Lição 4 Uma firme decisão de não se contaminar | Classe dos jovens

NA COVA DOS LEÕES  Subtítulo: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nosso Dias

Revista: CPAD | Classe dos jovens | Trimestre: 3° de 2024

🎓 REVISTA: NA COVA DOS LEÕES - O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nosso Dias

✍Comentarista: Valmir Nascimento


TEXTO PRINCIPAL

“E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.” (Dn 1.8)


RESUMO DA LIÇÃO

A fidelidade a Deus implica em força de caráter e conduta íntegra para preservar os valores da vida cristã.


LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – 1Pe 3.16 Uma boa consciência

TERÇA – 2Tm 7.17 Deus não nos deu o Espírito de temor

QUARTA – Lc 16.10 Fidelidade em tudo

QUINTA – Pv 11.3 A sinceridade dos íntegros

SEXTA – 1 Pe 3.16 Com mansidão e temor

SÁBADO – Ef 5.26 Purificando pela Palavra


OBJETIVOS

1 - ANALISAR a decisão de Daniel de não participar do banquete do rei;

2 - REFLETIR sobre o firme propósito de Daniel de não se contaminar;

3 - MOSTRAR o resultado da fidelidade a Deus.


INTERAÇÃO

Prezado (a) professor(a), um dos aspectos mais notáveis no livro de Daniel é que a sua ênfase inicial não recai nas profecias, mas nas experiências e demonstração de força de caráter dos jovens hebreus, isso realça que a verdadeira espiritualidade começa em um interior transformado que se recusa a se contaminar. Nesta lição, veremos como Daniel rejeitou decisivamente participar da farta comida real, para preservar a pureza e manter a sua Lealdade exclusivamente a Deus. Tudo começou com o compromisso enraizado em seu coração, uma referência bíblica ao centro do pensamento e emoções humanas, É relevante destacar, nessa aula, que agir como Daniel implica ter a mente de Cristo (2 Co 2.16). Ela decorre de uma vida transformada, de sorte que nossos pensamentos e a nossa visão de mundo são direcionados pela vontade do Senhor.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado (a) professor(a), para contextualizar o ensino desta Lição, escreva no recurso visual disponível em sala de aula (quadro, flip-chat, data show) a palavra ‘APATEÍSMO‘. Pergunte aos alunos se já ouviram este termo. Depois, explique que se trata de uma junção das palavras “apatia” e “ateísmo/ateísmo”, e representa uma postura de desinteresse e desprezo em relação a crença ou descrença em Deus. O apateísmo não é um tipo de crença ou uma visão de mundo, mas uma atitude de indiferença em relação às questões espirituais. É cada vez mais comum entre jovens, até mesmo dentro da igreja. Conclua destacando que os jovens hebreus não foram apáticos em nenhum momento, mas demonstraram paixão e fervor espiritual.


TEXTO Bíblico

Daniel 1.11-16

11 Então, disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias

12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos dêem legumes a comer e água a beber.

13 Então, se veja diante de ti a nossa aparência e a aparência dos jovens que comem a porção do manjar do rei, e, conforme vires, te hajas com os teus servos,

14 E ele conveio nisso e os experimentou dez dias.

15 E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores: eles estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam porção do manjar do rei.

16 Desta sorte, o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho que deviam beber e lhes dava legumes.


INTRODUÇÃO

Um dos segredos da vida vitoriosa de Daniel foi sua firmeza de caráter. Desde o início ele expressou profunda convicção em Deus e força de vontade para resistir a contaminação na Babilônia, Tendo como referência o episódio no qual o jovem hebreu se recusou a partilhar das finas iguarias do rei, nesta lição aprenderemos que pequenos gestos podem resultar em grandes vitórias.



I – O BANQUETE DO REI

1. A oferta do manjar. 

Durante o período de treinamento para o serviço da corte, os jovens cativos estariam submetidos a uma dieta diária específica (Dn 1.5), Eles deveriam se alimentar da mesma refeição que era servida ao rei. Para o senso natural isso seria uma grande oportunidade, O simples fato de não precisarem fazer a própria comida já seria uma boa notícia, não é mesmo? Além disso, eles teriam o privilégio de desfrutar dos banquetes reais e da melhor comida e bebida servidas no palácio. Poderia parecer para alguns a chance perfeita de adquirir status. Daniel, porém, era um jovem espiritual, e seu coração não estava na satisfação momentânea. Seu propósito não era agradar o rei da Babilônia, mas o Rei do Universo.


