LIÇÃO 2 A VISÃO DO CRISTO VITORIOSO (Classe: Juvenis - 3° Trimestre 2024 CPAD)

Classe: Juvenis - 3° Trimestre 2024 CPAD

“E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno”. (Ap 1.17,18)

LEITURA DIÁRIA

SEG. Jo 1.14 O Verbo Encarnado 

TER. Lc 2.11 O Nascimento de Jesus 

QUA. Ap 1.13 Jesus, o Filho do Homem 

QUI. Ap 1.14-17 O Cristo vitorioso 

SEX. Ap 22,20 Jesus voltará!

SAB. 1 Ts 4.17 Para sempre estaremos com Cristo


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 

Apocalipse 1.9-18 

9 Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo. 

10 Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, 

11 Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia. 

12 E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; 

13 E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. 

14 E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; 

15 E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. 

16 E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. 

17 E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; 

18 E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno. 


CONECTADO COM DEUS 

Jesus voltará para buscar a sua Igreja. Você está preparado? Em um ritmo acelerado, caminhamos em direção ao fim da história. Não se distraia com as coisas deste mundo, distanciando-se dos valores e propósitos de Cristo para a sua vida aqui e na eternidade! Apenas em contínua e crescente comunhão com o nosso Salvador, poderemos perseverar até o fim. Ele tem prazer em se revelar a nós. O Cristo Vitorioso ainda hoje nos diz: não temas, Eu Sou o Primeiro e o Último! Por isso, mantenha-se firme nEle. Lembre-se de que, como reforça o livro do Apocalipse, Jesus sempre tem uma promessa ao que permanecer fiel até o fim.


OBJETIVOS

ENTENDER o propósito da encarnação de Jesus;

COMPREENDER a ressurreição e a ascensão de Cristo;

EXPLICAR como se dará a segunda vinda do Senhor.


ANTES DA AULA

Prezado (a) professor (a), hoje abordaremos a majestosa visão que o apóstolo João teve: a visão do Cristo Vitorioso! Antes de iniciar a aula, faça uma oração para que o ensinamento desta lição gere no coração e mente de seus alunos, o anelo pela presença do Senhor e a expectativa pelo Arrebatamento da Igreja.


Através da encarnação, morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo, temos a garantia da salvação e a esperança da vida eterna com o Senhor. O Cristo Vitorioso consumou o Plano da Salvação e hoje está à direita do Pai Celestial. Jesus Cristo é o Senhor da glória e foi assim que João o viu. Conscientize seus alunos de que nós cremos no Cristo glorioso - quem escolheu descer de sua glória para viver entre nós e morrer por nós, levando sobre si toda dor, pecado e condenação a qual estávamos destinados. Ele tomou a chave da morte e do inferno, cumprindo toda a vontade do Pai. Aleluia! Nosso Salvador é glorioso desde a eternidade! Portanto, enfatize que o Apocalipse é a revelação desse Cristo, revestido de glória e majestade, que tem todo principado sob o estrado de seus pés (Hb 10.12,13).


O Apocalipse não é apenas uma coletânea de fatos que hão de acontecer no fim da história, mas também a revelação do Cristo vitorioso manifestado em glória (Ap 1.1,13-16)! Ao descrever as Palavras do Altíssimo, João narra que se virou para ver quem falava com ele, então viu o Senhor em toda a sua magnificência, com características difíceis de imaginar, talvez de descrever ou compreender em face de nossa limitação humana (Ap 1.13-18).


1. Cristo encarnado

1.1. A encarnação.

A vinda de seu filho unigênito encarnado foi o método usado por Deus para manifestar o seu amor por nós (Jo 3.16). Encarnação significa o ato de ser feito carne. O Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14), Jesus, em um ato de obediência ao Pai, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se semelhante aos homens (Fp 2.6-8).

A encarnação de Cristo foi anunciada pelo profeta Isaías (Is 714:9-6). O Emanuel habitaria entre os homens e se manifestaria a eles (Mt 1.23; 4.16,17; Jo 1.14; 14.9-11).


