LIÇÃO 1 APOCALIPSE: O FINAL DA HISTÓRIA (Classe: Juvenis)

 “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. (Ap 1.3)


LEITURA DIÁRIA

SEG. Ap 1.1 A revelação de Jesus Cristo à Igreja

TER. Ap 1.5 Jesus Cristo é a fiel testemunha

QUA. Ap 1.13 Cristo manifestado em glória

QUI. Ap 1.19 Revelando o fim da história

SEX. Ap 22.18 Alerta contra acréscimos ao livro bíblico

SÁB. Ap 22.20 Jesus Cristo vem em breve!


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Apocalipse 1.1-8 


revista cristão alerta pdf

1 Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo, 

2 o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. 

3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. 

4 João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono; 

5 e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, 

6 e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e poder para todo o sempre. Amém! 

7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém! 

8 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.


CONECTADO COM DEUS 

Falar do Apocalipse assusta você? Neste trimestre, estudaremos as revelações divinas sobre o fim. Vamos nos debruçar sobre as páginas deste inquietante livro. Muito mais do que ler uma coletânea de juízos, visões e símbolos, estudar o Apocalipse nos edifica e inspira a viver em crescente santidade e intimidade com Cristo, nosso Salvador. Ao conhecer o fim da história deste mundo, mantemo-nos cientes de que o mal não triunfará. E nós, que somos a Noiva e Igreja de Cristo, reinaremos para sempre com Ele. Você está preparado(a) para tão poderoso estudo? Então, reflita em cada lição e permaneça fiel ao Senhor, haja o que houver, pois logo virá o Grande Dia, no qual todos obterão a recompensa devida, segundo as suas obras (Ap 22.12). Maranata, ora vem Senhor Jesus!


OBJETIVOS 

PRESENTAR as características gerais do livro de Apocalipse; MOSTRAR o seu tema, divisões e objetivos; 

DESCREVER os três atos do Apocalipse; 

FRISAR que este é um livro profético de advertências, mas também de consolações.


ANTES DA AULA 

Querido (a) professor (a), neste trimestre você têm uma missão desafiadora, porém muito especial: Ensinar aos seus alunos o livro do Apocalipse. Aprenderemos mais sobre a revelação de Jesus Cristo; as sete cartas às igrejas da Ásia; as visões do apóstolo João; os símbolos e personagens que fazem parte do conteúdo da profecia. Prepare-os para mergulhar nessa poderosa mensagem de Deus para a Igreja, Israel e demais nações da Terra! Sugerimos que, nessa primeira aula, através de um breve bate-papo, você faça um levantamento sobre o conhecimento prévio de sua classe em relação ao Apocalipse. Conheça quais emoções e pensamentos seus alunos manifestam a respeito desse livro. Liste-as no quadro e destaque que Apocalipse é um livro de advertências, mas também de consolo e esperança. Pergunte aos alunos, se estão preparados para a vinda do Senhor.


1. Características do livro 

Estudar o Apocalipse não é uma tarefa fácil, pois requer muita atenção, dedicação e auxílio do Espírito Santo! Este livro nos mostra que apesar de o mundo ir em direção ao caos, haverá um fim glorioso para a Igreja (Ap 3.21). Cristo triunfará e diante dEle cairão o diabo; o anticristo; a besta; o falso profeta e todos que praticam a iniquidade (Ap 20.10). Ele é o Todo-Poderoso e tem o controle da história da humanidade na palma de suas mãos (Ap 1.8). 


1.1. O nome do livro 

O nome "Apocalipse" tem sua origem no termo grego apokálypsis, que significa: tirar o véu; descobrir, revelar o que está oculto ou simplesmente, "revelação". A revelação fascinante e maravilhosa de Jesus Cristo, revestido de Glória, com as chaves da morte e do Inferno (Ap 1.13-18), bem como das últimas coisas que hão de acontecer, ou seja, o fi nal da história (Ap 1.1,19). 


1.2. Seu autor 

A autoria é atribuída ao apóstolo João (Ap 1.1,4), o discípulo amado (Jo 21.20). Este era filho de Zebedeu e trabalhava como pescador junto ao pai quando foi vocacionado por Cristo (Mt 4.21). O amor e a devoção ao Senhor, bem como a inspiração do Espírito Santo o fizeram escrever o Evangelho (Jo 21.24) que mais reconhece a divindade de Jesus.


João também é o autor de três epístolas universais, sendo elas que antecedem o livro de Apocalipse. 


1.3. Data 

O livro foi escrito entre os anos 90 d.C. e 96 d.C., logo após o imperador romano Domiciano ter se autoproclamado “senhor” e “deus”, perseguindo fortemente os cristãos. A Igreja foi perseguida, torturada e João banido para Patmos. Embora prisioneiro, seguiu obediente à ordem do Senhor ao escrever o Apocalipse às sete igrejas que se encontram na Ásia (Ap 1.11). 


1.4. Local 

O apóstolo João escreveu o Apocalipse em uma pequena ilha grega chamada Patmos (Ap 1.9), que possui cerca de 34 quilômetros quadrados. Esta é uma ilha vulcânica banhada pelo Mar Egeu, a 55 quilômetros de distância da Turquia. O nome Patmos significa “mortal”. Tratava-se de uma colônia penal criada pelo Império Romano para manter criminosos, e todos que, de alguma forma, representassem ameaça à Roma, por isso, eram condenados ao exílio nessa ilha.



