Lição 2 Como viveremos na Babilônia | 3° Trimestre de 2024 | JOVENS

NA COVA DOS LEÕES  Subtítulo: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nosso Dias

TEXTO PRINCIPAL

”Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao SENHOR, porque,

na sua paz, vós tereis paz.” (Jr 29.7)


RESUMO DA LIÇÃO

O crente fiel pode habitar na Babilônia, mas a cultura da Babilônia não pode ter domínio sobre ele.


LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Rm 12.2 Não vos conformeis com este mundo

TERÇA – Gn 11,1-9 A origem da Babilônia

QUARTA – 2Tm 1.12 Sabemos em quem temos crido

QUINTA – Jo 14.6 Jesus, a verdade absoluta

SEXTA – Jr 29.5-7 Conselhos para a vida no exílio

SÁBADO – Ez 33.10 Como viveremos?


OBJETIVOS

APRESENTAR a chegada dos jovens hebreus na Babilônia;

CONHECER as características da imponente cidade:

IDENTIFICAR a cultura e o espírito da Babilônia

COMPREENDER como viver e testemunhar na Babilônia.


INTERAÇÃO

Prezado(a) professor(a), na primeira lição tivemos um panorama geral do livro de Daniel e a sua relevância para os dias em que vivemos. Nesta segunda lição, temos a oportunidade de nos aprofundar na imponente cidade da Babilônia, explorando suas características culturais e simbologia bíblica. Juntos, analisaremos como a experiência dos jovens hebreus, liderados por Daniel, oferece uma luz orientadora para os desafios que enfrentamos em nossa sociedade em constante transformação, dentro da qual devemos habitar e testemunhar


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), nesta lição será fundamental fazer uma pesquisa prévia para conhecer o contexto histórico e cultural da Babilônia. Isso será importante para os alunos serem ‘transportados’ para o contexto em que Daniel e seus amigos viveram. Colha informações sobre a cultura, a educação e a religião babilônica. Em sala de aula, mostre representações da antiga cidade, em forma de figuras e imagens aos seus alunos.


Características da Cidade:

Localização Geográfica: Babilônia estava localizada na Mesopotâmia, às margens dos rios Eufrates e Tigre. Sua localização estratégica a tornava um importante centro de comércio e transporte.

Impressionante Arquitetura: A cidade era conhecida por sua arquitetura impressionante, incluindo o famoso “Portão de lshtar” e os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

Muralhas Massivas: Babilônia era cercada por muralhas maciças e fortificações que a protegiam de invasões e ataques.

Comércio: A Localização estratégica da cidade a tornava um importante centro de comércio na região, facilitando o intercâmbio de mercadorias entre o Oriente e o Ocidente.

Politeísmo: A religião na Babilônia era politeísta, com vários deuses e deusas adorados. O deus Marduque (ou BEL) era considerado o deus principal da cidade e do império.

Templos: A cidade possuía impressionantes templos dedicados aos deuses, como o Templo de Marduque (o Esagila), que era um dos maiores templos da antiguidade.


TEXTO BÍBLICO

Daniel 1.1-3

1 No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de babilônia, a Jerusalém, e a sitiou,

2 E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.

3 E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres.


INTRODUÇÃO

Ao chegarem a Babilônia, os jovens hebreus se depararam com um mundo novo e uma cultura completamente distinta de sua terra natal, A civilização babilônica, desenvolvida na região da Mesopotâmia, destacava-se em diversas áreas, ficando famosa por ter estabelecido a primeira legislação escrita, conhecida como “Código de Hamurabi”. No entanto, era dominada pelo paganismo e pela imoralidade, por isso é um símbolo bíblico de um sistema reprovável diante de Deus. Dentro desse ambiente, repleto de desafios culturais e morais, como Daniel e seus amigos deveriam viver? A presente lição nos permitirá compreender que a maneira como eles encaravam a cidade, mantendo-se fiéis aos princípios que aprenderam em Judá, desempenhou um papel fundamental na construção de um testemunho sólido ao longo de sua jornada no exílio.


I – A CHEGADA DE DANIEL E SEUS AMIGOS NA BABILÔNIA

1. Deportados para uma terra estranha. 

Os judeus foram deportados para o exílio babilônio em três levas (605, 597 e 586 a.C). No primeiro grupo estavam alguns israelitas de origem nobre. Usando uma estratégia comum na antiguidade, o objetivo de Nabucodonosor era treiná-los para ocuparem posições importantes e servirem ao reino dos conquistadores. Dentre os requisitos, esses rapazes deveriam ser “sem nenhum defeito, de boa aparência, sábios, instruídos, versados no conhecimento e que fossem competentes para servirem no palácio real” (Dn 1.4). Em outras palavras, eles haviam de ser fisicamente saudáveis, esteticamente bonitos e intelectualmente inteligentes, e também dotados de cultura geral e de sabedoria prática para a vida no palácio. Que lista de qualidades!


