
Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD
Lições Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD
Lições
Bíblicas Adultos 4° trimestre 2024 CPAD
ASSUNTO: AS PROMESSAS DE DEUS: Confie e Viva as Bênçãos do Senhor
porque Fiel é o que Prometeu
Comentarista: Pastor Elinaldo Renovato
TEXTO ÁUREO
“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12.3)
VERDADE PRÁTICA
Ainda que a queda espiritual tenha ocorrido com Israel, há uma gloriosa promessa ao remanescente fiel.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
– Gn 15.6:
Abraão creu e foi abençoado pelo Senhor
Terça
– Gl 4.25-31:
Isaque, o filho da promessa no Antigo Testamento
Quarta
– Gn 29.32-35:
Jacó, o pai das 12 tribos de Israel que dariam origem à nação
Quinta
– Mt 1.23; Is 7.14:
O Senhor Jesus, o Emanuel, o “Deus conosco”
Sexta
– Mt 1.22-24:
O nascimento de Jesus como cumprimento de uma promessa
Sábado
– Rm 9.3-5:
Cristo, a promessa cumprida do Antigo Testamento
Hinos Sugeridos: 380, 390, 463 da Harpa Cristã
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: Gênesis 12.1 -3; Romanos 9.1-5
Gênesis
12
1
– Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da
casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2
– E iar-te-ei uma grande nação, e abençoar-te- ei, e engrandecerei o teu nome,
e tu serás uma bênção.
3
– E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em
ti serão benditas todas as famílias da terra.
Romanos
9
1
– Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência
no Espírito Santo):
2
– tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.
3
– Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus
irmãos, que são meus parentes segundo a carne;
4
– que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os
concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;
5
– dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre
todos, Deus bendito eternamente. Amém!
INTRODUÇÃO
As
promessas divinas para Israel foram proferidas há mais de 4.000 anos antes do
advento do Senhor Jesus. Tudo começou quando Deus chamou Abrão e fez-lhe
promessas a respeito do divino propósito de formar uma grande nação. Nessa
chamada, está implícita as promessas para Israel como nação ímpar dentre todos
os povos da terra, a fim de, de uma forma especial, cumprir os propósitos
divinos para a humanidade. Por isso, nesta lição, veremos que muitas promessas
de Deus para Israel são irrevogáveis. Elas foram feitas por Deus a Abraão, a
Isaque, a Jacó, a Davi e confirmadas com o advento do Senhor Jesus Cristo.
PALAVRA-CHAVE: Descendência
I – ISRAEL: A PROMESSA DA CRIAÇÃO DE UMA
GRANDE NAÇÃO
1.
“E far-te-ei uma grande nação” (v.2).
Essa
promessa tinha como objetivo mostrar a Abrão o propósito de Deus em formar, a
partir dele, uma grande nação, diferente de todas as outras, a nação de Israel
(Gn 12.2). Ao longo da história, esse propósito se cumpriu de maneira evidente
e poderosa. Quando Deus disse a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, o
patriarca estava com 75 anos, e sua esposa, Sara, era estéril. Anos depois,
Deus renovou a sua promessa de criar uma grande nação a partir de Abraão (Gn
15.4,5).
2.
E abençoar-te- ei, engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção” (v.2).
Deus desejou promover o nome de Abrão numa dimensão jamais imaginada pelo patriarca. Entretanto, a promessa não era meramente materialista. A bênção material deveria carregar um testemunho espiritual: “E tu serás uma bênção” (Gn 12.2). Nenhuma nação teria dúvida de que era Deus que faria isso com Abrão. Era uma promessa por demais significativa, pois Abrão era filho de uma família idólatra (Gn 12.1) e Deus o escolheu para ser pai de um povo que ainda surgiria: o povo de Israel. A história hebreia comprova que o patriarca Abraão foi, de fato, uma grande bênção para os israelitas.
3.
“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”
(v.3).
Essa
foi uma promessa dupla: de bênção e de maldição. Na verdade, Abraão seria uma
grande influência para os que se relacionavam com ele. De modo que Deus
abençoaria os que auxiliassem Abraão e castigaria quem o amaldiçoasse. Esse
evento faria de Abrão uma influência mundial que perduraria em sua posteridade.