2. Uma decisão firme. 

O texto bíblico ressalta que Daniel propôs em seu coração não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia, pedindo que ele e seus amigos fossem dispensados (Dn 2.8). Eles se alimentavam somente de legumes. Foi uma decisão convicta e com firmeza. Antes de dizerem “não” ao rei, os quatro rapazes haviam dito ‘sim’ a Deus. Antes de expressar em palavras o que queriam, eles estavam preparados para se absterem da contaminação. Foi a manifestação de uma fé firme e sincera (1 Pe 3.16; 5.9; 2Tm 1.5). A recusa em participar dos manjares foi um ato de bravura prudente. A vida deles estava em perigo, mas mesmo assim, manifestaram o protesto, Uma fé verdadeira não compactua com a covardia (2Tm 1.7). Infelizmente, o medo da rejeição social tem levado muitos ao fracasso espiritual, negando a fé e os valores cristãos.


3. Uma decisão pequena, mas poderosa. 

Para alguns, aceitar uma simples refeição ou um pequeno convite não faz qualquer diferença. Eles poderiam pensar em ter feito somente essa concessão, acreditando – como muitos – que não haveria maiores repercussões na vida: ‘Não tem problema fazer só isso’. Talvez, eles estivessem sendo exagerados com a decisão, muitos poderiam dizer. Contudo, eles sabiam que pequenas decisões provocam grandes consequências (Gl. 6.7). Tinham consciência que ceder um pouco seria abrir a porta para o pecado entrar.


SUBSÍDIO 1

[…] A igreja permanece verdadeira ao seu caráter, preservando sua distinguibilidade. Ela não faz nenhum favor à sociedade adaptando-se à cultura popular prevalecente, porque falha em sua tarefa justamente no ponto em que deixa de ser ela mesma. A igreja não tem uma ética social mas é uma ética social, […] na medida em que é uma comunidade que pode ser claramente distinta do mundo. Pois o mundo não é uma comunidade e não tem tal história, visto que está baseado na pressuposição de que os seres humanos, e não Deus, governam a história. Quando a igreja adota uma ética moral formada pela cultura popular prevalecente, está negando sua natureza. Antes, a igreja tem de expressar a ética social que já encarna: tem de transmitir a história de Cristo, uma história que continuamente causa impacto nas relações sociais dos seres humanos.’ (Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.314.)

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II - O FIRME PROPÓSITO DE NÃO SE CONTAMINAR


1. Contra a contaminação. 

Apesar da ausência de detalhes no relato, há diversas razões para Daniel ter se recusado a comer da mesma refeição do rei, O sentido original da palavra ‘contaminar’ indica algo impuro ou manchado. Eles queriam se manter puros. A primeira explicação estaria no cuidado dos jovens em não violar as leis alimentares estabelecidas aos israelitas (Lv 11; 17.11). Os alimentos também poderiam ter sido sacrificados aos ídolos, ou de algum modo faziam parte de rituais do paganismo babilônico, contrariando a lei mosaica (Dt 6.13-15).


2. Cuidado com as companhias.

A razão mais aceita para motivar a recusa dos jovens, liderados por Daniel, seria o cuidado para não partilhar habitualmente a mesa com o rei. Na antiguidade, participar da mesma refeição era um ato que demonstrava comunhão, algo que Daniel não estava disposto a fazer. Sua fidelidade era inteiramente a Deus. Uma coisa é o crente se relacionar socialmente com descrentes e pessoas que não possuem as mesmas convicções que as suas, outra é manter comunhão. O apóstolo Paulo, igualmente, adverte sobre o cuidado que devemos ter com quem nos associamos (2 Co 5.9-11). Isso nos leva a refletir sobre as pessoas com quem convivemos. São pessoas que nos inspiram para o bem e querem o melhor para as nossas vidas? Ou são pessoas tóxicas cuja proximidade poderá nos destruir? Até nos relacionamentos é preciso ser firme para evitar contaminações (2 Co 15.33.


3. Gentileza e favor divino. 

Ao formular o pedido a Aspenaz, Daniel foi firme e ao mesmo tempo gentil. Isso foi uma atitude de sabedoria e educação. Ao defendermos a nossa fé diante dos outros devemos ser mansos e educados (1 Pe 3.15). Coragem sem prudência e tolice. Outro aspecto importante a ser observado nesse episódio é que Deus concedeu a Daniel misericórdia (Dn 1.9). A Bíblia está mostrando, mais uma vez, que tudo o que alcançamos na vida deve-se ao favor divino, a sua imensa graça. Apesar de todo empenho e dedicação de Daniel, todo o mérito estava no Senhor.


