Lição 1 - O Livro de Provérbios: Um Convite à Sabedoria [Classe dos Jovens]

escola bíblica dominical

Lições Bíblicas Jovens 4° trimestre 2024 CPAD

TEXTO PRINCIPAL

O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” (Pv 1.7)

RESUMO DA LIÇÃO

O livro de Provérbios é um manual de ética diária em que Deus se encontra no centro da vida do jovem cristão.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Pv 2.20,21

Andando no caminho dos justos

TERÇA – Tg 3.17

A sabedoria do alto é pura, pacífica e misericordiosa

QUARTA – Pv 1.1; 10.1

Autoria e compilação de Salomão

QUINTA – Pv 25.1

Compilação que transcreveram os “homens de Ezequias”

SEXTA – Pv 1,5

Para o jovem ouvir e crescer

SÁBADO – Pv 1.22 

apelo da sabedoria


OBJETIVOS

1. APRESENTAR um panorama geral do livro de Provérbios;

2. COMPREENDER a composição e a estrutura do livro de Provérbios;

3. REFLETIR a respeito do convite e o chamado a sabedoria no livro de Provérbios.


INTERAÇÃO

Prezado (a) professor (a), e com grande alegria e, com a graça de Deus, que damos início a um novo trimestre, quando teremos a oportunidade de estudar treze Lições extraídas do livro de Provérbios, um manual divino para viver e se relacionar com Deus, conosco, com a família e com a sociedade. O comentarista da Lição e o Pr. Marcelo Oliveira, chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD. Ele é pastor auxiliar da AD em Augusto Vasconcelos – RJ: bacharel em Teologia: especialista em Educação (Gestão e Docência); licenciado em Letras e acadêmico em Psicologia. Nossa oração e para que este trimestre seja repleto de bênçãos que resultem em crescimento espiritual.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), ao iniciar um novo trimestre, é fundamental ressaltar a importância e a atualidade do tema que será estudado. Isso não apenas demonstra a relevância da lição, mas também desperta o interesse dos jovens e incentiva a participação ativa deles. Para isso, comece a aula solicitando que os alunos compartilhem suas expectativas em relação ao estudo do livro de Provérbios. Isso permite que eles expressem suas ideias e se envolvam desde o início. Aproveite para apresentar o esboço de todo o livro, conforme o esquema abaixo

 

I. INTRODUÇÃO AO LIVRO, 1.1-6

A. Os princípios básicos da sabedoria, 1.7

II. CONSELHOS PATERNOS SOBRE SABEDORIA

A. O resultado da insensatez ou loucura e o da sabedoria, 1.8-32

B. Os benefícios de ser sábio, 1.1-22

C. A sabedoria e Deus. 3.1-20

D. As instruções sobre tomar decisões e ser bom para o seu próximo, 3.21-25

E. O grande valor da sabedoria, 4.1-27

F. Advertência contra o adultério, 5.1-23

G. Advertências contra a insensatez, a preguiça e a depravação, 6.1-19

H. Mais advertência contra o adultério, 6.20-35

I. A atração sedutora do adultério, 7.1-27

J. A recompensa de encontrar sabedoria, 8.1-36

K. A escolha entre a sabedoria e a insensatez. 9.1-18

III. COLEÇÕES DE PROVÉRBIOS

A. Os provérbios de Salomão, 10.1-22.16

B. Os ditos dos sábios, 22.17-24.22

C. Mais ditos do sábio, 24.23-34

D. Mais provérbios de Salomão, 25.1-29.27

E. Os ditos de Agur. 30.1-33

F. Os ditos do rei Lemuel, 31.1-9

G. O valor e a grandiosidade de uma mulher nobre, 30.10-31

 

TEXTO BÍBLICO

Provérbios 1.1-7; 20-23

1 Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel.

2 Para se conhecer a sabedoria e a instrução: para se entenderem as palavras da prudência.

 

 

3 Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade.

4 Para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso.

5 Para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos.

6 Para entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações.

7 O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.

20 A suprema Sabedoria altissonantemente clama de fora pelas ruas levanta a sua voz

21 Nas encruzilhadas, no meio dos tumultos, clama; às entradas das portas e na cidade profere as suas palavras:

22 Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecerás o conhecimento?

23 Convertei-vos pela minha repreensão: eis que abundantemente derramarei sobre vós meu espírito e vos farei saber as minhas palavras.

 

INTRODUÇÃO

O que é a sabedoria? Há um manual para como viver? Como devemos nos relacionar com Deus, com nós mesmos, com a família e com a sociedade? Essas questões farão parte deste trimestre em que o livro de Provérbios é o nosso objeto de estudo.

 

I - UM LIVRO PARA A VIDA

1. A arte de viver.

Recentemente, estudamos o livro de Salmos, vimos que esse livro apresenta lições preciosas para a nossa vida espiritual. Diferentemente de Salmos, o livro de Provérbios é um conjunto de conselhos que traz ensinamentos valiosos para a nossa maneira de viver com Deus, com nós mesmos, com a nossa família e com a sociedade em que estamos inseridos. É um livro em que os ensinamentos provêm da revelação do alto, por isso são princípios de fé, e confirmados na experiência de vida dos que vivem de maneira justa e reta (Pv 2.20,21).