Além disso, essa promessa é confirmada em Números: “Benditos os que te
abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem” (24.9).
4.“E
em ti serão benditas todas as famílias da terra” (v.3).
Essa
promessa é considerada uma segunda profecia das Escrituras a respeito do Senhor
Jesus (A primeira está registrada em Gênesis 3.15). Podemos ter essa
confirmação por meio da Carta de Paulo aos Gálatas, em que uma bênção
espiritual viria por meio de um descendente de Abraão, o pai dos israelitas.
Essa bênção diz respeito ao advento do Senhor Jesus Cristo, sua boa notícia
oferecida a todas as nações (Gl 3.8,16; cf. Jo 3.16).
SINOPSE I
A descendência de Abrão seria uma grande
nação, acompanhada de um testemunho espiritual importante.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
PROMESSA
“[…] A mensagem
central do Novo Testamento é que as promessas de Deus no Antigo Testamento
foram cumpridas com a vinda de Jesus Cristo. As numerosas fórmulas de citação
de Mateus são evidências desse tema. Em Lucas 4.16-21, Jesus pronuncia o
cumprimento da promessa de Isaías (sobre o ministério do Messias, Is 61.1-3) na
sua própria vida. O livro de Atos declara especificamente que o sofrimento e
ressurreição de Jesus e a vinda do Espírito Santo são o cumprimento das promessas
do Antigo Testamento (At 2.29-31; 13.32-34). A identidade de Jesus como
descendente de Davi (At 13.23) e como profeta semelhante a Moisés (At 3.21-26; Dt
18.15-18) também é considerada o cumprimento do Antigo Testamento. A visão de
Paulo sobre as promessas de Deus está resumida nesta declaração: (Porque todas
quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém, para a glória de
Deus, por nós” (2Co 1.20). De acordo com Romanos 1.2,3, Paulo considera o
evangelho como a mensagem que Deus antes havia prometido pelos seus profetas
nas Santas Escrituras, acerca de seu Filho. Romanos 4 descreve a fé de Abraão
em termos da sua confiança nas promessas de Deus, o que leva à sua justiça.
Apresenta-o também corno nosso modelo de fé nas promessas de Deus. A famosa
expressão segundo as Escrituras em 1 Coríntios 15.3,4 é, em certo sentido,
entendido por Paulo como o cumprimento das promessas de Deus a respeito da
morte e ressurreição de Cristo” (LONGMAN III, Tremper. Dicionário Bíblico
Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023).
II – OUTRAS PROMESSAS A ISRAEL
1.
A promessa de um filho a Abraão.
Além
das solenes promessas de Deus a Abraão, o Senhor prometeu-lhe um filho. A
promessa pareceu estranha ao patriarca, pois como vimos anteriormente, ele era
avançado em idade, sua esposa também, além dela ser estéril. O pai da fé
argumentou com Deus que provavelmente seu servo, Eliezer, seria seu herdeiro.
No entanto, o Senhor asseverou-lhe que não. Deus iria cumprir a sua grandiosa
promessa na vida de Abraão (Gn 15.4-6). O filho da promessa, portanto, seria
Isaque (Gn 21.1-7).
2.
A promessa de um filho a Isaque.
Deus
não se esquece de suas promessas. Após a morte de Sara, Abraão casou-se com
Quetura. Ele tinha mais de 100 anos e teve seis filhos com ela (Gn 25.1-5).
Antes de morrer, Abraão providenciou uma esposa para Isaque, por intermédio de
Eliézer, seu servo. Este foi à Mesopotâmia, e lá, por direção de Deus,
encontrou uma esposa, Rebeca, para o filho de seu senhor, e a levou a Isaque€,
que se casou com ela. No tempo próprio, ela deu à luz a dois filhos gêmeos:
Esaú e Jacó (Gn 25.24-26).
3.
A promessa renovada.
O
Senhor falou com Jacó e reiterou a promessa feita a Abraão, de que lhe daria
aquelas terras (Gn 26.3,4). Isaque foi considerado o herdeiro da promessa (Hb
11.17-19) e, por isso, antes de morrer concederia bênçãos para seus filhos.