SUBSÍDIO 2

“Pelo fato de ser uma atitude de vida, manifesto pela apatia religiosa e espiritual, o apateísmo pode aparecer até mesmo naqueles que afirmam pertencer a alguma fé. Um estudo recente da Lifeway Research descobriu que a apatia dentro da igreja foi citada como o desafio mais comum enfrentado pelos pastores hoje. Realizada em 2021, a pesquisa apontou que 75% dos pastores pesquisados listaram “apatia ou falta de compromisso das pessoas” quando solicitados a identificar aquela “dinâmica das pessoas” que consideram desafiadora em seu ministério. De fato, a apatia pode manifestar-se na vida daquele que se diz cristão. 


Embora se declare crente, ele deixa de frequentar a igreja e de ter comunhão com os irmãos. Embora seja membro da igreja, não se preocupa em aplicar os princípios morais e espirituais das Sagradas Escrituras em sua prática de vida pessoal[, familiar e profissional, como resultado não das fragilidades humanas, mas pela falta de compromisso e desinteresse em viver como um seguidor de Cristo. Neste horizonte, é possível dizer que, nos últimos tempos, uma das maiores ameaças ao testemunho cristão não é o ateísmo, o neoateísmo ou agnosticismo, mas o apateísmo. A igreja é mais desafiada pelo desinteresse dos descrentes, do que pelos seus argumentos; mais ameaçada pela indiferença espiritual dos cristãos do que pelos ataques frontais à fé cristã. Seja como for, ao enfrentar esse desafio, a comunidade cristã há de repensar a maneira como defende a fé. A igreja é instada a recordar que os obstáculos colocados no caminho que conduz a Cristo e o abismo cultural que separa as pessoas do evangelho mudam com o decorrer do tempo. Cada época tem seus desafios e empecilhos próprios, e isso exige consequentemente a adaptação da apologética, para que possa responder de forma efetiva as demandas do seu contexto social. Em nossos dias, a apologética que se vale somente de argumentos lógicos e evidências materiais é incapaz de responder as perguntas e atender aos anseios das novas gerações, submersas em uma cultura frágil, alienada e ansiosa, onde as questões intelectuais se encontram em segundo plano. 


O escritor Josh McDowell um dos mais renomados apologistas cristãos das décadas de 80 e 90, que usava uma metodologia tradicional para a defesa da fé cristã, percebeu a necessidade de uma nova abordagem apologética. Em seu livro Razões para Crer, depois de apresentar um panorama da juventude da atualidade, ele escreve que “os jovens cristãos de hoje precisam mais do que uma postura estritamente modernista, que apele para o intelecto, E precisam muito mais do que o ponto de vista pós-moderno, que rejeita a verdade e exalta a experiência pessoal. Eles precisam de algo que dê sentido relacional para a vida. Isso não significa, obviamente, desprezar os argumentos e as evidências que comprovam a veracidade das Escrituras, mas ter em mente que as questões volitivas e existenciais ocupam lugar de destaque na mentalidade contemporânea. O problema da apatia e do desinteresse em relação a religião envolve falta de vontade, a partir da compreensão de que a existência de Deus e irrelevante para a sua vida em particular e para a sociedade em geral Uma apologética sabia precisa reagir e responder (1 Pedro 3.15) de forma adequada aos questionamentos do tempo presente, evidenciando, além da racionalidade da fé cristã, as suas contribuições para a sociedade, a coerência de suas doutrinas fundamentais e o sentido que proporciona a vida humana.” (NASCIMENTO. Valmir. Lições Bíblicas Jovens, Rio de Janeiro: CPAD, 2024).


III – O RESULTADO DA FIDELIDADE A DEUS

1. A prova de Daniel. 

Embora fosse simpático para com os rapazes, o oficial tinha receio do desfecho, Ele temia perder a sua vida, caso os jovens se mostrassem com aparência menos saudável ao se apresentarem diante do rei, em comparação com os demais (1.10). Daniel propõe então um teste: durante dez dias eles comeriam somente legumes e beberiam somente água. Ao final desse período, poderiam ser inspecionados junto com os outros. A audaciosa prova proposta por Daniel mostra que o servo de Deus não precisa temer os desafios do mundo. Isso não significa sair por aí querendo demonstrar superioridade, e sim, confiança no Senhor, Depois dos dez dias, os hebreus se apresentaram com melhor semblante e mais fortes que os outros jovens que comiam do manjar do rei da Babilônia (1.15), Esse é o resultado de servir e ser fiel ao Senhor. Ninguém perde coisa alguma quando se recusa a comprometer a sua fé.