 

Logo, o que se encontra no Livro de Provérbios não é uma forma idealizada de vida, mas um ensinamento prático que tem como fonte de inspiração o próprio Deus e, ao mesmo tempo, confirmado por meio do estilo de vida dos justos que vivem para glorificar a Deus. Isso não significa que o livro de Provérbios deve ser lido como uma receita que traz um segredo para cada momento da vida. Muito pelo contrário, Provérbios nos ensina a ser realistas, prudentes e cuidadosos, sabendo que devemos ser instruídos por Deus para caminhar de modo que desenvolvamos uma justa maneira de viver, começando sempre em Deus (Pv 1.7).

 

2. O que é a sabedoria?

Na Bíblia, a palavra “sabedoria” tem a ver com a habilidade de viver no meio de qualquer circunstância sem perder de vista as virtudes que identificam um modo justo e reto de quem serve a Deus. Isso quer dizer que a sabedoria não está ligada à informação ou ao conhecimento cultural puro e simples, mas a habilidade de aplicar um determinado conhecimento para superar um problema da vida. Por exemplo, a formação acadêmica não tem potência para livrar você dos caminhos da delinquência (Pv 1.11-19), ou dos enlaces de uma sedução (Pv 7.21-23). Mas a sabedoria que vem do alto o instrui e, ao mesmo tempo, cria, de dentro para a fora, instrumentos necessários para fazer com que você rejeite o que e mal e abrace o que é bom e glorifique a Deus (Tg 3.17), Assim, a sabedoria e a habilidade de Lidar bem, de acordo com ajusta retidão, em nossa relação com Deus, com as nossas as emoções, com a dieta diária, com a sexualidade, com a nossa família, com o próximo, com toda a sociedade e sua estrutura, com o dinheiro e dimensões específicas da nossa existência.

 

3. Literatura de Sabedoria.

Ao lado de Jó, Eclesiastes e Cantares de Salomão, Provérbios é um livro classificado no gênero literário de sabedoria ou sapiencial. É um tipo de Literatura que se preocupa com a sabedoria prática aplicada diariamente às circunstâncias da vida: Como devemos nos relacionar com Deus? Com nos mesmo? Com nossos pais? Como devemos nos relacionar com o próximo? Diante de uma injustiça, como devemos reagir sem sermos nivelados ao agressor? Diante do sofrimento, como devemos nos relacionar com Deus? Qual é o sentido da vida? Essas e outras questões fazem parte da experiência humana e são devidamente abordadas na coleção de Literatura de Sabedoria e, em especial, no livro de Provérbios, objeto de nosso estudo neste trimestre.

 

PENSE! Há uma receita para viver a vida?

PONTO IMPORTANTE! Não. Contudo, há ensinamentos que têm origem em Deus e que foram confirmados pela experiência dos justos de Deus que servem como aprendizado.

 

SUBSÍDIO 1

Professor (a), depois de apresentar o tema do trimestre, explique aos alunos que “o livro de Provérbios começa com uma clara declaração de seus propósitos: levar as pessoas a buscarem a sabedoria para que vivam de uma forma agradável a Deus. Os primeiros capítulos consistem em conselhos paternais de Salomão aos jovens. Embora a maioria do material desta seção seja dirigido aos jovens, todos aqueles que buscam ser sábios se beneficiarão muito desses textos e descobriram a fonte, o valor e os benefícios da sabedoria.” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal” Rio de Janeiro: CPAD, p. 834)

II - COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DE PROVÉRBIOS

1. Provérbios, autoria e data.

Basicamente, podemos dizer que “provérbios” é um “ditado”, ou uma “máxima” que expressa uma verdade geral Por exemplo: “o cair é do homem, mas o levantar é de Deus”. Embora não esteja na Bíblia, trata-se de um bom ditado popular. Há outros provérbios no contexto secular que expressam uma verdade geral. Entretanto, os que estão presentes na Bíblia são inspirados por Deus e, por isso, contêm um significado mais amplo, não se atendo apenas a uma máxima ou ditado, mas remontando a interpretação de um ensino ético da fé do povo de Israel. Não por acaso, a palavra moshol, “provérbios” em hebraico, tem esse significado mais amplo como destacamos. São máximas ou ditados que expressam verdades as quais servem como princípio de vida correta e justa diante de Deus. A[em disso, a autoria do livro de Provérbios e do sábio Salomão (a maioria dos provérbios e de sua autoria), o árabe Agur, outro não israelita, Lemuel, e um autor desconhecido, Esses autores versaram máximas ou ditados, parábolas que expressam princípios divinos que podem ser aplicados ao nosso cotidiano. Já a data aproximada de sua composição é 970 – 700 d.C., antes do exílio dos judeus.

 

2. A estrutura do livro de Provérbios.

Em primeiro lugar devemos destacar que o livro de Provérbios foi escrito como poesia hebraica. Por isso ele é denominado também de livro poético, Essa informação é importante para observar as muitas imagens que estão presentes no [livro (Pv 7.20-27) por meio de comparações, contrastes e paralelismos como elementos bem peculiares da poesia hebraica, Assim, por se tratar também de um gênero poético, não é possível estabelecer uma organização rigorosamente sistemática.

Por isso, para fins didáticos, os estudiosos costumam estruturar o livro de Provérbios em três principais divisões:

I- Discursos (1-9):

II- Coleções de provérbios (10-29)

III- Apêndices (3o e 31).