INTERAÇÃO

Por essa geração não ter familiaridade com “cartas” como meio de comunicação, conduza-os a essa compreensão. Peça que imaginem a alegria em receber uma mensagem de alguém muito querido, embora distante fisicamente. Em seguida, entregue para até três alunos um envelope contendo uma mensagem em códigos, peça-os para lerem o conteúdo e pergunte se compreenderam a mensagem. 


Após as respostas, explique, que o livro de Apocalipse não é como tal mensagem indecifrável. Antes, tudo foi cuidadosamente descrito e preservado, através dos séculos, por amor a nós, para que sua mensagem chegasse aos nossos corações. Enfatize que Jesus nunca enviaria uma mensagem que a Igreja não pudesse entender. Motive-os, assim, a empenharem-se no estudo do Apocalipse, pois significa conhecer os planos de Deus para a Igreja, que é cada um de nós.


2. Significados do Apocalipse 

2.1. Um livro profético 

Um dos significados de Apocalipse é revelar o que está oculto. As revelações citam símbolos; imagens; visões; números; cores; objetos e uma mensagem impactante sobre o fim da história deste mundo como o conhecemos. Isso se dá por meio de profecias que nos predizem fatos que hão de acontecer (Ap 1.1; 22.6). Neste sentido, o Apocalipse é o único livro profético do Novo Testamento (Ap 1.3; 22.7,10).


2.2. Um livro de advertências 

O Apocalipse traz uma série de conselhos que chamam a nossa atenção: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas [...]” (Ap 2.7,11,17, 29). Somos incentivados a nos arrepender dos pecados cometidos (Ap 3.19) e a viver em constante santificação (Ap 22.11). Sua mensagem nos adverte ainda a batalhar contra o relativismo e o pecado, perseverando até o fim, pois apenas ao que vencer será concedido assentar-se com Cristo em seu trono (Ap 3.21). Esta é a nossa esperança, a vitória final! 


2.3. Um livro de consolações 

Ao ler o livro das revelações de forma atenta e cuidadosa, encontramos palavras de consolo em meio aos juízos e sentenças. Pois, apesar das advertências, houve também uma palavra de esperança às setes igrejas da Ásia (Ap 2; 3). O Senhor conforta os seus santos, prometendo habitar com eles e enxugar de seus olhos toda lágrima (Ap 21.3-7). Ele virá e trará consigo o nosso galardão (Ap 22.12)! 


3. O livro profético do Novo Testamento 

3.1. Seu tema 

O apóstolo João já inicia o livro mostrando o seu tema principal, que é a revelação de Jesus Cristo, da sua glória e incomparável majestade, bem como dos fatos e coisas que hão de acontecer (Ap 1.1). 


3.2. Sua divisão 

O Apocalipse possui 22 capítulos; 404 versículos; 12.000 palavras e 9 perguntas. Para uma melhor compreensão, podemos dividir o livro em partes. 


Veja: 

a) As sete cartas enviadas às igrejas da Ásia (Ap 1—3); 

b) A visão da Majestade divina e dos sete selos (Ap 4—8.1); 

c) A visão das sete trombetas (Ap 8.2—11); 

d) As visões da mulher e do dragão, da besta, do Cordeiro, dos três anjos e do Filho do Homem (Ap 12— 14); 

e) As sete taças e suas pragas (Ap 15—16); 

f) A queda da Babilônia, dos ímpios, da besta, do falso profeta e a prisão de Satanás (Ap 17—20); 

g) A visão do novo céu, da nova terra e da nova Jerusalém (Ap 21—22.5); 

h) Conselhos e promessas finais (Ap 22.6-21). 


3.3. Seus objetivos 

Tudo o que o Senhor faz e ordena tem bom propósito. Com um livro tão importante quanto o Apocalipse não seria diferente. Reflitamos sobre alguns de seus principais objetivos: 

a) Advertir e corrigir quanto à prática de pecados e a aceitação de distorções doutrinárias entre as igrejas na Ásia Menor; 

b) Trazer aos cristãos mensagens de conforto diante da implacável perseguição do Império Romano; 

c) Revelar as coisas que virão e que logo haverá o triunfo final de Cristo e sua Igreja; 

d) Preparar-nos em santidade e fidelidade para a vinda do Senhor.


4. Os três atos de Apocalipse 

Ao receber e anunciar o Apocalipse, João demonstrou que seu conteúdo é atual e necessário para a Igreja e aos crentes de todas as épocas, pois a mensagem revelada diz respeito ao passado, presente e futuro. 


4.1. As coisas vistas 

Antes de ter a visão de Jesus Cristo em todo seu esplendor e glória, João viu a Igreja: “[...] vi sete castiçais de ouro” (1.12). A Igreja resplandece, ela brilha nas densas trevas deste mundo, jazido no Maligno (Fp 2.15; 1 Jo 5.19). Em seguida, o apóstolo vê o Senhor cheio de Glória e Esplendor! “Um semelhante ao Filho do Homem [...]” (1.13). Nesta visão, João percebe que as vestes, a cabeça, os olhos, os pés, a voz, a mão, a boca e o rosto de Jesus, refletem a insondável grandeza e majestade do Filho de Deus (Ap 1.13-18). 