2. O Senhor garante e aprova. 

Passado algum tempo, os jovens foram conduzidos diante de Nabucodonosor (1.18-20). Depois de lhes fazer perguntas para medir o conhecimento, descobriu que se tratavam dos jovens mais sábios do seu reino, superando a todos. Não eram somente eruditos, mas também piedosos e tementes a Deus. Daniel, em especial, recebeu do Senhor o dom de interpretar todo tipo de visões e sonhos (1.17). Isso nos faz perceber que é possível conciliar conhecimento, com graça; inteligência com poder. Os quatro moços foram aprovados por Nabucodonosor, mas antes disso foram aprovados por Deus, alcançando posição de destaque. Esse é o resultado de servir e ser fiel ao Senhor. Em uma sociedade que gosta de fazer comparações, que mede as pessoas pelo desempenho e coloca a todos nos mesmos moldes e padrões, devemos ter o entendimento de que somos diferentes e nossos métodos são distintos do mundo. Vale a pena ser cristão. Vale a pena ser puro, Vale a pena ser fiel!


3. Rejeitando as tentações do mundo. 

É importante lembrar que a rejeição dos “manjares do mundo” não se limita apenas a banquetes extravagantes, mas abrange todas as áreas da vida. Um coração incontaminável demonstra firmeza ao dizer “não” não apenas a pornografia e a fornicação, mas também a idolatria e a todas as obras da carne (GL 5.19-21). Num mundo de apatia e indiferença espirituais, esta postura é um lembrete constante da importância de permanecer fiel aos princípios espirituais, independentemente das tentações que possam surgir no caminho.


CONCLUSÃO

Como manter a pureza de caráter em meio a uma sociedade corrompida? Como foi possível aprender com Daniel, a resposta a esta pergunta tem início com uma resolução firme que nasce no coração. A conduta íntegra simplesmente resulta desse compromisso interno com a intenção de agradar a Deus.


HORA DA REVISÃO

1. Diante do manjar oferecido pelo rei, o que Daniel propôs em seu coração? 

Daniel propôs em seu coração não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia, pedindo que fossem dispensados (Dn 1.8).


2. Como Daniel agiu ao formular o pedido a Aspenaz? 

Daniel foi firme e ao mesmo tempo gentil.


3. No lugar da comida do rei, qual foi a proposta feita por Daniel? 

Durante dez dias eles comeriam somente legumes e beberam somente água


4. Ao final dos dez dias, como se apresentam Daniel e seus amigos? 

Depois dos dez dias os hebreus se apresentaram com melhor semblante e mais fortes que os outros jovens que comiam do manjar do rei da Babilônia (1.15).


5. Que tipos de banquetes o mundo tem oferecido aos jovens da atualidade? 

Resposta livre.



Subsídio EBD Lição 13: O Poder de Deus na Missão da Igreja

subsídios ebd Lição 13: O Poder de Deus na Missão da Igreja

Subsídios lição 13 do 1° trimestre de 2024

Este artigo tem por objetivo auxiliar os professores da escola bíblica dominical da classe ADULTOS (CPAD)

O Espírito Santo é uma pessoa divina que desempenha um papel fundamental na vida dos cristãos. Ele é o nosso Consolador, o nosso Guia e o nosso Poder. A influência do Espírito Santo é claramente evidente no ministério de Jesus e na igreja primitiva.


Nesta lição, examinaremos a influência do Espírito Santo no ministério de Jesus e na igreja primitiva. Também veremos como essa influência pode nos motivar a fazer missões no poder do Espírito.

I - A INFLUÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DE JESUS E NA IGREJA PRIMITIVA


1. A Necessidade Imperiosa do Espírito Santo

A) Testemunhas Capacitadas

O Evangelho de Lucas e o Livro de Atos, ambos escritos pelo próprio Lucas, oferecem uma perspectiva clara sobre a importância vital do Espírito Santo na vida dos cristãos. Lucas destaca que a atuação do Espírito é a pedra angular que capacita os seguidores de Cristo a serem testemunhas eficazes do Senhor. Essa capacitação é intrinsecamente ligada ao revestimento do poder do Espírito, referido por Jesus como o "poder do alto" (Lucas 24.49).


A promessa de serem testemunhas capacitadas não é apenas uma sugestão, mas uma necessidade imperiosa. Lucas, ao relatar o ministério de Jesus e a trajetória da igreja primitiva, ressalta que, sem a atuação do Espírito Santo, a qualificação para testemunhar seria incompleta.


B) Poder do Alto

Após sua ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos em várias ocasiões, durante as quais ele os instruiu e os preparou para sua missão de espalhar o evangelho pelo mundo. Em uma dessas ocasiões, Jesus falou sobre a importância de serem testemunhas capacitadas. Ele disse:


"Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; ficai, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder" (Lucas 24:49).


Nessa passagem, Jesus faz uma clara conexão entre a promessa de testemunhas capacitadas e o revestimento do poder do Espírito. O poder do Espírito é essencial para que os cristãos sejam eficazes em sua missão de testemunhar de Jesus Cristo.