Uma informação de destaque e a autoria e a compilação de Salomão a respeito dos capítulos 1 ao 24 (Pv 1.1; 10.1); e a compilação dos capítulos 25 a 29 pelos “homens do rei Ezequias” (Pv 25.1), embora a autoria seja de Salomão, A primeira divisão (Caps. 1) traz uma introdução (1,1-7) que apresenta o contexto e propósitos do Livro de Provérbios e, em seguida, abre uma série de discursos mais longos que trazem instrução, exortações, advertências, repreensões que estimulam o temor ao Senhor, ilustrado por meio do contraste entre a conduta do sábio e a conduta do ímpio (Caps. 1.8 – 9.18).


A segunda divisão (Caps. 10.1 – 29.27) e uma coleção dos provérbios propriamente ditos, ou seja, de máximas ou ditados, em que frases concisas e vivas têm como objetivo instalar-se na memória do Leitor, reforçando o ensino dos discursos presentes da primeira divisão (1.8 – 9.18), E, finalmente, a terceira divisão (Caps. 30 e 31), denominada de apêndice, que reforça toda a sabedoria apresentada ao longo do livro, priorizando uma relação reta e justa com o nosso próximo.


SUBSÍDIO 2

Professor (a), peça aos alunos (as) que citem um ditado popular que conheçam e que gostem de usar, Depois de ouvir os alunos, explique que o livro de Provérbios é um verdadeiro compêndio da sabedoria do povo hebreu. São sentenças curtas, porém carregadas de significados e verdades que foram aprendidas no dia a dia dos israelitas. Explique que grande parte dos provérbios tem a sua origem nos ditos populares do povo de Deus Estes ditos populares foram coletados, agrupados segundo uma sequência lógica e compilados pelos sábios, em especial Salomão. Porém, este livro é a Palavra de Deus. E Deus falando por intermédio das circunstâncias da vida Enfatiza também que existem várias formas literárias dentro do livro, como por exemplo, parábolas, poemas, antíteses e comparações.

III – CONVITE E CHAMADO A SABEDORIA

1. O propósito do Livro de Provérbios (Pv 1.1-7).

O propósito do livro de Provérbios está exposto na introdução do próprio Livro, Aqui, destacamos três expressões que revelam esse propósito: “conhecer a sabedoria e a instrução” (Pv 1.2)’, “para conhecimento e discernimento aos jovens” (Pv 1.4 – NVI) “para o sábio ouvir e crescer em sabedoria (Pv 1.5). Por consequência, aparece duas imagens no final da primeira divisão (1.8 – 9.18): a imagem da insensatez personificada numa mulher que busca seduzir o jovem ingênuo (Pv 9.13-18) e a da senhora sabedoria que busca induzir o jovem a adquirir sabedoria e inteligência (Pv 8).

 

Elas são analogias perfeitas da insensatez e da sabedoria respectivamente. Dito isto, podemos afirmar que o propósito do livro de Provérbios é instruir os jovens, moldando o seu caráter de modo que a sua vida seja plenamente coerente entre os valores atemporais de Deus e as circunstâncias temporais de nossa experiência humana. Por isso, um livro tão antigo como o de Provérbios tem muito a dizer a você, pois as questões de que trata são atemporais, eternas; elas não brotam da esfera externa do ser humano, mas das questões do coração que todo jovem apresenta em qualquer contexto que se encontra, O Livro de Provérbios foi escrito para você!

 

2. Tudo começa em Deus (v.7).

Uma das preciosas lições da introdução do livro de Provérbios e que a tradição bíblica de sabedoria começa em Deus (Pv 1.7), Ela se inicia com “o temor do Senhor”, isto é, a reverência a Deus, o amor para com Ele, a confiança nEle e a humildade como consequência da obediência aos seus mandamentos. Aqui, devemos prestar atenção para a expressão “princípio”. Ela refere-se ao que vem primeiro, as condições elementares para dar qualquer passo adiante. O “temor do Senhor” e a condição elementar para conquistar a sabedoria em relação às coisas de Deus, consigo mesmo, com sua família e na relação com a sociedade, Com efeito, todas as questões de nossa vida, bem como nossa relação com o mundo em que vivemos, estarão organizadas quando a nossa relação com Deus estiver em ordem e coerência com Ele. Não há atalhos. Tudo começa em Deus!

 

3. Escolha a sabedoria (Pv 1.20-23).

No versículo 20, a sabedoria está personificada numa mulher que “clama de fora”, isto e, ela clama nas ruas, nas avenidas, nas praças ou em qualquer lugar que o jovem esteja; e os confronta de maneira muito direta: “Até quando vocês serão ingênuos, insistiram em sua ingenuidade” (Pv 1.22 NVT). O ingênuo aqui, ou o néscio, e aquele que carece de prudência e entendimento, não tem convicção própria e, por isso, segue o caminho de qualquer insensato (Pv 1.9).

 

A Sabedoria Bíblica revelada em Deus faz com que o jovem cristão seja responsável pela sua vida diante dEle, bem como diante dos homens (Pv 1.23). Nesse sentido, o livro de Provérbios nos convida a amadurecer, a fim de trilhar o caminho da prudência e da responsabilidade. Provérbios desejam forjar um caráter divino dentro de você.

 

CONCLUSÃO

Nesta lição, introduzimos o estudo ao livro de Provérbios, vimos algumas particularidades desse Livro sagrado, sua organização e propósito. Entretanto, o mais importante é atender ao convite e ao chamado que o livro nos faz para viver em sabedoria. Então, você deseja crescer em sabedoria?