4.2. As coisas que são 

Jesus conhece a sua Igreja (Ap 2.2, 9, 13, 19; Ap 3.1, 8, 15), assim como as obras de cada um de nós, intimamente! Ele sonda as profundezas de tudo o que se passa em sua Igreja; potencialidades e fraquezas; boas e más obras; inclusive, as motivações por trás delas. Ele vê o fervor espiritual, a fidelidade, o amor e as lutas de seus santos, mas, também nota o esfriamento; o relativismo, as heresias e o pecado oculto em seu seio. E é por amor que o Senhor ordena a João: “O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas” (1.11). 


4.3. As coisas que virão 

João escreve sobre coisas futuras, relatadas do capítulo quatro ao vinte e um, tais como: o derramar da ira de Deus, por meio dos horrores da Grande Tribulação; a aparição do Anticristo; a volta pessoal de Cristo em Glória; o Reino Milenar; o Juízo Final; a Nova Jerusalém e enfim, o perfeito estado eterno das coisas. “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1).


SUBSÍDIO 1 

“A leitura e audição do Apocalipse são, em si mesmas, o motivo de bênçãos: ‘Bem-aventurados aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo’ (Ap 1.3). Composto por uma série de visões; imagens símbolos e figuras, o Apocalipse revela os conflitos do povo de Deus, e a sua vitória final. E conclui, mostrando os redimidos a desfrutar de todas as eternas bem-aventuranças. (Dicionário de Profecia Bíblica, Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.36). 


SUBSÍDIO 2 

A Bíblia divide a raça humana em três partes: quer dizer, os judeus, os gentios, e a Igreja (1 Co 10.32), e contém, uma mensagem para cada uma das três. O Antigo Testamento trata das duas primeiras divisões. O Novo Testamento, dá a mensagem para a Igreja, e Paulo, especialmente, em todas as suas epístolas trata dela. Enquanto temos a palavra final de Deus tanto sobre judeus, quanto para gentios e para a Igreja, no Apocalipse. Encontramos a Igreja no princípio do livro; Israel no meio; e as nações gentílicas no fim. (SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse: Versículo por Versículo. RJ: CPAD, 2022, p.12).


PARA CONCLUIR 

Buscar compreender o livro de Apocalipse é tarefa obrigatória de todo cristão. Sua leitura deixa evidente que estamos testemunhando os sinais do fim! Portanto, prepare-se, mantendo-se em santidade e fidelidade para desfrutar da bendita esperança de todo o crente, que é ver a face adorada do nosso Salvador Jesus Cristo e estar para sempre com Ele na Eternidade.


CONHEÇA OS SEUS ALUNOS

Sobretudo nesta faixa etária, seus alunos estão expostos a inúmeras informações, através das mais diversas mídias e redes sociais. Muitas dessas plataformas debatem e sugestionam sobre como se dará o fim do mundo: pela terceira guerra mundial; disputas com armas nucleares; fome; catástrofes naturais; crises ambientais... 


Ávidos por informação, os juvenis se deparam com inúmeras respostas na escola e na internet para estes acontecimentos. “Será o fim do mundo? Começou o Apocalipse?” Muitas vozes dão explicações das mais variadas, contudo, a maioria não é pautada na Palavra. Por isso, esteja atento às correntes que eles compartilham e crenças que andam cultivando. Motive- os a estudar e compreender a genuína revelação divina, por meio do livro de Apocalipse. Frisando sempre que ele é um livro de esperança, com um final feliz eterno para todos que permanecerem fieis ao Senhor.


HORA DA REVISÃO

1. Qual é o significado do termo “Apocalipse”? 

R.: O nome "Apocalipse" tem sua origem no termo grego apokálypsis, que signifi ca: tirar o véu; descobrir, revelar o que está em oculto ou simplesmente, "revelação". 

2. A quem é atribuída a autoria de Apocalipse? 

R.: A autoria é atribuída ao apóstolo João (Ap 1.1,4). 

3. Qual é o tema principal, mostrado pelo apóstolo no início do livro? 

R.: O tema do livro é a revelação de Jesus Cristo, da sua glória e incomparável majestade, bem como dos fatos e coisas que hão de acontecer (Ap 1.1). 

4. Em qual local ele foi escrito? 

R.: O apóstolo João escreveu o Apocalipse em uma pequena ilha grega chamada Patmos. 

5. Por que o conteúdo de Apocalipse é atual e necessário à Igreja e aos crentes de todas as épocas? R: Porque a mensagem nele revelada diz respeito ao passado, presente e futuro.

Subsídios EBD Lição 13 - A Cidade Celestial

Escola bíblica dominical

Subsídios lição 13 do 2° trimestre de 2024

Este artigo tem por objetivo auxiliar os professores da escola bíblica dominical da classe ADULTOS (CPAD) 

Lição 13 A Realidade Bíblica de uma Fé Que faz a Diferença (Classe: Jovens)

Escola bíblica dominical

TEXTO PRINCIPAL

“Tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da Visitação, pelas boas obras que em vós observem.” (1Pe 2.12).


RESUMO DA LIÇÃO

Deus espera que façamos a diferença na vida do próximo, demonstrando, assim, o poder de uma fé genuína.


LEITURA DA SEMANA

SEGUNDA — Ec 3.11 A eternidade em nosso coração

TERÇA — Mt 5.13 Somos o sal da terra

QUARTA — Rm 5.1 Temos paz com Deus

QUINTA — 2Pe 3.10 Aguardamos o Dia do Senhor

SEXTA — Ap 7.9 Somos uma grande família

SÁBADO — Hb 11.6 Agradamos a Deus com a nossa fé


OBJETIVOS

CONSCIENTIZAR de que o Evangelho nos direciona para Deus;

SABER que o Evangelho nos direciona para o mundo;

RESSALTAR que o Evangelho nos direciona para a eternidade.


