidade.


Cada um depende do outro. Se você amar e servir os outros, começará a experimentar a unidade do Corpo de Cristo” (RICHARS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.787).


CONCLUSÃO

Chegamos ao final de mais uma lição bíblica, a qual aborda a natureza da Igreja. Vimos que não é possível nos referirmos a uma igreja como sendo cristã se determinadas marcas ou características não estão presentes nela. Destacamos aqui que a igreja local deve estar fundamentada na Palavra e habitada pelo Espírito Santo. A Igreja também existe tanto local como universalmente. Não está limitada nem pelo tempo nem pelo espaço. Ela existe para a eternidade!


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual é a principal característica de uma igreja verdadeiramente bíblica?

Uma igreja verdadeiramente bíblica é firmada na Palavra de Deus.

2. O que caracteriza uma igreja habitada pelo Espírito?

A Igreja habitada pelo Espírito, dirigida e capacitada por Ele.

3. Como podemos falar da dimensão espacial da Igreja?

A dimensão espacial da igreja diz respeito ao seu local ou ao espaço geográfico.

4. Como a Igreja universal e invisível é formada?

Assim a Igreja universal e invisível é formada por todos os cristãos regenerados que estão em todos os lugares e por aqueles que já estão também na glória (Hb 12.23).

5. Explique a expressão “unidade de essência” em relação à Trindade.

Na Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são pessoas diferentes, contudo, com uma mesma essência. Possuem a mesma substância e um só propósito.

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTAO CORPO DE CRISTO Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Temas das Lições - Clique e leia

Lição 1- A origem da igreja

Lição 2 - Imagens bíblicas da igreja

Lição 3 - A natureza da igreja

Lição 4 - A igreja e o reino de Deus

Lição 5 - A missão da igreja de Cristo

Lição 6 - Igreja: organismo ou organização?

Lição 7 - O ministério da igreja

Lição 8 - A primeira ordenança da igreja: o batismo

Lição 9 - A segunda ordenança da igreja: a ceia do Senhor

Lição 10 - O poder de Deus na missão da igreja

Lição 11 - O culto da igreja cristã

Lição 12 - O papel da pregação no culto

Lição 13 - Sendo o templo do Espírito

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Saber Mais Sair

Lição 1 Criados à Imagem de Deus (Classe: Adolescentes)

Lições Bíblicas Adolescentes 1° trimestre de 2024 – CPAD

Título: A História da Salvação

Comentarista: Thaís A. G. de Paula Martins

LEITURA BÍBLICA: Gênesis 1.26-31

A MENSAGEM

Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher. Gênesis 1.27

Devocional

Segunda >> Gn 2.7

Terça >> Rm 10.12

Quarta >> 1 Co 3.16

Quinta >> Sl 128.1-3

Sexta >> Mt 19.5, 6

Sábado >> Sl 104.5-12


Objetivos

1. ENTENDER que o homem e a mulher foram criados por Deus;

2. EXPLICAR o que significa a imagem de Deus no ser humano;

3. MOSTRAR que o Criador fez o ser humano para viver em sociedade.


Ei Professor!

Quando Deus criou a raça humana, Ele fez algo especial. Não seria, simplesmente, como um dos lindos animais que habitavam o mundo recém estabelecido. Deveria tratar-se de seres vivos que refletissem o padrão moral do Criador. Assim, Deus formou Adão e Eva à sua imagem e semelhança. Esse propósito divino foi levado tão a sério pelo Senhor que, quando essa imagem fosse “danificada” pelo pecado, Deus já tinha um plano para restaurá-la. É sobre esse maravilhoso Plano da Salvação que vamos refletir e ensinar nos próximos meses. Veremos em detalhes os grandes atos de Deus para nos salvar dos nossos próprios pecados.

Ponto de Partida

Estamos começando um novo trimestre e temos um grande desafio pela frente: manter a atenção dos alunos para que aprendam um tema eminentemente teológico. A salvação possui grande importância. Uma compreensão correta sobre esse tema definirá, não apenas o futuro eterno de cada adolescente, mas também a maneira como ele viverá na Igreja e na sociedade. Assim, os alunos precisam compreender todo o desenvolvimento bíblico e histórico do Plano da Salvação, bem como o alto preço que foi pago pela redenção da humanidade. Ore a Deus, pedindo a capacitação espiritual e prepare a lição com muito cuidado. Tenha uma boa aula!


Vamos Descobrir

Você já parou para pensar sobre o que significa sermos feitos à imagem de Deus? Essa expressão significa que todos os homens e mulheres possuem características que apontam para a existência do Criador. São elas que nos tornam especiais. Você não nasceu por meio de um acidente cósmico. Sua origem está em Deus. Interessante, você não acha?