1.2. O nascimento virginal

Crer no nascimento virginal de Jesus, na sua humanidade, tal como anunciado pelo profeta messiânico, é essencial para a fé cristã para a compreensão do Plano da Salvação (Mt 1.18-25; Lc 2.11,29-32). Seu nascimento é o resultado do agir sobrenatural do Espírito Santo sobre a jovem Maria (Mt 1,20; Lc 1.27,35). Como centenas de anos antes foi profetizado, uma virgem gestou e deu à luz ao nosso Salvador (Is 7.14; Mt 1.18-25; Lc 1.26-31; Gl 4.4,5).


Como ser humano, Jesus cresceu e se desenvolveu naturalmente. Demonstrou toda a sua humanidade, conforme os relatos dos Evangelhos: Sentiu fome (Mt 4.2), teve sede (Jo 4.7; 19.28), cansaço (Jo 4.6), chorou (Jo 11,35,38), se angustiou (Lc 12.50), sofreu, se entristeceu profundamente (Mc 14 32-42), se sentiu desamparado por Deus (Mt 27.46), experimentou, inclusive, a morte (Mc 15.37). Apesar de sua humanidade e de, em tudo, ter sido tentado, Jesus nunca pecou (Hb 4.15)! Ele é verdadeiramente Deus (Jo 1.1; Cl 2.9) e declarou sua deidade ao revelar ser um só com o Pai (Jo 10.30)! Jesus é a expressa imagem do Deus invisível e o resplendor de sua glória (Cl 1.15; Hb 1.3).


1.3. Objetivos de sua encarnação

• Vir ao mundo para consumar o Plano de Salvação determinado pelo Pai (Gn 3.15; Lc 19.10; Gl 4.4; Ap 13.8). Em Jesus temos a vida eterna (1 Jo 513) e não há salvação em nenhum outro (At 412);

• Cumprir a promessa de Deus a Davi, assentando-se em seu trono (2 Sm 7.12; Sl 132,12; Lc 1.32);

• Exercer em seu ministério os ofícios de profeta (Jo 419); sacerdote (Lc 4.15-21; Hb 414-15) e rei (Jo 18.36,37);

• Manifestar o amor de Deus a todos (Jo 3.16; 1 Jo 4.9-14);

• Desfazer as obras do Diabo (Jo 10.10; 1 Jo 3.8).


1.4 .A crença na encarnação de Cristo

Nós, que temos o Espírito Santo, cremos na encarnação de Cristo (1 Tm 3.16). Entendemos que a Trindade atuou ativamente na vinda de Jesus ao mundo. O Pai deu o seu único Filho por amor a nós (Jo 3,16,17) e o Espírito Santo operou poderosamente para que Maria concebesse o Filho de Deus (Lc 1.35). Portanto, quem não crê na encarnação de Cristo, não tem o Espírito Santo e desconhece o Plano da Salvação (1 Jo 4,2),

2. Cristo glorificado


2.1. A ressurreição de Jesus

A visão do Cristo glorificado é a confirmação de que Jesus ressuscitou, segundo as Escrituras (1 Co 15 34), A doutrina bíblica da ressurreição de Cristo é fundamental, pois sem ela, não haveria esperança de salvação e vida eterna (1 Co 15.17-19), Os Evangelhos afirmam que Jesus ressuscitou (Mt 28.6; Mc 16.6; Lc 24.5-6; Jo 20.9,14). Jesus Cristo testificou sua ressurreição, dizendo: “fui morto, mas eis aqui estou vivo (...]’ (Ap 1.18).


2.2. A ascensão aos Céus

Pela Palavra de Deus, sabemos que Jesus está no Céu, junto ao Pai (Mc 16.19; At 7.55,56). Mas como isso aconteceu? Assim que ressuscitou, Jesus passou 40 dias na terra falando a respeito do Reino de Deus (At 1.3) e logo após foi elevado ao Céu, à vista de seus discípulos (Lc 24.51; At 1.9).


Durante o seu ministério terreno, Jesus contou aos seus discípulos sobre a sua ascensão (Jo 6.62; 14.3; 16.7). Para Maria Madalena, Ele também disse: "porque ainda não subi para meu Pai' (Jo 20.17).