C) Ministério de Jesus e o Modelo

O ministério de Jesus Cristo é o modelo para todo o ministério cristão Jesus realizou a obra de Deus no poder do Espírito. Ele foi capacitado pelo Espírito para pregar, ensinar, curar e realizar milagres. Ele dependia do Espírito para exercer o ministério.


Começando pela capacitação para pregar, podemos citar Lucas 4:18, onde Jesus se levanta na sinagoga e lê as palavras do profeta Isaías: "O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos."

 

Quanto ao ensino, João 14:26 destaca a promessa de Jesus sobre o papel do Espírito Santo no processo de ensino: "Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito."


Para ilustrar a capacidade de curar pelo poder do Espírito, podemos mencionar Atos 10:38, onde Pedro resume o ministério de Jesus: "Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele."


E, finalmente, no que diz respeito aos milagres, podemos recorrer a Mateus 12:28, onde Jesus afirma: "Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós."

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Implicações para a vida cristã

As implicações do ministério de Jesus para a vida cristã são profundas. Elas nos ensinam que:


O ministério cristão deve ser realizado no poder do Espírito Santo.

Os cristãos precisam depender do Espírito Santo para serem eficazes em seu ministério.

O Espírito Santo capacita os cristãos para realizarem grandes coisas para o reino de Deus.


2. O Enchimento do Espírito como Experiência Necessária


A) Início do Ministério e Missão da Igreja

O exemplo de Jesus estabelece um padrão: o início do ministério após o enchimento do Espírito Santo. Da mesma forma, a igreja é convocada a começar sua missão após ser revestida desse poder.


Em Lucas 4:1-2, está escrito: "E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo."

Aqui, fica evidente que Jesus iniciou Seu ministério cheio do Espírito Santo, indicando a importância desse evento para o início de Sua missão.


Para estabelecer a conexão entre a igreja e o revestimento de poder para a missão, podemos recorrer a Atos 1:8, onde Jesus instrui os discípulos antes de Sua ascensão: "Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra." Essa passagem destaca claramente a necessidade do poder do Espírito Santo para o início efetivo da missão da igreja.


B) Capacitação Contínua

O Senhor Jesus não apenas iniciou seu ministério cheio do Espírito, mas dependeu continuamente dEle. A igreja, em sua missão, é chamada a uma dependência constante do Espírito Santo para eficácia e impacto duradouro.


A passagem de Efésios 5:18 (NAA) é uma excelente referência para respaldar a dependência da igreja no Espírito Santo. Paulo escreve aos Efésios, instruindo-os da seguinte maneira: " E não se embriaguem com vinho, pois isso leva à devassidão, mas deixem-se encher do Espírito." Essa exortação é uma clara indicação da importância de a igreja depender continuamente do Espírito Santo para sua orientação e poder.


Ao abordar a dependência do Espírito Santo na oração, Romanos 8:26 (NAA) destaca: " Da mesma maneira, também o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza. Porque não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis."

Aqui, percebemos que a eficácia da oração da igreja está ligada à assistência do Espírito Santo.

 

Em Atos 4:31, após uma oração coletiva dos discípulos, é registrado: "Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos foram cheios do Espírito Santo e, com ousadia, anunciavam a palavra de Deus."


Essa experiência ilustra vividamente como a dependência do Espírito Santo resulta em ousadia e impacto na proclamação do Evangelho.


Além disso, Gálatas 5:16 ressalta a importância de andar no Espírito diariamente: "Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne." Essa exortação enfatiza a necessidade contínua de depender do Espírito para resistir às tentações e viver uma vida que glorifica a Deus.

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Lição 2 Ordenança para participar da Ceia do Senhor (Editora Betel)

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Comentarista: BISPO ABNER FERREIRA

TEXTO ÁUREO

“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. 1 Coríntios 11.28

VERDADE APLICADA

A Ceia do Senhor aponta para a continuidade de nossa comunhão com o Senhor pela Nova Aliança.


OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar os direcionamentos da Ceia do Senhor.

Ressaltar a importância da Ceia para o cristão.

Falar sobre a relevância da Ceia do Senhor para a Igreja.


TEXTOS DE REFERÊNCIA

1CORÍNTIOS 11

23- Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão,

24- E, tendo dado graças, o partiu, e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.

25- Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

26- Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Mt 26.26-29

A instituição da Nova Aliança.

TERÇA | Lc 22.7-20

A última Páscoa e a Ceia do Senhor.

QUARTA | Jo 6.51-57

Jesus é o pão da vida para os que creem.

QUINTA | At 2.46-47

A perseverança da Igreja Primitiva.

SEXTA | At 20.7

O partir do pão e o primeiro dia da semana.