Hora de Aprender


I - A CRIAÇÃO DA VIDA HUMANA

1. Façamos o ser humano

Deus já havia criado todas as coisas para recepcionar o seu maior e mais esperado projeto: o homem e a mulher. Durante a criação do mundo, Deus já tinha feito obras maravilhosas apenas com a sua Palavra; Ele disse “haja luz”, “que a terra produza”, “haja luzes no céu” e tudo ocorreu conforme o seu poder (Gn 1.3,11,14).


Porém, quando formou as pessoas, não houve ordens, como anteriormente. O Deus Trino (Pai, Filho e Espírito Santo), em perfeita unidade, decidiu: “Agora vamos fazer os seres humanos” (Gn 1.26a). Assim, Ele nos formou como a coroa da criação. A origem da vida para muitos é tida como um mistério, mas nós sabemos que ela começou através da ação poderosa do nosso Deus!


2. A imagem de Deus no Ser Humano

A primeira compreensão que você deve ter é que a ‘semelhança de Deus’ impressa no homem NÃO é uma característica física. Ou seja, os elementos presentes na existência da humanidade que aludem à imagem de Deus são espirituais, psíquicos e morais. Mas o que isso quer dizer? Bom, no início, antes do pecado, o ser humano era plenamente santo e justo, como um reflexo no espelho do seu Criador. Após a queda do homem em pecado (Gn 3.6, 7), essas características foram desfiguradas e só podem ser restauradas por meio da salvação em Cristo.


Entretanto, há outras características nos seres humanos que permaneceram após a queda e que também representam a imagem de Deus.

Essas características diferenciam a humanidade de todo o restante da criação. Conheça algumas delas:

• A capacidade de adorar, orar e estar em comunhão com Deus;

• A consciência de existência, a racionalidade, a capacidade de pensar;

• O livre-arbítrio, o poder de fazer escolhas, de se arrepender e mudar de vida;

• O senso moral, isto é, saber diferenciar o certo do errado; Entender que fomos feitos à semelhança do Criador nos dá a base necessária para a construção da nossa identidade. É assim que o Senhor quer que você se veja e entenda o seu grande valor.


3. A autoridade sobre a Criação

A imagem de Deus no ser humano também se expressa na autoridade recebida sobre a criação. No início era assim: não importava quão ferozes e fortes ou sagazes os animais fossem, Adão e Eva teriam domínio sobre eles. Hoje, a humanidade continua tendo autoridade sobre o planeta, a fauna e a flora. Entretanto, é preciso que se compreenda que o Senhor delegou autoridade para uma gestão responsável, visando a preservação da vida (Gn 1.28, 29).


I - AUXÍLIO PEDAGÓGICO

 Qual o propósito da existência do Homem?” Escreva essa pergunta num quadro, cartolina, ou a disponibilize por meio de um projetor multimídia, começando um diálogo sobre o tema. Permita que a classe compartilhe sua percepção. Incentive também a participação dos alunos mais tímidos. Você vai se surpreender com a inteligência das respostas da maioria dos alunos. Depois de ouvi-los por uns cinco minutos, encaminhe a reflexão para as seguintes áreas: espiritual, social e familiar.


E conclua esse momento reforçando o valor que cada pessoa tem para Deus. Dessa forma, os adolescentes entenderão como eles são importantes enquanto seres humanos, independentemente do status social, porquanto são a coroa da Criação. Eles saberão que a existência de cada um deles tem um sentido especial, pois eles foram criados por Deus.

II – A BENÇÃO E OS PROPÓSITOS DE DEUS

Deus, após concluir toda a sua obra criadora, derramou bênçãos sobre os seres vivos. Essas bênçãos estavam interligadas com os propósitos divinos para a humanidade. Vejamos:


1. A Frutificação

Adão e Eva receberam a bênção da fertilidade: eles poderiam gerar filhos (Gn 1.28).


É importante destacar que essa benção também foi liberada sobre os animais e plantas, que também foram criados com potencial para frutificar e serem abençoados para este fim (Gn 1.11, 12, 22).


2. A Multiplicação

A segunda determinação de Deus ao primeiro casal foi a multiplicação (Gn 1.27, 28). Ou seja, a bênção da frutificação não deveria ser interrompida nas gerações seguintes para que eles tivessem muitos descendentes.


Hoje existe no planeta, aproximadamente, 8 bilhões de pessoas, apesar da violência dos homens, das inúmeras guerras e pestes que assolaram a humanidade em todos os séculos. Isso comprova que a bênção do Senhor manteve os homens e mulheres se multiplicando sobre a Terra desde o princípio dos tempos.


