Lição 4 O Encontro de Rute com Boaz

O Encontro de Rute com  Boaz

TEXTO ÁUREO

“O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.”  (Rt 2.12)


VERDADE PRÁTICA

O verdadeiro e puro modelo de bondade é servir uns aos outros de coração, confiando na fidelidade e justiça de Deus.

ensinador cristão

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 38.6-11; Dt 25.5-10

O costume do casamento conforme a Lei

Terça - Mt 5.13-16

A importância do testemunho pessoal em todas as áreas da vida

Quarta - Mc 2.15-17; Jo 4.3-27

Jesus, o homem puro que interagia com todos

Quinta - Mt 11.19

Humildade e mansidão como virtudes cristãs essenciais 

Sexta - 2 Co 9.6; Gl 6.7

A inflexível lei da semeadura na vida

Sábado - Jó 14.7-9

Quando a esperança brota em meio às tormentas da vida 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Rute 2.1-4; 11,12,14

1 - E tinha Noemi um parente de seu marido, homem valente  e  poderoso, da geração de Elimeleque; e  era  o seu nome Boaz.  

2 - E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela lhe disse: Vai, minha filha.  

3 - Foi, pois, e chegou, e apanhava  espigas  no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que  era  da geração de Elimeleque.  

4 - E eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O  Senhor  seja  convosco. E disseram-lhe eles: O  Senhor  te abençoe.    

11 - E respondeu Boaz e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que, dantes, não conheceste.  

12 - O  Senhor  galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do  Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.    

14 - E, sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu do  trigo  tostado, e comeu e se fartou, e  ainda  lhe sobejou.


HINOS SUGERIDOS: 178, 410, 473 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A presente lição tem como tema o encontro de Boaz com Rute. Boaz aparece no capítulo dois do livro como um homem próspero e respeitado por todos. Ele tratou Rute como muito respeito. Nesse encontro, percebemos como Deus estava agindo para solucionar um problema familiar e, ao mesmo, configurar todo um plano de salvação que seria plenamente revelado em Jesus Cristo, o nosso Salvador. 


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Apresentar a proposta de Noemi;

II) Abordar a convicção amorosa de Rute em relação a sua sogra;

III) Refletir a respeito da lei da semeadura na colheita de Rute.   


B) Motivação: O encontro de Boaz com Rute revela a preciosa soberania de Deus conduzindo a história de uma mulher. Muitas vezes não compreendemos os caminhos que encontramos na vida. Entretanto, sabemos que tudo contribui para o bem dos que amam a Deus. A vontade de Deus é perfeita e agradável.  

C) Sugestão de Método: No segundo tópico, temos um contraste muito interessante. Uma postura verdadeira de homem, acompanhada por ternura e respeito. Nesse sentido, enfatize o subtópico "a pureza não exclui a ternura". Mostre, principalmente, aos homens da classe a Bíblia ensina que o homem deve exercer liderança e, ao mesmo tempo, transmitir carinho à esposa e aos filhos, de maneira gentil e generosa. Numa família, é importante corrigir e, igualmente, demonstrar afeto ao cônjuge e aos filhos. Isso traz segurança e equilíbrio a todos.     


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A lição desta semana nos ensina a depender de Deus, a confiar nos seus desígnios. Com respeito e sensibilidade espiritual, devemos viver a nossa vida cristã honrando a Deus e esperando que o seu propósito e desígnios se revelem em nossas vidas. 


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Boaz", localizado após o primeiro tópico, destaca o perfil e o caráter desse personagem; 2) O texto "O Contexto Histórico do Trabalho de Rute", localizado após o último tópico, apresenta detalhes sobre o labor na colheita.


INTRODUÇÃO

Na lição anterior, o assunto central foi a amizade entre Noemi e Rute; sogra e nora. Nesta, um novo personagem entra em cena: Boaz, o parente remidor. Veremos como o Deus da providência recompensa os que se doam a bons relacionamentos.


PALAVRA-CHAVE: ENCONTRO


I – BOAZ, O REMIDOR

1. Um homem próspero. 

O capítulo 2 de Rute nos apresenta Boaz, um “homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque” (Rt 2.1). Os termos “valente” e “poderoso” referem-se ao caráter íntegro e à influência de Boaz, além de seu poder econômico. Um grande produtor rural, Boaz tinha plantações de cevada e trigo, e muitos trabalhadores a seu serviço (Rt 2.5,6,23). Reunia qualificações e condições para cumprir o papel de remidor.


2. “Goel” e “Levir”. 

A expressão “da geração de Elimeleque” não nos permite saber o grau de parentesco entre Boaz e o marido de Noemi. Segundo uma tradição rabínica, era sobrinho. Como parente próximo, poderia ser o “goel”, ou seja, o resgatador da terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3), como também poderia cumprir o costume antigo do casamento (Gn 38.6-11). Eram duas prescrições distintas contidas na Lei de Moisés. A do resgatador previa que quando um israelita ficasse pobre e precisasse vender suas terras, seu parente mais próximo tinha o dever de comprá-las de volta e restituir-lhe. E se o hebreu fosse comprado como escravo por um estrangeiro, um parente tinha o dever de resgatá-lo (Lv 25.25-28; 47-59). 