INTERAÇÃO

Professor (a), esta é a última lição do trimestre e com ela encerramos nossa série de estudos a respeito da fé cristã. Na lição deste domingo, veremos que ser uma pessoa que faz a diferença é imprescindível em nosso tempo e que este é um mandato de Cristo aos seus discípulos. Fazer a diferença implica ter pensamentos que tragam a solução de problemas, perspectivas novas e crescimento em todos os aspectos. E ser uma pessoa que faz a diferença no Reino de Deus é viver, praticar os ensinos de Jesus diariamente. Deus deseja que seus filhos e filhas possam ser luz em um mundo dominado pelas trevas e que tragam os perdidos a Cristo, glorifiquem o nome dEle e mostrem a beleza do Evangelho.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Converse com seus alunos e explique que o crente pode fazer a diferença na sociedade em que está inserido. Como Igreja do Senhor temos uma responsabilidade: ser “sal” e “luz”. Deus, em sua Palavra, ordenou assistir os necessitados, órfãos, estrangeiros e viúvas (Lv 23.22; Dt 15.11). Os irmãos da igreja do primeiro século, tinham um profundo senso de responsabilidade social. Peça que os alunos leiam Atos 2.45,46 e 2 Coríntios 8.3,4 e 9.13. Em seguida solicite que os alunos relacionem o que a classe poderia fazer para ajudar e fazer a diferença na vida daqueles que estão precisando de ajuda material e espiritual. À medida que forem falando vá relacionando no quadro.


TEXTO BÍBLICO

Mateus 5.13-16.

13 — Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.

14 — Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.

15 — Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

16 — Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.


INTRODUÇÃO

Ao longo deste trimestre, abordamos alguns dos pontos tidos por essenciais para a fé cristã. Não esgotamos o assunto, pois sabemos que muitos outros pontos existem e que podem ser pesquisados e aplicados às nossas vidas e a de quem está estudando a respeito da fé cristã. As temáticas que estudamos mostram a importância do Evangelho e da Palavra de Deus na vida de quem já recebeu a Jesus. Nesta última lição, cabe a seguinte pergunta: “Que diferença o Evangelho pode fazer pela humanidade?”. É o que veremos nesta lição.



I - O EVANGELHO NOS DIRECIONA PARA DEUS

Iniciamos nosso estudo com um dos pontos mais importantes: O que o Evangelho faz em relação a nós e ao Deus que nos criou?


1. Direciona a nossa fé. 

A humanidade possui uma forte tendência a depositar sua crença em objetos, sistemas científicos ou alguém. Essa crença, inerente ao ser humano, chamamos de fé. Há pessoas que colocam sua fé em objetos tidos por “mágicos”, ou no movimento que os planetas fazem no céu: já outros colocam sua fé nas ideologias. Os cristãos creem no Deus vivo e verdadeiro. O Senhor, em sua Palavra, revela que a nossa fé deve estar nEle e em seu poder.


A Bíblia nos diz que a fé é o elemento de que precisamos para nos aproximarmos de Deus: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Deus valoriza tanto a confiança que depositamos nEle e em seu nome que se propõe a recompensar aqueles que se aproximam dEle com fé. Não há quem se aproxime de Deus da forma como Ele deseja e que saia de mãos vazias. Em dias em que as pessoas rejeitam a Deus para viverem de acordo com seus propósitos, a mensagem do Evangelho continua sendo consistente com o que Deus determinou sobre a nossa forma de confiar e onde depositar a nossa confiança.


2. Temos paz com Deus. 

O Criador manteve um relacionamento estreito com o primeiro casal. Mas, quando eles pecaram e se afastaram do Eterno, Ele mesmo estabeleceu os parâmetros pelos quais poderiam se aproximar de sua presença novamente. Entre tudo o que foi perdido por causa do pecado, estava a paz. O homem se escondeu de Deus e, desde esse dia, sempre que peca, sua tendência é afastar-se ainda mais dEle. Depois da Queda, a única forma de nos aproximarmos de Deus é mediante a fé em Jesus Cristo. Uma das consequências do pecado foi a perda da paz, e a sua ausência traz a insegurança, a incerteza de dias melhores e o contínuo afastamento dos propósitos divinos.


3. A boa notícia. 

A boa-nova é que o Evangelho traz paz para a nossa vida. Esse sentimento pode ser definido como ausência de conflitos e pode representar a convivência tranquila entre duas ou mais pessoas, neste caso, entre nós e Deus: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). A justificação, ou seja, ser declarado justo, livre de qualquer culpa, vem por meio do perdão dos nossos pecados, que foram quitados por Jesus na cruz. Uma vez perdoados e considerados justos, recebemos a paz de Deus. Essa paz, de que tanto a humanidade necessita, não é fruto de um pacto de não agressão entre nações beligerantes, ou advinda de um estilo de vida contemplativo com uma mente esvaziada de preocupações.