3. O Povoamento da Terra

Com a multiplicação das pessoas, o Senhor anelava que elas povoassem a Terra, de forma a disseminar a espécie humana em todos os lugares, ambientes e climas distintos. Por isso, Deus “os abençoou, dizendo: — Tenham muitos e muitos filhos; espalhem-se por toda a terra e a dominem. E tenham poder sobre os peixes do mar, sobre as aves que voam no ar e sobre os animais que se arrastam pelo chão” (Gn 1.28).


II - AUXÍLIO DIDÁTICO

“A importância do conceito de homens e mulheres como portadores da imagem de Deus remete à dignidade e ao valor que cada ser humano possui (Gn 1.26,27). Nenhuma pessoa pode ser considerada mais semelhante ao Criador que outra. Além disso, toda vida, quer nos primeiros estágios, quer nos últimos dias, tem o mesmo valor diante de Deus.


Esse fato deveria encorajar os cristãos com duas verdades importantes:

• Você deve buscar proteger a vida em todos os estágios. A interrupção da vida humana – seja por meio do aborto ou da eutanásia – é uma agressão ao conceito da humanidade como portadora da imagem de Deus, uma vez que o aborto e a eutanásia empregam a lógica de que a vida, em seu estágio embrionário ou em seu estágio terminal, não tem valor. Essa mentira é proveniente do abismo do inferno.


• Você jamais deve ter crenças racistas. Todos os seres humanos [...] são criados à imagem de Deus. Cada pessoa individualmente traz consigo a imagem de Deus” (Bíblia de Estudo da Mulher Cristã, Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 5).

III – A CRIAÇÃO DA FAMÍLIA

Você sabia que a família é uma criação de Deus? Vamos ver como e por que Ele a criou:


1. Proteção contra a solidão

Logo no início, Deus viu que não era bom que Adão estivesse sozinho (Gn 2.18). A solidão não faz bem para ninguém. O ser humano precisa se relacionar e, por isso, Deus criou a companheira perfeita para Adão. Podemos imaginar a surpresa que foi para ele encontrá-la no jardim.


2. Uma companheira singular

É importante entender o papel da mulher na criação. Ela não foi feita inferior ao homem, mas como semelhante. Eva veio para ser uma ajudadora (Gn 2.18). Junto a Adão, ela iria cumprir um grande propósito divino: a formação da família.


3. A primeira família

Adão, Eva e seus filhos formaram a primeira família humana. E nesse relato bíblico há um grande ensinamento. O fato de Eva ter sido criada a partir de Adão, (v. 23), constitui um dos princípios essenciais do casamento, em que o homem deverá deixar pai e mãe e se unir à sua mulher para, assim, ambos serem uma só carne (v. 24).


III - AUXÍLIO PEDAGÓGICO

A família foi uma criação incrível de Deus. É possível aprender muito ao ler a história da primeira família na Bíblia. Por exemplo, aprendemos que nenhuma família é perfeita; que toda família enfrenta problemas; que as pessoas erram e devemos enfrentar as situações com coragem.


Também aprendemos que o trabalho faz parte da rotina familiar e faz bem; que toda família tem um propósito diante de Deus, que precisa ser cumprido na sociedade; que todos os dias a nossa família precisa ter comunhão entre si e com o nosso Deus. Enfim, são muitas lições.


Apresente à sua turma essas reflexões e abra um diálogo com eles. Pergunte o que eles pensam sobre esses tópicos. Incentive a participação de todos. Por fim, reforce que devemos agradecer a Deus pela nossa família.


CONCLUSÃO

Todas as coisas vieram à existência por meio da Palavra de Deus. Mas, em relação à criação da humanidade, o Senhor entrou em ação e formou do pó da terra um corpo físico e, soprando em seu nariz, deu-lhe o fôlego de vida! E não parou por aí, pois Ele fez as pessoas conforme Sua imagem e semelhança, dando ao ser humano a capacidade de pensar, avaliar, planejar, desejar, criar, sentir, amar e escolher. Deus deu aos seres humanos poder e domínio sobre toda a Terra e os presenteou com a bênção do casamento e da fertilidade. O ser humano é parte de um projeto perfeito!


VAMOS PRATICAR

 1. Marque (V) para Verdadeiro ou (F) para Falso:

( V ) Todos os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus.

( V ) O ser humano foi criado por Deus.

( F ) Deus não abençoou sua criação.

( F ) O ser humano foi criado para viver em solidão.

( V ) A família é um projeto de Deus.