2. Jovem Daniel e seus companheiros. 

Daniel fazia parte desse grupo, juntamente com Hananias, Misael e Azarias. Daniel descendia de uma família da aristocracia, talvez até mesmo pertencesse à linhagem real de Judá. Nessa época, tinha provavelmente entre quatorze e dezoito anos de idade. Você pode imaginar o que se passava na cabeça desses jovens? Eles estavam cheios de virtudes e sonhos, com grandes expectativas sobre o futuro em Jerusalém, e agora foram arrancados abruptamente da comodidade do lar. De uma hora para outra suas vidas mudaram de percurso. Ainda que fossem piedosos e tementes a Deus, tiveram de enfrentar o sofrimento e a vergonha de serem levados como escravos de um rei ambicioso e cruel. A terra natal havia sido devastada, os muros derrubados, o Templo destruído, amigos e familiares assassinados por ocasião da invasão (2 Cr 36.6-20; Lm 5). Todavia, não deixaram se abater pelas circunstâncias da sua vida, pois sabiam que tudo decorria da benevolência de Deus.


3. O sofrimento do justo. 

A história de Daniel e seus amigos nos faz recordar que os justos podem passar por provações. O sofrimento é uma parte comum da experiência humana e não poupa aqueles que temem ao Senhor (Ec 9.2), No Novo Testamento, Paulo e Tiago expressam essa verdade (Rm 5.3,4: Tg 12,3). Foi com fundamento nesse tipo de entendimento que Daniel e seus amigos não ousaram reclamar de Deus. Não buscaram vingança ou retaliação, mas procuraram ser canal de bênção onde se encontravam. Embora novos, tinham a mente madura o suficiente para não adotarem uma postura de amargura e vitimismo.


SUBSÍDIO 1

“A cultura da Babilônia, como a nossa, era opressivamente orientada a imagens. A estética dominante da cultura babilônica foi vista na construção de uma espetacular estátua de ouro que Nabucodonosor fez de si mesmo. imagens esculpidas em ouro, prata, bronze, ferro, madeira, pedra e pinturas brilhantemente coloridas poderiam ser achadas em todo canto e recanto, orientando e governando a vida do grande império. Também como a nossa, a cultura deles encontrava consolo no misticismo, com videntes, mágicos, astrólogos, conjuradores e toda sorte de adivinhadores. Contudo, tal “sabedoria” não pôde evitar que Nabucodonosor ficasse louco e pastasse como um boi (Daniel 4,28-33). A cultura da Babilônia acentuava a beleza, a excedência, a inovação, a vaidade e a intemperança. Facilmente poderia ter seduzido um jovem religioso que caísse em seu regaço de luxúria. Contudo, Daniel criou uma contracultura consistente, que transcendeu a opulência babilônica.” (PALMER, Michael (ed.) Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro CPAD, 2001, p.404)


II - A IMPONENTE BABILÔNIA

1. A capital imponente. 

Babilônia, localizada às margens do rio Eufrates, era uma cidade-estado rica e servia como um importante centro comercial entre o Oriente e o Ocidente. Os jovens possivelmente ficaram admirados com a sua grandiosidade, a maior da época, distante cerca de 1500 quilômetros de Jerusalém. Era uma metrópole impressionante, conhecida por sua suntuosa arquitetura. A cidade era cercada por uma forte e extensa muralha com milhares de torres. A sua cultura, como a atual, era orientada a imagens e a estética. A cidade se fazia conhecer por seus luxuosos palácios reais e obras de arte, pátios e jardins, dentre os quais os jardins suspensos, assim reconhecidos como uma das sete maravilhas do Mundo Antigo. Era fácil alguém ser seduzido por seu luxo e opulência, como ocorre com a mídia hodierna.


2. A ostentação da cidade. 

Toda a exuberância das obras arquitetônicas era uma forma de representar o poder do império, Nabucodonosor queria ostentar sua força e riqueza por meio de coisas materiais e de suas realizações, relembrando a fundação original da cidade (Gn 11.1-9). Os descendentes de Noé pretendiam construir uma cidade com uma torre tão alta que alcançaria o céu, usando tijolos e betume, uma espécie de piche. Além de não terem consultado ao Senhor, o propósito era a fama e a falsa sensação de segurança sem Deus. Os homens usaram toda inteligência que possuíam e a engenharia da época para construir um edifício simplesmente para a sua própria glória. Deus, porém, não se agradou do empreendimento e, por isso, confundiu as línguas e os espalhou pela terra, dando à cidade o nome de Babel.


3. Uma cultura pagã.

Os babilônios atribuíam grande importância a sua religião. Acreditavam que os deuses governavam todos os aspectos da vida, desde os assuntos cotidianos até os eventos cósmicos. Marduque, o seu principal deus, era considerado o patrono da Babilônia. Uma das principais portas da cidade era dedicada a lshtar, a deusa da fertilidade, do amor e da guerra, Havia um templo dedicado ao seu culto. A Bíblia apresenta Babilônia por meio de suas características de idolatria e prostituição espiritual. (Na 3.4 Is 23.15, Jr 2.20). A atmosfera da cidade era impregnada pelo paganismo e politeísmo.