Jesus está em um lugar de honra e autoridade (Jo 17.5), assentado à direita do trono de Deus, como Sumo Sacerdote, o mediador entre Deus e os homens (Hb 8.1,6).


2.3. Bênçãos provenientes de sua ascensão

A primeira bênção é a certeza de sua salvação e presença conosco "todos os dias” (Mt 28.20; 1 Jo 5.13). Essa promessa se cumpre através do Espírito Santo em nós e no meio da Igreja (Jo 16.13,14; 1 Co 3.16). A segunda bênção é a garantia de que Cristo voltará para buscar a sua Igreja (Jo 14.1-3; At 1.11; 1 Ts 4.16-18).


3. A Segunda Vinda de Cristo

3.1. A visão do Cristo vitorioso

O livro de Apocalipse é repleto de visões. Dentre as mais importantes, está a majestosa visão do Cristo vitorioso, conforme predito por Ele e estudamos nesta lição. Inspirado pelo Espírito Santo, o apóstolo João apresenta nove detalhes admiráveis acerca desta poderosa visão de Jesus: a voz; a veste; o cinto de ouro; os cabelos brancos; os olhos flamejantes; os pés reluzentes; as mãos poderosas; a boca e 0 rosto, revelando a sua glória (Ap 1.12-16).


Em absoluta majestade e poder, Jesus demonstra que tem o domínio sobre a Igreja, a humanidade e a história. Como vimos, sobre Ele repousa toda autoridade nos céus e na terra; o ofício sacerdotal e profético; a verdade; a santidade; a onisciência; a provisão; assim como todo poder para exercer juízo sobre os povos. Segundo o relato de João, Cristo brilha mais que o sol e isso é maravilhoso, não é mesmo? Ele resplandece nas trevas e um dia, nós o veremos face a face (1 Co 13.12).


3.2. Sua vinda gloriosa

Jesus voltará! Essa é uma promessa gloriosa, não é mesmo? Nunca duvide dela, ainda que alguns a julguem demorada, pois o Dia do Senhor virá como um ladrão (2 Pe 3.9.10), A Bíblia Sagrada cita inúmeras referências sobre este maravilhoso acontecimento, tal é a sua importância. O Senhor virá para buscar os que são dEle e estabelecer o seu Reino glorioso! Segundo as Escrituras essa promessa se cumprirá em duas etapas: o arrebatamento da Igreja e o aparecimento triunfal de nosso Senhor.


3.3. O Arrebatamento

A Igreja será levada às nuvens, para encontrá-lo nos ares (1 Ts 4.17). Segundo nos é revelado, precisamos vigiar, porque tal encontro será repentino, ninguém sabe o dia nem a hora (Mt 25.13). Sairemos desta Terra de forma milagrosa e sobrenatural, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados para vivermos eternamente com Cristo (1 Co 15.52). Estamos perto desse grande dia (Mt 24.3-14), Em breve, estaremos com Ele!


Os que guardarem a sua Palavra por ela também serão guardados no dia em que a grande aflição virá sobre o mundo (Ap 3,10). Ou seja, a Igreja genuína não participará do derramar da ira de Deus, do período chamado de “a Grande Tributação” (Ap 6.15-17). Portanto, ame a vinda do Senhor (2 Tm 4 8) e encha-se de esperança (Rm 15.13; Tt 2.13)!


3.4. O aparecimento triunfal de Cristo

No final da Grande Tribulação, Jesus virá revelando o Anticristo, a quem Ele desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda (2 Ts 2.8). Seu retorno triunfal será testemunhado em todo o globo terrestre, pois conforme nos garante o “livro das revelações", todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram (Ap 1.7).


E Jesus não virá só! Ele virá em uma nuvem com poder e grande glória, trazendo consigo todos os seus santos (1 Ts 3.13) e milhares de anjos (Mt 16.27; Jd 1,14) para dar a cada um segundo as suas obras. Ele virá socorrer (Zc 14,1-4) e restaurará Israel (Zc 12.7-10; Mt 23,39), bem como para destruir os inimigos de Deus, aniquilando todo o mal que há na face da terra (Ap 19—20). 