Esaú perdeu seu direito de primogenitura, pois o trocou por um prato de comida
(Gn 27.30-34). Orientado por seu pai, Jacó foi à casa de Labão, onde se casou
com Raquel, que era estéril (Gn 28.1,2; 29.28). Por estratégia de Labão, Jacó
se uniu com Léia e teve seis filhos com ela (Gn 29.21-27).Mais tarde, Deus
abriu a madre de Raquel e esta concebeu dois filhos. Com sua serva, Bila, Jacó
teve dois filhos; com Zilpa, serva de Leia, mais dois filhos; perfazendo às 12
tribos de Israel (Gn 29.32-35; 30.1-26); e teve mais uma filha, com Leia, Diná
(Gn 30.20-21).
4.
Promessa do Reino do Messias.
Por
intermédio do profeta Isaías, Deus falou que o Messias nasceria da descendência
de Jessé, pai de Davi, para redimir Israel e a humanidade. Por isso, o Senhor
Jesus é chamado de “O Filho de Davi” (Lc 18.37-4o), o “Emanuel”: “Eis que a
virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de
EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mt 1.23; cf Is 7.14).
SINOPSE II
As promessas feitas a Abrão culminam na
promessa de que o Messias viria para redimir Israel e a humanidade de seus
pecados.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
OS FILHOS DE DEUS PELA FÉ (Gl 3.24-4.7).
“[…] Se todos os
crentes estão se tornando semelhantes a Cristo, se todos os crentes professaram
a fé e se uniram ao corpo de Cristo, então esta união deixa de lado todas as
outras diferenças superficiais. Embora seja verdade que no corpo de Cristo,
judeus, gentios, escravos, livres, homens e mulheres ainda conservam as suas
identidades individuais, Paulo exalta a sua unidade todos vós sois um em Cristo
Jesus. Todos os rótulos tornam-se secundários entre aqueles que têm a Jesus em
comum. […] Tornar-se filho de Deus (Gl 3.26) e tornar-se um em Cristo (3.28)
significa que aqueles que são de Cristo são descendência de Abraão. Os judeus
acreditavam que eram automaticamente o povo de Deus porque eram descendentes de
Abraão. Paulo concluiu que os filhos espirituais de Abraão não eram os judeus,
nem aqueles que tinham sido circuncidados. Os filhos de Abraão são aqueles que
respondem a Deus com fé, como Abraão tinha feito. A única diferença é que a
nossa resposta deve ser a Cristo, como Salvador. Como nós respondemos
positivamente, nós somos herdeiros. Em outras palavras, todas as promessas que
Deus fez a Abraão pertencem a nós. Respondendo a Cristo com fé, nós seguimos o
antigo caminho de Abraão, um dos primeiros justificados pela fé. Ele confiou em
Deus, e nós também. Mas a nós foi acrescentada a oportunidade de valorizar o
preço que Cristo teve que pagar para assegurar a nossa participação na
promessa” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de
Janeiro: CPAD , 2009, pp. 282, 283).
III - A PROMESSA DE SALVAÇÃO PARA ISRAEL
1.
A queda de Israel.
O
Novo Testamento mostra claramente a queda de Israel. A nação não conseguiu
exercer o papel de nação sacerdotal no meio de outras nações (Lc 21.24). Por
isso, os capítulos 9-11 da Epístola de Paulo aos Romanos trata de algumas
questões que muitos cristãos dos dias atuais se fazem hoje: Como as promessas
de Deus para Israel podem permanecer válidas hoje? Elas foram revogadas? De
fato, Israel permanece em rebelião contra Deus porque a nação não reconheceu o
Senhor Jesus como o seu Messias verdadeiro (Rm 9.30-31; 11.11-15).
2.
A tristeza de Paulo por Israel.
O
capítulo 9 de Romanos revela a demasiada tristeza do apóstolo pelos judeus que
não conhecem a Cristo (2 Co 9.22). Sim, os judeus que não conhecem a Cristo
estão em uma situação muito difícil, pois o Senhor Jesus descende diretamente
deles, segundo a carne (Rm 9.5). Esse sentimento de tristeza e, ao mesmo tempo,
uma atitude piedosa de sofrer pela salvação dos judeus, deve ser um compromisso
permanente de cada cristão para a evangelização dos judeus (Mt 23.32).