SUBSÍDIO 2

A cultura da Babilônia, como a nossa, era opressivamente orientada a imagens. A estética dominante da cultura babilônica foi vista na construção de uma espetacular estátua de ouro que Nabucodonosor fez de si mesmo, imagens esculpidas em ouro, prata, bronze, ferro, madeira, pedra e pinturas brilhantemente coloridas poderiam ser achadas em todo canto e recanto, orientando e governando a vida do grande império. Também como a nossa, a cultura deles encontrava consolo no misticismo, com videntes, mágicos, astrólogos, conjuradores e toda sorte de adivinhadores. PALMER, Michael (ed,). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD)


III - A CULTURA E O ESPÍRITO DA BABILÔNIA

1. Símbolo de oposição aos valores divinos. 

Biblicamente, Babilônia é tanto um lugar geográfico, quanto a representação de um sistema reprovável diante de Deus e seus valores espirituais e morais (Ap 14.8, 17.1,2, 18.2,3). Ainda hoje, o espírito e a cultura da Babilônia permeiam a sociedade, simbolizando rebelião e ideologias mundanas que confrontam a verdade divina. Ela é uma metáfora para a idolatria, paganismo e toda falsidade religiosa, bem como símbolo da degeneração moral, inversão de valores, depravação e materialismo presentes nos sistemas político, cultural, midiático e econômico.


2. A relativização da verdade. 

A principal característica da cultura da Babilônia, com todos os seus reflexos, e a destruição da noção de uma verdade absoluta. Essa foi uma das táticas de Nabucodonosor, conforme sua religiosidade e visão de mundo. John Lennox, na obra Contra a Correnteza (CPAD), cita o fato de o monarca ter levado os utensílios do Templo em Jerusalém para a casa do tesouro das suas divindades na Babilônia (Dn 1.2). Para os hebreus os objetos de ouro possuíam enorme valor espiritual feitos por adesão que amavam a Deus, representavam uma relação do povo com o Senhor, e apontavam para a sua santidade e glória. Contudo, ao serem transportados para a Babilônia, tais utensílios passaram a representar somente uma conquista de guerra, da mesma forma que qualquer outro artefato, Os símbolos projetados para indicar o único e verdadeiro Deus, o Criador do céu e da terra, foram postos no mesmo nÍvel.de símbolos de culto de outros deuses. Assim como Nabucodonosor estava rebaixando os valores e referenciais divinos absolutos, a sociedade pós-moderna tem transformado os tesouros espirituais em coisas sem valor divino, dentro do mercado religioso.


3. A religião que conduz à imortalidade. 

As falsas religiões, ao perverterem a verdade, são capazes de destruir valores, conduzindo seus adeptos ou seguidores a um estilo de vida depravado. Essa verdade levou o apóstolo Pedro a advertir os cristãos sobre os perigos dos falsos ensinamentos baseados em heresias de perdição, pois levam a imoralidade e a outros desvios de conduta (2 Pe 2.13,14). Atualmente, é possível perceber a volta do paganismo em novas roupagens, mais modernas e “descoladas “, ganhando espaço em filmes, séries, desenhos e jogos. É preciso cuidado com o conteúdo que você consome, pois as nuances desses falsos deuses antigos continuam presentes no mundo de hoje!


SUBSÍDIOS 3

A cultura de hoje não é só pós cristã, mas está também se tornando rapidamente pós-moderna, o que significa que é resistente não somente às reivindicações das verdades cristãs, mas a qualquer reivindicação da verdade. O pós-modernismo rejeita qualquer noção de verdade universal, abrange e reduz todas as ideias a construções sociais formadas por classe, Gênero e etnia […] (COLSON, Charles & PEARCEY, Nancy, E agora, como viveremos? Rio de Janeiro: CPAD, 2000)


IV – VIVENDO E TESTEMUNHANDO NA BABILÔNIA

1. Uma cidade para se testemunhar. 

Por qual razão Daniel e seus amigos adotaram uma postura de serviço e responsabilidade dentro de uma cidade estrangeira? Porque eles viveram dentro da Babilônia, mas não deixaram a Babilônia viver dentro deles! Aqueles moços conheciam as admoestações do Senhor por meio de Jeremias, sobre como os judeus deveriam viver na terra para onde seriam transportados (Jr 29.5-7). Eles deveriam constituir família, multiplicarem-se e buscar a paz e a prosperidade da cidade. Deus estava dizendo que enquanto estivessem exilados teriam uma vida normal e produtiva. Foram instruídos a dar bom testemunho e a contribuírem para o bem de toda a sociedade, não somente do seu próprio povo.


2. Testemunhando no mundo. 

Enquanto lugar geográfico, Babilônia é uma cidade que representa a vida do cristão na sociedade. Vivemos em um mundo caído, dominado pelo pecado. Ainda assim, somos chamados a ter uma presença santa, fiel e abençoadora, A igreja eleita do Senhor também está na Babilônia (1Pe 5.13), sem se deixar ser dominada por ela. Afinal, embora o discípulo de Cristo tenha a cidadania celestial (Fp 3.2), vivemos como forasteiros nesta terra (1 Pe 2.11). Faz parte da responsabilidade do cristão zelar pelo desenvolvimento social, como sal da terra e Luz do mundo (Mt 5.13), e mordomos de Deus (Gn 1.26), pois Cristo é soberano sobre toda a criação (Cl.1.15-19: 1Co 1.26).


CONCLUSÃO

Os jovens hebreus tinham conhecimento da maneira como deveriam se portar no exílio. Em vez de buscar rebelião e vingança contra os captores, eles deveriam viver normalmente na cidade, buscando a sua paz e prosperidade. Como aqueles jovens, vivemos exilados em um mundo, que embora tenha sido criado por Deus, está sujeito aos efeitos do pecado. Assim como Daniel e seus amigos, somos chamados a viver neste mundo, dando testemunho do nosso compromisso com princípios sólidos, mesmo quando confrontados com dilemas morais e pressões externas.


