Lição 10 - Naum e Habacuque (Lições Bíblicas Juvenis)

Lições Bíblicas Juvenis

Lições Bíblicas Juvenis 2° trimestre 2024 – CPAD

ASSUNTO  DO TRIMESTRE: Conhecendo dos Livros dos Profetas

Comentarista: Thiago Santos

| Subsídios Dominical | Lição 10 - Naum e Habacuque

 

VERSÍCULO CHAVE:

“Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé, viverá.” (Habacuque 2.4).

 

LEITURA DIÁRIA:

SEG. Na 2.2,3 O Senhor trará outra vez a excelência de Jacó

TER. Na 2.13 O Senhor dos Exércitos é contra a maldade

QUA. Hc 1.13 Os olhos do Senhor são puros

QUI. Hc 2.3 A visão se cumprirá no tempo determinado

SEX. Hc 2.14 A Terra se encherá do conhecimento do Senhor

SÁB. Hc 3.18 A despeito das circunstâncias, alegre-se no Senhor


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Naum 1.2-6

O SENHOR é um Deus zeloso e que toma vingança; o SENHOR toma vingança e é cheio de furor; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos.

O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente: o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.

Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo, e a flor do Líbano se murcha.

Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra se levanta na sua presença, sim, o mundo e todos os que nele habitam.

Quem parará diante do seu furor? E quem subsistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derribadas.

 

Habacuque 1.2-5

2 Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?

3 Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.

4 Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai juízo pervertido.

5 Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo, em vossos dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.

 

Habacuque 3.17,18

17 Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas,

18 todavia, eu me alegrarei no SENHOR, exultarei no Deus da minha salvação.


CONECTADO COM DEUS

Muitas vezes, parece que a maldade prevalecerá sem punição e que os justos não provarão da bondade do Senhor neste mundo, que jaz no Maligno. O profeta Naum, contudo, mostra que não, pois Deus reservou um juízo sobre as injustiças praticadas pelos homens. Precisamos confiar, mesmo quando não compreendemos o modo de Deus agir, sem questionarmos por que Ele permite que certas coisas aconteçam. Habacuque viveu essa experiência ao ver os babilônios serem instrumentos de Deus para castigar o seu povo. A verdade é que os caminhos do Senhor não são como os nossos, e os seus pensamentos são mais altos do que os nossos pensamentos. Ao final, Ele tem uma resposta de paz para nossas orações.

 

l. A PROFECIA DE NAUM

11. A destruição iminente de Nínive

A profecia de Naum vai de encontro a um povo que antes havia sido poupado por Deus, devido ao seu arrependimento, conforme relata Jonas em seu livro. Todavia, as gerações seguintes não abandonaram a crueldade. Assim, o mesmo povo que outrora havia sido instrumento de Deus para castigar Israel, levando-o cativo, agora experimentaria o juízo divino. Nínive, a orgulhosa cidade, seria completamente destruída por Deus.


Naum menciona os leões, símbolo dos assírios: “Onde está, agora, o covil dos leões?" (Na 2.11). Trata-se de uma pergunta retórica do profeta ao anunciar a destruição completa de Nínive, tendo a batalha estendida até os seus muros. Com o juízo divino sobre Nínive, Judá experimentaria um breve respiro antes que viesse o castigo por meio dos babilônios.

 

1.2. A voz do Senhor

Diante das maldades praticadas por Nínive, o Senhor se pronuncia: “Eis que eu estou contra ti, diz o SENHOR dos Exércitos" (2.13). Esse relato revela que o Senhor Deus se vinga das maldades praticadas pelos reinos iníquos que se acham invencíveis e onipotentes.

0 Senhor viu as maldades e o orgulho dos assírios contra as nações, inclusive, contra Israel. Embora o profeta tenha dito no início que “o SENHOR é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nEle” (17), Ele também é um fogo consumidor que exerce justiça contra os que praticam a maldade (Na 2.13; 3.5, 6). O tratado de Deus com os povos nos ensina que não compensa uma vida de pecados, separada de Deus. O Senhor é justo e não se deixa escarnecer. Tudo o que o homem semear, isso também colherá (Gl 6.7).