Já a lei do levirato previa que o irmão do cunhado (“levir”) se casasse com a viúva e suscitasse descendência ao falecido (Dt 25.5-10; Mt 22.24-48). Tudo indica que essa prática foi ampliada, seguindo uma ordem de parentesco mais abrangente, semelhante à do resgatador (Lv 25.48,49). No caso de Boaz, havia um remidor “mais chegado” que ele (Rt 3.12).


3. Temor e respeito. 

A saudação de Boaz a seus empregados demonstra que ele temia a Deus. A invocação a Jeová (“O Senhor seja convosco”), dirigida a todos os segadores, indica, também, seu respeito aos que com ele trabalhavam. Os empregados lhe retribuem com uma saudação também amistosa e piedosa: “O Senhor te abençoe” (Rt 2.4). Patrões e empregados devem se tratar com mútua consideração, reconhecendo a posição e o papel próprios de cada um na relação de trabalho (Ef 6.5-9; Cl 3.22 – 4.1). 


SINÓPSE I

Boaz era um homem próspero e respeitado por todos que o cercavam. 


AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“BOAZ

Os heróis são mais fáceis de se admirar do que de definir. Eles raramente percebem seus instantes de heroísmo, e outras pessoas não podem reconhecer seus atos como heróicos. Eles simplesmente fazem a coisa certa no momento certo, quer percebam ou não o impacto causado por sua ação. Talvez a qualidade que compartilham seja uma tendência a pensar nas outras pessoas antes de si mesmos. Boaz era um herói.


Ao lidar com as pessoas, era sempre sensível às suas necessidades. Suas palavras para com seus empregados, parentes e outros eram generosas. Ele oferecia ajuda abertamente, não de má vontade. Quando descobriu quem era Rute, tomou várias atitudes para ajudá-la porque ela fora útil à sua sogra Noemi. Quando Noemi aconselhou Rute a pedir sua proteção, ele estava pronto a casar-se com ela, caso as implicações legais pudessem ser solucionadas” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358).


II – O CARINHO DE BOAZ PARA COM RUTE

Desvendando o Espiritismo: A Verdade por Trás das Mensagens Mediúnicas

1. A pureza não exclui a ternura. 

Logo que chegou ao campo, Boaz notou a presença de uma moça diferente entre os que respigavam (Rt 2.5). Informado de que era Rute, dirigiu-se a ela de forma carinhosa. Chamando-a de filha, deu liberdade para continuar catando espigas em sua plantação e lhe assegurou de que seria tratada com o devido respeito: “não dei ordem aos moços, que te não toquem?” (Rt 2.9). Boaz se preocupou com a segurança de Rute. Assédio moral e sexual são atitudes pecaminosas e perturbadoras no ambiente laboral e em qualquer área da vida. Boaz era um cavalheiro, muito educado com todos. Um viver santo não exige que sejamos rudes e descorteses (2 Rs 4.8,9). Jesus, o mais puro dos homens, convivia com todos (Mc 2.15-17; Jo 4.3-27).  


2. Deus estava agindo. 

A atitude de Boaz surpreendeu Rute. Como estrangeira e pobre, certamente ela tinha receio de como seria tratada. Agia com educação e muita discrição (Rt 2.7). Impressionada com o gesto de Boaz, inclinou-se ao chão e, de forma humilde, reconheceu ser indigna do tratamento que recebeu (Rt 2.10). Havia uma motivação especial na conduta de Boaz: ele já conhecia a bela história de Rute (Rt 2.11). Um bom testemunho nos abre muitas portas. 


3. Sensível e espiritual. 

Boaz conciliava firmeza moral e sensibilidade; ternura e espiritualidade. O versículo-chave do livro é uma declaração feita por ele a Rute (Rt 2.12). Boaz tinha uma profunda compreensão espiritual. Ele reconhecia que o Deus dos hebreus não estava limitado a fronteiras territoriais ou barreiras étnicas. E como servo de Yahweh, estava sendo usado para abençoar uma piedosa moabita. Suas palavras tocaram profundamente o coração de Rute e lhe deram grande conforto (Rt 2.13).


SINÓPSE II

Boaz tratou Rute com ternura, respeito e sensibilidade espiritual.


III – A COLHEITA DE RUTE E A SUA SOBREVIVÊNCIA

1. A lei da semeadura. 

Uma cosmovisão secular produz a ilusão de que vivemos em um mundo “dos homens”, apartados de Deus e não afetados por Ele. Isso é fruto de uma incredulidade crescente (Lc 18.1-8; 1 Tm 4.1). Essa visão dualista em nada condiz com as Escrituras e com a realidade dos que confiam no Senhor da providência. Rute decidiu servir ao Deus de Israel, em vez de Quemós, o deus dos moabitas, cuja adoração incluía o sacrifício de crianças (Nm 21.29; 1 Rs 11.7; 2 Rs 3.26,27). Agora, ela começava a experimentar a mão invisível de Jeová-Jireh agindo graciosamente em seu favor. A lei da semeadura funciona integralmente (2 Co 9.6; Gl 6.7).