HORA DA REVISÃO

1. O que difere os ensinamentos do Livro de Provérbios dos ensinos de Salmos?

Diferentemente de Salmos, o Livro de Provérbios traz ensinamentos valiosos para a nossa vida prática, ou seja, é um Livro de ética, maneira de viver em Deus, consigo mesmo, em família e em sociedade.

 

2. O que é sabedoria?

Na Bíblia, a palavra “sabedoria” tem a ver com a habilidade de viver no reino de qualquer circunstância sem perder de vista as virtudes que identificaram um modo justo e reto de quem serve a Deus.

 

3. Quais são as principais divisões do livro de Provérbios?

I- Discursos (1-9): II- Coleções de provérbios (10-29) III- Apêndices (3o e 31).

 

4. Qual é o propósito do livro de Provérbios?

O propósito do Livro de Provérbios está exposto na introdução do próprio Livro: “conhecer a sabedoria e a instrução” (Pv 1.2): “para conhecimento e discernimento aos jovens” (Pv 1.4 – NVI) e “para o sábio ouvir e crescer em sabedoria (Pv 1. 5)

5. Onde a tradição de Sabedoria Bíblica começa?

A tradição bíblica de sabedoria começa em Deus (Pv 1.7)


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Lição 13 - As Promessas de Deus são Infalíveis

escola bíblica dominical

Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

Data da aula: 29 de Dezembro de 2024

TEXTO ÁUREO

“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?” (Nm 23.19)

VERDADE PRÁTICA

As promessas de Deus são infalíveis porque Deus e sua Palavra sempre cumprem um propósito.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Rs 8.56

Nenhuma palavra do Senhor caiu sob o ministério de Moisés

Terça - Jr 1.12

O Senhor nosso Deus vela para cumprir sua Palavra

Quarta - Nm 23.19

Deus confirma o que fala,  Ele não mente

Quinta - Ap 13.8

Um plano forjado desde a fundação do mundo

Sexta - 1 Co 15.54

Uma promessa infalível de incorruptibilidade

Sábado - 1 Co 13.12

A promessa infalível de conhecer a Deus como Ele nos conhece

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Salmos 102.25-27; 2 Pedro 3.8-13

Salmo 102

25 - Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos.

26 - Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.

27 - Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.

2 Pedro 3

8 - Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia.

9 - O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.

10 - Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.

11 - Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade,

12 -  aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?

13 - Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.

Hinos Sugeridos:  : 107, 126, 193 da Harpa Cristã

INTRODUÇÃO

A Bíblia revela atributos exclusivos de Deus: sua onipotência, onipresença, onisciência, e, o que enfatizaremos nesta lição, sua imutabilidade. Por isso, Ele não falha em suas santas promessas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A infalibilidade de Deus em suas promessas é um tema de grande valor que fortalece a nossa vida espiritual e aprofunda o nosso relacionamento com Ele.


PALAVRA-CHAVE: Infalibilidade


I – DEUS É INFALÍVEL

1. A infalibilidade de Deus.

O Salmo 102 revela a autoridade de Deus, exemplificada pelo seu governo sobre a Criação (v.25). Contudo, o salmista faz o contraste entre Deus e sua Criação; o que há na Criação um dia passará, envelhecerá e mudará, mas o Criador não muda, Ele permanece para sempre (v.26). A imutabilidade de Deus revela que Ele é infalível (v.27). Por isso que, na Bíblia, não há uma só referência que mostre que Deus falhou em seus planos, palavras e promessas. Ele é absoluto, infalível e imutável.

 

2. Uma promessa infalível.

Em 2 Pedro 3, vemos que o apóstolo Pedro tem o propósito de responder à igreja a respeito da suposta demora do retorno do Senhor Jesus. Ele explica que o tempo de Deus é diferente do nosso, pois Ele é o Criador e nós somos as criaturas (v.8). O motivo de o Senhor ainda não retornar para nos buscar nada tem a ver com alguma falha em sua promessa, mas por sua longanimidade e bondade, pois não deseja que o ser humano se perca (v.9). Ele é paciente. Mas haverá um momento em que o Senhor voltará, surpreenderá a muitos e transformará todas as coisas (vv.10-13). A promessa de sua vinda é infalível.

 

3. A Palavra infalível de Deus.

Ao longo da Bíblia, vemos que Deus cumpre suas promessas, conforme lemos em Reis: “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo” (1 Rs 8.56). Esse texto confirma a infalibilidade de Deus em cumprir suas preciosas promessas. Ele não esquece nenhuma delas, porque é zeloso para cumprir o que prometeu (Jr 1.12). Portanto, a Bíblia, a Palavra de Deus, é a fonte de promessas infalíveis para as nossas vidas.   

 

SINÓPSE I

As promessas de Deus são infalíveis porque o nosso Deus não falha.

 

AUXÍLIO DEVOCIONAL

DEUS É FIEL!

“Talvez você esteja enfrentando águas profundas e duras provações em sua vida. Se este for o caso, caro amigo leitor, busque a Deus e confie em suas promessas. Uma tranquilidade e paz sobrenaturais estão ao seu alcance em qualquer situação. Elas são suas, é só apropriar-se delas. Entregue-se a Deus e às suas promessas — e confie verdadeiramente nEle — e essa paz será sua. Ele lhe dará forças. Deus é fiel!