SUBSÍDIO I

Professor (a), “[…] a criação, a queda e a redenção são pontos decisivos fundamentais da história bíblica, além de servirem de ferramentas de diagnóstico muito úteis. Uma teologia genuinamente bíblica tem de manter os três princípios em equilíbrio cuidadoso: que toda a realidade vem das mãos de Deus e era original e intrinsecamente boa; que tudo foi arruinado e corrompido pelo pecado; e que, mesmo assim, tudo pode ser redimido, restaurado e transformado pela graça de Deus.” (PEARCEY, Nancy. Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de seu Cativeiro Cultural. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.107).



II - O EVANGELHO NOS DIRECIONA PARA O MUNDO

1. Sal e luz. 

O Evangelho nos conduz à interação com o mundo, contudo de uma forma diferente. Não mais como participantes das práticas condenadas por Deus, mas como pessoas que fazem a diferença em um ambiente tomado pelas trevas e em vias de decomposição. Jesus expressou isso quando disse aos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra” (Mt 5.13). O sal nos dias de Jesus era tão valioso que o Império Romano aceitava a sua utilização como moeda de troca ou mesmo de pagamento, dado ao seu poder de conservar alimentos como a carne, que se deteriorava com facilidade. 


O sal também dava sabor aos alimentos, tornando-os mais palatáveis. A luz torna real imagens que, no escuro, antes estavam distorcidas. Ela pode ser percebida em qualquer ambiente escuro, e as trevas, por mais densas que estejam, não conseguem vencer a luz (Jo 1.5). Em ambos os exemplos, Deus espera que façamos a diferença onde nos colocou. Ser “sal” e “luz” é de grande responsabilidade, pois esses elementos existem com uma função: modificar o ambiente onde foram colocados.


2. As relações familiares. 

Um dos ambientes onde o Evangelho faz a diferença é na família. Há incontáveis testemunhos de casais que, tendo aceitado a Jesus, tiveram seus relacionamentos transformados. Não são poucas as orações de mães e pais que rogam por seus filhos e que Deus responde. Isaque, filho de Abraão, casou-se com Rebeca, e no decorrer dessa união ambos descobriram que não poderiam ter filhos. Contudo, Isaque insistiu com Deus em oração, pois ele estava debaixo da autoridade de um pacto com o Altíssimo, e Ele honrou a fé do patriarca com dois filhos (Gn 25.21). 


Ana, uma mulher da tribo de Efraim, era casada e estéril, mas após orar ao Senhor pedindo um filho, teve Samuel, o primeiro profeta que também era sacerdote (1Sm 1.20). Jairo, chefe de uma sinagoga, rogou a Jesus que este curasse a sua filha, e ela foi curada (Mc 5.41-43). Deus valoriza a união familiar entre um homem e uma mulher, e pela fé, responde suas orações. O Evangelho torna os filhos mais obedientes a seus pais, ainda que a tendência ao pecado se manifeste de forma contínua em todas as pessoas, e torna os pais mais sensíveis e amáveis para com seus filhos.


3. O meio ambiente. 

Já sabemos que a criação é obra de Deus, e que Ele ordenou ao homem que sujeitasse a criação e a dominasse sobre os animais, peixes e aves. Diante dos muitos problemas criados pela ação do homem em relação ao meio ambiente, é necessário entender que o Evangelho muda a forma de pensar e agir do cristão em relação ao ambiente em que se encontra. 


A fé cristã, ao chegar à vida de uma pessoa, traz a percepção de que ela deve ter respeito pela criação de Deus. Isso implica dizer que um salvo em Cristo não destrói o meio ambiente onde ele está, mas o conserva. Da mesma forma como os hebreus deveriam cuidar da terra onde haviam sido colocados por Deus, somos desafiados a interagir com o meio ambiente de forma a preservá-lo, e de usufruindo dos seus recursos com sabedoria. Deus tem zelo pelo que criou, e uma prova é o fato dEle ter mostrado a Ezequiel que o rio que saía do altar do Senhor trazia restauração ao meio ambiente, atraindo pescadores e fazendo crescer árvores frutíferas nas suas margens (Ez 47.1-12). Embora o cuidado com o meio ambiente seja eventualmente usado como tema de pauta ideológica, como servos de Deus não podemos nos esquivar da mordomia colocada sob nossa responsabilidade para com a criação. Sabemos, pela Palavra de Deus, que “o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (2Pe 3.10), mas a Palavra não diz que é o povo de Deus que vai fazer isso. Portanto, tratemos com zelo e cuidado o ambiente onde Deus nos colocou.



SUBSÍDIO II

Explique aos alunos que “o ‘sal’ é valorizado por dois atributos principais: gosto e conservação. Não perde sua salinidade se é cloreto de sódio puro. Isto nos leva à sugestão do que Jesus quis dizer quando disse [que] os discípulos deixariam de ser discípulos se eles perdessem o caráter de sal. O sal não refinado extraído do mar Morto continha mistura de outros minerais. Deste sal em estado natural o cloreto de sódio poderia sofrer lixiviação em consequência da umidade, tornando-o imprestável (Jeremias, 1972, p.169). O ensino rabínico associava a metáfora do sal com sabedoria. Esta era a intenção de Jesus, visto que a palavra grega traduzida por ‘nada mais presta’ tem ‘tolo’ ou ‘louco’ como seu significado radicular. É tolice ou loucura os discípulos perderem o caráter, já que assim eles são imprestáveis para o Reino e a Igreja, e colhem o desprezo de ambos. No Antigo Testamento ‘luz’ está associada com Deus (Sl 18.28; 27.1), e o Servo do Senhor e Jerusalém estão revestidos com a luz de Deus. O Servo será luz para os gentios, e todas as nações virão à luz de Jerusalém (Is 42.6; 49.6; 60.1-3). É neste sentido de ser luz para as nações que Jesus identifica os discípulos como luz. Esta ideia antecipa a conclusão do Evangelho de Mateus: ‘Portanto, ide, ensinai todas as nações [ou fazei discípulos]’ (Mt 28.19). No capítulo anterior, Mateus identificou Jesus como a ‘grande luz’ de Isaías na Galileia gentia (Mt 4.15,16). Agora os discípulos são chamados para serem portadores da luz.” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.43,44).