HORA DA REVISÃO

1. Como era a cidade da Babilônia nos tempos de Daniel?

A cidade era cercada por uma forte e extensa muralha em milhares de torres. Também se fazia conhecer por seus luxuosos palácios reais e obras de arte, pátios e jardins, dentre os quais os jardins suspensos, assim reconhecidos como umas das sete maravilhas do mundo antigo.


2. Qual a origem bíblica da Babilônia?

A Torre de Babel. (Gn 11.1-9)


3. Biblicamente, quais as duas formas de definir a Babilônia?

Babilônia é tanto um lugar geográfico quanto a representação de um sistema reprovável diante de Deus e seus valores espirituais e morais


4. Qual o nome da divindade que era considerada patrono da cidade da Babilônia.

Marduque


5. Quais admoestações Deus deu a Jeremias sobre como os judeus deveriam viver na terra para onde seriam transportados?

Eles deveriam constituir família, multiplicarem-se e buscar a paz e prosperidade da cidade (Jr 29.5-7).

Lições Bíblicas Jovens 3º Tr. 2024

ASSUNTO: Na Cova dos Leões: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nossos Dias

COMENTARISTA: Valmir Nascimento

Lição 1 Daniel: uma jornada de fidelidade | 3° Trimestre de 2024 | JOVENS

NA COVA DOS LEÕES  Subtítulo: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nosso Dias

Lições Bíblicas Jovens 3º Tr. 2024

ASSUNTO: Na Cova dos Leões: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nossos Dias

COMENTARISTA: Valmir Nascimento

TEXTO PRINCIPAL

“E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres.” (Dn 1.3)

RESUMO DA LIÇÃO

Daniel é um exemplo inspirador de fidelidade em uma cultura hostil.


LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Mt 24.15

Jesus testifica de Daniel

TERÇA – Jr 46.2

Nabucodonosor vence o Egito

QUARTA – Jr 36.20-26

A impiedade do rei

QUINTA – 2 Cr 36.14

Um povo infiel

SEXTA – Hb 12.6

O Senhor corrige quem Ele ama

SÁBADO – 2 Co 10.5

Destruindo os conselhos contrários

OBJETIVOS

ENTENDER o panorama geral do livro de Daniel;

COMPREENDER o contexto histórico da vida do profeta;

REFLETIR a respeito da chegada dos jovens hebreus na Babilônia.


INTERAÇÃO

Prezado (a) professor (a), é com grande alegria e com a graça de Deus que damos início a um novo trimestre. Neste período, teremos a oportunidade de estudar treze lições do livro do profeta Daniel, cujo exemplo de fé, coragem e fidelidade ao Senhor em meio a uma cultura secularista e relativista serve de inspiração para todos nós, que vivemos como estrangeiros nesta Terra. O comentarista é o Pr. Valmir Nascimento, jurista, mestre em Teologia e doutorando em Filosofia. Ele é pastor auxiliar na Assembleia de Deus em Cuiabá, MT, onde preside o Conselho de Educação e Cultura local e do estado. Autor de várias obras publicadas pela CPAD. Nossa oração é para que este trimestre seja repleto de bênçãos e crescimento espiritual.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), ao iniciar um novo trimestre, é fundamental ressaltar a importância e a atualidade do tema que será estudado. Isso não apenas demonstra a relevância da lição, mas também desperta o interesse dos jovens e incentiva sua participação ativa. Para isso, comece a aula solicitando que os alunos compartilhem suas expectativas em relação ao estudo do livro de Daniel. Isso permite que eles expressem suas ideias e se envolvam desde o início.


Aproveite para apresentar o esboço de todo o livro, conforme esquema abaixo:

I. A HISTÓRIA DO EXÍLIO DE DANIEL, 1.1-21

•Prelúdio Histórico, 1.1-2

•Jovens Provados, 1.3-16

•Integridade vindicada, 1.17-21


II. APOCALIPSE CALDEU, 2.1 - 7.28

•O Sonho de Nabucodonosor, 2.1-29

•A Estátua Colossal de Nabucodonosor, 3.1-30

•O Julgamento Pessoal de Nabucodonosor, 4.1-37

•A Queda do Império Caldeu, 5.1-31

•O Reinado de Dario, o Medo, 6.1-28

•Impérios Ascendem e Minguam até a Consumação, 7.1-28


III. O APOCALIPSE HEBRAICO, 8.1 - 12,13

•A Visão de Daniel de Impérios em Guerra, 8.1-27

•A Intercessão de Daniel por Israel, 9.1-27

Extraído de Comentário Bíblico Beacon. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 501.


TEXTO BÍBLICO

Daniel 1.5-14

5 E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei e do vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos, para que no fim deles pudessem estar diante do rei.

6 E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias.

7 E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael, o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego.

8 E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.

9 Ora, deu Deus a Daniel graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.

10 E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os jovens que são vosso iguais? Assim, arriscareis a minha cabeça para com o rei.

11 Então, disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:

12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos deem legumes a comer e água a beber.

13 Então, se examine diante de ti a nossa aparência e a aparência dos jovens que comem a porção do manjar do rei, e, conforme vires, te hajas com os teus servos.