 

Nunca se esqueça de que nosso Deus cumpre suas promessas. Números 23.19 afirma: ‘Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?’ Antes de morrer, Josué, já em idade avançada, declarou: ‘E eis aqui eu vou, hoje, pelo caminho de toda a terra; e vós bem sabeis, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma que nem uma só palavra caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem delas caiu uma só palavra’ (Js 23.14; veja também 21.45). Tempos depois, Salomão proclamou: ‘Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo’ (1 Rs 8.56). Verdadeiramente, Deus é fiel”. (RHODES, Ron. O Livro Completo das Promessas Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.13)


II – DEUS NÃO MENTE NEM SE ARREPENDE

1. Deus não mente nem se arrepende.

Em Números lemos que Deus “não mente” nem “se arrepende” (Nm 23.19). Ao longo do capítulo 23, há um contexto que reforça a verdade de que o Altíssimo não mente nem se arrepende. 

Por ocasião da tentativa de Balaque em fazer com que Balaão amaldiçoasse o povo de Israel, lemos que, ao introduzir a mensagem da Palavra de Deus que não agradaria a Balaque, o profeta Balaão enfatizou que Ele não mente nem se arrepende para, em seguida, arrematar: “Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoa-do, e eu não o posso revogar” (Nm 23.20). Assim, Balaão não podia fazer o que Deus não havia decretado. 

 

2. Deus se arrependeu?

Em Gênesis 6 lemos que Noé construiu uma arca para a salvação dele, de sua família e dos animais por causa da destruição que viria devido a grande corrupção e violência da sociedade de sua época (Gn 6.3,14; 1 Pe 3.20). Entretanto, esse mesmo texto diz que Deus havia “se arrependido” de ter feito o ser humano, pois “pesou-lhe o coração” ao contemplar o caminho de corrupção e violência que a humanidade decidiu trilhar. Assim, poderíamos nos perguntar: Afinal de contas, Deus se arrepende?   

 

3. Uma aparente contradição.

Em Números lemos que Deus não “se arrepende” (Nm 23.19), em Gênesis, que Ele “se arrependeu” (Gn 6.6). Contudo, em Gênesis 6, o “arrependimento” nada tem a ver com algo que Ele tenha feito de errado, ou alterado um plano original, mas sim com o que a humanidade fez com o plano e o propósito que o Senhor havia delineado para ela desde sempre. Juntamente com a expressão “arrependimento”, a expressão “pesou-lhe em seu coração” traz a conotação humana aplicada a Deus para reforçar a ideia do quanto Ele se entristeceu com a escolha que o ser humano fez.

 

Na Teologia, damos o nome a esse fenômeno presente nas Escrituras de “antropopatismo”, ou seja, a forma que o autor sagrado usa para atribuir características humanas a Deus, no sentido de que a mensagem fosse mais bem compreendida pelo leitor do texto sagrado. Em Gênesis 6, a falha não estava em Deus, mas no ser humano; o “arrependimento” de Deus não era em relação ao seu plano criador, mas ao ato rebelde do ser humano.  

 

SINÓPSE II

O nosso Deus não mente nem se arrepende, pois nEle não há sombra de variação.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

A BASE DA ESPERANÇA DO CRENTE

“Deus nunca falha; nunca hesita; nunca muda. Por sua própria natureza, Ele é fiel e leal às suas promessas e alianças. Mesmo assim, esse atributo de fidelidade de Deus não exclui a possibilidade de Ele alterar seus planos ou intenções sob determinadas circunstâncias. Por exemplo, Deus realmente muda, às vezes, seus planos no tocante ao juízo, em resposta às orações intercessórias do seu povo fiel (ver Êx 32.11,14) ou como resultado do arrependimento de um povo iníquo (Jn 3.1-10;4.2)”.

O alicerce da esperança do crente procede da natureza de Deus, de Jesus Cristo e da Palavra de Deus. As Escrituras revelam como Deus sempre foi fiel, no passado, ao seu povo. O Salmo 22, por exemplo, revela a luta de Davi numa situação pessoal crítica, que ameaça a sua vida. Todavia, ao meditar nos feitos de Deus no passado ele confia que Deus o livrará: ‘Em Ti confiaram nossos pais; cofiaram e tu os livrastes’ (v.4). O poder maravilhoso que o Deus Criador já manifestou em favor do seu povo está exemplificado no êxodo, na conquista de Canaã, nos milagres de Jesus e dos apóstolos, e em casos semelhantes, os quais edificam a nossa confiança no Senhor como nosso Ajudador” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.269, 841).

 

III – AS INFALÍVEIS PROMESSAS DE DEUS

1. Um plano glorioso.

A queda do ser humano não pegou Deus de surpresa. Pelo contrário, havia um plano delineado por Ele desde o início, conforme lemos em Apocalipse: “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Um plano glorioso que, segundo o conselho da sua vontade (Ef 1.11,12), já havia sido planejado por meio de Jesus, o nosso Salvador (Jo 1.1-4). Assim, o mistério da salvação foi revelado como promessa infalível de Deus (Gn 3.15; Jo 3.16).

 

2. A eternidade.

Juntamente com o seu plano de salvação, Deus promete a vida eterna (1 Jo 2.24,25). Isso mostra que não fomos criados para a queda, para a rebelião contra Deus e, consequente, a finitude. Fomos criados para, eternamente, andar e viver na presença de Deus. Dessa forma, o Senhor Jesus é o garantidor da eternidade que um dia experimentaremos por ocasião de sua vinda e transformação do nosso corpo corruptível em um incorruptível, celestial (1 Co 15.54). 