2. Os “acasos” de Deus. 

O primeiro sinal da ação de Deus foi a escolha aparentemente aleatória que Rute fez, indo apanhar espigas no campo de Boaz (Rt 2.3). Para ela, era apenas uma casualidade, quando, na verdade, era um inequívoco ato da providência divina. Deus tem o controle de tudo e age em favor dos que o amam (Rm 8.28). Quando Rute retornou para casa e contou onde havia trabalhado, Noemi não escondeu sua exultação (Rt 2.20). Uma esperança brotou no coração da pobre viúva (Jó 14.7-9). 


“Para ela, era apenas uma casualidade, quando, na verdade, era um inequívoco ato da providência divina. Deus tem o controle de tudo e age em favor dos que o amam.”

3. O resultado da colheita. 

Alguns frutos de nossas ações são colhidos de imediato. Outros levam tempo para aparecer. Pela forma graciosa como era tratada, Rute colhia cereais em abundância diariamente nos campos de Boaz (Rt 2.17,21). A colheita garantia sua sobrevivência e de sua sogra. O trabalho árduo durou toda a estação: entre março e abril colheu cevada; e de abril a junho, trigo. Concluído o trabalho, ficou com a sogra (Rt 2.23). Uma “colheita” ainda maior seria feita por ela em tempo oportuno (Ec 3.1). Nosso Deus trabalha por aqueles que nEle esperam (Is 64.4).


SINÓPSE III

A história de Rute com Boaz revela a validação da lei da semeadura e o bom plano de Deus em sua vida e no mundo.


AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“O CONTEXTO HISTÓRICO DO TRABALHO DE RUTE

Quando o trigo e a cevada estavam prontos para serem colhidos, os ceifeiros eram contratados para cortar os talos e juntá-los em feixes. A lei israelita mandava que as laterais dos campos fossem deixadas de lado. Além disso, os grãos que caíam ficavam no chão para as pessoas pobres, que os apanhavam (ato de respigar) e usavam como alimento (Lv 19.9; 23.22; Dt 24.19). O propósito desta lei era alimentar o pobre e impedir que os donos os armazenassem. Esta legislação fazia parte do programa de bem-estar em Israel. Por ser uma viúva sem meios de sustentar a si própria, Rute foi ao campo de Boaz apanhar estes grãos.


Rute foi para uma terra estranha. Ao invés de depender de Noemi ou esperar que algo de bom acontecesse, tomou a iniciativa e foi trabalhar. Não titubeou em admitir sua necessidade e buscou meios para supri-la. Quando saiu ao campo, Deus proveu-lhe todas as coisas. Se você espera pela provisão do Senhor, considere isto. Provavelmente Ele aguarda o seu primeiro passo, o qual demonstrará a importância de sua necessidade. 


O trabalho de Rute, embora servil, cansativo e talvez degradante, foi feito fielmente. Qual é a sua atitude quando sua tarefa não corresponde com o seu verdadeiro potencial?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358).


CONCLUSÃO

A atitude de fé de Rute estava sendo recompensada. Sua prontidão em cuidar da sogra levou-a a encontrar conforto e proteção naquele que seria o resgatador de toda a família e que a incluiria na genealogia do Redentor da humanidade. O Deus de Rute é o nosso Deus. Ele continua agindo por aqueles que decidem se abrigar debaixo de suas asas. Confiar nEle e viver fazendo o que lhe agrada é o meio infalível de alcançar sua misericórdia e favor.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Quem era Boaz?

Um “homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque” (Rt 2.1). Um grande produtor rural, Boaz tinha plantações de cevada e trigo, e muitos trabalhadores a seu serviço (Rt 2.5,6,23).


2. Qual o significado de “goel” e “levir”?

“Goel”, ou seja, o resgatador da terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3). “Levir”, o irmão do cunhado.


3. Qual o versículo-chave do livro de Rute?

O versículo-chave do livro é uma declaração feita por ele a Rute: “O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar” (2.11).


4. O que motivou Boaz a tratar Rute com tanta generosidade?

Boaz tinha uma profunda compreensão espiritual. Ele reconhecia que o Deus dos hebreus não estava limitado a fronteiras territoriais ou barreiras étnicas.


5. Qual a reação de Noemi quando Rute lhe informou sobre Boaz?

Quando Rute retornou para casa e contou onde havia trabalhado, Noemi não escondeu sua exultação: “Bendito seja do Senhor, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos [...]: Este homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos remidores” (Rt 2.20).


VOCABULÁRIO

1. Respigavam: apanhavam no campo as espigas que ali ficavam; colhiam.

2. Laboral: Relativo ao trabalho.

3. Cosmovisão: Visão de mundo; forma de viver. 


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Lição 5 A revelação de Deus confronta o secularismo (Lição dos Jovens)

escola bíblica dominical

Lições Bíblicas Jovens 3º Tr. 2024

ASSUNTO: Na Cova dos Leões: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nossos Dias

COMENTARISTA: Valmir Nascimento

TEXTO PRINCIPAL

Então, foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o Deus do céu. (Dn 2.19)

RESUMO DA LIÇÃO

O sonho revelado a Daniel mostra o mundo sobrenatural e que o reino de Deus não tem fim.