3.
Promessa de salvação a Israel.
“Quando
orava por Israel, o apóstolo expressava o seguinte: “dos quais é a adoção de
filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos
quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos,
Deus bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.3-5). Essas qualificações mostram que
Deus cumpre a sua palavra, prometida àqueles homens que o buscam em
sinceridade. Por isso, a Bíblia assegura que Israel será salvo, ainda que não
totalmente. A Bíblia diz que esse povo será chamado de (‘filhos do Deus vivo”
(Rm 9.26); que “o remanescente fiel de Israel” será salvo (Rm 9.27). O
Libertador que virá de Sião fará isso (Rm 11.26).
SINOPSE III
A Bíblia assegura que o remanescente fiel
de Israel será salvo pelo libertador que virá de Sião.
CONCLUSÃO
As
promessas de Deus para Israel não podem falhar. O que Deus prometeu a Abrão, a
Isaque e a Jacó se cumpriu em parte; e terá seu cumprimento pleno nos tempos
futuros, quando o Senhor Jesus voltar em Glória e implantar o seu glorioso
Reino do Milênio. Lembremos da Palavra de compromisso do Senhor: “Ainda antes
que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos;
operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13).
REVISANDO O CONTEÚDO
1-
Quantos anos Abrão tinha quando Deus disse que ele seria uma grande nação?
Quando
Deus disse a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, o patriarca estava
com 75 anos.
2-
Que promessas Deus fez a Abraão acerca de outros povos?
A
bênção material deveria carregar um testemunho espiritual: “E tu serás uma
bênção” (Gn 12.2 ). Nenhuma nação teria dúvida de que era Deus que faria isso
com Abrão.
3-
Qual foi a promessa que o Senhor reiterou a Jacó?
A
história hebreia comprova que o patriarca Abraão foi, de fato, uma grande
bênção para os israelitas.
4-
Por que Esaú perdeu o direito de primogenitura?
Esaú
perdeu seu direito de primogenitura, pois o trocou por um prato de comida (Gn
27.30-34)
5-
O que Romanos 9 demonstra?
O
capítulo 9 de Romanos revela a demasiada tristeza do apóstolo Paulo pelos
judeus que não conhecem a Cristo (1 Co 9.22).
TEXTO ÁUREO
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” Mateus 28.19
VERDADE APLICADA
Cada membro do Corpo de Cristo esteja comprometido em fazer discípulos e na edificação uns aos outros, para o crescimento do Corpo e a glória de Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Revelar o verdadeiro papel da Igreja no mundo.
Falar sobre o dever da igreja de edificar seus membros.
Destacar a Igreja como representante de Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIAS
ATOS 13
1 E, na Igreja que estava em Antioquia, havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
4 E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Mt 28.19-20 A missão de evangelizar e discipular.
TERÇA | Mc 16.15 A missão de pregar o Evangelho a todos.
QUARTA | At 2.37-41 As primeiras conversões.
QUINTA | At 8.1-25 O Evangelho em Samaria.
SEXTA | 1 Co 12.12-31 A unidade dos membros do corpo.
SÁBADO | Ef 4.1-16 A unidade da Fé.
HINOS SUGERIDOS: 12, 15, 16
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore pela evangelização local e transcultural.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- Missão para com o mundo
2- Missão consigo mesma
3- Missão para com Deus
Conclusão
INTRODUÇÃO
Para nosso propósito, focaremos em três aspectos da missão da Igreja: a relevância da missão da a Igreja em relação ao mundo, em relação a Deus e em relação a si mesma.