SÁBADO | 1Co 11.17-34

O modo de celebrar a Ceia do Senhor.


HINOS SUGERIDOS: 233, 301, 328

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que os crentes sejam motivados a participar regularmente da Ceia do Senhor.


ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1- Os direcionamentos da Ceia do Senhor

2- A importância da Ceia para o cristão

3- A relevância da Ceia para a Igreja

Conclusão


INTRODUÇÃO

Estudaremos na presente lição sobre a Ceia do Senhor, destacando o momento da instituição pelo Senhor Jesus, a relevância da observação por parte da Igreja, alguns preciosos ensinamentos e a sua significância conforme encontramos nas Escrituras.


PONTO DE PARTIDA: A Ceia fala perdão, de comunhão e amor .

1. OS DIRECIONAMENTOS DA CEIA DO SENHOR

Paulo nos dá uma aula de como podemos participar da Ceia do Senhor, sem ignorar os seus envolvimentos e suas implicações. Pois não é um ato inconsciente nem um ritual vazio, frio e sem emoção, mas algo espiritual e repleto de significados de alta relevância. Ele disse que recebeu do Senhor e passa a nos ensinar. A Ceia do Senhor serve para edificação, exortação e consolação.


1.1. Direciona para Jesus no passado.

“(…) Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” [1Co 11.25]. Tenham memória, recordem-se, lembrem-se, isso tem grande significado. O sangue de Jesus vertido na cruz do Calvário. O Seu corpo dilacerado. Tudo isso por vossa causa, por amar vocês (Lm 3.21]. Precisamos ser eternamente gratos pela entrega de Jesus na cruz do Calvário, Ele se fez pecado por nós. Quem deveria estar lá éramos nós, mas Ele pagou a dívida em nosso lugar.

 

Stanley M. Horton: “O modo neotestamentário de entender o significado por “lembrança” (gr. Anamnesis) é transportar uma ação enterrada no passado, de tal maneira que não se percam a sua potência e a ritualidade originais, mas sejam trazidas para o momento presente”. Paulo diz o que representa: “Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão.” [1Co 10.16-17].

 

1.2. Direciona para Jesus no presente.

 “Fazei isto, todas as vezes que beberdes” [1Co 11.25]. Estamos fazendo hoje para aumentar a nossa intimidade e a nossa comunhão com Ele? Estamos vivendo o Novo Pacto feito por Jesus? O texto de Mateus 26.26-28 não dá margem para dizermos que Jesus Cristo afirmou que o pão era literalmente o Seu corpo e que o vinho era literalmente o Seu sangue. Trata-se de uma linguagem figurada que o Senhor usou para comunicar de forma mais compreensível o ato da cruz do Calvário [Jo 6.53, 56]. Ele ressuscitou, isto é, Ele está vivo e habita em nós.

 

Stanley M. Horton: “A expressão “Mesa do Senhor” sugere estar Ele está presente como verdadeiro anfitrião, aquele que transmite o sentido de terem os crentes, nEle, segurança e paz”. Myer Pearman: “A Ceia do Senhor é o rito de comunhão e significa a continuação da vida espiritual”. Ao participar da Ceia eu continuo falando sim para o Senhor e amando a Jesus e Sua Igreja.

 

1.3. Direciona para Jesus no futuro.

“Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.” [1Co 11.26]. O futuro aponta para a volta de Jesus. Ele brevemente voltará. A Igreja não pode se calar. Deve sempre anunciar que Ele nos amou, morreu para nos salvar, ressuscitou ao terceiro dia e está assentado à destra de Deus Pai e intercede por nós [Rm 8.34]. A ressurreição de Cristo é que nos deu graça e nos deu vida e vida abundante. Agora aguardamos a bem aventurada esperança, o glorioso dia quando cearemos com o Salvador no Reino do Seu Pai [Mt 26.29].

 

Stanley M. Horton: “Há um sentido futuro neste relembrar, sendo que a comunhão da que o crente agora participa com o Senhor não é o ponto final. Neste sentido futuro, a Ceia do Senhor tem uma dimensão escatológica. Ao participarmos dela, antecipamos a alegria pela sua segunda vinda e pela reunião da Igreja com Ele para toda a eternidade.”

 

EU ENSINEI QUE:

A Ceia do Senhor serve para edificação, exortação e consolação.

 

2. A IMPORTÂNCIA DA CEIA PARA O CRISTÃO

A Ceia do Senhor é algo sagrado de que não se pode participar com irreverência. É preciso ter cuidado para evitar sempre a indiferença, falta de conhecimento do seu real significado, da boa consciência dos pecados cometidos que precisam de perdão. Muitos participam da Ceia com exaltação espiritual como se fossem mais crentes do que os outros. A comunhão envolve santidade, mas também simplicidade e humildade.