SUBSÍDIO

“Filho do homem. Este título, que frequentemente é aplicado à pessoa de Cristo, lembra sua humanidade (Jo 1.14). Cerca de 79 vezes esta expressão ocorre somente no Novo Testamento, vinte e duas vezes no livro do Apocalipse. Em Ezequiel (toda a extensão do livro), a frase é empregada por Deus 91 vezes.


Este título: O Filho do Homem (Jo 3.13) havia se tornado uma figura messiânica mais corrente. Motivo pelo qual um exame dos textos evangélicos permite, quase sem possibilidade de erro, preferir que, ao designar-se 'Filho do Homem', o Senhor Jesus escolheu esse título, evidentemente, menos comprometido pelo nacionalismo judaico e pelas esperanças bélicas, Havia também uma esperança judaica do ‘Homem dos últimos tempos' (Cf. Rm 5.12-21; 1 Co 2.5-11; 15.22,45,47)". (SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse: Versículo por Versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.23).


PARA CONCLUIR

A visão do Cristo glorificado é muito mais do que um relato da manifestação poderosa de Jesus ao apóstolo João. Antes, atravessou séculos e inúmeras perseguições, a fim de que todos os remidos em Cristo possam ter certeza de que a esperança de vida eterna jamais será frustrada. Jesus morreu na cruz, mas ao terceiro dia ressuscitou, vivo está, e voltará para arrebatar a sua Igreja. Aleluia! Você está preparado? Então, prepare-se, pois a trombeta soará e estaremos para sempre com o Senhor.


CONHEÇA OS SEUS ALUNOS

Os seus juvenis têm sede de conhecimento, são curiosos e ávidos por defender o que realmente acreditam. Portanto, os estimule a buscar intimidade com Jesus a fim de conhecê-lo não apenas de ouvir falar. Mostre que, diante de tantas catástrofes e indícios que apontam para o fim do mundo, o nosso foco deve estar na esperança do nosso encontro triunfal e sobrenatural com Jesus nos ares. Contudo, se temos o Deus - que é amor -, em nossos corações, havemos de nos importar com os perdidos, fazendo todo o possível para que tão poderosa salvação também chegue até eles.


Motive-os a compreender e se empreenderem a compartilhar cada etapa do Plano da Salvação, desde a encarnação de Jesus até a sua vinda próxima, em glória, para destruir o mal que há sobre a Terra.


HORA DA REVISÃO


1. Qual é o significado do termo “encarnação"?

R: O ato de ser feito carne.

2. Por que crer na encarnação de Jesus, tal como anunciado pelo profeta messiânico, é essencial à fé cristã? 

R: Para a compreensão do Plano da Salvação.

3. Como ocorrerá a Segunda Vinda de Cristo? Em quais etapas?

R: Segundo as Escrituras, essa promessa se cumprirá em duas etapas: o arrebatamento da Igreja e o aparecimento triunfal de nosso Senhor.

4. Como se dará o Arrebatamento da Igreja e seu encontro com Jesus?

R: A Igreja será levada às nuvens, para encontrá-lo nos ares (1 Ts 4,17), Segundo nos é revelado, precisamos vigiar, porque tal encontro será repentino, ninguém sabe o dia nem a hora (Mt 25.13).

5. O que sucederá ao Anticristo no  retorno triunfal do Senhor?

R: No final da Grande Tribulação, Jesus virá revelando o Anticristo, a quem Ele desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda  (2 Ts 2.8).


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Lição 2 A Igreja e a relevância para a adoração verdadeira no culto (Editora Betel)

 

Lições da betel

TEXTO ÁUREO

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” 1 Coríntios 14.26


VERDADE APLICADA

O culto a Deus é a celebração de Seu nome, quando expressamos gratidão e O adoramos pelo que Ele é e por Seus atos poderosos, em conformidade com as Escrituras.


OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Destacar que somente Deus é digno de adoração.

2. Priorizar a adoração individual e coletiva a Deus.

3. Mostrar que Deus busca verdadeiros adoradores.


TEXTOS DE REFERÊNCIA

SALMOS 122

1- Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.