1. MISSÃO PARA COM O MUNDO
Cristo, de forma sucinta, mas bem clara, revela o escopo da missão evangelizadora da Igreja no mundo
1.1 Evangelizar o mundo.
Em Atos 1.8, temos a visão de atuação da Igreja tanto no aspecto local, quanto mundial. Os estágios são: Jerusalém (cidade), Judéia (estado), Samaria (país), e confins da terra (mundo). A partir da Igreja local, a vontade de Cristo é que ela alcance o mundo. Em um único versículo Cristo sintetiza a relevância da missão da Igreja. Notemos que não se trata de completar a evangelização local para depois ir a outros locais. Mas, sim, que a Igreja inicia onde está e, simultaneamente, promove o anúncio do Evangelho em outras regiões. Ela deve agir localmente e ter uma cosmovisão, ou seja, uma visão de mundo. Algo que desejamos enfatizar é que a missão da Igreja é corporativa. Somente com o somatório de esforços de todos os seus membros é que ela pode efetuar sua missão. Isto posto, compreendemos a importância de ser membro da Igreja.
Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical – 3° Trimestre de 2017, p. 52): “Os obreiros de Cristo não podem se lançar ao trabalho sem o poder do Espírito Santo. Para a execução da obra missionária, a partir de Jerusalém, Deus prometeu uma capacitação do alto para a Sua Igreja [At 2.33; Gl 3.14]. Existe um governo organizado e pronto para impedir o avanço missionário [Ef 6.10-12]. Por esse motivo, a obra missionária não pode ser feita de qualquer maneira. Essa é uma obra na qual lidamos com almas, cujos resultados são eternos.’
1.2. Evangelização local.
Refere-se à missão evangelizadora da Igreja em cuja área geográfica ela se encontra inserida. Casas, famílias, comércios, escolas, ou seja, todo segmento organizado, e até indivíduos, são de sua responsabilidade a comunicação da mensagem salvadora do Evangelho na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Temos o exemplo da Igreja de Jerusalém, que será sempre, nesse estudo, uma referência para nós. Ela alcançou o mudo dos seus dias com a pregação do Evangelho, mas não se esqueceu do seu contexto local. Em Atos 5.28, temos um testemunho da sua poderosa ação evangelística. O texto “encheste Jerusalém dessa doutrina” significa que os crentes daquela Igreja fizeram com que todos os habitantes da grande cidade de Jerusalém ouvissem a Palavra de Deus e isto em meio a muita oposição. Será que podemos afirmar que nossa região está cheia da doutrina de Cristo? Temos que repensar isso, porque é a Igreja local, conforme veremos, que dá suporte à evangelização mundial.
Bispo Samuel Ferreira (Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 1996): “O Senhor Jesus, antes de ser assunto ao céu, estabeleceu para a Igreja os limites para a evangelização, iniciando por Jerusalém e indo até os confins da terra [At 1.8]. Uma vez possuindo o poder, os discípulos saíram a anunciar Jesus, mesmo debaixo de proibição [At 4.17-20], cumprindo assim o plano divino para a Igreja. Jesus dera ordem que a evangelização começasse primeiro em Jerusalém [Lc 24.47]. Isto foi uma orientação importante, pois a obra missionária precisa ser desenvolvida no campo da Igreja local.”
1.3. Evangelização mundial.
É comumente conhecida como missão, ou seja, uma evangelização transcultural, cuja finalidade é alcançar outros povos, isto é, os confins da terra, conforme orienta o texto bíblico. De forma simplificada, existem três formas de fazer missões: orando, contribuindo e indo ao campo missionário.
Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical – 3° Trimestre de 2017, p. 56): “O grande legado missionário foi transmitido para nós através do exemplo vivo de homens que entregaram suas vidas à causa do Mestre. Graças à sensibilidade desses homens ao Espírito Santo e à compaixão pelos perdidos é que o Evangelho atravessou séculos e chegou até nós [At 13.49, 52]. Agora, precisamos ter um coração pronto para obedecer ao chamado de Deus: fazer Missões. Inicie fazendo o que está ao seu alcance. Apresente- -se ao seu pastor local e coloque-se à disposição. Distribua folhetos evangelísticos, participe da comissão de visitas, busque informações missionárias, contribua, ore. Você testemunhará as maravilhas do Senhor.”
EU ENSINEI QUE:
Cristo, de forma sucinta, mas bem clara, revela o escopo da missão evangelizadora da Igreja no mundo.