 

2.1. A importância de examinar a si mesmo.

A chamada é para nos examinarmos e não os outros [1Co 11.28-29]. Fazer um autoexame, fazer uma análise minuciosa, fazer uma introspecção. É necessário ter uma consciência sadia para nos examinar. A consciência é o maior tribunal que existe. O fórum é o nosso interior. Quando este tribunal se corrompe ou fica cauterizado, não acusa mais nada. A consciência foi dada a todo ser humano para julgar entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o fiel e o infiel, o verdadeiro e o falso. Paulo dá instruções a Timóteo, seu filho na fé: “Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia, conservando a fé e a boa consciência, rejeitando a qual alguns fizeram naufrágio na fé.” [1Tm 1.18-19].

 

A recomendação de Paulo recai sobre a nossa própria honestidade: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.” [2Co 13.5). Ninguém pode proibir ninguém de participar da Ceia do Senhor, por que corre por conta e risco do próprio participante. O examinar não é para deixar de participar, mas para buscar a correção e pedir perdão rapidamente.

 

2.2. A importância de julgar a si mesmo.

A chamada é para julgar a nós mesmos e não os outros [1Co 11.31]. Não espere ser julgado por ninguém, se antecipe e peça perdão. Lute para melhorar você e não achar defeitos nos outros. Julgar com a Palavra de Deus e não pelo que acha a sociedade ou o que é politicamente certo. O julgamento deve ser feito com sinceridade por nós, para evitar a própria condenação. Quem toma indignamente não está discernindo o corpo do Senhor [1Co 11.29]. Assim se torna culpado do corpo e do sangue de Jesus. O sangue de Jesus foi para nos purificar de todo pecado, se a pessoa não valoriza esse sangue derramado, é como se Cristo não tivesse morrido pelos nossos pecados, a morte dEle não teria significado espiritual e salvífico.

 

Bispo Abner Ferreira (Revista Betel Dominical, 4º Trimestre de 2017, Lição 8): “Não devemos considerar a Ceia como uma coisa natural. Portanto, antes de comer o pão e beber o cálice, é necessário um rigoroso autoexame. Trata-se de um procedimento que deve ser constante na vida do discípulo do Senhor [2Co 13.5]. Não devemos confiar somente na nossa capacidade própria, mas realizar tal exame com o auxílio do Espírito Santo e tendo a Palavra de Deus como nosso parâmetro”. Até, porque, a expressão “julgássemos” – 1 Coríntios 11.31 conforme o Dicionário de Strong, de modo figurado, tem o significado de “discernir com clareza”, “notar detalhadamente”. Isto nos leva a perceber a seriedade da participação na Ceia do Senhor e o quanto somos dependentes do Espírito Santo e da Palavra de Deus para discernir e notar detalhadamente a nós mesmos.

 

2.3. A importância de corrigir a si mesmo.

A chamada é para consertar a nós mesmos e não os outros [1Co 11.30]. Não espere ficar fraco, doente ou morrer espiritualmente, tome a decisão ainda hoje. A causa de muitas enfermidades entre os cristãos recai sobre a falta de se corrigir, porque são conhecedores da verdade. Precisamos consertar o nosso altar (vida espiritual com Deus). A comunhão com Deus nos faz crentes saudáveis, que andam de cabeças erguidas e não têm do que se envergonhar. Corrigir para não ser preciso ser repreendido pelo Senhor. Quando somos disciplinados pelo Senhor, é para não sermos condenados com o mundo, perder a nossa alma [1Co 11.32].

 

Pr. Valdir Alves de Oliveira (Livro Favos de Mel): O conserto das coisas erradas é pessoal, nominal, intransferível, deve partir de cada um de nós. Reconhecer que pecou, arrepender do pecado, confessar o pecado, pedir perdão pelo pecado e abandonar o pecado. Mudar as atitudes e o rumo da nossa vida.”

 

EU ENSINEI QUE:

Não podemos participar da Ceia do Senhor com irreverência.

 

3. A RELEVÂNCIA DA CEIA PARA A IGREJA

A Ceia é a maior festa da Igreja para os crentes em comunhão com o Senhor Jesus. Nenhuma outra festa pode se comparar a essa. Nada pode ser maior do que a ressurreição de Jesus ao terceiro dia. É a maior vitória da Igreja, sem a ressurreição não teria significado algum a Ceia do Senhor, pois ela representa o que temos de mais importante: um Deus vivo e presente conosco [Mt 28.20]. Precisamos valorizar mais o dia da Ceia e não a realizar de uma forma atordoada. Tudo o que se fizer nesse dia, deve ser voltado para a Ceia do Senhor, os hinos cantados, a Palavra ministrada, a disponibilização maior do tempo para a solenidade.