14 E ele conveio nisso e os experimentou dez dias.

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, teremos o privilégio de nos aprofundar nos estudos do Livro de Daniel. Considerado o “Apocalipse do Antigo Testamento”, em virtude das revelações e visões escatológicas que o Senhor deu ao profeta, Daniel é um livro histórico e profético. Ele abrange o período no qual os israelitas estiveram exilados na Babilônia, destacando as experiências marcantes e desafiadoras de Daniel e seus amigos em terra estrangeira.


Ao percorrermos os seus 12 capítulos, seremos conduzidos a uma compreensão mais profunda da relevância e urgência da mensagem de Daniel para os nossos dias. Daniel é um exemplo inspirador para os cristãos em geral e os jovens em particular. Seu testemunho de vida nos encoraja a enfrentar as adversidades e a cultura secularizada, pluralista e neopagã que predomina na sociedade ocidental contemporânea. É um modelo de líder levantado por Deus numa cultura hostil. Na primeira lição, teremos uma visão panorâmica do livro e do seu contexto, e o início da vida dos jovens hebreus no cativeiro babilônico.


I – O LIVRO DE DANIEL

1. Panorama geral.

Os 12 capítulos do Livro de Daniel percorrem um longo período histórico que começa com a primeira invasão babilônica ao Reino de Judá (605 a.C.), até a queda da Babilônia diante de Ciro da Pérsia (536 a.C.). O livro narra a trajetória de Daniel e de seus amigos, destacando os desafios culturais, políticos, morais e espirituais que eles suportaram em terra estrangeira. Ao longo de todo esse tempo, o profeta viveu e serviu com fidelidade a Deus perante as cortes imperiais, desde a juventude até a sua velhice. Também registra as mensagens proféticas que o Senhor lhe revelou, inclusive interpretações de sonhos, visões de animais simbólicos e uma visão detalhada dos eventos escatológicos. Por isso, o livro é chamado de “Apocalipse do Antigo Testamento”.


2. Autoria e mensagem.

É dominante entre estudiosos judeus e cristãos que o autor deste livro é o próprio Daniel, conforme atestam as evidências internas (Dn 8.15; 27; 9.2; 10.2) e a referência de Jesus ao profeta (Mt 24.15).


Os seus registros históricos revelam um período crucial e angustiante para os israelitas, no qual viveram exilados em meio a uma cultura diferente e hostil. O seu conteúdo vibrante compõe uma mensagem repleta de significados e ensinamentos. Destaca a necessidade de o crente manter a fé inabalável em momentos de adversidades e nos recorda de que podemos ser íntegros em qualquer ambiente. Mostra que Deus é soberano e o Senhor da história, pois o reino, o domínio e a majestade dos reinos lhe pertencem (Dn 7.27).

 

3. Estrutura e peculiaridades.

Por se tratar de um documento histórico, e ao mesmo tempo, profético, é possível dividir o livro em duas seções que formam um todo perfeito. Na primeira parte (capítulos 1 a 6), são narrados os fatos e as experiências importantes na vida de Daniel dentro da Babilônia. Na segunda (capítulos 7 a 12), estão as visões e as mensagens proféticas, que revelam acontecimentos dos séculos seguintes e até o tempo do fim. Uma das peculiaridades do Livro de Daniel é que, embora seja considerado um profeta, Daniel não profetizou diretamente ao povo, como outros profetas do Antigo Testamento.


Em vez disso, ele serviu como um conselheiro e intérprete de sonhos e visões para reis e governantes da Babilônia. Outra característica notável deste livro é o uso de duas línguas diferentes. A maior parte, do capítulo 2 ao capítulo 7, está escrita em aramaico. Os capítulos 1 e 8 até o final do livro são escritos em hebraico. Essa mudança de língua reflete a natureza do livro, que abrange eventos ocorridos na Babilônia e profecias relacionadas a Israel.


SUBSÍDIO 1

“A história de Daniel é uma história de fé extraordinária depositada em Deus e vivida no auge do poder executivo no pleno resplendor da vida pública. Relata os acontecimentos cruciais da vida de quatro amigos - Daniel, Hananias, Misael e Azarias - que nasceram no pequeno estado de Judá, no Oriente Médio, em torno de dois mil e quinhentos anos atrás. Como jovens membros da nobreza, ainda adolescentes, foram levados cativos pelo imperador Nabucodonosor e transportados para a capital Babilônia, a fim de serem educados na administração babilônica. Daniel conta que eles subiram aos altos escalões do poder não só do império mundial da Babilônia, mas também do Império Medo-Persa que o sucedeu. [...] O que torna notável a história de fé desses jovens é que eles não só continuaram a devoção particular prestada a Deus que desenvolveram na terra natal, mas também mantiveram um notório testemunho público em uma sociedade pluralista que se tornava cada vez mais antagônica à fé deles. É por isso que sua história tem uma mensagem tão poderosa para nós hoje. As fortes correntezas do pluralismo e do secularismo na sociedade ocidental contemporânea, reforçadas pela correção politicamente paralisante, jogam cada mais para escanteio a expressão da fé em Deus, confinando-a, se possível, à esfera particular.”

(LENNOX, John. Contra a Correnteza: A inspiração de Daniel para uma Época de Relativismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 15,16.)