2- Os nossos pés estão dentro das tuas portas, ó Jerusalém.

3- Jerusalém está edificada como uma cidade bem sólida.

4- Onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como testemunho de Israel, para darem graças ao nome do Senhor.

5- Pois ali estão os tronos do juízo, os tronos da casa de Davi.

6- Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam.

7- Haja paz dentro de teus muros e prosperidade dentro dos teus palácios.

8- Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz em ti.

9- Por causa da casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem.


LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | SI 27.1-4 Confiança em Deus e anelo pela Sua presença.

TERÇA | SI 133 A excelência do amor fraternal.

QUARTA | Jo 4.23 Deus procura os verdadeiros adoradores.

QUINTA | 1Co 14.26-40 A necessidade de ordem no culto.

SEXTA | Hb 10.19-39 Exortação a perseverar na fé.

SÁBADO | 1Pe 1.25 A Palavra do Senhor permanece para sempre


HINOS SUGERIDOS: 144, 243, 244


MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore pela unidade e comunhão na sua Igreja local.


ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1- O culto é relevante porque é bíblico

2- O culto é relevante pela comunhão

3- Elementos centrais do culto

Conclusão


INTRODUÇÃO

O culto está relacionado com a honra, o reconhecimento e o valor da suprema dignidade de Deus, por tudo que Ele é e tem feito, sendo Ele digno de nossa adoração, louvor e serviço em conformidade com as Escrituras Sagradas.


1. O culto é relevante porque é bíblico

Ao afirmar que Deus procura verdadeiros adoradores [Jo 4.23], Jesus nos ensinou que a adoração verdadeira é mais uma questão de essência do que formalidades. Assim entendemos que a adoração envolve não apenas o lugar formal onde nos reunimos para cultuar a Deus, mas tudo o que fazemos em nossas vidas.


1.1. O culto no Antigo Testamento.

 O templo era central na vida da nação israelita. Todas as grandes celebrações estavam relacionadas ao templo. É nos salmos que vemos as maiores expressões de prazer e honra nas atividades no templo: “Senhor, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória.” [Sl 26.8]. Pr. Valdir Alves de Oliveira (Revista Betel Dominical, 1° Trimestre de 2022, p. 74): “É oportuno refletirmos acerca da relevância da presença de um santuário na história de Israel, desde a saída do Egito até o início do cativeiro babilônico”. 


O salmista expressa isso: “Por que vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade.” (Sl 84.10). Este expressa o anseio e o que significa para o autor adorar a Deus no templo em Jerusalém. Afinal, no Antigo Testamento, ali era o lugar estabelecido onde o Senhor Deus se revelava de maneira singular [2Cr 7.12-16]. Desse modo, entendemos a razão da grande alegria expressada pelo salmista: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.” [Sl 122.1]. E nós, continuamos empolgados e tendo anseio por estarmos reunidos como povo de Deus para oração, louvor e anúncio da Palavra de Deus?


Comentário Bíblico Moody sobre Salmos 84.1-12: “Após proferir uma pequena oração pelo rei ungido de Deus, o salmista descreve a alegria de se juntar aos outros no culto de adoração. Um dia no local do culto, ele sente, vale mais que mil dias em qualquer outro lugar. Ele preferia ser o mais humilde servo do Templo, do que ter um lugar de habitação permanente onde a impiedade abunda.”


1.2. O culto no Novo Testamento. 

Em Atos 2.46 encontramos a seguinte informação: “E perseverando unânimes todos os dias no templo (…)”. Ao analisar este versículo vemos que a expressão “todos os dias” significa algo contínuo, já “unânimes”, fala de unidade e propósito, e embora eles se reunissem nas casas, todavia, o culto no lar não suprimiu a necessidade do culto no templo, Existem muitas outras referências de que o templo era também central na vida da Igreja Primitiva: eles oravam no templo [At 3.1]; ensinavam no templo (At 5.42]; realizavam milagres no templo [At 3.6-8). Embora os templos oficialmente surgissem no terceiro século depois de Cristo, parece que a Igreja conseguia ou alugava lugares espaçosos para o culto. Na cidade de Éfeso, Paulo usou a escola de Tirano [At 19.9], um espaço grande para reuniões.