 

2. O PERIGO IMINENTE DA QUEDA

2.1. Razões da queda de Nínive

Há muitas razões para a queda de Nínive, A começar por esta ser a cidade que era o centro do poder e regime brutal da Assíria — o povo que havia destroçado nações, inclusive, levado cativo o Reino do Norte. O detalhe é que, enquanto Jonas havia pregado a mensagem de salvação para uma cidade ímpia que parece ter recebido a repreensão, Naum traz uma mensagem de punição e julgamento. Ambos revelam, respectivamente, a misericórdia e a severidade de Deus (Rm 11.22). Nínive seria punida pelos seus muitos pecados, como, por exemplo, a crueldade notória e conhecida por outros povos, bem como pelo aprofundamento de suas práticas de feitiçarias, imoralidade sexual e malícia (3.1-6; 319).

 

2.2. A justa recompensa da parte de Deus

Assim como não conhecemos o nível de arrependimento do coração humano, também não conhecemos 0 seu nível de maldade. É Deus quem sonda tanto um quanto o outro (Pv 21.2). Ele é o único capaz de julgar com justiça. De fato, Nínive foi destruída e nunca mais reedificada depois da sua queda em 612 a.C. Ajusta recompensa da parte de Deus ensina que, quando o pecado alcança determinado nível na sociedade, Deus envergonha o povo, derrubando todos os meios de continuação da maldade. O salmista declara que “o SENHOR conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá” (Sl 1.6).

 

3. A PROFECIA DE HABACUQUE

3.1. O clamor do profeta

O profeta Habacuque levantou um clamor a Deus ao contemplar uma sociedade injusta e pecaminosa, na qual “a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai” (Hc 1.3,4). O profeta então suplicou ajustiça divina, porém, inicialmente, não conseguiu encontrar respostas. Quando o Senhor respondeu, o profeta ficou estarrecido, pois Ele enviaria os babilônios, nação mais injusta e cruel para castigar os filhos de Judá (1.6-11). No entanto, o juízo divino viria sobre toda a iniquidade no momento certo. O livro de Habacuque nos leva a refletir que Deus cuida do seu povo, enquanto este enfrenta a oposição deste mundo. Não podemos perdera fé, nem deixar de sermos firmes e constantes na obra do Senhor (1 Co 15.58).

 

3.2. O conflito e o triunfo da fé

O conflito do profeta por não entender os caminhos de Deus é sanado pela seguinte resposta: “Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa. Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá: se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará" (Hc 2.2,3). Tudo o que Deus fala se cumpre: nenhuma das suas palavras faltarão (Js 21.45: Mt 24.35). Independentemente da soberba do ímpio, enquanto ajustiça de Deus não se cumpre, a posição do fiel deve ser de fé (Hc 2.4).

 

3.3. A fé inabalável de Habacuque

A oração final do profeta é por renovação. Ele suplica que as obras de Deus fiquem evidentes e que todos vejam a sua glória (3.2). Na mesma oração, ele pede por misericórdia para que ajustiça de Deus restaure a nação. Habacuque afirma que, ainda quando a invasão babilônica trouxesse a devastação, sem que nada restasse, todavia, pela fé, ele se alegraria no Senhor (3.17,18). Não podemos perder a confiança naquEle que tem o domínio sobre todas as coisas.

 

PARA CONCLUIR

Apesar das lutas e desafios, Deus tem sempre um caminho de bênçãos e vitórias para o seu povo. Tudo o que precisamos fazer é andar em retidão, não esmorecer na fé ou desacreditar que Deus fará justiça aos seus escolhidos. Afinal, a Palavra de Deus sempre se cumpre. Os pecados da maldosa Nínive foram julgados e o juízo anunciado por Habacuque veio sobre a Babilônia. Da mesma maneira, o Israel de Deus terá a sua glória restaurada no tempo determinado porque o Senhor nunca falha em cumprir o que promete.

 

HORA DA REVISÃO

1. Através da destruição de Nínive, profetizada por Naum, o que o tratado de Deus com os povos nos ensina?

2. O que as mensagens de Jonas e Naum revelam respectivamente?

3. O que o Livro de Habacuque nos Leva a refletir?

4. Segundo Habacuque, qual deve ser a posição do fiel, enquanto ajustiça de Deus não se cumpre?

5. Qual foi a súplica de Habacuque em sua oração final?

Lição 8 A Realidade Bíblica do Trabalho (Classe dos Jovens)

Escola bíblica dominical (Classe dos Jovens)

🎓 Lições Jovens 2° Trimestre 2024 CPAD

Revista: O Padrão Bíblico para a Vida Cristã Caminhando segundos os Ensinos das Sagradas Escrituras

Site: Subsídios Dominical

TEXTO PRINCIPAL

"Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma." (Ec 9.10)

RESUMO DA LIÇÃO

O trabalho foi projetado por Deus para que desenvolvamos nossos talentos e o sirvamos por meio deles.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA-Gn 2.15

Deus instituiu o trabalho

TERÇA - Gn 3.17-19

O pecado tornou o trabalho árduo

QUARTA - Lc 10.7

O trabalhador deve ser remunerado

QUINTA - Pv 17.2

O servo prudente será honrado

SEXTA - 2 Ts 3.7-9

Trabalhe para não ser pesado ao seu irmão

SÁBADO - Cl 3.22-24

Servimos ao Senhor com nosso trabalho

TEXTO BÍBLICO

Colossenses 3.22-24

22 Vós, servos, obedecei em tudo a vosso senhor segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus.

23 E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens.

24 Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis.

2 Tessalonicenses 3.6-12

6 Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que andar desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu.

7 Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós.

8 Nem. de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós.

9 Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes.

10 Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.

11 Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo coisas vãs.

13 A esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão.

 

INTRODUÇÃO

A palavra "trabalho", a longo da história, ganhou o significado de uma atividade punitiva e desgastante para o ser humano, algo com que somos obrigados a conviver sob pena de não poder nos sustentar ou suprir as nossas necessidades. Mas o que a Palavra de Deus fala sobre o trabalho e de que forma sua mensagem pode nos inspirar a glorificar ao Senhor por meio de nossas atividades profissionais? Veremos nesta lição que a perspectiva divina acerca do trabalho tem por objetivo abençoar a humanidade e dar aos homens o senso necessário de utilidade para esta vida.


I - A PERSPECTIVA BÍBLICA DO TRABALHO

1. O trabalho antes da Queda. A Palavra de Deus nos mostra que, desde o princípio, Deus nos deu o exemplo de uma atividade laborativa criando todas as coisas. Ele mesmo tomou a iniciativa de trazer vida à terra por meio da Criação, e tudo o que podemos ver hoje é fruto do seu trabalho, pois Ele sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1.3). A história da Criação nos apresenta o trabalho como uma ocupação dada para o homem pelo próprio Deus: “E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar" (Gn 2.15).


Desde o princípio, Deus entendeu que o homem deveria ter uma vida produtiva, e seu primeiro trabalho foi junto ao campo, com o objetivo de se ambientar com a natureza e guardá-la. Em hipótese alguma podemos crer que o trabalho foi uma maldição antes do pecado, pois foi Deus que posicionou o homem para essas finalidades, e isso não teve relação alguma com uma prática pecaminosa.


2. O trabalho depois da Queda.

Após a Queda, com o pecado no mundo, o trabalho se tornou mais difícil. Não somente o homem, mas a criação de Deus foi igualmente afetada, e com ela, a interação entre o homem e a natureza por meio do trabalho. Dessa forma, o trabalho humano continuaria, mas ele seria mais difícil: “[...] maldita é a terra por causa de ti: com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá: e comerás a erva do campo.


No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra: porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás" (Gn 3.17-19). Como se não bastasse a morte como consequência, o homem passaria seus dias vendo que o seu trabalho, antes feito aparentemente sem dissabores, agora ser acompanhado de um esforço muito maior, com dores e suor. E por meio do trabalho, o homem ganharia o seu sustento, até que seus dias terminassem. Portanto, o trabalho também foi afetado pela decisão do homem de desobedecer a Deus.


3. O trabalho com o passar do tempo.

De forma inicial, o homem procurou lavrar a terra, e a caça e a pesca se tornaram meios não só de sobrevivência, mas de cumprimento da ordem de Deus, de povoarem e a dominarem, também de mostrarem sua supremacia sobre os peixes, as aves e os animais (Gn 1.28). A partir desses fatores, os homens desenvolveram técnicas com as quais poderiam facilitar suas atividades, bem como instrumentos que os ajudariam em seus afazeres.


Os homens foram formando agrupamentos sociais, e por desprezarem a Deus e suas orientações, o trabalho sofreu distorções que afetaram a todos. A maldade dos homens fez surgir a escravidão e os maus tratos com outras pessoas. A escravidão passou a ser um meio com o qual o trabalho era feito, mas sem a valorização devida tanto para com o ser humano quanto para com a atividade realizada. E foi o Cristianismo, por meio de homens como John Wesley, John Newton e Wilberforce, que lutaram para que esse sistema fosse extinto. No Brasil, a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, foi de autoria de um cristão protestante, Rodrigo Augusto da Silva, Ele apresentou ao Senado a lei, que posteriormente foi aprovada, trazendo o fim da escravidão no Brasil.


Em nossos dias, ao menos nos países desenvolvidos, a escravidão é combatida, e o trabalho é regido por leis bem específicas. Mas em outros, ela ainda é um fator que perdura na cultura. A Palavra de Deus nos mostra também que havia trabalhadores que recebiam por seus salários, e que a escravidão não era uma norma. Jesus menciona que um pai de família saiu de madrugada para pagar os trabalhadores da sua vinha (Mt 20.1). Ele mesmo disse que “digno é o obreiro de seu salário” (Lc 10.7).


II - A RELEVÂNCIA DO TRABALHO

1. Fortalece o nosso testemunho.

A Palavra de Deus elogia as pessoas que se dedicam a ser excelentes profissionais: “Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte" (Pv 22.29). Esse simples testemunho mostra o quanto um bom trabalhador é valorizado: “O servo prudente dominará sobre o filho que procede indignamente; e entre os irmãos repartirá a herança" (Pv 17.2). É certo que ser um bom profissional passa pelo processo de aprendizado e de dedicação. Uma pessoa pode ser bem instruída, mas se não for dedicada, sua ciência jamais se desenvolverá, E o aprendizado vai servir para que a pessoa adquira perícia naquilo que vai fazer. Portanto, é nosso dever estarmos preparados para as demandas profissionais do nosso tempo, mas sempre visando servir a Deus com o conhecimento que adquirimos.


2. Jesus e Paulo.

Dois exemplos bíblicos de trabalho no Novo Testamento são o Senhor Jesus Cristo e o apóstolo Paulo. O Messias é descrito como “homem de dores, experimentado nos trabalhos" (Is 53,3). Jesus foi carpinteiro, profissão que seguiu de seu pai terreno, José: “Não é este o filho do carpinteiro?" (Mt 13.55). Jesus tinha uma vida Laborativa.


Paulo era um missionário fazedor de tendas, ou seja, fazia de sua profissão um meio para se sustentar e falar de Jesus onde estivesse. Esse modelo vem inspirando pessoas que saem de seus países para servir a Deus com suas profissões em regiões que não permitem a entrada de pastores e missionários cristãos para evangelizarem formalmente.


3. O descanso.

Se por um lado aprendemos que o trabalho é necessário; por outro também é preciso valorizar nossos momentos de descanso. Deus descansou de sua obra após ter completado a criação, não porque estivesse cansado, mas para nos dar o exemplo de que o descanso é tão importante quanto o trabalho. Até a salvação é retratada como um momento de alívio e descanso: “Vinda a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Para que cuidemos do nosso corpo, quando estivermos cansados, devemos descansar, e não tomar produtos que alterem nosso sono e nos façam prolongar o tempo em que estamos acordados, pois isso tem um preço para o nosso organismo, O descanso no momento certo é uma das ações mais espirituais de que podemos usufruir em nossa vida nesta Terra.


III - CONSELHOS A RESPEITO DO TRABALHO

1. Não use a fé para deixar de trabalhar.

Um dos maiores erros que um cristão pode fazer é deixar de trabalhar na vida secular para se colocar como um peso para os seus irmãos, Paulo escreveu aos tessalonicenses sobre um grupo de pessoas daquela igreja que estava vivendo de forma desordenada, fugindo do trabalho. Ele diz que quando esteve entre os tessalonicenses, trabalhou para não ser pesado aos irmãos (2 Ts 3.7-9).


Ele recomenda que aquele que não trabalha, também não coma (2 Ts 3.10). Pode ser um mandamento bem radical, mas ele visava trazer ordem para a igreja. A ordem designada por Deus foi que tivéssemos uma vida produtiva. Naturalmente isso não se aplica às pessoas que não podem trabalhar e precisam de ajuda, mas sim aos que podem, mas preferem não o fazer, pois tal atitude desonra o Evangelho.


2. Trabalhe como para o Senhor.

Em um ambiente onde não havia normas trabalhistas que trouxessem equilíbrio ao sistema de trabalho, onde a norma era a escravidão, o apóstolo Paulo orienta que os cristãos sejam diligentes em suas tarefas, independentemente da sua posição na sociedade. O servo crente poderia pensar que não deveria trabalhar com empenho por estar descontente com a sua posição social, mas Paulo ensina que quem trabalha, que trabalhe como se estivesse servindo ao Senhor (Cl 3.23,24).


Se por um lado Deus fala aos servos, Ele também adverte aos senhores: “E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu e que para com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6.9). Certamente havia na igreja pessoas mais abastadas que tinham escravos e que por serem cristãos, deveriam ser ensinados que não poderiam usar sua posição para destratar aqueles que os serviam.


3. Não retires a tua mão.

Um dos conselhos que Salomão dá para quem trabalha é “pela manhã, semeia a tua semente e, à tarde, não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará: se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas" (Ec 11.6). Num ambiente sem a tecnologia da qual dispomos, a opção que o homem da terra tinha era de semear insistentemente. Isso implica ter disciplina e não desanimar com o passar do tempo, pois, as sementes que eram depositadas na terra levavam algum tempo para germinar. Enquanto elas não se desenvolvessem, o agricultor deveria manter um trabalho constante na terra. Da mesma forma, nós devemos ser diligentes em nossas tarefas, pois no tempo certo, haverá a colheita do que plantamos.


CONCLUSÃO

Foi Deus quem instituiu o trabalho, por entender que ele é útil para a humanidade, e que nos faz prosperar e desenvolver nossos talentos, o trabalho é onde passamos ou passaremos a maior parte do nosso tempo, mais tempo até do que com nossas próprias famílias. Portanto, é possível tornar o ambiente de trabalho um ambiente em que Deus pode ser visto pelo nosso testemunho, pela nossa integridade e pela nossa perícia profissional.


HORA DA REVISÃO

1. Quem deu o trabalho ao homem?

2. O trabalho foi uma maldição pelo pecado?

3. O que aconteceu com o trabalho depois da Queda?

4. Cite dois cristãos que lutaram para o fim da escravidão.

5. Segundo a lição, quais os dois exemplos bíblicos de trabalho no Novo Testamento?

Lição 9 Jonas e Miqueias (Lições Bíblicas Juvenis)

 

Lições Bíblicas Juvenis

Lições Bíblicas Juvenis 2° trimestre 2024 – CPAD

ASSUNTO  DO TRIMESTRE: Conhecendo dos Livros dos Profetas

Comentarista: Thiago Santos

| Subsídios Dominical |Lição 9 Jonas e Miqueias


VERSÍCULO CHAVE:

Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?" (Miqueias 6.8).


LEITURA DIÁRIA:

SEG. Jn 11.12 A consequência da desobediência

TER. Jn 1.15-17 Deus envia livramento

QUA. Jn 2.1, 2 Deus ouve a oração no meio da aflição

QUI. Mq 5.2 O Salvador virá de Belém

SEX. Mq 6.13-15 Deus trará juízo ao seu povo

SÁB. Mq 7.18  O Senhor tem prazer na benignidade

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Jonas 1.1-4

1 E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:

2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malicia subiu até mim.

3 E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis: pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do SENHOR.

4 Mas o SENHOR mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava para quebrar-se.

 

Jonas 2.1,2

1 E orou Jonas ao SENHOR, seu Deus, das entranhas do peixe.

2 E disse: Na minha angústia, clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz.


Miqueias 4.1-3

1 Mas, nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do SENHOR será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros, e concorrerão a ele os povos.

2 E irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à Casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém.

3 E julgará entre muitos povos e castigará poderosas nações até mui longe; e converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.

 

CONECTADO COM DEUS

A misericórdia de Deus para com os pecadores muitas vezes parece ser complexa de compreender. A Bíblia revela histórias interessantes de pessoas que cometeram atrocidades, mas, tão logo se arrependeram, receberam o perdão divino. Em contrapartida, há justos que sofreram duras provações. O fato é que Deus conhece o interior humano e trata com cada pessoa de maneira específica. Na lição desta semana, veremos o tratado misericordioso de Deus por meio do profeta Jonas e a promessa de restauração para o povo de Deus anunciada por Miqueias. Através desse estudo, que você possa se sentir impelido pelo Senhor a refletir sobre os seus caminhos e, se necessário, arrepender-se.

 

1. O PROFETA JONAS

1.1. Um profeta nacionalista

0 livro de Jonas inicia-se com a identificação do profeta como filho de Amitai (Jn 1.1). Ele recebeu a comissão de Deus para anunciar o julgamento de Nínive, a principal cidade do Império Assírio. O profeta foi convocado pelo Senhor para anunciar a iminente destruição da cidade, caso esta não se arrependesse. Acontece que a Assíria era uma nação cruel que atuava sempre que podia para prejudicar Israel. O profeta, portanto, fugiu, pois sabia que Deus é misericordioso e, em caso de arrependimento, perdoaria os ninivitas.

Jonas achava que eles não deveriam ser perdoados. Contudo, tal decisão não estava no seu controle. Então, o Senhor fez prevalecer a sua vontade, criando meios para que Jonas cumprisse a tal missão. Os planos de Deus são sempre os melhores e, por isso, devemos obedecer à sua ordem, mesmo que isso signifique renunciar às nossas ambições pessoais.

 

1.2. Uma escolha complicada

Ao receber a ordem divina para cumprir a missão em Nínive, Jonas decidiu seguir na direção oposta. Ele comprou uma passagem para Társis (1.3,4). onde muitos estudiosos atribuem a localização a uma antiga colônia fenícia na Espanha. Entretanto, no meio da viagem, uma grande tempestade se levantou no mar - o que os marinheiros consideravam uma punição divina. Depois de tirarem sorte, Jonas admitiu a sua desobediência e consentiu que o lançassem ao mar. Assim, imediatamente, a tempestade se acalmou (1.11-15). Por misericórdia, Deus enviou um grande peixe que engoliu Jonas e o manteve em seu ventre por três dias (1,17). 0 profeta orou, Deus compadeceu-se dele e deu ordem ao peixe para vomitá-lo na praia. E, finalmente, Jonas levantou-se para cumprira missão. Não podemos fugir da vontade de Deus. Portanto, aprenda com o exemplo de Jonas e seja obediente à ordem divina.

 

2. A PROFECIA DE JONAS

2.1. Tema central da profecia de Jonas

A mensagem central do livro de Jonas é a magnitude da misericórdia divina. A própria história do profeta consiste da mensagem central de seu livro. Jonas fugiu da comissão divina e, por isso, quase morreu. Ao se arrepender dentro do ventre do peixe, em profundas trevas, Deus o concedeu uma nova oportunidade, e ele não desperdiçou.

 

Jonas anunciou durante 40 dias o juízo divino sobre Nínive. Por fim, a cidade se converteu, desde a cúpula até os animais humilharam-se diante do Senhor. Deus, então, prometeu que não os destruiria, pelo menos durante aquela geração. O Senhor é muito misericordioso, mas não podemos desprezar a misericórdia de Deus, muito menos determinar quem a merece ou não.

2.2. A magnitude da misericórdia

Compreender a magnitude da misericórdia divina é aceitar que Deus tem critérios próprios e insondáveis para determinar de quem Ele se compadecerá. Jonas não aceitava o fato de Deus decidir poupar um povo que era inimigo de Israel que já o havia feito mal. Contudo, o Senhor conhecia as profundezas do coração daqueles ninivitas, sua história e ignorância (4.11).

 

No Novo Testamento, observamos muitos que eram pecadores e aos olhos humanos não merecedores da graça divina, mas que diante do encontro com Jesus, receberam perdão e regeneração. A lista é extensa: Mateus, o publicano (Mt 9.9,10): Zaqueu, chefe dos publicanos (Lc 19.1-10); a mulher samaritana (Jo 4.9); Saulo de Tarso (At 9.10-15) e muitos outros. Diante do arrependimento sincero, portanto, Deus não renegou a sua misericórdia ao povo de Nínive.

 

3. O PROFETA MIQUEIAS

3.1. Tema central da profecia de Miqueias

Miqueias apresenta o juízo divino e a salvação messiânica como tema central de seu livro. O profeta é contemporâneo de Isaías e Oseias. Habitante do Reino do Sul, a mensagem de Miqueias é dirigida tanto a Israel quanto a Judá. Além do juízo divino, Miqueias é um dos profetas que anunciam o surgimento do Messias. Ele anunciou que de Belém-Efrata sairia o Senhor em Israel, cujas origens são desde a eternidade (Mq 5.2).

 

O livro aborda a destruição e o exílio como consequências dos pecados de injustiça social corrupção e falsidade dos líderes, sacerdotes e falsos profetas (1.3-7; 2.1-11; 3.1-5,8-11; 6.9-12). Contudo, há também a promessa de que o remanescente experimentaria uma restauração. Mais uma vez, a misericórdia está presente porque Deus não desiste de resgatar o seu povo.

 

3.2. Esperança em tempos de crise

Apesar de o cenário ser de completa destruição em razão dos pecados cometidos pelos Reinos de Israel e Judá, o Senhor manteve uma promessa esperançosa de restauração. Esta seria acompanhada de poder sobre as outras nações (Mq 4.11-13; 718-20), mas o poder seria de ordem espiritual. Chegará o tempo em que 0 Senhor governará o mundo a partir de Jerusalém e será um período de paz, felicidade e santidade. O Reino de Deus será estabelecido quando o Senhor voltar para destruir o mal e formar a justiça (Ap 20.4). Essa esperança deve habitar o coração dos crentes que aguardam a Volta do Senhor Jesus.


PARA CONCLUIR

Deus tem um juízo reservado para cumprir sobre a iniquidade cometida em toda a Terra. Entretanto, Ele espera de seu povo ao menos três atitudes honrosas: praticar a justiça, amar com misericórdia e caminhar com humildade (Mq 6.8). Essa é a vontade de Deus. que precisa ser obedecida e corresponde ao estilo de vida proposto pelo Evangelho. Que Deus nos ajude a cumpri-lo enquanto aguardamos esperançosamente pelo grande Dia da Volta do nosso Senhor Jesus.

 

HORA DA REVISÃO

1. Qual comissão o profeta Jonas recebeu de Deus?

2. Através do exemplo de Jonas, o que podemos aprender sobre os planos de Deus?

3. Qual o tema central da profecia de Jonas?

4. Qual o tema central da profecia de Miqueias?

5. O que Miqueias anunciou sobre o surgimento do Messias?