II – COMPREENDENDO O CONTEXTO

1. O contexto histórico.

No pano de fundo histórico dos primeiros capítulos do Livro de Daniel, há um cenário de agitação e instabilidade decorrente da disputa pelo predomínio político na região. Em 605 a.C., após derrotar o Faraó Neco do Egito, na Batalha de Carquemis (Jr 46.2), a Babilônia estava se consolidando como grande potência mundial. Liderada por Nabucodonosor, o exército babilônico invadiu e sitiou Jerusalém no terceiro ano do reinado de Jeoaquim (2 Rs 24.1-6). Era o início das invasões babilônicas ao Reino de Judá e sua capital. Posteriormente, em duas outras oportunidades, a cidade voltou a ser invadida: em 597 a.C. (2 Rs 24.10-14), e a terceira, a maior de todas elas, em 586 a.C., ocasião em que a cidade foi arrasada e o Templo, destruído.


2. Um rei ímpio.

Jeoaquim era filho de Josias e sucedeu seu pai como rei de Judá aos vinte e cinco anos de idade (2 Rs 23.36). Foi um rei ímpio que não andou nos caminhos do Senhor. O profeta Jeremias proclamou a mensagem de Deus, alertando Jeoaquim e o povo de Judá sobre a vinda do juízo divino devido à idolatria e à injustiça. Ele exortou o rei e o povo a se arrependerem e a se voltarem para Deus. Jeoaquim não apenas rejeitou as palavras do profeta, mas também queimou o rolo no qual a Palavra de Deus estava escrita (Jr 36.20-26).


3. Deus castiga seu povo.

Israel havia virado as costas para Deus. Em vez de arrependimento, os líderes e a nação endureceram o coração para não seguirem os seus estatutos (2 Cr 36.14). Por essa razão, o Senhor estava disciplinando o povo da promessa, ao permitir o seu cativeiro e a destruição da cidade. O profeta Daniel é enfático ao escrever que foi o Senhor que entregou o rei de Judá nas mãos de Nabucodonosor e permitiu que os utensílios do Templo fossem saqueados e profanados. O Senhor corrige quem Ele ama (Hb 12.6) e toda a história está sob o seu controle. Ele é soberano sobre todas as coisas e até mesmo os ímpios podem ser usados para cumprir a sua vontade!


III – A RELEVÂNCIA DO LIVRO DE DANIEL PARA OS NOSSOS DIAS

1. Um livro para todas as épocas.

Olhando para a jornada íntegra deste jovem hebreu até a sua velhice, chegamos à conclusão de que o Livro de Daniel é para todas as épocas. Retirado à força de sua casa, quando ainda tinha cerca de quatorze anos, Daniel foi conduzido até uma terra estrangeira. Dentro de uma cultura hostil, cercado por inimigos, enfrentou diversos ataques e desafios ao longo de sua trajetória. Esteve exilado por mais de setenta anos até o fim da vida. Enfrentou conspirações, mudanças culturais e políticas, sendo pressionado de diversas formas, mas não negando a sua fé. Embora centenas de anos tenham se passado desde a sua época, sua trajetória é um exemplo inspirador para os dias em que estamos vivendo.

 

O Livro de Daniel, por ser a Palavra de Deus, continua atual e a sua mensagem urge para esse tempo. A história de Daniel pode ser a nossa história!


2. Um mundo transtornado.

O período do profeta foi um dos mais turbulentos em termos de mudanças geopolíticas na região do Oriente Médio e no Mundo Antigo. Ele viveu em um mundo cujas características se repetem hoje:

a) Mundo frágil e cheio de incertezas. Estudiosos têm caracterizado o período recente, principalmente pós-pandemia, como um mundo frágil, ansioso, não-linear e incompreensível. A Babilônia era palco das transformações e agitações globais da sua época. Daniel viu impérios desmoronarem e reis caírem, enquanto as pessoas sobreviviam com expectativas aterrorizantes. A sua trajetória irá nos ensinar a encontrar resistência e coragem em dias ruins além de esperança numa época de desespero.


b) Mundo com constante transição de poder. Daniel serviu nos impérios babilônico e medo-persa com a mesma fé e fidelidade. Nenhum soberano o fez mudar suas convicções, tampouco o poder o seduziu. Com ele, somos lembrados de que os reis, presidentes e governantes desta terra passam, mas o Senhor permanece para sempre. Não importa quem esteja no poder político, o cristão mantém sua esperança sempre em Deus.


c) Mundo de conflitos e violência. Daniel viu de perto os horrores da destruição provocada pelas guerras entre nações e sentiu na pele o sofrimento decorrente do exílio. Semelhantemente, o mundo contemporâneo continua a ser palco de conflitos internos e internacionais, ações terroristas e violências de todas as formas, provocando dor e migração forçada. Isso nos faz recordar das pessoas que se encontram nessas situações, que precisam da nossa oração, apoio e busca por soluções.


d) Mundo hostil aos valores judaico-cristãos. É possível traçar um paralelo da época de Daniel com o panorama da cultura contemporânea, essencialmente hostil à visão de mundo judaico-cristã. Da mesma forma que aquele jovem hebreu foi pressionado a abandonar sua crença em razão das pressões culturais e religiosas dentro da Babilônia, os cristãos de hoje estão enfrentando ataques severos da cultura anticristã, a exemplo do Relativismo e do Secularismo, dentre outras correntes filosóficas. Como veremos no decorrer do trimestre, o Livro de Daniel nos ensinará a ter sabedoria e inteligência espiritual para combater as estratégias do Inimigo no tempo presente.


3. Devoção e testemunho público. A inspiração do Livro de Daniel vai além da devoção pessoal. O seu testemunho nos mostra que a sua convicção não estava confinada ao ambiente privado, preferindo enfrentar os leões a renunciar uma confissão pública da fé. Ele é um grande exemplo bíblico de como podemos usar a sabedoria e o conhecimento de Deus para testificar em diversos lugares da sociedade.


CONCLUSÃO

O livro de Daniel possui uma mensagem singular para a Igreja na atualidade. A sua vida na Babilônia é um exemplo de coragem, fé e integridade diante de circunstâncias adversas. Ele nos ensina a confiar em Deus em todas as situações e a buscar a sua vontade para a nossa vida.


HORA DA REVISÃO

1. Por que o Livro de Daniel é considerado o “Apocalipse do Antigo Testamento”?

Porque registra as mensagens proféticas que o Senhor revelou a Daniel, inclusive interpretações de sonhos, visões de animais simbólicos e uma visão detalhada dos eventos escatológicos.


2. Em quantas partes podemos dividir o Livro de Daniel?

Em duas. Na primeira parte (capítulos 1 a 6), são narrados os fatos e as experiências importantes na vida de Daniel dentro da Babilônia. Na segunda parte (capítulos 7 a 12), estão as visões e as mensagens proféticas.


3. Quem entregou Jeoaquim, rei de Judá, nas mãos de Nabucodonosor?

O Senhor (Dn. 1.2).


4. O que Daniel enfrentou ao longo da sua vida?

Enfrentou conspirações, mudanças culturais e políticas.


5. O que o testemunho de Daniel nos mostra?

O seu testemunho nos mostra que a sua convicção não estava confinada ao ambiente privado, preferindo enfrentar os leões a renunciar uma confissão pública da fé.

Lição 11 Sofonias e Ageu (Lições Bíblicas Juvenis )

 

Lições Bíblicas Juvenis 2° trimestre 2024 – CPAD

ASSUNTO  DO TRIMESTRE: Conhecendo dos Livros dos Profetas

Comentarista: Thiago Santos

| Subsídios Dominical |Lição 11 Sofonias e Ageu


VERSÍCULO CHAVE:

A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos. (Ageu 2.9).


LEITURA DIÁRIA:

SEG. Sf 2.10,11Deus abaterá a soberba das nações

TER. Sf 3.9  O Senhor dará lábios puros aos povos

QUA. Sf 3.11,12 O remanescente será humilde e fiel

QUI. Ag 1.5 Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos

SEX. Ag 2.9 A glória da última casa será maior

SÁB. Ag 2.21 O Senhor fará tremer o céu e a terra

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Sofonias 2.1-3

1 Congrega-te, sim, congrega-te, ó nação que não tens desejo,

2 antes que saia o decreto, e o dia passe como a palha; antes que venha sobre vós a ira do SENHOR; sim, antes que venha sobre vós o dia da ira do SENHOR.

3 Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que pondes por obra o seu juízo; buscai ajustiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do SENHOR.

 

Ageu 1.5-8;

5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.

6 Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário recebe salário num saquitel furado.

7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.

8 Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o SENHOR.

 

Ageu 2.6-9

6 Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus. e a terra, e o mar, e a terra seca;

7 e farei tremer todas as nações, e vi rá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o SENHOR dos Exércitos.

8 Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos.

9 A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos.

 

 

CONECTADO COM DEUS

A Palavra de Deus é de importância vital para que haja avivamento espiritual. Negligenciá-La é prejudicial à comunhão com Deus. Os profetas Sofonias e Ageu são reflexos de que uma mensagem profética pode provocar mudanças significativas em uma geração. Sofonias foi fundamental para que o avivamento viesse sobre Jerusalém nos dias de Josias antes do cativeiro babilônico. Aproximadamente um século depois, Ageu foi uma voz importante para que os judeus se dispusessem a reedificar o Templo em Jerusalém após o retorno do Cativeiro. A Palavra de Deus continua viva e eficaz! Ele pode usar você para propagá-la hoje e trazer um novo avivamento espiritual para essa geração.

 

1. A PROFECIA DE SOFONIAS

1.1. Tema central da profecia de Sofonias

O profeta Sofonias era tataraneto do rei Ezequias. Ele profetizou durante o reinado de Josias (639-609 a.C.). Como parente do rei, ele tinha acesso contínuo ao palácio. O tema central de sua mensagem é o "Dia do Senhor". A maioria de suas profecias anunciava que Deus traria juízo sobre os pecados de Jerusalém. Essa mensagem foi fundamental para que os judeus se voltassem para Deus e o rei Josias iniciasse reformas muito necessárias em Judá. Foi nesse tempo que a Lei do Senhor foi encontrada, a idolatria banida, e o culto ao Senhor restaurado (2 Rs 22-23). Infelizmente, as gerações seguintes não permaneceram comprometidas com a Palavra de Deus, e o Dia do juízo sobre a nação foi inevitável.

