Lição 11 A Realidade Bíblica da Esperança (Lições Jovens)

Lições Jovens

🎓 Lições Jovens 2° Trimestre 2024 CPAD

Revista: O Padrão Bíblico para a Vida Cristã Caminhando segundos os Ensinos das Sagradas Escrituras

Site: Subsídios Dominical

TEXTO PRINCIPAL

“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração.” (Rm 12.12).

RESUMO DA LIÇÃO

Em um mundo cheio de desespero, a esperança é uma virtude que todo cristão deve cultivar em sua vida.

LEITURA DA SEMANA

SEGUNDA — Rm 15.13

O Deus de esperança

TERÇA — 1Pe 3.15

Nossa esperança pode ser explicada

QUARTA — Rm 5.2

Podemos nos gloriar na esperança

QUINTA — Sl 33.20

Nossa esperança está no Senhor

SEXTA — 1Tm 1.1

Jesus, esperança nossa

SÁBADO — 1Co 13.13

A esperança permanece com o amor e a fé


OBJETIVOS

MOSTRAR a importância da fé Cristã em uma era de desespero;

SABER que para o cristão há esperança para esta vida;

RESSALTAR que para o cristão há esperança para a vida futura.

 

TEXTO BÍBLICO

Salmos 42.6-11; Romanos 5.1-5.

Salmos 42

6 Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; portanto, lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermom, e desde o pequeno monte.

7 Um abismo chama outro abismo, ao ruido das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.

8 Contudo, o Senhor mandará de dia a sua misericórdia, e de noite a sua canção estará comigo: a oração ao Deus da minha vida.

9 Direi a Deus, a minha Rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando angustiado por causa da opressão do inimigo?

10 Como com ferida mortal em meus ossos, me afrontam os meus adversários, quando todo o dia me dizem: Onde está o teu Deus?

11 Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus.

 

Romanos 5

1 Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;

2 Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tributações, sabendo que a tribulação produz a paciência;

4 e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.

5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.

 

INTRODUÇÃO

O mundo vem passando por momentos de transformação em vários segmentos, com notícias ruins e boas. Avanços científicos, descobertas de tratamentos que podem salvar vidas, como por exemplo, a descoberta de medicamentos que ajudou no controle da pandemia de COVID-19, que ceifou milhares de vidas, são referências de boas notícias. Contudo, também nos vemos envoltos em notícias que podem nos trazer desesperança e medo do futuro. E o que a fé cristã tem a dizer sobre como devemos nos portar nesses momentos? Que esperança o Evangelho de Jesus oferece para esta vida? É o que veremos na lição deste domingo.


I- A FÉ CRISTÃ NUMA ERA DE DESESPERO

1. Desespero provocado por doenças e guerras.

O Dicionário Aurélio define a palavra “desespero” como um “estado de espírito (sensação ruim) que faz com que alguém acredite estar num momento sem saída”. 

Uma doença que paralisa o mundo inteiro, prendendo pessoas dentro de suas casas e causando uma alta taxa de mortalidade, uma nova guerra ou uma crise financeira são suficientes para trazer desespero a muitas pessoas. Há pouco tempo passamos por tais situações, e nesse período, muitas pessoas desenvolveram depressão, pânico e outros problemas congêneres. Afastamento social, perda do emprego, da renda e falta de perspectiva de quando esse cenário terminaria trouxeram desespero para bilhões de pessoas nos últimos 5 anos. O apóstolo Paulo vivenciou um momento muito difícil que o levou à angústia. Ele relatou esse momento aos Coríntios ao afirmar “porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tributação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos” (2Co 1.8). Até os servos de Deus podem passar por situações em que o desespero tira por completo a perspectiva de melhoras no presente, mas Paulo disse que, apesar da sentença de morte com a qual havia se deparado, Deus trouxe livramento necessário naquela situação (2Co 1.10).


2. Desesperança por questões econômicas e profissionais.

Com a economia globalizada que vemos em nossos dias, é comum que as pessoas sejam afetadas por notícias que apresentem altos índices de desemprego, afetando famílias inteiras, colocando em risco segurança, educação, alimentação e abrigo para milhões de pessoas. Se por um lado a palavra esperança traz a ideia de uma perspectiva positiva relacionada ao futuro, por outro lado desesperança afeta negativamente a nossa percepção do que ainda está para acontecer. Notemos que tal sentimento afeta grupos sociais cujos governos não conseguem proveras estruturas básicas para sua população, o que acontece nos países mais pobres, mas também acontece em países desenvolvidos, onde há altos índices de suicídio. O desespero afeta a nossa percepção do presente, e a desesperança, a nossa percepção do futuro.


3. A busca por esperança nos lugares errados.

Não saber o que vai acontecer no futuro traz bastante desconforto às pessoas. Na busca de uma certeza, ou de uma sombra dela, para o que virá à frente, muitos buscam no misticismo, na adivinhação e no oculto informações que as ajudem a tomar decisões acertadas. Ao invés de buscarem em Deus uma esperança, recorrem às trevas para serem cada vez mais confundidos. No Antigo testamento, Deus adverte seu povo a que não adotasse práticas que os seus vizinhos cananeus tinham, e deixando claro que entre os hebreus não deveria ter “nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos” (Dt 18.11). Quem busca esperança nas artes adivinhatórias, no movimento dos astros, em cartas e sortilégios está pecando, pois só Deus conhece o futuro, além de revelar a falta de fé no Senhor. O Eterno completa dizendo: “Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti” (Dt 18.12). A maior fonte de desesperança é a falta do conhecimento e de confiança no Todo-Poderoso.


II - ESPERANÇA PARA ESTA VIDA

1. A salvação.

A salvação oferecida por Deus é motivo de esperança para quem aceita a Jesus. A consciência de perdão dos pecados, de pertencimento ao povo de Deus e a certeza da vida eterna nos céus são motivos de esperança. 

Ela é a porta de entrada de muitas bênçãos para aqueles que andam na luz: “Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação” (1Ts 5.8).


2. Uma mente transformada por Cristo.

Há uma conexão entre esperança e a capacidade de pensar segundo a Palavra de Deus. O apóstolo Pedro diz aos seus leitores, crentes, que naquele momento estavam sendo perseguidos, que santificassem a Cristo no seu coração, ou seja, na sua mente (1Pe 3.15). A esperança que temos não é subjetiva; ela pode ser explicada. Quem serve a Jesus tem motivos de sobra para se alegrar, mesmo quando sob tributação. E mais do que isso, a experiência que temos dia a dia com Deus reforça a nossa forma de crer e de pensar. Observe o que o profeta Jeremias afirmou diante das muitas tributações enfrentadas: “Disso me recordarei no meu coração; por isso, tenho esperança” (Lm 3.21).


3. A certeza de que Deus está no controle de tudo (Jó 42.2).

Ter esperança em relação ao amanhã não é uma forma de fugir da realidade, mas é a certeza de que nada foge ao controle do Senhor. A fé cristã, segundo a Palavra de Deus, direciona-nos a olhar não para as circunstâncias, mas para o Eterno, que nos ama e sabe o que é melhor para cada um dos seus filhos(as). O cristão não é, portanto, uma pessoa que busca fugir da realidade presente, mas sim uma pessoa que acredita na soberania de Deus no presente e na eternidade ao lado de Jesus Cristo.

III - ESPERANÇA PARA A VIDA QUE VIRÁ

1. Vitória sobre a morte.

Um dos momentos de maior desespero para quem não serve a Jesus é a morte de uma pessoa próxima. O evento morte é chamado por Jó de “rei dos terrores” (Jó 18.14), de quem não se pode escapar. Contudo, já que ninguém pode escapar da morte, advinda do processo de envelhecimento ou de algum outro efeito no corpo, por que os cristãos têm esperança de que um dia serão vencedores sobre a morte? A esperança que o cristão tem acerca da vitória sobre a morte não se pauta naquilo que ele pode fazer, pois a morte é inerente à humanidade pecaminosa. Mesmo tendo aceitado a Jesus e sido feitas novas criaturas, ainda estamos sujeitos aos efeitos do pecado em nosso corpo mortal.

A esperança que o cristão possui acerca da vitória sobre a morte se pauta no poder de Deus e na ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Ele nos deu o exemplo quando voltou da morte, e chamado de “primogênito dos mortos” (Ap 1.5). O apóstolo Paulo tinha tanta certeza da vitória sobre a morte para aqueles que tinham recebido a Jesus, que perguntou: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1Co 15.55). Em nossos dias a morte ainda possui um poder, mas em breve ela será vencida.


2. Vitória sobre o mal.

O mal é uma realidade neste mundo. Estamos cercados de pessoas que são levadas pela maldade, ora como vítimas, ora como agentes. Pessoas se armam e atentam contra a vida de outras pessoas por algum tipo de insatisfação. Mães decidem matar os bebês que carregam no ventre por entender que o corpo é delas e que gerar uma vida vai ser um obstáculo para realizações futuras, e homens a quem é dada autoridade se valem dela para roubar e espoliar outras pessoas. Essas são faces do mal, e muitas outras manifestações malignas estão à nossa volta, como a opressão espiritual e a ação de demônios influenciando ou possuindo pessoas. Desde que nascemos, o mal é uma realidade constante em um mundo atingido pelo pecado. Mas um dia, quando Satanás for vencido para sempre, ele cessará (Ap 20.10).

3. Não pague o mal com o mal.

A orientação divina é que, apesar de estarmos cercados pelo mal, devemos nos afastar dele (1Ts 5.22). Mais do que isso, estamos sujeitos a ser alcançados por ele, mas a nossa resposta é: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21). Deus se encarregará de julgar toda maldade praticada pelos homens.

 

CONCLUSÃO

A fé cristã nos aponta a esperança como virtude que os crentes devem cultivar, pois a presença de Jesus em nós, por meio do seu Santo Espírito, nos traz conforto e segurança não somente para as situações difíceis pelas quais passamos, mas também nos inspira a estarmos preparados para o que Deus reservou aos que o amam nesta vida e no porvir.


HORA DA REVISÃO

1- Segundo a lição, o que pode provocar desespero?

2- Qual é a maior fonte de desesperança?

3- Qual um dos motivos de esperança para quem aceita a Jesus?

4- Segundo a lição, o que pode nos trazer esperança para esta vida?

5- Como Jó denomina o evento morte?

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A Oração em Nome de Jesus

 O segredo do nome de Cristo

Para realizar uma exegese de João 14:14 onde a Bíblia interpreta a própria Bíblia, é importante considerar o contexto imediato do versículo, o contexto mais amplo dentro do Evangelho de João, e outras passagens bíblicas que tratam de temas semelhantes. Vamos começar com o texto de João 14:14:


João 14:14 (ARA): "Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei."

 

João 14 faz parte dos discursos de despedida de Jesus aos Seus discípulos, começando em João 13 e indo até João 17. Neste capítulo, Jesus está confortando Seus discípulos e prometendo-lhes o Espírito Santo. Ele enfatiza a importância da fé n'Ele e da união com Ele.


João 14:12-13: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho."


Esses versículos imediatamente anteriores ajudam a entender que pedir algo "em nome de Jesus" não é apenas usar uma fórmula mágica, mas implica pedir de acordo com a vontade e caráter de Jesus, em alinhamento com Sua missão e propósito.

1. Contexto Amplo no Evangelho de João

No Evangelho de João, há várias menções sobre o papel de Jesus como mediador e a importância de pedir em Seu nome:


- João 15:7: "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito."

- João 16:23-24: "Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo que, se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que a vossa alegria seja completa."


Esses versículos reforçam que pedir em nome de Jesus está ligado à permanência n'Ele e a ter Suas palavras em nós, destacando a necessidade de uma relação íntima e contínua com Cristo.


2. Outras Passagens Bíblicas

Para uma interpretação mais ampla e consistente, consideremos outros textos bíblicos que falam sobre oração e pedir em nome de Jesus:


1 João 5:14-15: "E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já obtivemos os pedidos que lhe fizemos." Essa passagem sublinha a necessidade de pedir segundo a vontade de Deus, o que está implícito em pedir em nome de Jesus.


Tiago 4:3: "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres."


Tiago adverte que a motivação por trás de nossos pedidos é crucial. Pedir em nome de Jesus implica que nossos pedidos sejam compatíveis com Seu caráter e Seus propósitos.


📌As três verdades sobre a oração em nome de Jesus

(1) Conformidade com a Vontade de Deus

Pedir em nome de Jesus implica conformidade com a vontade de Deus. Orar em Seu nome é estar alinhado com Seus propósitos e buscar a glória de Deus.


(2) Relação com Jesus

A efetividade da oração está ligada ao relacionamento com Jesus. Permanecer n'Ele e ter Suas palavras em nós (João 15:7) são condições essenciais.


(3) Promessa de Resposta

Jesus promete que responderá às orações feitas em Seu nome, mas isso não é uma garantia de que qualquer desejo pessoal será concedido. A promessa é de que Ele realizará o que está em harmonia com Seu caráter e vontade.


Conclusão

Em João 14:14, Jesus está ensinando que ao pedir em Seu nome, os discípulos podem ter a confiança de que Ele atenderá suas orações. No entanto, este pedido deve estar alinhado com o caráter, a vontade e a missão de Jesus. Não se trata de uma fórmula mágica, mas de uma expressão de relacionamento íntimo e contínuo com Cristo, onde nossas vontades são transformadas pela Sua.

 

A Bíblia interpreta a própria Bíblia ao mostrar que a oração em nome de Jesus está intrinsecamente ligada à conformidade com Sua vontade e à busca pela glória de Deus. Assim, devemos buscar estar tão unidos a Cristo que nossos desejos e pedidos refletem Sua vontade perfeita.

 

Por: Subsídios Dominical

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Este artigo tem por objetivo auxiliar os professores da escola bíblica dominical da classe ADULTOS (CPAD)

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Revista: O Padrão Bíblico para a Vida Cristã Caminhando segundos os Ensinos das Sagradas Escrituras

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TEXTO PRINCIPAL

“E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS , porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” (Mt 1.21)

 

RESUMO DA LIÇÃO

O Senhor Jesus Cristo é o Deus Filho, e somente o seu sacrifício na cruz pode perdoar pecados.

 

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Jo 1.1 Jesus é Deus

TERÇA – Gl 4.4 Jesus tinha duas naturezas, humana e divina

QUARTA – Jo 1.29 O Cordeiro de Deus

QUINTA – Mc 14.62 Jesus declarou ser o Filho do Homem

SEXTA – At 4.12 Só Jesus Cristo salva

SÁBADO – Jo 1.14 O Verbo de Deus

 

OBJETIVOS

MOSTRAR quem foi Jesus Cristo;

SABER o que os homens diziam ser Jesus;

CONSCIENTIZAR que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é único.

 

TEXTO BÍBLICO

Marcos 14.56-64

56 Porque muitos testificavam falsamente contra ele, mas os testemunhos não eram coerentes.

57 E, levantando-se alguns, testificavam falsamente contra ele, dizendo:

58 Nós ouvimos-lhe dizer: Eu derrubarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens.

59 E nem assim o testemunho deles era coerente.

60 E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti?

61 Mas ele calou-se e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?

62 E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.

63 E o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas?

64 Vós ouvistes a blasfêmia: que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte.

 

INTRODUÇÃO

O mundo em que vivemos vem passando por inúmeras transformações no comportamento e no pensamento das pessoas. Dentro dessa perspectiva, a percepção que se tem hoje acerca de Jesus vem sendo distorcida pelo pensamento humano a ponto de considerarem Ele um grande mestre moral, um judeu ilustre, um defensor das causas sociais ou um louco, mas não o Messias, o Salvador. Contudo, o que a Bíblia afirma a respeito de Jesus e o que isso afeta a nossa vida? É o que vamos estudar nesta lição.

 

1 – QUEM FOI JESUS

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1. Ele estava com Deus.

Para que iniciemos este estudo, devemos compreender que Jesus é antes da criação. Antes que houvesse a grandeza de medição que chamamos de tempo, onde contamos dias, meses e anos, Jesus já existia. Ao se referir ao Salvador, João o nomeia como “o Verbo” e diz que “no princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Jesus não somente era Deus, mas também estava com Ele antes da criação e fez todas as coisas (Jo 1.3).

 

2. Vinda anunciada por profecias.

Para que ninguém tivesse dúvida acerca da vinda do Messias, profetas hebreus receberam revelações de Deus sobre a vinda do “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Essa expressão tem base na prática do Antigo Testamento, de uma pessoa que havia cometido pecado de trazer um animal puro para substituí-lo em um sacrifício em que, por meio do sangue derramado, o pecado seria encoberto. Se não houver revelação da parte de Deus, não há profecia. E foi por meio dessa revelação que o Senhor moveu o profeta Isaías para dizer as seguintes verdades sobre o Messias: a Galiléia seria alvo do seu ministério (Is 9.1, 2). Ele seria levado diante de seus acusadores com o um cordeiro mudo (Is 53.7) e o seu chamado por Deus para anunciar as Boas-Novas (Is 61.1,2). Os Salmos também falam do sofrimento e do triunfo do Messias (Sl 22.1-31), de seus pés e mãos perfurados (Sl 22.16) e de suas roupas sendo divididas por sortes (SL 22.18).

 

3. Nascido de mulher.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos gálatas, disse que Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei […]” (Gl 4.4,5). No século II da nossa era, uma heresia foi levantada por um homem chamado Manes, que dizia que Jesus não era humano, e sim um espírito que parecia ter um corpo. Tal pensamento contradiz o nascimento, a morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo, pois se Ele era somente um espírito, não poderia nascer, muito menos morrer e ressuscitar. Por ocasião de sua vitória sobre a morte, Ele disse a Tomé: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois, um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39). A fala de Jesus tem o objetivo de mostrar que Ele foi plenamente homem, e não um espírito. Jesus é o que a Bíblia diz, que Ele é: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1).

 

Ele veio para trazer a nossa salvação, teve um nascimento humano e se desenvolveu fisicamente como qualquer outra pessoa, Como um cordeiro nasce e cresce, Jesus seguiu os protocolos humanos para se tornar um homem. Ele obedeceu aos seus pais (Lc 2.51), foi carpinteiro como seu Pai José e, quando chegou o momento de iniciar seu ministério, foi batizado e cheio do Espírito, até que concluísse seu trabalho no calvário.

 

II – QUEM DIZEM OS HOMENS QUE EU SOU?

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1. Quem dizem que eu sou?

Essa pergunta, feita pelo próprio Jesus aos seus discípulos, ainda é válida para os nossos dias. Muito se tem debatido sobre a identidade de Cristo, pois ela mostra quem Ele realmente é, tanto para os cristãos quanto para aqueles que não creem nEle. No século XX, um ex-ateu irlandês, professor de literatura em Oxford e Cambridge, chamado Clive Staples Lewis, proferindo uma série de palestras pelo rádio aos seus conterrâneos por ocasião da segunda grande guerra, desafiou seus ouvintes a pensarem acerca de Jesus e das suas declarações. Após ler os Evangelhos e ter aceitado a Jesus, Lewis deu três opções aos seus ouvintes, com base no que Jesus disse e fez nos Evangelhos: Jesus poderia ser um louco, um mentiroso ou Ele estava falando a verdade, de que era realmente Deus. Veremos à luz da Palavra essas opções.

 

2. Jesus era louco?

Essa foi a primeira possibilidade levantada acerca do Mestre: a de que Ele não era uma pessoa normal, em seu juízo perfeito. Ele seria um desequilibrado, alguém que acreditava ser uma pessoa, mas era outra. Se tal opção fosse verdade, Jesus acabou pagando o com a vida por seu desequilíbrio, pois dizer que era Deus fez com que fosse julgado e condenado à crucificação. Interrogado pelo sumo sacerdote, em seu julgamento, sobre a sua identidade, se Ele era o Cristo, o Filho do Deus bendito, Jesus disse: “Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” (Mc 14.62). Se observarmos o Jesus dos Evangelhos, veremos um homem equilibrado, paciente e firme diante de seus acusadores, alguém de quem até as crianças gostavam de estar perto. A loucura não combina com as características de Jesus.

 

3. Um mentiroso?

A segunda hipótese era a de que Jesus agiu de forma a enganar seus ouvintes. Se isso for verdade, então Ele atuou como um grande ator, pois tinha muitos seguidores que acreditaram nEle. A questão é que não se pode enganar por muito tempo a grande quantidade de pessoas que o seguiam , que viam seus milagres e que presenciaram os sinais que Ele fazia. Se Jesus levasse uma vida d e mentiras, logo seria descoberto. Mas Ele abominava a mentira e confrontava aqueles que a praticavam. Ele acusou os religiosos do seu tempo de serem mentirosos e de se acharem filhos de Deus mesmo com aquele comportamento (Jo 8.44). Jesus sabia quem Ele era, e para que seus ouvintes não tivessem dúvidas sobre a sua identidade, Ele disse que era “o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 146).

 

4. Jesus era Deus?

Jesus exerceu seu ministério entre pessoas cuja cultura havia sido moldada para crerem em um único Deus, O tempo passado no exílio babilônico ensinou aos hebreus a temerem e adorarem ao Deus de Israel, e eles jamais aceitariam acreditar num homem que dissesse ser Deus, a menos que Ele desse provas de sua divindade. Pelo poder do Espírito, Jesus operou milagres e perdoou pecados, coisas que somente o Senhor poderia fazer.

 

Quando curou um paralítico em Cafarnaum (Mt 9.1-8), Jesus disse a ele que os seus pecados haviam sido perdoados. Imediatamente, alguns escribas que estavam presentes disseram entre si que o que Jesus havia falado era uma blasfêmia, pois só Deus pode perdoar pecados. A premissa deles era que só quem havia sido ofendido poderia perdoar uma ofensa, e só Deus poderia perdoar um pecado cometido contra Ele; Logo não estavam errados na premissa. Só não sabiam que Jesus era Deus. Ciente do que eles estavam falando, Jesus perguntou o que era mais fácil naquele momento: perdoar os pecados do enfermo ou curá-lo da sua paralisia? Jesus então mostrou visivelmente , diante d e todos, que Ele era Deus, perdoando os pecados daquele homem e dizendo a ele que pegasse a sua cama e fosse para a sua casa. Quando o milagre foi realizado, a multidão deu glória a Deus. Mesmo Tomé, o discípulo que passou por um momento de incredulidade, ao ver o Jesus ressurreto, o adorou e disse :”… Senhor meu, e Deus meu!” Somente Deus tem o poder para vencer a morte, e Jesus voltou vitorioso para mostrar que tudo a seu respeito era verdadeiro e se cumpriu. Diante desses argumentos, é impossível dizer que Jesus era um louco ou um mentiroso. A única verdade diante d e nós é que Jesus era e é Deus.

 

III – PORQUE JESUS É ÚNICO

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1. Só Ele pode nos trazer a Salvação e nos transformar.

O apóstolo Pedro, ao ser interrogado pela liderança judaica sobre um milagre que fizera pelo poder do Espírito, falou àqueles homens a respeito de Jesus, a quem eles crucificaram, dizendo que Ele havia ressuscitado e sido honrado por Deus (At 412). E essa salvação transforma o ser humano. Quando vemos o testemunho da Palavra de Deus sobre pessoas que conheceram a Jesus e foram transformadas, somos confrontados a perceber que a experiência que tiveram com Ele foi tão importante que mudou completamente quem essas pessoas eram. Pedro, um pescador da Galiléia, foi seguidor de Jesus, e por amor a Ele, transformou-se em um líder cheio do poder de Deus em Jerusalém. Paulo, antes perseguidor dos seguidores de Jesus, tornou-se o apóstolo dos gentios. Só o poder de Deus pode transformar uma pessoa que tem um encontro com Jesus.

 

2. Só Ele nos concede seu Santo Espírito.

Jesus sabia que a nossa luta neste mundo contra o pecado e contra as forças espirituais da maldade não seria fácil, Seria necessário um poder para resistir às tentações e ao pecado, e Ele nos concede o seu Espírito Santo (Jo 14.16). Por meio do seu Santo Espírito, somos guiados continuamente para testemunhar de Jesus e de seu poder (At 1.8).

 

CONCLUSÃO

Não se pode pensar no Cristianismo sem que Jesus seja mencionado, pois Ele é a origem da fé cristã. E o nosso destino eterno repousa sobre o que cremos acerca de Jesus Cristo e de sua obra na cruz, e de como agimos diante do que disse, Por mais que isso pareça ser exclusivista aos olhos de quem defende o politicamente correto, Jesus deixou claro que só Ele é o caminho para se chegar a Deus. Só o Cristianismo, mediante os Evangelhos, apresenta o Messias enviado por Deus para reconciliar o homem com Ele.


HORA DA REVISÃO

1- Ao se referir ao Salvador, como João o nomeia?

2- Qual é a base da expressão “cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29)?

3- Segundo a lição, cite algum as verdades que Isaías disse acerca do Messias.

4- Jesus era Deus?

5- Só quem pode salvar e transformar o homem?

Lição 9 A Realidade Bíblica das Finança (Lições Jovens 2° Trimestre 2024 CPAD)

Lições Jovens 2° Trimestre 2024 CPAD

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Revista: O Padrão Bíblico para a Vida Cristã Caminhando segundos os Ensinos das Sagradas Escrituras

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TEXTO PRINCIPAL

“Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda.” (Pv 3.9)

 

RESUMO DA LIÇÃO

A forma como tratamos nossas finanças mostram quem está no controle de nossas vidas.

 

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Pv 6.1-4 Não seja fiador de ninguém

TERÇA – Pv 6.6 O exemplo da formiga

QUARTA – 1 Tm 6.10 A raiz de todos os males

QUINTA – Pv 3.9 Honra ao Senhor com a nossa renda

SEXTA – Ml 3.7-10 Fidelidade nos dízimos

SÁBADO – Ag 2.8 A prata e o ouro pertencem ao Senhor

 

OBJETIVOS

MOSTRAR a história e a utilidade do dinheiro;

SABER a respeito do que Deus pensa sobre o dinheiro;

RESSALTAR a advertência bíblica quanto ao mau uso do dinheiro

 

TEXTO BÍBLICO

Deuteronômio 8.11-18

11 Guarda-te para que te não esqueças do Senhor, teu Deus, não guardando os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus estatutos, que hoje te ordeno.

12 Para que, porventura, havendo tu comido, e estando farto, e havendo edificado boas casas, e habitando-as.

13 E se tiverem aumentado as tuas vacas e as tuas ovelhas, e se acrescentar a prata e o ouro, e.se multiplicar tudo quanto tens.

14 Se não eleve o teu coração, e te esqueças do Senhor, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.

15 Que te guiou por aquele grande e terrível deserto de serpentes ardentes, e de escorpiões, e de secura, em que não havia água; e tirou água para ti da rocha do seixal.

16 Que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheceram; para te humilhar, e para te provar, e para, no teu fim, te fazer bem.

17 E não digas no teu coração: A minha força e a fortaleza de meu braço me adquiriram este poder.

18 Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, que ele é o que te dá força para adquirires poder; para confirmar o seu concerto, que jurou a teus pais, como se vê neste dia.

 

Mateus 6.19-24

19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.

20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam,

21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

22 A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.

23 Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!

24 Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.

 

INTRODUÇÃO

Um dos maiores desafios do ser humano é lidar com os recursos financeiros. Vivemos em um mundo onde o dinheiro é largamente utilizado, e a sua influência alcança todas as pessoas, quer creiam em Deus, quer não. Mas o que o Cristianismo ensina a respeito do dinheiro, o seu uso e de que forma esses ensinos podem ser aplicados à nossa vida? É o que veremos nesta lição.

 

I- O DINHEIRO E SUA UTILIDADE

doutrinas cristãs

1. Uma breve história.

Para que possamos compreender a importância do dinheiro, é importante conhecer um pouco da sua história. Segundo historiadores e financistas, o dinheiro surgiu da necessidade de se mensurar quantidades de valores para se adquirir bens. Nos tempos antigos, a troca ou câmbio era utilizada para que as pessoas pudessem ter os bens ou serviços de que necessitavam. Mas como calcular o valor de um bem? Se eu tenho, por exemplo, cinco sandálias de couro e desejo trocá-las por duas sacas de grãos, que tipo de equivalência haveria entre esses bens? Como ter certeza de que nessa troca uma pessoa não ganharia mais, e a outra, menos? O sistema de trocas serviu por um bom tempo, até que houvesse uma busca pela uniformização de um bem que representasse um valor: o dinheiro. Então surgiram as moedas de metal inicialmente de metais preciosos, e depois feitas de metais não tão valiosos.

 

2. O valor do dinheiro.

O tempo passou, e o papel passou a ser usado para representar determinados valores, chamado de papel-moeda. Hoje existem transações bancárias feitas por meios digitais, como por exemplo, o Pix. E por mais que os modelos de transações monetárias possam ter evoluído e mudado com o passar do tempo, para muitas pessoas ter dinheiro é sinal de status e de poder. As Escrituras Sagradas não condenam ter bens materiais, entretanto, alertam para o amor ao dinheiro (1 Tm 6.10).

 

3. Um assunto bastante espiritual.

Há quem pense que tratar de finanças é um assunto carnal, pois para essas pessoas, na eternidade não seremos medidos pelo que temos, e sim pelo que fizemos com o que nos foi dado. Mas em muitas passagens das Escrituras, como veremos, Deus fala sobre o dinheiro. É Ele que diz: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos” (Ag 2.8). Jesus mencionou o dinheiro e a sua influência na vida de uma pessoa quando observou a viúva trazendo as duas únicas moedas que tinha para dar de oferta (Lc 21.1-4), quando pagou o imposto (Mt 17.24-27), quando narrou a Parábola do Bom Samaritano, que deu dois denários ao dono da estalagem, e ao falar da dracma perdida (Lc 15.8-10). Mesmo em seu ministério, Jesus experimentou sustento financeiro, e nos é dito que Judas, o traidor, valia-se dos recursos do ministério de Jesus para pegar dinheiro para si (Jo 12.6). Portanto, finanças é um assunto espiritual, e o Senhor Jesus sabia da necessidade de se lidar com o dinheiro enquanto esteve neste mundo.

 

II - DEUS E O DINHEIRO

escola bíblica dominical

1. Os dízimos.

O assunto dos dízimos era tratado em Israel com naturalidade, como uma forma de os judeus reconhecerem o poder de Deus e o sustento divino em suas vidas. Os dízimos eram trazidos pelos hebreus e serviam para custear os elementos utilizados no culto e os levitas. Ele antecede à Lei de Moisés, pois Abrão, após vir de uma guerra, entregou o dízimo a Melquisedeque (Hb 7.1,2). Lamentavelmente, há em nossos dias quem insista em dizer que os dízimos são contribuições para serem feitas pelos judeus, na Antiga Aliança, e que na Nova Aliança os dízimos foram abolidos. Curiosamente, essas pessoas não excluem de suas vidas os textos da Antiga Aliança que falem de bênçãos, vitórias, ou de que Deus estará presente com eles. Para tais, Deus é o Senhor de toda a provisão, mas não é o que repreende o seu povo quando esse deixa dizimar. O Senhor chamou de Ladrões os que se esqueceram de trazer seus dízimos para a Casa de Deus (Ml 3.7-10). O Antigo Testamento é tão Palavra de Deus quanto o Novo, e por meio dele, o Eterno nos alerta para que não esqueçamos a sua obra e não sejamos dominados pela avareza. Como os hebreus, também somos convidados a entregar nossos dízimos como uma questão de fé, em gratidão pelo que temos recebido do Eterno. Nossos dízimos mantêm nossas igrejas, os ministros, cumprindo sua vocação, e provê, a partir da igreja, socorro aos nossos irmãos que precisam de auxílio.

 

2. Honrando ao Senhor.

“Honra ao SENHOR com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda” (Pv 3.9). Honrar é dar destaque, é privilegiar. Deus deve ser honrado não com o que sobra, mas com os primeiros frutos e rendimentos do nosso trabalho. E Ele honra aqueles que o honram, abençoando-os de tal forma que não tenham falta: “E se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus Lagares” (Pv 3.10).

 

3. Auxiliando os irmãos.

Deus pode nos dar mais recursos do que realmente necessitamos. Desses recursos, podemos poupar e nos preparar para o futuro, o que é lícito. Mas também devemos nos lembrar daqueles que têm menos e que precisam ser socorridos em momentos de dificuldades. Paulo, escrevendo aos Coríntios, mostrou o exemplo dos cristãos filipenses. Esses crentes souberam que os irmãos em Jerusalém estavam passando necessidade, e mesmo tendo poucos recursos, pediram ao apóstolo para participar daquele socorro enviando os poucos recursos de que dispunham, e que seriam enviadas para Jerusalém. Ninguém tem tão pouco que não possa ser partilhado, e a generosidade faz a diferença quando nos damos ao Senhor (2 Co 8.5).