 

3. Esperança forjada na promessa infalível de Deus.

Ao longo dos séculos, o ser humano busca uma maior expectativa de vida. Ele a tem buscado no suporte dos avanços da Medicina, dos novos recursos científicos e tecnológicos à disposição da humanidade. Mas o envelhecimento e a morte são realidades vivenciadas pelo homem, inexoravelmente.

 

Contudo, os que têm a sua esperança forjada na promessa infalível de Deus sabem que nada nesse mundo pode enfraquecer a alegria da salvação que desfrutamos em Cristo Jesus. Compreendemos que a vida é um dom de Deus (Rm 6.23) e que, por isso, de maneira grata e alegre, tomamos a caminhada com Deus até chegar o dia em que o conheceremos como Ele nos conhece (1 Co 13.12).

 

SINÓPSE III

A nossa esperança está forjada na infalibilidade da promessa de Deus.

 

CONCLUSÃO

Concluímos mais um trimestre estudando a respeito das promessas infalíveis de Deus. Aqui, temos a oportunidade de renovar a nossa esperança no Senhor, sabendo que podemos fazer a nossa caminhada com Cristo de maneira confiante e segura, pois o nosso Deus é fiel para cumprir as suas infalíveis promessas. Confiemos em Deus e na força do seu poder!

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que o Salmo 102 revela?

O Salmo 102 revela a autoridade de Deus, exemplificada pelo seu governo sobre a Criação (v.25).

2. O que lemos no Livro de Números, segundo a lição?

Em Números lemos que Deus “não mente” nem “se arrepende” (Nm 23.19).

3. O que tem a ver o “arrependimento” em Gênesis 6?

Em Gênesis 6, o “arrependimento” nada tem a ver com algo que Deus tenha feito de errado, ou alterado um plano original, mas sim com o que a humanidade fez com o plano e o propósito que o Senhor havia delineado para ela desde sempre.

4. De acordo com a lição, como o mistério da salvação foi revelado?

O mistério da salvação foi revelado como promessa infalível de Deus (Gn 3.15; Jo 3.16).

5. O que os que têm a sua esperança forjada na promessa infalível de Deus sabem?

Os que têm a sua esperança forjada na promessa infalível de Deus sabem que nada nesse mundo pode enfraquecer a alegria da salvação que desfrutamos em Cristo Jesus.

🔍Veja também:

LIÇÃO 11 - A PROMESSA DE PROVISÃO

LIÇÃO 12 - A PROMESSA DE VIDA ABUNDANTE


Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

ASSUNTO: AS PROMESSAS DE DEUS: Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu

Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato

Lição 12 - A Promessa de Vida Abundante

Escola Bíblica Dominical

Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD

Data da Aula: 22 de Dezembro de 2024

TEXTO ÁUREO

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.” (Jo 10.9,10)

VERDADE PRÁTICA

O Senhor Jesus tem uma promessa de vida abundante para quem se relaciona com Ele de maneira plena.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 10.10

O Senhor Jesus é a fonte da vida abundante

Terça - 2 Co 5.17

Em Jesus tudo se faz novo em nossa vida

Quarta - At 16.31

A vida abundante em Cristo abrange nossa família

Quinta - 1 Ts 5.16; Pv 17.22

A alegria como característica da vida abundante

Sexta - 1 Ts 5.18; Ef 5.20; Cl 3.17

A gratidão como característica da vida abundante

Sábado - 1 Ts 5.19; 1 Ts 5.17

Vida no Espírito e vida de oração como aspectos da vida abundante

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 10.7-18

7 - Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.

8 - Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.

9 - Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.

10 - O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.

11 - Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

12 - Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.

13 - Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas.

14 - Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

15 - Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas.

16 - Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.

17 - Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.

18 - Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Esse mandamento recebi de meu Pai.

Hinos Sugeridos: 73, 486, 568 da Harpa Cristã

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a promessa da vida abundante prometida pelo Senhor Jesus, conforme João 10. A vida com Cristo se contrasta diretamente com a vida sem Ele. Quando estamos em Cristo, tudo o que ansiamos e desejamos tem outros fundamentos. A vida abundante em Cristo preenche lacunas que, até então, nem imaginávamos que poderiam ser preenchidas. Por isso, a vida abundante é uma promessa que começa e termina em Jesus, pois só mediante um relacionamento pessoal com Ele é possível desfrutar dessa vida.


PALAVRA-CHAVE: VIDA


I – JESUS, A FONTE DE VIDA ABUNDANTE

1. A fonte de verdadeira vida.

O Evangelho de João, no capítulo 10, apresenta o Senhor Jesus como o “Bom Pastor”. Esse Pastor se relaciona com suas ovelhas, as protege, se dirigindo à frente delas, no caminho, para livrá-las do perigo (vv.3,4).

Além dessa imagem de pastor, João 10 também apresenta Jesus como a Porta das Ovelhas (v.7). Essa porta simboliza o caminho de salvação espiritual, em que um relacionamento pessoal e eterno com Deus se torna possível e, tudo o que a ovelha necessita, será encontrado em Deus. Por isso, o nosso Senhor Jesus aparece nesse texto como a fonte da verdadeira vida. Quando o encontramos, podemos viver de verdade, fazendo o bem para glória de Deus.