Simon Kistemaker (Comentário do Novo Testamento, Atos Volume 1, Editora Cultura Cristă, 2016, p. 152, 159): “Os cristãos de Jerusalém vão ao templo, que para eles é a casa de Deus. Consideram-se judeus que viram o cumprimento da Escritura do Antigo Testamento por intermédio da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Eles se reúnem nos pátios do Templo, presumivelmente na área chamada Pórtico de Salomão [At 3.11; 5.12] para oração e louvor. (…) os apóstolos mantinham a tradição de orar no templo em horas estipuladas. Os cristãos primitivos se consideravam judeus que jamais pensariam em romper com as horas tradicionais de oração no templo.”


1.3. O culto na atualidade. 

Sabemos que na Nova Aliança, a presença e o culto a Deus não estão restritos a um lugar, como bem disse Jesus à mulher samaritana, pois viria a hora em que nem em Jerusalém, nem no monte Gerizim, adorariam ao Pai, mas os verdadeiros adoradores adorariam ao Pai em espírito e em verdade, independente do lugar [Jo 4.21-23]. Mas essa sublime verdade não substitui a necessidade e o imperativo do culto coletivo da Igreja realizado no templo. Em Hebreus 10.25 temos a grande exortação para não deixarmos de nos congregar, porque naquela época era costume de alguns. Infelizmente, hoje podemos dizer que o mesmo tem se tornado o costume de muitos.


Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” Editora Betel, 2015): “Se atentarmos para a Palavra de Deus, veremos que não é “atual” o apego que as pessoas têm à forma para agradar a Deus. No texto de Isaías 1.10- 20, encontramos o Senhor convidando o povo a apresentar um culto mais significante [Is 1.18], que exija transformação de vidas. Devemos depreender que, a cada minuto, o culto deve mostrar ao participante porque ele está ali. A cada momento o culto deve mostrar ao participante que ele precisa corresponder-se com Deus ali em seu íntimo. O membro jamais deve ir à Igreja com a missão de apenas cumprir todos os itens da liturgia programada. Ele deve ir para adorar e cultuar a Deus.”


EU ENSINEI QUE:

A adoração envolve não apenas o lugar formal onde nos reunimos para cultuar a Deus, mas tudo o que fazemos em nossas vidas.


2. O culto é relevante pela comunhão

A palavra comunhão, do grego koinonia, expressa a intimidade que deve haver na vida cristã, tanto com Cristo [1 Co 1.9], bem como com os irmãos [1Jo 1.7].


2.1. Comunhão com Deus. 

Conforme já dissemos, a comunhão com Deus não se restringe ao culto no ambiente do templo, haja vista que Cristo está conosco sempre [Mt 28.20]. Devemos, porém, reconhecer que a frequência aos cultos é imprescindível, pois este é o veículo ou o ambiente mais adequado para conduzir o adorador a um encontro real com Deus. A música, a adoração, o ambiente, a reverência e tudo quanto ocorre no culto visa nos conduzir à presença de Deus. 


No Salmo 27.4 Davi expressa seu desejo de morar todos os dias na casa do Senhor, mas com qual objetivo? Ele responde: a fim de contemplar a formosura do Senhor. Esse contemplar a formosura refere-se não apenas a ver, mas experimentar, vivenciar a presença de Deus em sua vida. Portanto, para ele culto é sinônimo da presença de Deus. A presença de Cristo é central na Igreja [Ap 2.1] e o verdadeiro culto proporciona aos verdadeiros adoradores um ambiente de aprendizagem, experiência e edificação no contínuo processo de crescimento espiritual.


Coleção Betel Dominical – Volume IV, p. 315: “O apóstolo Paulo fala da importância da comunhão da Igreja com a Trindade [2Co 13.13), corroborando com ele, o apóstolo João [1Jo 1.3]. A comunhão com Deus nos afasta das trevas e nos aproxima da luz [1Jo 1.6].