 

3.1. A comunhão da igreja.

A igreja precisa estar junta [1Co 11.18-20, 33), em harmonia, em paz e participando da comunhão, viver em comum, participar das mesmas coisas, ter unidade no Espírito. Você participa da comunhão vertical com o cabeça, Jesus, mas você precisa participar da comunhão horizontal com o corpo. Não se pode estar em comunhão vertical se não estiver em comunhão horizontal, com os nossos irmãos. Não tem como estar em comunhão com um e não estar em comunhão com o outro. A igreja é um corpo, no corpo há vários membros, a igreja se reúne, não fica isolada.

 

Revista Betel Dominical 1° Trimestre/1995 – Lição 10 – Auxílios Didáticos ao Professor: “Ao participarem, pelo Espírito, do corpo de Cristo oferecido na cruz de uma vez por todas, os membros da igreja são estimulados e capacitados pelo mesmo Espírito a se oferecerem ao Pai no sacrifício eucarístico, a servirem uns aos outros em amor, dentro do corpo, e a cumpri- rem sua função sacrificial como corpo de Cristo a serviço da necessidade do mundo inteiro que Deus reconciliou a Si mesmo em Cristo [1Co 10.17; Rm 12.1]. Há, na Ceia do Senhor, uma renovação constante da aliança entre Deus e a igreja. A palavra “memória” refere-se não simplesmente ao homem, que se lembra do Senhor, mas também à lembrança que Deus tem do Seu Messias, da Sua aliança e da Sua promessa de restaurar o reino. Na Ceia, tudo isso é levado diante de Deus na verdadeira oração intercessória. (R. S. Wallace).”

 

3.2. A perseverança da Igreja.

A Igreja deve perseverar anunciando a morte do Senhor, até que Ele venha [1Co 11.26]. A Igreja não pode desistir, não pode recuar, não pode parar. A Igreja precisa continuar fazendo a sua parte e não renunciar à constância. A Ceia deve ter uma regularidade, não nos é dado o direito de participar quando bem quisermos ou for conveniente para nós [At 2.46]. Só aqueles que perseverarem até ao fim serão salvos [Mt 24.13]. A perseverança é a alma dos vitoriosos.

 

Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical, 3º Trimestre/2017, Lição 13) escreveu sobre a perseverança do discípulo de Jesus Cristo: “Não é suficiente iniciar. É preciso ir até o fim [Dn 12.13]. São diversos os textos bíblicos que enfatizam a relevância da perseverança na vida daqueles que estão em comunhão com Deus. São vários os sentidos desta palavra no grego: permanecer, suportar, aguentar; resistir. É um verdadeiro desafio para esta geração. As pessoas estão com dificuldade de esperar. E esta tendência está sendo transferida para a relação com Deus. Em Hebreus 3.6, lemos: “se tão somente conservarmos firme a confiança…até o fim”. No versículo 14, do mesmo capítulo: “nos tornamos participantes de Cristo, se estivermos firmemente…nossa confiança até o fim.”

 

3.3. A esperança da Igreja.

A Igreja tem expectativa no que Jesus falou: “(…) não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai” [Mt 26.29]. A Igreja precisa conservar a esperança na promessa que Jesus fez de voltar e nos buscar para a Grande Ceia junto com o Pai [Jo 14.1-3]. Esta é a maior esperança do crente em Jesus: um dia morar com Ele na glória. A Ceia declara a vida eterna e a ressurreição no último Dia.

 

Assim, a Ceia não aponta apenas para o passado anunciando a morte do Senhor – ou para somente o presente quanto à continuidade da observância – mas, também para o futuro – o grande dia das Bodas do Cordeiro [Ap 19.7-9]. O próprio Senhor revelou o aspecto de antecipação ao instituir a Ceia. Dewey M. Mulholland (Marcos: introdução e comentário, Vida Nova, 1999, p. 212) comenta sobre Marcos 14.25: “Com a palavra “jamais”, Jesus reafirma sua decisão de se submeter à vontade de Deus no sofrimento. Com igual convicção, ele sabe que a morte não é o fim. Sua ausência é só “até àquele dia”. Para Jesus, essa frase antecipa seu retorno triunfante [Mc 13.24-27, 32]”.


EU ENSINEI QUE:

A Ceia é a maior festa da Igreja para os crentes em comunhão com o Senhor Jesus.


CONCLUSÃO

Paulo nos mostrou os passos que devemos seguir na celebração da Ceia do Senhor. A consciência e a responsabilidade recaem sobre cada um de nós, ao participarmos deste ato glorioso.

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