 

2. A fonte de vida abundante.

Nos versículos 8-10 de João 10, nosso Senhor faz um contraste entre Ele, que é a porta, e os outros que vieram antes dEle, identificados como “ladrões e salteadores” que apenas trazem roubo, morte e destruição; nosso Senhor, pelo contrário, veio trazer vida no lugar da morte e vida com abundância (v.10). Aqui, podemos fazer um contraste entre o agir de Deus e a ação de Satanás e seus demônios. O Diabo, nosso Adversário, busca destruir a nossa vida, o plano de Deus para nós; Deus, por intermédio de seu Filho, nos devolveu a vida, nos amou, salvou, perdoou, apagou os nossos pecados e nos deu a dignidade de salvos em Cristo. Isso é a verdadeira vida que só Deus, mediante sua graça por meio de Cristo, pode nos dar.

 

3. A fonte de amor.

No versículo 11, o Senhor Jesus menciona novamente a imagem do “Bom Pastor” que deu a sua vida pelas ovelhas que, além de proteger e cuidar, Ele as conhece bem; e as ovelhas também o conhecem (v.14). Nosso Senhor afirma que, da mesma forma que Ele é conhecido do Pai, conhece profundamente suas ovelhas e entregou sua vida por elas. Por isso, ninguém pode tirar as suas ovelhas de suas mãos, pois Ele zela por elas. A relação com suas ovelhas é baseada no amor que pode ser testemunhado no relacionamento de nosso Senhor com a Santíssima Trindade (vv.15,17). Dessa forma, o Senhor Jesus é a fonte de amor entre o Bom Pastor e suas ovelhas. Ele é a nossa fonte transbordante de vida verdadeira e abundante.

 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“10.11 EU SOU O BOM PASTOR.

(1) Esta metáfora (isto é, uma imagem simbólica) ilustra o cuidado carinhoso e devoto para com seus seguidores. Ele está constantemente olhando para eles com o intuito de orientá-los e mantê-los longe do mal.

(2) A característica distinta que Cristo tem como Supremo Pastor é sua disposição de morrer por suas ovelhas. Sua morte na cruz resgata e salva espiritualmente aqueles que optam por segui-lo [...].

(3) [...] Os verdadeiros líderes espirituais se importam com suas ovelhas (isto é, as pessoas que eles conduzem ou influenciam)” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global, editada pela CPAD, p.1874.

 

SINÓPSE I

Jesus é a fonte da verdadeira vida, da vida abundante e de amor.


II – A VIDA ABUNDANTE

1. O conceito de vida abundante.

Mediante o relacionamento que estabelecemos com Deus por meio de Jesus, o nosso Pastor, podemos comentar a respeito do que significa a “vida abundante”, mencionada pelo nosso Senhor em João 10.10. 

Sabendo que o ser humano tem necessidades físicas, emocionais e espirituais, podemos afirmar que  a vida abundante prometida pelo nosso Senhor preenche também as esferas do corpo, da alma e do espírito. Trata-se de uma nova vida integral em Cristo em que tudo se faz novo e se torna em autêntica novidade de vida (2 Co 5.17).   

 

2. A vida abundante também influencia a família.

No episódio bíblico, na ocasião da libertação de Paulo e Silas da prisão, o carcereiro, apavorado, perguntou a Paulo o que podia fazer para ser salvo. De modo que o apóstolo Paulo respondeu: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31). A salvação em Cristo não se aplicaria apenas ao carcereiro mas, de maneira abrangente, a toda a sua casa. E não se resumiria apenas ao livramento físico de uma punição do Estado, mas a um novo tipo de vida para o carcereiro e toda sua família. Assim, aprendemos que a vida abundante, prometida por Jesus, abrange os nossos familiares.

 

3. Diversas bênçãos provenientes da vida abundante.

Quando passamos a ter um relacionamento pleno com Cristo, e, por isso, desenvolvemos a vida abundante, passamos a desfrutar de copiosas bênçãos, dentre as quais podemos destacar: a paz em Deus e a tranquilidade nas decisões, pois trata-se de uma realidade prometida pelas Escrituras para quem tem uma vida abundante (Jo 14.27; Rm 5.1); a prática do amor (Jo 13.34,35); a vida em unidade (Sl 133; Gl 5.13-15); o cultivo da esperança (Rm 5.5); a perseverança na paciência (Lc 21.19; Rm 5.4). Tudo isso são bênçãos de uma vida abundante em Cristo Jesus que contrasta com a vida vazia de sentido de outrora. 

 

SINÓPSE II

A vida abundante, prometida por Jesus, preenche as esferas do corpo, da alma e do espírito do ser humano.

 

AUXÍLIO DEVOCIONAL

FELICIDADE PLENA

“[...] Viver de modo inteligente, saudável e para a glória de Deus é um aprendizado diário. Assim como Salomão vivemos várias estações em nossa vida e não podemos desprezar nenhuma delas. Cada uma é única, e somos responsáveis por torná-las especiais; por isso, meu último conselho é para que você viva cada dia como se fosse o seu último. Não tenha medo de ser feliz, de sorrir, de viver. Temos um Deus que ama a vida, mas muitos crentes parecem ter medo da felicidade e acreditam que o crente autêntico tem que estar sempre sisudo, enfrentando uma dificuldade. Se tudo vai bem, acham logo que tem algo errado. Tenho consciência de que vivemos numa sociedade hedonista, onde as pessoas estão obcecadas pelo prazer. Todos querem ser felizes a qualquer custo, mas onde encontrar a tão sonhada e falada felicidade?” (BUENO, Telma. Igreja Saudável - Educando para uma Vida Plena. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.119).