2. MISSÃO CONSIGO MESMA
O segundo aspecto da missão da Igreja é com relação a si mesma, já que tem o precípuo dever de edificar seus membros. O apóstolo Paulo falou repetidamente sobre a edificação do Corpo. De acordo com Efésios 4.16, a edificação da Igreja é a tarefa mútua realizada por todos os membros do Corpo e não somente pelo pastor ou ministro. Isso mostra a importância fundamental de ser membro atuante de uma Igreja local.
2.1. Edificar seus membros.
Por meio da comunhão, edificamos uns aos outros: “De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.” [ 1 Co 12.26] . Enquanto a dor é diminuída, a alegria é aumentada através do compartilhamento, isso gera edificação. A Igreja também edifica seus membros por meio da instrução e do ensino. Além disso, a Igreja edifica seus membros por meio da disciplina [Mt 18.15-17].
Pr. Sergio Costa (Livro “Igreja” – Editora Betel, 2019): “Uma das características da Igreja do Senhor é o discipulado. Todo crente em Jesus é chamado para ser um discípulo de Cristo. (…) Se a obrigação da Igreja é aprender de Jesus através de Sua Palavra, é obrigação desta o ensino das verdades de Deus.”
2.2. Cuidar dos seus membros.
Presente nas diversas funções da Igreja, está a responsabilidade de realizar atos de amor e bondade, tanto para cristãos, quanto com os descrentes. Sendo que devemos priorizar os domésticos da fé [Gl 6.10]. Está evidente que Jesus Cristo preocupava-se com as necessidades não somente espirituais, mas físicas também das pessoas. Ele é nosso exemplo maior e devemos segui-Lo.
Pr. Marcos Sant’Anna (Livro “Aperfeiçoamento cristão” – Editora Betel, 2018): “Como membros do Corpo de Cristo, temos que estar comprometidos com a responsabilidade de cuidar uns dos outros [ 1Co 12.25; Gl 5.13] . Não é tarefa apenas dos que lideram ou fazem parte do ministério da Igreja local, mas de todos que têm o Espírito Santo. Assim, há edificação, crescimento e o Senhor Deus é glorificado.”
2.3. A missão social da Igreja.
Sabemos que a Igreja não consegue fazer frente a todos os desafios sociais de nossos dias, mas, nem por isso, ela pode se omitir de estar ativa nessa importante área, dando sua contribuição a fim de minimizar os sofrimentos das pessoas e revelar o Deus que serve [Mt 5.16]. O apóstolo Tiago afirma que a omissão nessa área é demonstração de que nossa fé é morta [Tg 2.15-17] . Em 1 João 3.17-18 diz que a demonstração de que amamos a Deus é quando amamos os irmãos.
Pr. Alex Cardoso (Revista Betel Dominical – 1° Trimestre de 2006) comentou sobre a fé genuína que se transforma em solidariedade: “De que vale a fé que presencia o sofrimento alheio e não se dispõe a acudir aos necessitados? Algumas pessoas, entre as classes mais pobres, literalmente não sabem de onde lhes virá sua próxima refeição, e, muito menos, como poderão passar o mês. (…) Deveríamos fazer uma espécie de provisão para elas, a fim de amenizar a desigualdade social em nosso meio [At 2.42-47]. O fato que o autor sagrado menciona o “mantimento cotidiano” [Tg 2.15] mostra-nos que o caso suposto na história é “urgente"; exigindo ações imediatas e generosas. No entanto, o cristão de “crença inoperante” não se sensibiliza com a penúria alheia. Quer dê, quer não dê, sente-se “seguro” em sua salvação. Impressões sentimentais passivas, diante da miséria, quando não se transformam em ações ativas de socorro, apenas endurecem o coração.”
EU ENSINEI QUE:
A Igreja tem o precípuo dever de edificar seus membros.
3. MISSÃO PARA COM DEUS
A missão da Igreja para com Deus consiste em edificar um templo espiritual para adoração a Deus.