 

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Js 1,9 Não se apavore

TERÇA – Tg 5,16 A oração pode muito em seus efeitos

QUARTA – 1Sm 9.15 Deus revela

QUINTA – Fp 2.3 Agindo com humildade

SEXTA – 1 Co 2.10-12 O Espírito revela as coisas de Deus

SÁBADO – At 1.7; 1Ts 5.1 Os tempos e as estações pertencem a Deus

 

OBJETIVOS

- CONHECER as circunstâncias do sonho de Nabucodonosor:

- APRENDER com a conduta de Daniel e a interpretação do sonho: - CONTEXTUALIZAR a revelação de Deus em tempos de secularismo.

 

INTERAÇÃO

Prezado (a) professor (a), dando sequência ao livro de Daniel, o capítulo dois apresenta um acontecimento que colocará em risco a vida dos jovens hebreus, envolvendo a interpretação do sonho de Nabucodonosor. Nesta aula, será importante explorar o significado deste sonho profético, por meio do qual Deus revela o seu plano soberano para os governos mundiais e confirma o reino messiânico. Semelhantemente, esta passagem bíblica possibilita aprender com Daniel sobre como agir diante de um momento de crise e perigo.

 

TEXTO BÍBLICO

Daniel 2.1-5

1 E no segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve Nabucodonosor uns sonhos; e o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o seu sono.

2 E o rei mandou chamar os magos, e os astrólogos, e os encantadores, e os caldeus, para que declarasse ao rei que tinha sido o seu sonho; e eles vieram e se apresentaram diante do rei.

3 E o rei lhes disse: Tive um sonho; e, para saber o sonho, está perturbado o meu espírito,

4 E os caldeus disseram ao rei em siríaco: O rei, vive eternamente! Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação,

5 Respondeu o rei e disse aos caldeus. O que foi me tem escapado; se me não fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas um monturo.

 

INTRODUÇÃO

Você já teve a experiência de ter um sonho e, na manhã seguinte, não conseguir se lembrar dele? O capítulo dois do livro de Daniel narra o episódio no qual, algo semelhante ocorreu com Nabucodonosor, deixando-o atormentado. Porém, como veremos, não se tratava de um sonho comum. O jovem Daniel foi convocado e, por revelação divina, deu tanto a descrição quanto a interpretação do sonho, mostrando o plano de Deus para os governos mundiais. Neste estudo também aprenderemos com as atitudes de Daniel diante de uma situação de crise.

 

I - O SONHO PERTURBADOR DO REI

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1. Um sonho esquecido (2.1-5).

No capítulo dois do livro em estudo, somos apresentados a primeira crise enfrentada por Daniel, que colocou ele e seus companheiros em perigo. Tudo começou com um sonho perturbador que assolou Nabucodonosor e o deixou sem dormir. Para agravar, no dia seguinte o rei não conseguia se lembrar do conteúdo do sonho. Para nossa cultura, esse tipo de esquecimento é comum, mas na superstição oriental da época, era considerado um mau presságio, indicando a ira das divindades. Por essa razão, o rei ficou profundamente angustiado.

 

A primeira ação do rei foi convocar um grupo diversificado de conselheiros reais, que incluía magos, astrólogos, feiticeiros, encantadores e caldeus. Esses indivíduos eram especialistas em várias áreas do conhecimento e da ciência da época, incluindo previsões políticas, econômicas e sociais. No entanto, para realizar a tarefa que lhes foi incumbida, eles precisavam de informações mais detalhadas, pedindo ao rei a descrição do sonho, Para surpresa e temor desses conselheiros, eles ficaram sabendo que a tarefa não se limitava apenas a interpretar o significado do sonho, mas também a relatar o próprio sonho. Essa exigência era incomum e parecia absurda, quase como uma brincadeira cruel, pois, se não fossem capazes de atendê-la, seriam condenados à morte. Diante dessa situação, foram forçados a pedir novamente: ‘Conte-nos o sonho e daremos a sua interpretação” (2.7).

 

2. A impotência humana.

Ao perceber que os peritos estavam tentando ganhar tempo, Nabucodonosor reafirma sua sentença, ameaçando-os com a pena de morte. Os caldeus, líderes da classe sacerdotal, reconhecem sua própria incapacidade de atender ao pedido, pois se tratava de algo extremamente difícil, senão impossível. Eles afirmam que nenhum ser humano comum seria capaz de realizar tal feito, e que nenhum rei, por mais poderoso que fosse, havia feito uma exigência tão extraordinária. Eles não acreditavam naquele tipo de revelação. Embora fossem peritos em diversas áreas do conhecimento, possuíam uma visão eminentemente naturalista. Precisavam de dados compreensíveis à mente humana, para que pudessem interpretar o sonho. Apesar de acreditarem que os seus deuses tinham esse poder, não achavam que eles pudessem comunicá-lo aos homens (2.11).

 

3. Daniel, é chamado.

Inflamado de raiva, Nabucodonosor dá ordens para executar todos os sábios do reino. Nesse momento, Daniel e seus companheiros, embora não ocupassem posições de destaque, estão entre aqueles que podem ser condenados à morte (2.13). Imagine-se na situação desses jovens. Diante de uma crise iminente em que suas vidas estão em perigo, o que passaria por suas mentes? Uma coisa é certa: eles não entraram em pânico! Mesmo cientes do risco, eles não permitiram que o medo exagerado e paralisante os dominasse.

 

SUBSÍDIO 1

Os consultores babilônios de Nabucodonosor não acreditavam que houvesse algo corno revelação, Seus deuses não se comunicavam com os seres humanos, sua epistemologia era naturalista, Seus pontos de vista não eram diferentes em essência dos pontos de vista dos estudiosos que pensam que Daniel não poderia ter escrito seu livro no século VI a.C., porque ele não poderia ter tido acesso a informações sobre acontecimentos que ainda não haviam ocorrido, Esses estudiosos não acreditavam na categoria da revelação, O seu universo é o universo dos naturalistas ou possivelmente até dos materialistas: um sistema fechado de causa e efeito não perturbado pelo sobrenatural, Sua epistemologia é a epistemologia do iluminismo,’ (LENNOX John, Contra a Correnteza: A inspiração de Daniel para uma Época de Relativismo, Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p, 111).

A santa Jerusalém

II - A CONDUTA DE DANIEL E A INTERPRETAÇÃO DO SONHO

1. As atitudes de Daniel.

Ao tomar conhecimento da sentença, Daniel adota algumas medidas para lidar com a situação. Em primeiro lugar, ele busca compreender melhor o que estava acontecendo, usando sabedoria e bom senso ao conversar com Arioque, o oficial do rei (2.14,15). Em segundo lugar, ele vai ao rei e solicita mais tempo (2.16). Nem sempre as questões se resolvem rapidamente, e nem sempre Deus age de imediato. Além disso, o fato de o pedido ter sido aceito demonstra que Daniel era uma pessoa de palavra e não estava simplesmente adiando o problema. Em terceiro lugar, ele compartilha a situação com seus amigos (2.17,18). Isso destaca a importância de termos amigos não apenas para momentos de diversão, mas também para intercessão e apoio mútuo. Em quarto lugar, eles oram pedindo misericórdia. Os jovens estudantes pedem a intervenção divina. Você pode entender a importância desse ato? Em vez de desespero, eles se voltam para o Senhor, reconhecendo que somente Ele é capaz de salvá-los. A oração do justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16).

 

2. Deus atende à oração.

Como resposta a oração dos jovens, Deus revela o mistério a Daniel em uma visão durante a noite. A seguir, testemunhamos as nobres características desse jovem exemplar em sua conduta:

 

a) Gratidão: A primeira atitude de Daniel e expressar sua gratidão ao Senhor, reconhecendo e exaltando sua soberania e bondade (2.20,23).

 

b) Bondade: Ao comunicar a revelação ao oficial encarregado, Daniel intercede pela vida de todos os sábios da Babilônia (2.24), Ele demonstra generosidade e não age de forma egoísta ou traiçoeira, mesmo em relação aos incrédulos, Como crentes, não devemos retribuir o mal com mal (1 Pe 3.9: Rm 12,17).

 

c) Humildade: Diante do rei, Daniel faz questão de enfatizar que há um Deus nos céus que é capaz de revelar todos os segredos. Ele não se vangloria nem busca se mostrar superior: pelo contrário, atribui todo o mérito a Deus, a fim de que o rei possa compreender o significado do sonho (2.3o).

 

3. A interpretação e a recompensa.

Daniel compartilha a descrição do sonho do rei, que envolvia uma estátua assustadora, A estátua tinha uma cabeça de ouro puro, peito e braços de prata, ventre e quadris de bronze, pernas de ferro e pés feitos de uma mistura de ferro e barro, Subitamente, uma pedra aparece, sem a ajuda de mãos humanas, e atinge os pés da estátua, fazendo com que ela se despedace completamente. A pedra se transforma em uma grande montanha que preenche toda a terra. Cada parte da estátua representa um reino diferente, revelando o plano de Deus na história. O reino de Nabucodonosor, representado pela cabeça de ouro, será sucedido por três outros reinos mundiais. Por fim, a pedra que destrói a estátua simboliza o reino de Deus, que é eterno e jamais terá fim (2.44), Após a explicação, o rei reconhece a veracidade da revelação. Diz que o Deus dos jovens hebreus e o Deus dos deuses e o Senhor dos reis (2.47). Além de presentear Daniel, o pôs como governador de toda a província da Babilônia e chefe de todos os sábios da Babilônia. Os servos de Deus podem alcançar posições de destaque na sociedade pela excelência de seus trabalhos e obediência à vontade do Senhor.

 

SUBSÍDIO 2

“O secularismo Segundo o Dicionário Teológico (CPAD) o secularismo é a doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. Para o secularista, o homem, e somente o homem, é a medida de todas as coisas. Quando a família se seculariza, os valores espirituais, bíblicos são desprezados e os valores humanos e materiais são exaltados. Como cristãos não podemos nos conformar com o pecado, a iniquidade e a corrupção que destrói a vida familiar. Precisamos ser santos em toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.15,16). Muitas famílias estão sendo influenciadas, pela mídia, a viverem um estilo de vida materialista e hedonista. Não podemos jamais nos esquecer que precisamos ser “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5,13,14). Como sal precisamos ter uma vida familiar de tal forma, que os que nos veem, ou nos ouvem, sintam a nossa família fazer diferença marcante no ambiente em que nos situamos. Como luz, precisamos, com nosso testemunho, contribuir para dissipar as trevas do pecado em nossa volta. RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã no Século XXI; Protegendo seu Lar dos Ataques do inimigo. Lições Bíblicas Adultos. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.)


III- A REVELAÇÃO DE DEUS EM TEMPOS DE SECULARISMO

1. A infalibilidade da Palavra de Deus.

Um dos ensinamentos deste episódio é que a Palavra de Deus não falha. Estamos diante de uma das mais notáveis profecias que se cumpriu na história, numa referência aos impérios que vieram logo depois do império Babilônico, império Medo-Persa, império Grego e império Romano. Muitos anos depois (cap, 7), o próprio Daniel terá uma visão que irá retratar as mesmas realidades históricas desta revelação, conforme estudaremos detalhadamente na décima lição. Até mesmo os críticos da Bíblia têm dificuldades para explicar como isso ocorreu, afinal, é algo sobrenatural. Daniel não fez previsão e calculou probabilidades a partir de dados conhecidos, E[e ouviu a voz de Deus.

 

2. O secularismo racionalista.

Este episódio coloca em discussão, no mundo atual, a existência de um tipo de revelação além da razão humana. O processo de secularização iniciado a partir do iluminismo procurou afastar a religião da esfera pública. No seu cerne está o secularismo, uma ideologia que parte da descrença na revelação divina de verdades aos seres humanos, restando somente os elementos fornecidos pela razão. Essa é a perspectiva adotada por ateus e céticos que insistem em desprezar a fé, sob o entendimento de que o universo e um sistema fechado de causa e efeito, sem espaço para o sobrenatural, Somos levados a entender que os consultores do rei tinham essa mesma linha de pensamento, Apesar de religiosos, não acreditavam em uma revelação divina plena. Suas divindades não se comunicavam com os seres humanos. Nossa época parece presenciar algo semelhante.

 

3. A revelação e o sobrenatural.

Antes de tudo, acreditamos em um Deus que se revela, e revela seus planos ao homem, seja de forma geral (Sl 19 ) ou especial (Hb 1.1-3), incluindo sonhos e visões (ls 1.1; 6,7; Ez 1.23; Ap 1.1). O favor de Deus sobre a vida do profeta mostra que a fé bíblica sabe conciliar a revelação sobrenatural com a razão, Como observou John Lennox, “Quando Deus revelou o assunto a Daniel, não suspendeu o uso da razão por parte do jovem. Daniel teve de usar a razão para entender as palavras que Deus lhe disse e formular a sua resposta a Nabucodonosor”, que por sua vez precisou usar a razão para ver que a interpretação fazia sentido, Sem abrir mão da revelação, o crente faz uso de uma racionalidade concedida por Deus (Rm 12.1; 1 Pe 2.2), que opera em um nível além da compreensão humana, E uma racionalidade que não negligencia o sobrenatural, pois tem a certeza de que Deus está agindo no seu próprio mundo criado.

 

CONCLUSÃO

O mesmo Deus que graciosamente revelou a Daniel o sonho do rei e a sua interpretação, e o mesmo Deus que continua a revelar-se em nossos dias. Assim como Ele mostrou sua sabedoria e poder na vida de Daniel e ainda hoje demonstra sua presença e cuidado por meio de suas revelações. Podemos buscar a Deus em oração, meditar em sua Palavra e estar atentos à sua voz sussurrada em nosso coração.

 

HORA DA REVISÃO

1. Para a superstição oriental, da época, o que significava esquecer um sonho?

Era considerado um mau presságio, indicando a ira das divindades.

2. Qual foi a primeira ação do rei diante do sonho?

Convocar um grupo diversificado de conselheiros reais, que incluía magos, astrólogos, feiticeiros, encantadores e caldeus.

3. Qual foi a primeira atitude de Daniel diante da situação?

Ele buscou compreender melhor o que estava acontecendo, usando sabedoria e bom senso ao conversar com Arioque, o oficial do rei (2,14,5)

4. Como era a estátua do sonho?

A estátua tinha uma cabeça de ouro puro, peito e braços de prata, ventre e quadris de bronze, pernas de ferro e pés feitos de uma mistura de ferro e barro.

5. O que é o Secularismo?

Ideologia que parte da descrença na revelação divina de verdades aos seres humanos, restando somente os elementos fornecidos pela razão.

Subsídios Lição 5 - Lições Bíblicas Jovens - 1º Trim./2024 - CPAD

Lição 5: As Falsas Doutrinas, apresentada pelo comentarista da Revista Lições Bíblicas Jovens, Pr. Elias Torralbo.

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Subsídios Lição 5 - Lições Bíblicas Adultos - 1º Trim./2024 - CPAD

 

Lição 5 - A Missão da Igreja de Cristo - Apresentada pelo Comentarista: Pastor José Gonçalves.


Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Data da aula: 4 de Fevereiro de 2024


Lição 6 As Grandes Escolhas da Vida (Juvenis)

Lição da classe Juvenis

Lições Bíblicas Juvenis 1° Trimestre 2024 CPAD

Revista: FELIZ POR INTEIRO: o que Deus preparou para mim | Comentarista: Jonas José de Oliveira | Subsídios Dominical |Lição 6 As Grandes Escolhas da Vida


“Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado" (Hb 11.25).

Dt 30.19 Deus nos convida a fazer escolhas

Js 24.15 Nós devemos escolher servir a Deus

Rm 8.14 O Espírito Santo orienta em nossas escolhas

Gl 3.28 Todos são iguais diante de Deus

Fp 3.14 Preciso ter alvo em minha vida

Hb 11.25 Moisés escolheu servir ao Senhor


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Hebreus 11.23-30

23 Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.

24 Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó.

25 escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;

26 tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.

27 Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.

28 Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse,

29 Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.

30 Pela fé, caíram os muros de Jerico, sendo rodeados durante sete dias.

 

CONECTADO COM DEUS

Você já ouviu alguém dizer esta frase; “A vida é feita de escolhas"? Quando alguém diz que não gosta de fazer escolhas, na verdade, já está fazendo, afinal, não decidir já é uma decisão. Como servos e servas de Deus, temos o privilégio, dado pelo Senhor, de fazer escolhas pois Ele nos deu o livre- -arbítrio. No entanto, a Palavra de Deus nos diz que todas as escolhas têm consequências, sejam boas ou ruins. Por isso mesmo, na lição de hoje, vamos refletir sobre fazer boas escolhas, a fim de colhermos frutos preciosos para nossa vida hoje e também para o nosso futuro.


1. A IMPORTÂNCIA DAS ESCOLHAS

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1.1. Deus nos deu o livre-arbítrio

Deus não nos fez robôs ou marionetes e isso é um fato. Pela bondade e graça do Senhor, temos o Livre-arbítrio para fazer nossas escolhas morais, afinal, se não fosse assim, não teríamos a necessidade de escolher o arrependimento dos nossos pecados, a escolha em reconhecer que somente em Jesus encontramos a salvação e a escolha de decidir servi-lo.


próprio Senhor diz em sua Palavra: “escolhe, pois, a vida para que vivas..." (Dt 30.19). Josué disse ao povo de Israel: “escolha a quem sirvais..." (Js 24.15). Em nossa leitura bíblica em classe, lemos que Moisés escolheu servir a Deus com o povo no deserto em vez de ser chamado filho da filha de Faraó (Hb 11.24.25). Deus nos deu a capacidade de fazer escolhas e devemos aproveitar bem este privilégio.


1.2. Nossas escolham tocam em nosso futuro

As escolhas que fazemos hoje ressoarão em nosso futuro. Em outras palavras, o nosso futuro é o resultado de nossas escolhas feitas no presente. No livro de Gênesis, lemos a história de Ló, sobrinho do patriarca Abraão. Ele fez uma escolha pensando apenas no presente.

 

Ao olhar para a campina do Jordão e escolhê-la para ser o local de sua futura moradia e de sua família, não sabia que aquela região de Sodoma e Gomorra seria destruída por meio do juízo de Deus (Gn 13.7-11). Esse texto ensina-nos que, ao fazer uma escolha, temos de levar em consideração os reflexos para o nosso futuro. E por isso mesmo precisamos pedir a direção do Espírito Santo para guiar-nos em nossas decisões (Rm 8.14,16).


1.3. Os perigos das escolhas erradas

Quando fazemos escolhas erradas em momentos decisivos da vida, também teremos consequências erradas. Já falamos sobre a escolha de Ló, mas quantos outros personagens da Bíblia também não escolheram erradamente? Os exemplos dos reis de Israel nos dão um vislumbre das escolhas erradas. Veja o caso de Saul, que escolheu desobedecer a Deus e perdeu o trono (1 Sm 15.22). Davi. que escolheu pecar e pagou caro por isso (2 Sm 11,1-27). O rei Acabe, que escolheu Jezabel para ser sua esposa (1 Rs 16.29-33). Lembremos ainda de Manassés, um jovem que teve o privilégio de ser filho do grande rei Ezequias, mas que escolheu desviar-se dos caminhos do Senhor (2 Rs 21.1,2). Cuidado com suas escolhas.