 

III – O QUE IDENTIFICA A VIDA ABUNDANTE

1. A alegria do Senhor.

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo escreveu aos tessalonicenses, exortando: “Regozijai-vos sempre” (1 Ts 5.16). No Antigo Testamento, Neemias disse: “A alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10). Logo, a alegria faz parte da identidade de quem se relaciona com Deus e vive uma vida abundante; é uma virtude citada pelo apóstolo Paulo em Gálatas (Gl 5.22). Em Provérbios, o sábio diz que a alegria é “um bom remédio” (Pv 17.22). Essa virtude mostra que estamos bem, em paz e cheios de vigor. Isso é vida abundante!

 

2. Gratidão por tudo.

A gratidão é uma virtude cristã que revela humildade e, ao mesmo tempo, dependência total de Deus acerca de tudo o que acontece em nossas vidas. Na vida abundante, no lugar de murmurar ou reclamar das coisas, aprendemos a dar graças por tudo o que Deus tem feito de bom por nós: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1 Ts 5.18). Assim, a virtude da gratidão é plenamente coerente com a vida abundante, pois, em Deus, nos sentimos satisfeitos e plenos. Demos sempre graças em tudo (Ef 5.20; Cl 3.17)!

 

3. Vida no Espírito, vida de oração.

Na vida abundante, o Espírito Santo preenche o crente. A Bíblia diz que para viver no Espírito, devemos estar inclinados às coisas do Espírito (Rm 8.5-11). Então, é preciso ser cheio do Espírito e andar nEle para termos a vida plena. Jamais podemos extinguir o Espírito (1 Ts 5.19).Um elemento indispensável para quem vive no Espírito é o cultivo de uma vida de oração. Mais uma vez o apóstolo Paulo nos exorta: “Orai sem cessar” (1 Ts 5.17).  Em todo o tempo, precisamos reconhecer que, na rotina da nossa vida, devemos ter sempre uma ocasião para orar, quer em casa, quer no trabalho,  ao acordar ou ao se deitar; o apóstolo continua a nos exortar: “Perseverai em oração” (Cl 4.2).

 

SINÓPSE III

O que identifica a vida abundante são a alegria do Senhor, a gratidão e a vida cheia do Espírito.  

 

AUXÍLIO DEVOCIONAL

A PLENITUDE DA VIDA EM DEUS

“Todos nós, como humanos, compartilhamos um desejo universal de sermos completos, para curtir a plenitude de realização do nosso destino planejado por Deus.

 

[...] Você pode ser solteiro ou casado, jovem ou velho. Pode ter sofrido abuso inimaginável ou vivido uma vida encantadora. Pode ter um Ph.D. ou ter abandonado o Ensino Médio. Não importa a sua bagagem ou conhecimento, sabemos, pelo menos, uma coisa sobre você. Cada momento do dia você está se movendo de ou em direção à pessoa que Deus planejou que se tornasse.

 

[...] Quando você atingir o nível de saúde e plenitude que estamos descrevendo, começará a se sentir, singularmente, bem consigo mesmo. Não o tipo de bem que é egoísta, mas o tipo de bem que faz de você um ser humano positivo, generoso e atencioso. Não apenas vai levá-lo a se sentir bem, mas a ser bom. Você vai se pegar expressando todo tipo de amor e simpatia natural e fluente pelos outros. E será tão contagiante que sua comunidade inteira de amigos e familiares — até mesmo desconhecidos que encontrar — notará sua vida se movendo em direção a uma alegria pessoal e amor altruísta” (WARREN, Neil Clarck; PARROTT, Les. A Vida dos seus Sonhos. Rio de Janeiro: CPAD, pp.14,15).

CONCLUSÃO

O Senhor Jesus é a fonte da vida abundante, pois Ele mesmo nos prometeu. Essa promessa está disponível a cada crente que desenvolve um relacionamento pessoal com nosso Senhor. Nesse relacionamento, a nossa família é abençoada, podemos desfrutar de copiosas bênçãos, além de andarmos em alegria, e gratidão em Espírito. A vida abundante em Cristo é a nova vida que Ele prometeu para os que creem nEle como Salvador e Senhor.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como João 10 apresenta o Senhor Jesus?

O Evangelho de João, no capítulo 10, apresenta o Senhor Jesus como o “Bom Pastor”.

2. Quem é a fonte da vida abundante?

O Nosso Senhor Jesus.

3. O que acontece quando passamos a ter um relacionamento pleno com Cristo?

Quando passamos a ter um pleno relacionamento com Cristo passamos a desfrutar de copiosas bênçãos: a paz em Deus e a tranquilidade nas decisões (Jo 14.27; Rm 5.1); a práticar do amor (Jo 13.34,35); a vida em unidade (Sl 133; Gl 5.13-15); o cultivo da esperança (Rm 5.5); a perseverança na paciência (Lc 21.19; Rm 5.4).

4. O que a virtude da alegria mostra?

Essa virtude mostra que estamos bem, em paz e cheios de vigor.

5. De acordo com a lição, o que a virtude da gratidão revela?

A gratidão é uma virtude cristã que revela humildade e, ao mesmo tempo, dependência total de Deus acerca de tudo o que acontece em nossas vidas.

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Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato