Lição 12 Zacarias e Malaquias (Lições Bíblicas Juvenis)

Lições Bíblicas Juvenis 2° trimestre 2024 – CPAD

ASSUNTO  DO TRIMESTRE: Conhecendo dos Livros dos Profetas

Comentarista: Thiago Santos

| Subsídios Dominical |Lição 12 Zacarias e Malaquias

 

VERSÍCULO CHAVE:

Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve (Malaquias 3.18).

 

LEITURA DIÁRIA:

SEG. Zc 2.5 O Senhor é um muro de fogo para seu povo

TER. Zc 4.6 Não por obrigação, mas peto Espirito Santo

QUA. Zc 8.22,23 Muitos virão a Jerusalém para buscar a Deus

QUI. Ml 2.8,9 Exortação aos sacerdotes por se desviarem

SEX. Ml 2.11 Judá foi desleal ao Senhor

SÁB. Ml 3.10 A obediência para com os dízimos e as ofertas

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Zacarias 1.16,17

16 Portanto, o SENHOR diz assim: Voltei- -me para Jerusalém com misericórdia; a minha casa nela será edificada, diz o SENHOR dos Exércitos, e o cordel será estendido sobre Jerusalém.

12 Então, o SENHOR possuirá a Judá como sua porção na terra santa e ainda escolherá a Jerusalém.

13 Cale-se, toda a carne, diante do SENHOR, porque ele despertou na sua santa morada.

17 Clama outra vez, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: As minhas cidades ainda aumentarão e prosperarão; porque o SENHOR ainda consolará a Sião e ainda escolherá a Jerusalém.

 

Zacarias 2.5,10-13

5 E eu, diz o SENHOR, serei para ela um muro de fogo em redor e eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória.

10 0 Exulta e alegra-te, ó filha de Sião, porque eis que venho e habitarei no meio de ti, diz o SENHOR.

11 E, naquele dia, muitas nações se ajuntarão ao SENHOR e serão o meu povo; e habitarei no meio de ti, e saberás que o SENHOR dos Exércitos me enviou a ti.

 

Malaquias 1.7,10,11

7 Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto, que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível.

10 Quem há também entre vós que feche as portas e não acenda debalde o fogo do meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oblação.

11 Mas, desde o nascente do sol até ao poente, será grande entre as nações o meu nome; e, em todo lugar, se oferecerá ao meu nome incenso e uma oblação pura; porque o meu nome será grande entre as nações, diz o SENHOR dos Exércitos.

 

CONECTADO COM DEUS

As mensagens anunciadas por Zacarias e Malaquias aos judeus que retornaram do exílio na Babilônia ressaltam a importância de um compromisso sincero com a vida espiritual. Deus não quer que sejamos crentes nominais, pessoas com aparência de servos do Altíssimo, mas vivendo uma vida oposta aos valores e princípios dEle. Na aula desta semana, veremos que 0 retorno à Terra Prometida foi marcado por altos e baixos. E, devido à falta de compromisso do povo com a Lei de Deus, ele sofreu terríveis consequências. Que o seu coração seja vigilante e aprenda com este exemplo, a fim de não precisar sofrer para compreender que os mandamentos do Senhor visam 0 seu próprio bem.

 

1. A PROFECIA DE ZACARIAS

1.1. A conclusão do Templo.

O profeta Zacarias é contemporâneo de Ageu. Ambos são mencionados como os profetas que estimularam a Zorobabel, governador; a Josué, o sumo sacerdote; e a todo o povo de Judá a iniciarem a reconstrução do Templo. A história mostrou que o encorajamento desses profetas surtiu o efeito esperado. No tocante à profecia, enquanto Ageu foi mais prático sobre as etapas para a reconstrução do Templo, Zacarias exerceu um papel mais espiritual, anunciando uma mensagem apocalíptica sobre o futuro de Jerusalém, Deus tinha uma renovação especial para o seu povo, mas ela precisava ser permanente. Nesse sentido, o ponto inicial era a conclusão da obra de reconstrução do Templo,

 

1.2. As promessas messiânicas.

Enquanto a primeira parte do livro de Zacarias apresenta a reconstrução não apenas material, mas também espiritual do povo escolhido (Zc 1—8), a segunda parte destaca as promessas messiânicas e os acontecimentos finais antes que o Senhor reine sobre toda a Terra (9—14), Muitas profecias sobre o Messias estão presentes no livro de Zacarias:


a) A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (9.9);

b) O preço da traição de Cristo: trinta moedas de prata (11.12);

c) O reconhecimento do Unigênito de Deus como Messias e o derramamento do Espírito (12.10);

d) Jesus, a fonte de águas vivas que purifica os pecados (13.1);

e) O Pastor será ferido, ou seja, Jesus seria crucificado, e as suas ovelhas se espalhariam (13.7);

f) O Senhor será Rei sobre toda a Terra (14.9).


Algumas dessas profecias já se cumpriram, como vemos nos Evangelhos; outras ainda vão se cumprir quando Jesus voltar.

 

2. AS VISÕES DE DEUS REVELADAS A ZACARIAS

Durante a reconstrução do Templo, Deus revelou a Zacarias importantes visões:


2.1 Uma síntese de cada visão:

a. A primeira visão: O anjo entre as árvores de mirto: aponta o fim do julgamento de Jerusalém e o início da restauração (1.7-17);

b. A segunda visão: Quatro chifres e quatro ferreiros: sobre os inimigos de Judá que seriam destruídos (1.18-21);

c. A terceira visão: O homem com o cordel de medir: sobre a restauração de Jerusalém, cheia de pessoas em busca da presença de Deus (2.1-13);

d. A quarta visão: Josué, o sumo sacerdote, recebendo vestes novas: sobre Deus prometendo purificar a Terra (3.1-10);

e. A quinta visão: O castiçal de ouro e as duas oliveiras: o trabalho de Zorobabel seria bem-sucedido (4.1-14);

f. A sexta visão: O rolo voante: aponta o julgamento de Deus sobre os malfeitores (5,1-4);

g. A sétima visão: A mulher e o efa: sobre a impiedade dentro do efa, sendo levado à terra de Sinar (5.5-11);

h. A oitava visão: Os quatro carros, sobre a presença de Deus para toda a Terra (6.1-8).


2.2. Renovo espiritual.

É importante ressaltar que a reconstrução do Templo, embora fosse de suma importância para a vida religiosa dos judeus, precisava ser acompanhada de uma renovação espiritual no interior de cada um. Por esse motivo, as revelações dadas por Deus a Zacarias focaram mais na condição espiritual dos líderes e do povo do que na parte estrutural, física do Templo. A glória de Deus se revela não naquilo que é aparente, pois, como afirmou nosso Senhor Jesus Cristo, os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade (Jo 4.24).


3. A PROFECIA DE MALAQUIAS

3.1. Acusações de Deus contra a falsa religião

Naqueles dias, o Templo já havia sido reedificado, e o ministério da Casa de Deus restabelecido. Entretanto, com o tempo, o povo abandonou o zelo pelo Senhor, que não estava se agradando de suas práticas religiosas. Malaquias fez duras críticas concernentes:

a) A adoração hipócrita e mecânica (Ml 17—2.9):

b) O casamento com pagãos (2.10-16); c) A idolatria (2.10-12);

d) O divórcio (2.13-16);

e) A falsa religiosidade (2.17);

f) O roubo dos dízimos e ofertas (3.8-10).

 

Essas atitudes revelam o nível de declínio espiritual em que o povo se encontrava. A mensagem de Malaquias é muito atual, pois se as nossas práticas espirituais não forem sinceras, seremos, igualmente, repreendidos por Ele (Mt 5.20).

 

3.2. A diferença entre o justo e o ímpio

Uma das lições mais importantes que Malaquias trouxe ao povo se referia à falta de honestidade perante Deus (2.17). Malaquias confrontou os que agiam com falsidade, mas também o desânimo daqueles que diziam ser inútil servir a Deus com integridade. Eles declaravam que não valia a pena praticar o correto, pois os soberbos é quem prosperavam (3.14,15). Contudo, Deus prometeu castigar a maldade do povo e poupar os que genuinamente temem o seu nome (vv.16,17). Assim, por meio do profeta, o Senhor garantiu que eles veriam outra vez a diferença entre o justo e o ímpio. O Senhor sabe recompensar os que o servem de todo o coração (Cl 3.23,24).

 

PARA CONCLUIR

Os profetas Zacarias e Malaquias foram chamados por Deus no período pós-exílio. Naquele tempo, uma característica marcante no povo que retornou da Babilônia foi a falsa religiosidade, pois não servia a Deus com integridade. Precisamos sempre vigiar para não nos tornarmos cristãos apenas em aparência. A Palavra de Deus nos encoraja a buscarmos um relacionamento íntimo e sincero com o Senhor. Portanto, decida não servir a Cristo de qualquer maneira. Faça o seu melhor, e Ele certamente o recompensará!

 

HORA DA REVISÃO

1. Qual era a natureza da mensagem de Zacarias com relação a de Ageu?

2. O que destaca a segunda parte do livro de Zacarias?

3. Além da construção do Templo, o que precisava acompanhar a vida religiosa dos judeus?

4. Segundo Malaquias, do que Deus não estava se agradando em relação

ao seu povo, no período pós-exílio?

5. Qual foi a promessa de Deusa Malaquias, após a queixa dos justos, sobre os soberbos prosperarem? .

Subsídios EBD Lição 7 - O Perigo da Murmuração

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Subsídios lição 7 do 2° trimestre de 2024

Este artigo tem por objetivo auxiliar os professores da escola bíblica dominical da classe ADULTOS (CPAD)

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ASSUNTO: Na Cova dos Leões: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nossos Dias

COMENTARISTA: Valmir Nascimento

Lição 3 Conservando os valores e guardando a identidade | 3° Trimestre de 2024 | JOVENS

NA COVA DOS LEÕES  Subtítulo: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nosso Dias

TEXTO PRINCIPAL

“E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a Misael, o de Mesaque, e a Azarias, o de Abede-Nego.” (Dn 1.7)


RESUMO DA LIÇÃO

Manter a identidade cristã em uma cultura hostil é a principal prova de fidelidade ao Senhor.


LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Pv 4.23 Guardando o coração

TERÇA – 2 Tm 1.12 Sabemos em quem temos crido

QUARTA – Sl 119.11,12 Um coração sábio

QUINTA – 1Ts 5.21 Retendo o que é bom

SEXTA – At 17.11 Agindo como os bereanos

SÁBADO – 1Pe 3.15 Preparados para responder



OBJETIVOS

DESCREVER a submissão dos jovens hebreus ao ensino na Babilônia:

CONSCIENTIZAR sobre os perigos da relativização de valores e da desconstrução de identidades:

PROPOR ensino para hoje, considerando o exemplo de Daniel e seus amigos.


INTERAÇÃO

Prezado (a) professor(a), sabemos que os jovens cristãos enfrentam diversos desafios nas escolas e universidades, tanto em virtude do ambiente, quanto em razão do padrão de ensino naturalista e hostil à fé cristã. Nesta lição, examinaremos como os jovens hebreus enfrentaram desafios semelhantes, uma vez que precisaram adquirir conhecimento sobre a cultura dos caldeus. Este estudo nos proporcionará uma oportunidade relevante para contextualizar e refletir sobre os perigos que permeiam a educação secular contemporânea, frequentemente impregnada de doutrinação política e ideológica, Assim como Daniel e seus amigos, que preservaram o conhecimento e os valores da cultura de Judá, o jovem cristão pode defender a sua fé e testemunhar de Cristo dentro do ambiente educacional.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Estimado (a) professor(a), a leitura de pequenos trechos de livros é um importante método educacional, além de incentivar a própria leitura. Nesta edição, leia com eles o seguinte fragmento: “Quando Daniel e outros membros jovens da nobreza judaica foram levados cativos para a Babilônia no século VII a.C., eles mantiveram sua identidade, enfrentaram e venceram a cosmovisão de seus captores, em parte porque estavam bem fundamentados em sua própria cosmovisão. Eles julgaram o que era bom e mau, certo e errado, proibido e permitido, Mas sem uma compreensão clara das crenças centrais de seus captores, eles facilmente poderiam ter sido assimilados pela vida e cultura babilônicas” (Panorama do Pensamento Cristão, CPAD, p. 29). Após a leitura, reflita com eles a respeito da forma como podemos compreender a cosmovisão na cultura humana de hoje.



TEXTO Bíblico

Daniel 1.2-7

3 E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da Linhagem real, e dos nobres.

4 Jovens em quem não houvesse defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus.

5 E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei e do vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos, para que no fim deles pudessem estar diante do rei.

6 E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias.

7 E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a Misael, o de Mesaque, e a Azarias, o de Abede-Nego.


INTRODUÇÃO

Desde o início do exílio na Babilônia, os jovens hebreus se depararam com a ameaça de perderem suas identidades, à medida que poderiam gradualmente assimilar os valores da nova terra. Esta lição tem como foco principal o estudo das duas estratégias empregadas pelos babilônios para minar a identidade piedosa dos jovens hebreus, a imersão na cultura e língua caldeia, bem como a mudança de seus nomes. Como veremos, a narrativa bíblica nos oferece valiosas lições sobre conservar nossa identidade espiritual e nossos princípios, especialmente diante da doutrinação ideológica presente atualmente na educação secular.


I. HEBREUS NA UNIVERSIDADE DA BABILÔNIA

1. Na universidade da Babilônia. 

O rei ordenou a Aspenaz, oficial da corte, que os jovens recém-chegados deveriam ser instruídos sobre a cultura e a língua dos caldeus, ao longo de três anos. Não era mera generosidade. Esse método fazia parte da estratégia de Nabucodonosor de incorporar os povos conquistados ao seu serviço real. Concluído o curso de imersão eles também teriam emprego garantido, se aprovados no teste final. Isso parecia uma grande oportunidade para Daniel e seus amigos crescerem acadêmica e profissionalmente no novo mundo. Após terem sido selecionados pelo “vestibular” babilônico, demonstrando conhecimento suficiente, os quatro jovens estavam sendo matriculados na “Universidade da Babilônia”, onde seriam treinados na nova cultura e nos seus costumes. Segundo os padrões da época, o programa de estudos era abrangente, envolvendo todas as letras e sabedoria (v.17). Teriam aulas de matemática, ciência, astronomia, navegação, política, história, geografia e religião, certamente.


2. O ensino caldeu. 

Os caldeus possuíam um padrão de ensino desenvolvido. Foram pioneiros nos estudos da astronomia e responsáveis pelo avanço da matemática. Eles também dominavam a escrita cuneiforme, usada para registrar leis, negócios e eventos históricos, Por outro lado, o ensino caldeu era impregnado de astrologia e misticismo, formando os seus magos, encantadores e feiticeiros (Dn 2.2). Desse modo, ao serem introduzidos na educação daquele povo, os jovens hebreus estavam adentrando a um mundo totalmente diferente. Corriam o risco de aculturação, isto é, a perda da cultura e das crenças hebraicas, por meio da assimilação e acomodação a cultura dos caldeus, isso fazia parte do plano de Nabucodonosor. Porém, os jovens traziam em suas mentes e corações os ensinamentos que haviam recebido em Jerusalém. Não recusaram o plano de estudos, pois estavam preparados em termos espirituais, morais e no conhecimento das Escrituras para rejeitarem a doutrinação babilônica.



3. Discernimento diante da estratégia inimiga. 

Nabucodonosor era um conquistador violento, mas não era um bárbaro em termos de conhecimento, Ele tinha consciência da importância da formação cultural como estratégia velada de reeducação e ressignificação das ideias na mente dos exilados, especialmente dos jovens, Afina[, o inimigo é astuto, e procura trabalhar na mentalidade das pessoas desde tenra idade, sem usar métodos violentos, mas pedagógicos, Esse mesmo modo de operação se repete hoje, quando os inimigos de Deus tentam deturpar os valores das crianças, adolescentes e jovens. Assim como Daniel e seus amigos, é preciso ter uma mente protegida pela Palavra do Senhor e um coração sábio (Sl 119. 12,12) para aprender o que for útil, e rejeitar todo conhecimento humano que perverte a verdade de Deus.

Curso da escola dominical


SUBSÍDIO 1

Professor (a), mostre aos alunos que a universidade pode ser comparada a um campo de batalha. O que não significa que ela deva ser evitada. Como cristãos, devemos nos preparar para entrar no combate e, assim como o apóstolo Paulo, dizermos, ao término da graduação, que combatemos o bom combate e guardamos a fé (2 Tm 4.7). Se existem boas razões para o cristão ir para a faculdade – o que acreditamos que existem – então não há porque temer adentrar nesse embate, afinal o servo do Senhor não foi forjado para fugir das pelejas, mas enfrentá-las frontalmente. 


O próprio Senhor Jesus, em uma oração ao Pai a respeito dos seus discípulos, disse: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (Jo 17.15). Entretanto, é óbvio que para ir para uma guerra é necessário preparo prévio. Um soldado que entra na peleja sem o mínimo de preparo é alvo fácil para o inimigo. Essa é a razão pela qual muitos cristãos se afastam de Cristo na universidade: a fala de preparo (bíblico, teológico e apologético), seja para conseguir responder (1Pe 3.15) com firmeza aos questionamentos sobre os fundamentos da fé, manter a identidade cristã, ou para fazer uma conexão entre a fé, a cultura atual e os interesses profissionais.” NASCIMENTO, Valmir. O Cristão e a Universidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, pp. 27,28.)


II. DA RELATIVIZAÇÃO DE VALORES A DESCONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES

1. A relativização da verdade. 

Caso assimilassem o padrão moral da religião dos caldeus, os jovens hebreus estavam a aceitar a relativização da verdade, Afinal, o relativismo pode se propagar tanto pela imposição, quanto pela destruição sutil dos referenciais éticos na cultura. Nos dias atuais, a primeira forma ocorre quando se procura legalizar concepções politicamente corretas, pela proibição de discursos, limitação do acesso à informação e outros mecanismos que restringem a liberdade de crença e de expressão. 


Por essa razão, em muitos lugares do mundo, cristãos enfrentam resistência na pregação do Evangelho. Em diversos países, a defesa de convicções e valores morais que decorrem diretamente da fé é considerada crime. O relativismo, por mais antagônico que seja, não tolera a defesa de qualquer absoluto, nem mesmo na esfera da religião. Na presente Era tudo se dilui e é adaptável, segundo os sociólogos essa época pode ser chamada de “modernidade líquida”.


2. Desconstruir identidades. 

A segunda forma de disseminação do relativismo é sutil. Ela se dá pela desconstrução dos referenciais que levam a perda da identidade, o que e identidade? É aquilo que define e dá significado às nossas vidas. Nós, cristãos, por exemplo, temos uma identidade bíblica, que expressa nossa origem, crenças essenciais e a ética que professamos. Isso nos caracteriza e nos distingue. Foi o caminho da desconstrução que a Babilônia adotou com os jovens hebreus, ao trocar os seus nomes (Dn 1.7). Ao fazer isso, Aspenaz, em consideração ao rei e seus deuses pagãos, intencionava fazer uma lavagem cerebral em Daniel e seus companheiros.


3. Novos nomes, a mesma identidade. 

Naquele tempo os nomes pessoais tinham imenso valor e significado, especialmente para os judeus, que o entendiam como uma expressão da personalidade e do propósito de vida de alguém. Seus nomes foram mudados para que a Babilônia pudesse apagar de seus corações e mentes suas origens. Pretendiam substituir o Deus verdadeiro pelos deuses do paganismo, com o propósito de mudar seus referenciais e identidades. 


O próprio nome de Nabucodonosor era uma referência às divindades pagãs. Na língua acadiana Nobu-Kudurri-Usur significava “Nabu e o meu protetor”. Com isso, Daniel que significa “Deus é meu juiz”: deram-lhe o nome Beltessazar, “Bel protege o rei”. Hananias “Deus é gracioso”: chamaram-lhe de Sadraque, “Iluminado pelo sol”. Misael significa “Quem é como Deus?”; foi chamado de Mesaque, “Aquele que pertence a deusa Sesaque”. Azarias significa “Deus ajuda”, deram-lhe o nome de Abede-Nego, “Servo do deus Nego”. Embora não pudessem impedir tal mudança, isso não fez a menor diferença em suas vidas. A forma como passaram a ser chamados não entrou em seus corações. Os novos nomes sociais não mudaram suas verdadeiras identidades e muito menos aboliram a centralidade de Deus.


III. ENSINOS PARA HOJE

1. Fidelidade nas escolas e universidades. 

O fato dos jovens hebreus terem passado pela faculdade babilônica e saído de tá formados e aprovados com louvor (Dn 1.17-20), mantendo a integridade e fidelidade ao Senhor, tem muito a nos inspirar hoje. Sobretudo, eles souberam proteger seus valores contra o ensino da época. Atualmente, a educação secular encontra-se igualmente carregada de ideologias nocivas, que procuram suplantar a educação clássica e os valores cristãos. Valendo-se de pensadores socialistas, agnósticos, ateus e alinhados a ideologias anticristãs, muitos professores fazem uso de um ensino relativista. Muitos centros educacionais são locais hostis aos cristãos, em virtude do ambiente e do conteúdo ensinado. 


Não raro, os crentes são pressionados a abandonar suas “crenças ultrapassadas”, aceitar a “ciência” e deixar as coisas da fé para trás, ou confina-la ao ambiente privado. Isso decorre do Secularismo. O exemplo de Daniel e seus amigos nos mostra que é possível enfrentar esse ambiente, estando previamente preparados para responder sobre a razão da nossa esperança (1Pe 3.15).


2. Retendo o que é bom. 

Nem tudo aquilo que os jovens hebreus aprenderam era negativo e ofensivo à fé em Jeová, Durante os três anos de estudo, como vimos, eles foram instruídos em diversas áreas do conhecimento humano. Grande parte desse conteúdo era importante, pois lhes proporcionava habilidades e competências intelectuais. O próprio registro bíblico enaltece, ao final do período, a aquisição de conhecimento e a inteligência de Daniel em todas as letras e sabedoria (Dn 1.17). 


Este fato é um forte indicativo de que podemos aproveitar o conhecimento e a sabedoria não tipicamente religiosa, desde que não contrarie a verdade de Deus, Daniel não demonizou toda a cultura da Babilônia e o ensino dos caldeus. Com muita sabedoria, comparou aquilo que os seus professores ensinavam, com o que havia aprendido de seus pais e líderes de Judá. Ele usou um filtro para aproveitar o que era bom e rejeitar o que era nocivo (1 Ts 5.21). De idêntica maneira, o jovem cristão pode, e deve, valorizar o estudo secular, pois além de proporcionar conhecimento, serve para a formação profissional e para o mercado de trabalho, área na qual o crente pode ser usado por Deus e fazer a diferença. O segredo é submeter tudo ao crivo das Sagradas Escrituras (2 Co 10.5; At 17.11)



3. Mantendo a identidade em tempos pós-modernos. 

Tal como fez Aspenaz, o mundo procura meios de mudar a identidade do cristão, Em tempos pós-modernos, onde falta firmeza e consistência moral e espiritual, existe uma estratégia diabólica de perda de sentido e significado. O espírito desta época procura seduzir os crentes da desnecessidade de uma identidade própria, dada por Deus, tratando isso como algo ultrapassado, O mundo fala em “abrir” a mente, “flexibilizar” as convicções e “desconstruir” as tradições arcaicas. Em cada área da vida se percebe a estratégia de “mudança de nomes”. A ideologia de gênero procura destruir a identidade sexual O sincretismo busca acabar com a identidade religiosa. O relativismo se propõe a desfazer a identidade moral. Como nunca, a forma de proceder dos jovens hebreus serve como modelo de bravura e resistência aos ímpetos de destruição identitária. Podem até mudar o nosso nome, mas não conseguem mudar quem somos: cristãos, aqueles que creem e vivem em Cristo (At 11.26).


CONCLUSÃO

Como vimos, as escolhas e determinação de Daniel e seus amigos nos instigam a manter nossa identidade espiritual e nossos princípios, mesmo quando enfrentamos desafios que ameaçam desviar-nos do caminho da verdade. É preciso resistir sabiamente, pois sabemos em quem temos crido (2 Tm 1.12)


HORA DA REVISÃO

1. Por que se considera que os caldeus possuíam um ensino desenvolvido?

Eles foram pioneiros nos estudos da astronomia e responsáveis pelo avanço da matemática. Eles também dominavam a escrita cuneiforme, usada para registrar leis, negócios e eventos históricos.


2. Durante os estudos na Babilônia, os jovens corriam qual risco?

Corriam o risco de aculturação, isto é, a perda da cultura e das crenças hebraicas, por meio da assimilação e acomodação a cultura dos caldeus.


3. O que é Identidade?

É aquilo que define e dá significado às nossas vidas.


4. Por que os nomes dos jovens hebreus foram mudados?

Pretendiam substituir o Deus verdadeiro pelos deuses do paganismo, com o propósito de mudar seus referenciais e identidades


5. Qual o significado original do nome Daniel e qual o sentido do nome que lhe deram?

Daniel significa ‘Deus é meu juiz’; deram-lhe o nome Beltessazar, ‘Bel protege o rei’.

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