 

1.2. O alerta de Deus

Sofonias é o profeta que usa de maneira mais enfática a expressão “Dia do Senhor”. Ao longo do livro, uma série de alertas é direcionado não apenas a Judá, como também a outros povos acerca do Dia em que o Senhor julgaria as maldades cometidas por eles. Dentre esses povos, estão: os filisteus (Sf 2.5-7): os amonitas e moabitas (2.8-11); os etíopes (2.12); os assírios (2.13-15): e a própria Jerusalém (3.1-7). Esses povos sofreriam destruições e invasões por causa da idolatria e rebeldia contra Deus. Jerusalém, inclusive, seria devastada pelos babilônios. Porém, o remanescente humilde seria restaurado (3.12,13). O Senhor eliminaria os seus inimigos, devolvendo-lhes a alegria (3.14,15). E, assim, conforme prometido, Deus trouxe de volta os cativos, dando-lhes um novo nome entre os povos da terra (3.20).

 

2. A PROFECIA DE AGEU

2.1. Tema central da profecia de Ageu

Ageu foi um dos primeiros profetas que voltaram do Cativeiro. Ele exortou os judeus que voltaram do exílio a escolherem as prioridades certas. Muitos se preocupavam apenas com as próprias necessidades. Enquanto isso, a Casa de Deus, que se encontrava em Jerusalém, continuava em ruínas (Ag 1.1-9). Por essa razão, 0 tema central do livro de Ageu é a reedificação do Templo. Não é errado buscar melhorar a própria vida e a de sua família. O problema está em fazer isso em detrimento da área espiritual, colocando o Senhor em segundo lugar. Tal negligência foi a causa da ausência de prosperidade material e espiritual do povo pós-exilado (Ag 1.10,11).

 

O Senhor deveria ser priorizado. Assim, o céu não se fecharia, e a terra não secaria, pois a bênção de Deus estaria sobre a nação. O princípio permanece o mesmo. O Senhor e as coisas eternas precisam ser prioridade. Buscar o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar continua sendo a base para uma vida espiritual e material próspera (Mt 6.33).

 

2.2. A resposta do povo

A exortação do Senhor por meio de Ageu surtiu efeito, pois os judeus começaram imediatamente a reedificação do Templo (1.12-15). Deus levantou a Zorobabel, que era o governador de Judá naquela ocasião, e a Josué, o sumo-sacerdote, assim como a todo 0 povo para trabalharem na Casa do Senhor dos Exércitos, e assim foi feito (1,14). A resposta do povo à mensagem de Ageu e a resposta de Deus à mudança do povo são provas claras de que o Senhor honra os seus servos quando estes decidem honrá-lo em primeiro lugar.

 

3. PRECIOSAS MENSAGENS

3.1. A promessa de maior glória

A primeira mensagem anunciada por Ageu dizia respeito à glória divina sobre o segundo Templo, que seria maior do que foi a do primeiro (2.9). Para muitos judeus que tiveram conhecimento sobre o esplendor do primeiro Templo, o último parecia estar aquém. Entretanto, o Senhor os encorajou, pois não era a aparência que importava. Ele mesmo seria o provedor dos recursos para a conclusão da obra. Esse fato vivenciado pelos judeus nos adverte de que não podemos considerar de pouca importância os nossos esforços na obra de Deus. Se o que fazemos tem a intenção genuína de glorificar a Deus, certamente será recebido e honrado por Ele. Naquele tempo, os judeus não entenderam, mas a maior glória esperada era a própria presença do Senhor Jesus adentrando no Templo (2.9,15). Da mesma forma, hoje, a maior glória que podemos experimentar é a presença do Espírito Santo em nós (1 Co 6.19).

 

3.2. A chamada à santidade e uma promessa profética

A segunda mensagem anunciada pelo profeta Ageu diz respeito à santidade (Ag 2.10-19). Os anos que se passaram na Babilônia deixaram os judeus insensíveis no tocante à vida religiosa. Eles precisavam relembrar os preceitos da Lei que deveriam ser cumpridos pelo povo e seus líderes, sobretudo, por aqueles que ministravam no Templo (Cf. Nm 19.11-22). Não adiantava apenas reedificar a Casa de Deus se os seus ministros não prezassem pela santificação e temor. A chamada de Ageu à santificação vinha acompanhada da promessa de bênçãos, pois, a partir daquele dia, o Senhor se comprometeu a abençoar o povo de maneira especial.

 

PARA CONCLUIR

As palavras de Sofonias e de Ageu enfatizam que Deus honra aqueles que têm compromisso com a sua verdade e colocam o seu Reino em primeiro lugar. Tanto o avivamento nos dias de Josias quanto nos dias de Ageu é resultante da observância à Palavra Eterna. Que Deus avive a sua obra em nós, de modo que a sua glória seja abundante e refletida em nossa maneira de viver; que por meio do nosso testemunho, possamos alcançar novas almas para o Reino de Deus!

 

HORA DA REVISÃO

1. Qual era o grau de parentesco do profeta Sofonias com 0 rei Ezequias?

2. Qual era a expressão mais enfática usada por Sofonias em suas profecias?

3. Qual o tema central do livro de Ageu?

4. Qual foi a promessa divina a respeito do segundo Templo?

5. Após longos anos de cativeiro babilônico, o que os judeus precisavam relembrar?