III - O EVANGELHO NOS DIRECIONA PARA A ETERNIDADE

1. A eternidade em nosso coração. 

O ser humano não é um conjunto de elementos químicos que se amontoaram ao longo de um processo que se deu por acaso. Ele foi criado por Deus, de forma planejada. E a humanidade tem dentro de si o desejo de não passar pela morte. Essa quebra do ciclo proposto por Deus, de uma vida sem fim, assusta qualquer pessoa, pois da morte não há retorno. A verdade é que a Eternidade está em nosso coração: “Deus fez tudo formoso no seu devido tempo. Também pôs a eternidade no coração do ser humano, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até o fim” (Ec 3.11 — NAA).


2. Não estaremos sozinhos. 

Não conseguimos imaginar a grandiosidade do Evangelho, e isso decorre do fato de não podermos conhecer todas as culturas do mundo onde a palavra de Jesus já chegou, bem como as pessoas que foram alcançadas pela salvação. Mas é certo que um dia, nos reuniremos com nossos irmãos salvos no porvir, e eles não são poucos. O apóstolo Pedro mencionou que, em seus dias, havia irmãos em todo o mundo que estavam sendo afligidos pelos ataques de Satanás (1Pe 5.8,9). O Evangelho não ficou só em Jerusalém. Ele ultrapassou barreiras geográficas, linguísticas e culturais. João, contemplando os últimos dias, disse: “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9). Não estamos sozinhos no mundo. A Igreja do Senhor Jesus Cristo é muito maior do que podemos imaginar.


SUBSÍDIO III

Ressalte que todos os dias temos a oportunidade de juntamente com Jesus Cristo construir um mundo melhor. Sabe como? Mediante o nosso testemunho.


CONCLUSÃO

O Evangelho de Jesus Cristo pode fazer grandes coisas pelo homem moderno, tanto quanto fez pelos homens que creram em Jesus nos últimos séculos. E até que o Senhor Jesus retorne para buscar a sua Igreja, devemos pregar e viver a sua mensagem como um exemplo a todas as pessoas de todas as culturas.


HORA DA REVISÃO

1. Qual o elemento de que precisamos para nos aproximarmos de Deus?

A Bíblia nos diz que a fé é o elemento de que precisamos para nos aproximar de Deus (Hb 11.6).

2. Para que era utilizado o sal nos dias de Jesus?

O sal nos dias de Jesus era tão valioso que o Império Romano aceitava a sua utilização como moeda de troca ou mesmo de pagamento.

3. Segundo a lição, o que Deus espera de nós?

Deus espera que façamos a diferença onde nos colocou.

4. Qual a função dos elementos “sal” e “luz”?

Preservar e iluminar.

5. Podemos nos esquivar da mordomia colocada sob nossa responsabilidade em relação à criação?

Não! Como servos de Deus não podemos nos esquivar da mordomia colocada sob nossa responsabilidade para com a criação.


🎓 Lições Jovens 2° Trimestre 2024 CPAD 

Revista: O Padrão Bíblico para a Vida Cristã – Caminhando segundos os Ensinos das Sagradas Escrituras | Comentarista: Alexandre Coelho


CLIQUE E LEIA TAMBÉM 👇

Subsídios EBD Lição 12 - A Bendita Esperança: A Marca do Cristão

Revista Cristão Alerta

Subsídios lição 12 do 2° trimestre de 2024

Este artigo tem por objetivo auxiliar os professores da escola bíblica dominical da classe ADULTOS (CPAD) 

Subsídios EBD Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno

LIÇÃO 11 2 trimestre 2024

Subsídios lição 11 do 2° trimestre de 2024

Este artigo tem por objetivo auxiliar os professores da escola bíblica dominical da classe ADULTOS (CPAD)

Subsídios EBD Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade

Subsídios EBD Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade

Subsídios lição 10 do 2° trimestre de 2024

Este artigo tem por objetivo auxiliar os professores da escola bíblica dominical da classe ADULTOS (CPAD) 

Lição 12 A Realidade Bíblica do Evangelho na Cultura (Lições Jovens)

Escola bíblica dominical

🎓 Lições Jovens 2° Trimestre 2024 CPAD

Revista: O Padrão Bíblico para a Vida Cristã Caminhando segundos os Ensinos das Sagradas Escrituras

Site: Subsídios Dominical

TEXTO PRINCIPAL

“Dos filhos de Issacar, destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos de seus chefes e todos os seus irmãos, que seguiam a sua palavra.” (1Cr 12.32).

RESUMO DA LIÇÃO

O Evangelho nos ensina a interagir com a cultura de nossos dias sob a perspectiva da Palavra de Deus.