2. EM QUAIS ÁREAS DEVO TOMAR CUIDADO COM MINHAS ESCOLHAS?

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2.1. A escolha de com quem vou constituir uma família

A escolha do seu futuro cônjuge é uma das mais importantes decisões. 0 casamento é uma bênção e a família é um projeto de Deus (Gn 2.24; Sl 128). Mas você precisa orar e pedir a Deus que o ajude a escolher a pessoa certa para passar o resto de sua vida com ela. Não será uma pessoa perfeita, mas alguém que Deus vai orientá-lo e que você escolherá. Dependendo de quem você escolhe, sua vida familiar poderá ser um pedacinho do céu ou uma antessala do inferno. Por isso, clame ao Senhor para que Ele o oriente e que o Espírito Santo, que habita em você, lhe instrua sobre esta importante decisão.


2.2. Acertando na escolha profissional

Em um quadro na sala da casa de uma família cristã está escrito: “Eu amo o que eu faço e eu faço o que eu amo". Que bom quando escolhemos uma profissão que amamos e que percebemos que temos aptidão para aquele trabalho específico.


O mercado de trabalho está aberto e você precisa orar e pedir orientação divina em sua escolha profissional. Diga ao Senhor que você deseja um trabalho que ame, que possa servir o seu próximo e que possa glorificar ao Senhor (1 Ts 4.11). Nesta fase de sua vida, pode ser que ainda tenha muitas dúvidas sobre sua profissão. No entanto, tenha convicção que Deus o guiará em todas as coisas. Confie integralmente nEle.


2.3. Escolhendo servir a Deus no ministério

O apóstolo Paulo disse que se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja (1 Tm 3.1). Servir a Deus no santo ministério é um grande prazer. O que não podemos nos esquecer é que a escolha para o ministério depende de nossa vocação (1 Tm 1.12). Essa honra ninguém pode tomar para si, senão aquele que é chamado (Hb 5.4). A escolha, neste caso, é feita pelo Senhor Jesus (Mc 3.13). Se você sente arder no seu coração essa chamada, coloque isso em oração, fale com seu pastor sobre seu desejo de servir a Deus no ministério e espere a hora dEle. Com certeza, tudo será preparado pelo Senhor para que você seja usado poderosamente na obra.

 

3. QUAIS SÃO AS ESCOLHAS MAIS IMPORTANTES?

3.1. Eu escolho temer a Deus

Depois de analisar sua vida e verificar que tudo era vaidade, Salomão concluiu sua reflexão dizendo que o fim de todas as coisas é temer a Deus e guardar os seus mandamentos (Ec 12.13). Quando escolhemos temer a Deus, decidimos que não vamos pecar contra Deus (Gn 39.9), que viveremos em pureza e santificação (1 Tm 5.22). O verdadeiro temor a Deus não é ter medo de Deus, mas medo de ficar sem a presença dELe. Lemos em Provérbios 9.10: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria". Que a nossa escolha seja temer a Deus de todo o nosso coração.


3.2. Eu escolho estabelecer objetivos

A frase no famoso livro “Alice no País das Maravilhas", afirma que quem não sabe para onde vai, qualquer lugar serve. Ao escolher estabelecer objetivos você vive uma vida com planos e propósitos. O apóstolo Paulo disse: "... mas uma coisa eu faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...” (Fp 3.13,14). Estabeleça alvos diários, semanais, mensais e anuais e você perceberá que poderá ser muito mais efetivo (a). Deus quer realizar obras grandes em você e através de você. Creia nisso.


3.3. Eu escolho andar com Deus

Essa foi a decisão de Enoque: ”E andou Enoque com Deus" (Gn 5.24). Enoque fez uma escolha de andar com Deus. Ele decidiu ser amigo de Deus. Enoque escolheu viver em santidade mesmo em dias de tamanho pecado (Gn 6.5). Ele não deixou se influenciar por aquela geração corrompida pelo pecado. Ao escolher andar com Deus, Enoque influenciou não apenas algumas pessoas, mas uma futura geração, afinal, seu bisneto Noé também andou com Deus (Gn 6.9). Outro personagem bíblico que também escolheu andar com Deus e servi-lo, foi Moisés (Hb 11.25). Moisés tinha por maiores riquezas o sofrimento de Cristo do que os tesouros do Egito (Hb 11.26). Que nós tenhamos a mesma decisão para glória de Deus.


PARA CONCLUIR

Hoje aprendemos sobre o valor das escolhas, afinal, elas tocam em nosso futuro. Por isso mesmo, temos que tomar muito cuidado para não fazer escolhas erradas e pagarmos um preço alto. Escolher a pessoa certa para viver com ela durante toda a vida, decidir qual profissão e também escolher servir a Jesus, são atitudes importantes, pois nossas escolhas definem nossa vida. É bom saber que o Espírito Santo está sempre pronto para guiar nosso coração a fim de escolhermos o temor de Deus e uma completa submissão a Jesus Cristo.


HORA DA REVISÃO

1. O texto de Gênesis 13.7-11 ensina-nos que ao fazer uma escolha, o que devemos levar em consideração?

2. De acordo com a lição, cite três exemplos de reis de Israel que fizeram escolhas erradas.

3. O que significa o verdadeiro temor a Deus, de acordo com a lição?

4. O que a lição sugere que-você faça para que seja mais efetivo (a)?

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