2.2. Comunhão com os irmãos. 

O culto é a comunidade cristã reunida a fim de viver intensamente a realidade de Deus em suas vidas de forma coletiva e ao mesmo tempo partilhar essa sublime realidade uns com os outros. A Bíblia resume a vida da Igreja Primitiva em termos de comunhão com a seguinte expressão: “(…) estavam juntos e tinham tudo em comum” [At 2.44]. Embora a comunhão com Deus possa ser individual e pessoal, o reflexo disso resulta em comunhão coletiva. O verdadeiro cristão tem prazer na companhia dos seus irmãos e o ambiente de culto oportuniza isso.


Pr. Sergio Costa (Livro “Igreja: doutrina, história e missão” – Editora Betel, 2019, p. 116): “A comunhão é a forma mais específica e única do relacionamento entre os cristãos.”


2.3. Resultado da comunhão. 

Gente precisa de Deus, mas a gente também precisa de gente. Paulo queria encontrar-se com Timóteo, pois seria um conforto e encheria o velho apóstolo de alegria [2Tm 1.4]. De acordo com o Salmo 133, a comunhão é agradável a Deus, a comunhão é terapêutica, a comunhão é restauradora, a comunhão é abençoadora. Por isso, um dos primeiros sintomas de declínio espiritual é normalmente o comparecimento irregular nos cultos e demais atividades da Igreja. As igrejas deveriam ser caracterizadas pelo alto grau de comunhão entre seus membros. Viver de forma unida é extremamente agradável a Deus.


Dicionário Bíblico Unger (SBB, 2017, p. 257) Comunhão: “Significa companheirismo, uma relação na qual as partes têm algo em comum, uma interação familiar. Os cristãos têm comunhão com o Pai, com o Filho [1Jo 1.3] e com o Espírito Santo (2Co 13.14), e, também, uns com os outros [1Jo 1.7]. O amor fraternal e a comunhão mútua são necessários à comunhão com Deus e a manifestam [1Jo 4.12]. Cristo orou para que o seu povo tivesse comunhão entre si [Jo 17.21). A comunhão com Deus é essencial à frutificação [Jo 15.4-5].”


EU ENSINEI QUE:

A palavra comunhão expressa a intimidade que deve haver na vida cristã, tanto com Cristo, bem como com os irmãos.


3. Elementos centrais do culto

Na visão apostólica, existem três elementos centrais e imprescindíveis em um culto: a Palavra de Deus, a oração e a adoração.


3.1. A Palavra de Deus é central no culto. 

A Palavra de Deus é essencial à vida cristã. Jó a considerava mais importante do que a própria comida [16 23.12]. A Palavra de Deus é o mais importante cardápio no alimento espiritual do crente. Por reiteradas vezes ela é comparada com o alimento que nutre a vida espiritual [Mt 4.4]. Pr. Lourival Dias Neto (Revista Betel Dominical, 2º Trimestre de 2010, p. 49) comentou uma lição sobre “A Igreja e a Bíblia”


3.1. Seu lugar no culto.

A Bíblia é o instrumento primordial para o desenvolvimento do culto. (…) Ela ocupava lugar central no ministério dos apóstolos [At 6.2-4]. Quando se compreende esta realidade, ela está presente do início ao fim, por meio das orações, dos cânticos, da adoração, ou seja, toda liturgia tem a sua base na Bíblia. O desprezo pela Palavra de Deus tem resultado em cultos sem conteúdo, vidas vazias, levando a uma superficialidade espiritual adoecedora.”


A relevância da exposição bíblica em um culto é atestada quando o apóstolo Paulo apresenta a “doutrina”, ou seja, “instrução” como um dos elementos da liturgia [1Co 14.26]. No culto praticado pelo pentecostalismo clássico se mantém as Escrituras Sagradas como o padrão para analisar as manifestações espirituais. Tal conduta está de acordo com a diretriz que encontramos no Antigo Testamento. 


Destacamos dois exemplos: 

a) Êxodo 8.25-27 quando Faraó propôs a Moisés que o povo de Israel oferecesse sacrifícios a Deus na própria terra do Egito, Moisés respondeu: “sacrifiquemos ao Senhor, nosso Deus, como ele nos dirá. A Palavra a ser revelada é que instruiria como o povo deveria servir a Deus; 


b) 1Crônicas 13 e 15-o próprio rei Davi reconheceu que não tinham sido bem-sucedidos em levar a arca de Deus para Jerusalém, porque não tinham agido “segundo a ordenança” ou “conforme a palavra do Senhor”. Não é qualquer culto que Deus aceita!


3.2. O efeito da oração coletiva. 

É necessário compreendermos que a oração coletiva é tão importante quanto a oração individual, já que uma reforça a outra. No livro de Atos podemos aprender algumas lições sobre o efeito da oração coletiva e a importância que ela tem para que a obra de Deus possa avançar [At 1.14, 24-25]. É crucial que a Igreja (Corpo de Cristo) cultive a oração coletiva em conexão com a vontade de Deus já revelada, como vemos na descida do Espírito Santo [At 2.1-4]. É perseverando em oração coletiva que o Espírito Santo se manifesta coletivamente. Se queremos ver e participar das manifestações do Espírito Santo na Igreja devemos orar coletivamente. No cenáculo estavam quase cento e vinte pessoas e todas foram cheias do Espírito Santo. Isso pode repetir-se hoje, desde que a Igreja esteja disposta a perseverar em oração [At 2.42; 12.5). O Senhor Deus atendeu à contínua oração da Igreja e enviou um anjo para libertar Pedro.


Coleção Betel Dominical Volume IV, p. 315: “A Igreja deve zelar pela comunhão com o Senhor, através da oração” (At 13.3a]. A oração é o meio pelo qual a Igreja tem comunhão direta com o Senhor [Mt 6.6]. O fervor da Igreja dependerá de sua vida de oração diante de Deus [At 2.42: 12.12].”


3.3. O valor da adoração coletiva. 

A manifestação da presença de Deus em um culto não deve ser o anelo somente daqueles que o dirigem: o dirigente, ministério de louvor, pregador. Não viemos para assistir o culto, viemos para realizá-lo. Não somos meros figurantes, somos adoradores conscientes. Todos quantos estão em um culto são agentes importantes na realização do mesmo. Em 1 Coríntios 14.26, o apóstolo Paulo recomenda: “(…) Quando vos ajuntais (para cultuar), cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação.


Faça-se tudo para edificação”. Todos os membros eram convidados a participar conforme o Senhor os dirigia, um desejava cantar um hino, outro era conduzido pelo Espírito para compartilhar uma doutrina, alguns recebiam revelações transmitidas em línguas e outros interpretavam. Mas tudo com decência e ordem, não havia exibição, gerando assim edificação. Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor Editora Betel, 2015): “Busque incansavelmente a sensibilidade do Espírito Santo. (…) 0 pastor ou dirigente deve ser receptivo à voz do Espírito Santo para conduzir o culto debaixo de Sua direção, pois um culto sem o comando do Espírito Santo é mecânico, vazio e frio. O Espírito Santo é o único capaz tanto de revelar ao pastor ou dirigente as necessidades da Igreja em cada culto quanto de orientar sobre a melhor maneira de conduzi-lo.”


EU ENSINEI QUE:

Existem três elementos centrais e imprescindíveis em um culto: a Palavra de Deus, a oração e a adoração.


CONCLUSÃO

O momento que a Igreja reserva e programa para oferecer a Deus o culto dentro do seu aspecto bíblico espiritual é imprescindível tanto a nível coletivo quanto individual. Trata-se de um tempo oportuno e importante para o verdadeiro adorador cultivar e manter a real comunhão com Deus, sendo ao mesmo tempo edificado pela Sua Palavra e fortalecido pela oração e comunhão.


Revista Editora Betel | 3° Trimestre De 2024 | TEMA: A RELEVÂNCIA DA IGREJA, SUA ESSÊNCIA E MISSÃO – Reafirmando os fundamentos, a importância do compromisso com a Palavra de Deus, a Adoração sincera e o serviço autêntico, segundo os preceitos de Jesus Cristo | Subsídios Dominical 



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