LEITURA DA SEMANA

SEGUNDA — 2Tm 2.2

A Palavra deve ser ensinada

TERÇA — Dt 6.6-9

Os pais ensinando seus filhos

QUARTA — 1Rs 6.38

O templo, erguido para adoração e ensino

QUINTA — Êx 20.4-6

A arte que a Palavra de Deus rejeita

SEXTA — Sl 96.9

A beleza da santidade de Deus revelada na Palavra

SÁBADO — 1Pe 1.25

A Palavra de Deus permanece para sempre

TEXTO BÍBLICO

Atos 19.11-20.

11 — E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias.

12 — De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saiam.

13 — E alguns dos exorcistas judeus, ambulantes, tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega.

14 — Os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes.

15 — Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?

16 — E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno e assenhoreando-se de dois, pôde mais do que eles: de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa.

17 — E foi isto notório a todos os que habitavam em Éfeso, tanto judeus como gregos; e caiu temor sobre todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido.

18 — Muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos.

19 — Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata.

20 — Assim, a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia.


INTRODUÇÃO

Quando se fala a respeito do Evangelho e o seu alcance, é preciso que se observe as transformações que ele gera nas culturas aonde chega. Na história da humanidade, percebe-se que muitos países passaram por grandes transformações sociais positivas quando o Evangelho chegou em suas terras: famílias foram valorizadas, as mulheres respeitadas, crianças educadas, e pessoas tiveram um rumo em suas vidas. Nesta lição, veremos a importância que o Evangelho tem para a cultura de nossos dias, independentemente do lugar em que ele se encontre.

I - A IMPORTÂNCIA DA CULTURA

1. O que é cultura.

O termo cultura é amplo. Ele engloba assuntos como arte, o conhecimento científico, a língua e as tradições de um povo. Todo grupo social tem sua própria cultura. A comida, a forma de se vestir, de trabalhar, de falar e a maneira como interage com o ambiente e entre si são componentes da cultura. Em geral, ela é repassada dos mais velhos para os mais novos no lar, no trabalho, na escola, por meio da literatura, da música e outras manifestações sociais.

 

As formas de aquisição da cultura são variadas, e se ela não for preservada, será esquecida. Por isso, Deus orientou o povo de Israel a ensinar aos seus filhos a sua lei para que eles não a esquecessem (Dt 6.6-9). A cultura e a língua de um povo podem sofrer modificações com o passar do tempo. Tomemos como exemplo a nossa língua. Ela recebeu e recebe termos em inglês e de outras línguas que são incorporados ao nosso vocabulário e usados, geralmente, pelas gerações mais novas.

 

2. A cultura do Antigo Testamento.

O ambiente em que o Antigo Testamento foi escrito tinha a cultura voltada em boa parte para a criação de animais e o cultivo e colheita de grãos. A família era responsável pela educação dos filhos e pela passagem das tradições familiares e nacionais, e por iniciá-los na fé que caracterizava o povo de Deus e o seu concerto com o Eterno. No aspecto do trabalho, havia casos em que a escravidão era corrente, mas também havia empregados remunerados, pessoas livres que trabalhavam e recebiam salários. Em seus primórdios, os hebreus foram vítimas de uma cultura de escravidão, mas pelo poder de Deus saíram para uma cultura de liberdade na terra que Deus prometeu que daria a Abraão. Na cultura israelita, a família era patriarcal, e os pais, para evitar dificuldades de relacionamentos, tinham participação muito ativa na escolha dos cônjuges para seus filhos. Observe que Abraão fez seu servo, o mais velho de sua casa, jurar que não tomaria mulher das filhas dos cananeus para seu filho Isaque (Gn 24.1-4). Seu filho deveria se casar com alguém da sua parentela. A fé era passada dos pais para os filhos, e a participação nos cultos fortalecia a tradição entre as gerações. As nações mantinham relações comerciais umas com as outras e possuíam exércitos para se defender, ou contratavam de outras nações para auxiliar nas guerras que eram travadas.

 

3. A cultura do Novo Testamento.

A cultura dominante era a romana entre os países em que o Evangelho chegou inicialmente. Os romanos dominavam militar e administrativamente o mundo conhecido. Sua perspectiva era que o império proporcionaria segurança nas relações entre os países, impondo uma paz obrigatória. Eles costumavam preservar a religião dos povos dominados, desde que estes concordassem em prestar culto também a César. Os gregos foram dominados pelos romanos, mas a sua cultura, quanto aos aspectos filosóficos, e a língua grega, foram absorvidos pelos dominadores. O Novo Testamento foi escrito em grego, herança cultural que perdurou por séculos. Os hebreus nos dias de Jesus estavam sob o domínio romano, contudo, tinham liberdade de realizar seus cultos e pagavam tributos a César.

 

II - O EVANGELHO E A CIÊNCIA

1. A ciência nos tempos antigos.

Os homens não eram ignorantes, e as grandes construções que ultrapassaram séculos, como as pirâmides do Egito, e grandes obras literárias são amostras de que eles sabiam como aplicar a matemática e usar a escrita de uma forma que perdurou. Os conhecimentos a respeito de engenharia, medicina e educação não surgiram no século XXI. O Templo de Salomão foi construído em sete anos (1Rs 6.38) e durou 410 anos, quando Nabucodonosor o destruiu. Por mais que em nossos dias tenhamos aperfeiçoado os processos, essas melhorias ocorreram com base em algo que já existia. Deus, portanto, dotou os homens com inteligência para que fizessem grandes feitos.