 

III – ADVERTÊNCIAS CONTRA MAU USO DO DINHEIRO

livros evangelicos

1. O cuidado com a avareza e o enriquecimento ilícito.

O dinheiro tem o poder de mudar o pensamento de algumas pessoas. E muitos acabam substituindo Deus pelos bens materiais, esquecendo-se de que o “amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males” (1 Tm 6.10). Muitos irmãos se afastam dos propósitos do Senhor na busca por mais dinheiro, independentemente da fonte pelo qual ele virá. Roubar pode trazer aumento para a renda de uma pessoa, mas é um pecado, e quem faz isso é ladrão. Receber propina também se configura em injustiça, ainda que traga riquezas e status para quem a recebe. Deixar de pagar um funcionário que trabalhou é um ato condenado na Lei de Moisés (Lv 19.13). Portanto, a avareza não pode fazer parte da vida de quem serve a Deus. Nos tempos antigos, os povos no entorno de Israel aceitavam que pecados sexuais fossem aceitos como oferendas, mas Deus rejeitou tais costumes: “Não permitam que o salário pago a prostituta ou a prostituto, por qualquer voto, seja trazido à Casa do SENHOR, seu Deus; porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao SENHOR, seu Deus” (Dt 23.18 – NAA). O princípio aqui é que Deus aceita somente o fruto das finanças de um trabalho honesto e agradável a Ele. Para o Senhor, a forma como trabalhamos para obter nossos recursos faz a diferença.

 

2. Não seja fiador de ninguém.

Uma das mais sérias advertências que a Palavra de Deus nos dá é para que não sejamos fiadores de ninguém. Ser fiador é garantir que a dívida de outra pessoa seja paga com os nossos recursos, e isso é temerário (Pv 6.1-4). Se por um Lado podemos passar por problemas financeiros advindos de escolhas mal feitas e impensadas por nós, quando nos tornamos fiadores estamos comprando a dívida de outra pessoa. Caso a pessoa deixe de pagar o financiamento, seremos nós que responderemos por ele com nossos recursos e bens. Por isso, não aceite ser fiador de ninguém.

 

3. Saiba lidar com os recursos que Deus dá.

É preciso que aprendamos a guardar para o futuro. Salomão apresenta o exemplo da formiga: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio. A qual, não tendo superior, nem oficial, nem dominador, prepara no verão o seu pão: na sega ajunta o seu mantimento” (Pv 6.6-8). Esses insetos juntam comida na época em que ela é mais abundante, e no inverno ficam abastecidos. Tenha também cuidado com os cartões de crédito. Eles são bons para as compras, mas precisam ser usados com bastante cuidado, pois nos dão a falsa sensação de que o que compramos não precisará ser pago, pois a fatura leva vários dias para chegar. Não é errado ter cartões de crédito, pois eles facilitam a vida de muita gente, mas se o seu possuidor não tiver controle dos gastos, logo estará endividado, pois os juros dos cartões são altíssimos. Portanto, use-o com sabedoria. Não se perca comprando coisas desnecessárias. Às vezes somos tentados a comprar um produto ou bem de que não precisamos, com um dinheiro que não temos, para impressionar pessoas com quem não temos qualquer comunhão. Por isso, devemos ter bastante cuidado com o que gastamos.

 

CONCLUSÃO

A forma como lidamos com o dinheiro mostra quem está no comando de nossa vida. Não é errado ter recursos financeiros, desde que não sejam eles que mandem em nós. O dinheiro tem a capacidade de mudar o pensamento daquele que se deixa levar por ele, e por isso, somos advertidos a não colocar nosso coração nas riquezas, pois elas são instáveis e podem nos desviar dos propósitos divinos. Portanto, usemos o dinheiro com sabedoria, cientes de que prestaremos contas a Deus de nossa mordomia.

 

HORA DA REVISÃO

1 - Segundo historiadores, como o dinheiro surgiu?

2 - Segundo a lição, as Escrituras Sagradas condenam ter bens materiais?

3 - Para que servia o dízimo no Antigo Testamento?

4 - De acordo com a lição, o que é “honrar”?

5 - O que a Bíblia fala a respeito de ser fiador?

Pr. Osiel Gomes - Lição 9 Resistindo à Tentação no Caminho

Nesta lição, veremos que o crente é desafiado cotidianamente a abandonar a  em Cristo. Isso pode acontecer por meio da tentação. Por isso, veremos como ocorre a tentação e como nosso Senhor lidou com essa situação. Aprenderemos também que a resistência à tentação requer o firme posicionamento contra o pecado e o compromisso com a prática da Palavra de Deus.