3.1. Adoração no Velho Testamento.
A adoração no Antigo Testamento acontecia de diversas formas e em vários locais diferentes. Começou com os rústicos altares que eram erguidos por homens piedosos nos quais se ofereciam sacrifícios e Deus se agradava dos mesmos [Gn 8.20-21]. O patriarca Abraão era um construtor de altares [Gn 12.8; 13.18]. De igual modo, Isaque e também Jacó adoravam a Deus por meio dos altares que erguiam. A adoração a Deus também ocorria no tabernáculo portátil construído sob as ordens de Deus [Êx 40.34]. O grande rei Salomão construiu um majestoso templo em Jerusalém, que se tornou o centro da adoração nacional e a glória de Deus veio habitar nele [2Cr 7.1-2]. Mas os altares não existem mais, nem o tabernáculo; e o templo foi totalmente destruído. Na atual dispensação Jesus Cristo veio restaurar a verdadeira adoração [Jo 4.23].
Revista Betel Dominical — 4° Trimestre de 2016 – comentário sobre o vocabulário bíblico para adoração: “(…) “Latreia”; cujo significado principal é “serviço” ou “culto”: Denota o serviço prestado a Deus pelo povo inteiro ou pelo indivíduo. Em outras palavras, é o serviço que se oferece à divindade através do culto formal, ritualístico e através do oferecimento integral da vida [Êx 3.12; Dt 6.13; Mt 4.10; Lc 1.74; 2.37; Rm 12.1]. “Liturgia ; palavra composta por outras duas de origem grega, que são: “povo” (laós) e “trabalho” (érgon). O termo significa “serviço do povo” No Antigo Testamento, referia-se ao serviço oferecido a Deus pelo sacerdote, quando esse apresentava o holocausto sobre o altar de sacrifícios [Js 22.27; 1Cr 23.24, 28]. O termo “proskynein”; originalmente, significava “beijar”: No Antigo Testamento, significa “curvar- -se”, tanto para homenagear homens importantes e autoridades, como para “adorar” a Deus [Gn 24.52; 2Cr 7.3; 29.29; Sl 95.6].”
3.2. Constituindo uma casa para habitação de Deus.
Lemos em Efésios 2.22: “No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito”: A Igreja é o grande templo que está sendo edificado para Deus habitar e ser adorado nele. No sentido coletivo, a Igreja é simbolizada por um templo e no sentido individual cada cristão é um templo para habitação de Deus [ 1Co 3.16]. Portanto, a adoração não ocorre somente no ambiente no templo, como disse Jesus: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” [ Jo 4.23]. A adoração a Deus, portanto, é um estilo de vida, independentemente de onde o adorador se encontra [ 1 Co 10.31].
Livro “Adoração e louvor” – Editora Betel, 2016: “Um dos conceitos que precisam ser resgatados com urgência máxima é o da universidade da adoração. Não podemos adorar se cairmos no equívoco de achar que a adoração genuína só é encontrada onde nós estamos. Adoração não é um produto exclusivo de um determinado povo, Igreja ou cultura. Adoração é fruto que nasce no coração quebrantado, esteja essa pessoa em qualquer país do mundo, em qualquer cultura.”
3.3. Seguindo o exemplo da Igreja Primitiva.
A Igreja Primitiva estava longe de ter a estrutura que temos hoje, mas sua adoração era efusiva. Eles partiam o pão de casa em casa, tomavam refeições com alegria e singeleza de coração, isto é, uma adoração de coração e contando com a simpatia do povo, ou seja, sua adoração e estilo de vida influenciavam o povo ao seu redor [At 2.47].
Livro “500 anos da Reforma Protestante e suas lições para a Igreja atual” – Editora Betel, 2017: “Não podemos perder mais tempo. É hora de clamarmos pela intervenção de Deus [Sl 119.126]. É hora de a Igreja unir-se em oração e rasgar o coração numa volta sincera e profunda para Deus. É hora de clamarmos por um avivamento que nos sobre, que nos leve de volta ao altar, que crie no nosso coração sede de Deus e compromisso com a santidade:’
EU ENSINEI QUE:
A missão da Igreja para com Deus consiste em edificar um templo espiritual para adoração a Deus.
CONCLUSÃO
Que o Espírito Santo nos ajude a cada dia para não nos desviarmos do propósito de Deus para com o Seu povo revelado nas Escrituras: aperfeiçoamento (ou preparo) dos santos [Ef 4.12] para fazer discípulos de todas as nações, que sejam agentes de edificação uns dos outros, para que Deus seja em tudo glorificado, até a volta de Jesus Cristo.
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