 

2. A ciência em nossos dias.

Com o advento do movimento chamado Iluminismo, surgiu o método científico, que trouxe regras para serem usadas nas pesquisas e nas ciências. Com o método científico, estabeleceram-se mecanismos para que as experiências científicas pudessem ser testadas repetidamente e se chegassem aos mesmos resultados. Ocorre que muitos cientistas se valeram do uso desse método para dizerem que tudo o que existe é matéria, que Deus não existe, que milagres não são possíveis e que se uma experiência não puder ser explicada pela ciência, ela não pode ser aceita como válida. Na tentativa de separar a fé da ciência, tais cientistas se esquecem de que grandes universidades foram fundadas por cristãos. Harvard tem como lema: “a verdade para Cristo e para a Igreja”, pois, foi fundada por servos de Deus, mostrando que o Evangelho não é contrário à verdadeira ciência.

 

3. A ciência e a Bíblia.

Um dos maiores problemas para algumas pessoas é conciliar a ciência com as Escrituras Sagradas. A Palavra de Deus não é um livro de curiosidades, nem tem por objetivo se colocar como um manual científico. Ela não depende da validação da ciência humana ou do método científico para ser o Livro de Deus. A Bíblia diz que Deus criou o homem a partir do pó da terra, que existe a ressurreição e que os milagres são possíveis e existem, coisas que muitos cientistas insistem em dizer que são fatos impossíveis. Reconhecemos que o método científico tem seus méritos para direcionar a pesquisa científica e que o respeito a ele resulta em critérios que norteiam os grandes avanços que nos conduziram até aqui, mas também entendemos que a ciência não tem resposta para todas as coisas, pois ela é limitada.

 

Muitas descobertas e invenções científicas com o passar do tempo foram descontinuadas, pressupostos foram contraditados, e tratamentos médicos, substituídos. Por estar em constante mudança, a ciência não pode ser tida como um validador para a fé cristã. Isso não significa que ela e a Bíblia não possuam pontos de concordância, e sim que a Palavra de Deus não tem por objetivo ser validada pela ciência para produzir seus efeitos na vida de uma pessoa. A ciência não explica a salvação de um pecador, ou o poder que a oração de um justo tem diante de Deus. O método científico segue regras cujos pressupostos podem mudar descobertas ou postulados científicos tidos por definitivos há décadas. A Palavra de Deus, por sua vez, não muda (1Pe 1.25).

 

4. A arte e a Bíblia.

Uma das manifestações culturais mais impressionantes é a arte. Muitas poesias eram acompanhadas de músicas em Israel, e assim os salmos eram cantados. Esculturas não eram aceitas entre os hebreus, pois por mais que se mostrassem uma forma de arte, eram representações da idolatria, algo que Deus sempre condenou. Ele mesmo proibiu os hebreus de tentarem simbolizá-lo por meio de gravuras ou esculturas (Êx 20.4-6). O Templo edificado pelo rei Salomão era uma obra de arte, pois Deus tem prazer naquilo que é belo, e a própria santidade de Deus é qualificada como bela (Sl 96.6). Entretanto, nenhuma arte que induza à idolatria, à sensualidade ou a qualquer outra forma de pecado deveria ser incentivada ou consumida entre o povo de Deus.


III - UMA CULTURA TRANSFORMADA PELO EVANGELHO

1. Um Evangelho transformador.

É notório que o Evangelho tem realizado grandes e profundas mudanças na cultura à nossa volta. Todos aqueles que tiveram um encontro com Jesus, nunca mais foram os mesmos. Tomemos como exemplo Zaqueu, Nicodemos, Paulo etc.

 

2. Na família.

Um dos ambientes onde a fé cristã tem demonstrado o poder de Deus é na família. O Evangelho torna os pais mais responsáveis na criação dos filhos, e os cônjuges mais conscientes no tocante ao amor e respeito. Os filhos criados no temor do Senhor têm a consciência da vida eterna, e que precisam respeitar seus pais para também agradarem a Deus.


3. Na sociedade.

A sociedade é abençoada pelo Evangelho e seus efeitos na vida de quem recebe a Jesus. Não são poucos os testemunhos de pessoas, antes iracundas, que tiveram seu comportamento mudado pelo Espírito Santo e se tornaram amáveis até com os seus opositores. Vale lembrar que a Escola Dominical nasceu como uma iniciativa do jornalista Robert Raikes, que percebendo que as crianças ociosas cometiam delitos na Inglaterra, resolveu levá-las para a igreja e ensiná-las nas Sagradas Escrituras e outras disciplinas. Essa iniciativa social e espiritual trouxe frutos ao Reino Unido.


CONCLUSÃO

O Evangelho produz mudanças significativas na cultura de um povo. A Palavra de Deus nos mostra que o pensamento do ser humano foi afetado pelo pecado, e que por isso, o homem tende a deixar Deus de fora da ciência, por receio de que as respostas que tanto procura sobre o passado, ou para o avanço que desejam fazer no futuro, o obrigue a aceitar a existência do Todo-Poderoso e do seu poder.


HORA DA REVISÃO

1. O que engloba o termo “cultura”?

2. Segundo a lição, como era a cultura do Antigo Testamento?

3. Qual era a cultura dominante no Novo Testamento?

4. Qual a língua em que o Novo Testamento foi escrito?

5. Qual o lema da universidade de Harvard? O que ele mostra?

CLIQUE E LEIA TAMBÉM 👇