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Lição 10 - Proteção Contra o Descontentamento

escola dominical jovens

Lições Bíblicas Jovens 4° trimestre 2024 CPAD

ASSUNTO: ALCANCE UM FUTURO FELIZ E SEGURO: Conselhos de Salomão no livro de Provérbios: Um convite à sabedoria e às promessas de proteção.

Comentarista: Marcelo Oliveira

Em breve a lição Lição 10 - Proteção Contra o Descontentamento completa estará nesta página.

Enquanto isso, acesse a lição desta semana AQUI

Lição 9 - Protegendo a Sua Boca [Classe dos Jovens]

Lições Bíblicas Jovens 4° trimestre 2024 CPAD | Data: 1 de Dezembro de 2024

Lições Bíblicas Jovens 4° trimestre 2024 CPAD | Data: 1 de Dezembro de 2024

TEXTO PRINCIPAL

“Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” (Pv 25.11)


RESUMO DA LIÇÃO

A fala acompanhada de mansidão, agradabilidade e temperança revela a sabedoria que vem do alto.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Mt 5.9

Usando a linguagem de maneira suave e mansa

TERÇA – Tg 3.3-5

A linguagem adequada

QUARTA – Mc 7.20-23

A linguagem coerente com a ação

QUINTA – CI 4.6

Palavras temperadas com sal

SEXTA – Tg 1.19

Prontos para ouvir e tardios para falar

SÁBADO – Mt 23.1-3

O nosso viver deve revelar o nosso falar

 

OBJETIVOS

MOSTRAR as diferenças entre a boca do tolo e a do sábio;

RECONHECER as características da linguagem de uma pessoa tola;

CONSCIENTIZAR da necessidade de se proteger a língua.

 

INTERAÇÃO

Professor (a), nesta lição estudaremos, de acordo com o livro de Provérbios, a maneira sábia de usarmos a nossa boca. O que falamos diz muito sobre quem somos. Vivemos tempos difíceis e precisamos, mais do que nunca, aprender a guardar a nossa língua. Por meio desse órgão tão pequeno do nosso corpo podemos abençoar e edificar a vida de muitos, mas também podemos ferir e até “matar”, inclusive, a nós mesmos. Peça ao Senhor que Ele conceda a você e seus alunos sabedoria para ter uma linguagem sã, irrepreensível e que edifica. Proteger a boca é tão importante quanto guardar o coração, até porque a boca fala do que o coração está cheio. Que venhamos buscar a sabedoria do alto, cuidando da nossa língua, buscando sempre glorificar o Senhor em tudo. Lembre-se: a maneira como você fala com seus alunos revela o que você pensa, sente e deseja.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), reproduza a tabela abaixo no quadro e veja, juntamente com os alunos, quando a nossa fala é motivada por Deus e quando ela é motivada pelo Diabo.

 

QUANDO A FALA É MOTIVADA POR DEUS

QUANDO A FALA É MOTIVADA PELO DIABO

Pureza

Amargo ciúme

Paz

Ambição egoísta

Consideração pelo outros

Preocupação e ambientes terrenos

Submissão

Pensamentos e ideias não espirituais

Misericórdia

Desordem

Sinceridade, imparcialidade

Males

Bondade

Tristeza e dores

 

TEXTO BÍBLICO

Provérbios 10.11-14; 15.1-4,7,14; 17.27,28.

Provérbios 10

11 A boca do justo é manancial de vida, mas a violência cobre a boca dos ímpios.

12 O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.

13 Nos lábios do sábio se acha a sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de entendimento.

14 Os sábios escondem a sabedoria, mas a boca do tolo é uma destruição.

 

Provérbios 15

1 A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.

2 A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos derrama a estultícia.

3 Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.

4 Uma língua saudável é árvore de vida, mas a perversidade nela quebranta o espírito.

7 Os lábios dos sábios derramarão o conhecimento, mas o coração dos tolos não fará assim.

14 O coração sábio buscará o conhecimento, mas a boca dos tolos se apascentará de estultícia.

 

Provérbios 17

27 Retém as suas palavras o que possui o conhecimento, e o homem de entendimento é de precioso espírito.

28 Até o tolo, quando se cala, será reputado por sábio; e o que cerrar os seus lábios, por sábio.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos o que a Palavra de Deus nos ensina a respeito da maneira de usarmos a nossa boca. O que dizemos para outra pessoa diz muito do que nós somos, por isso que a Bíblia dá muita importância à forma que devemos falar com o outro. Sim, há grande ensinamento bíblico que visa nos ensinar a como proceder com a nossa língua. Por meio dela podemos abençoar e edificar a vida dos que se encontram ao nosso redor, mas também podemos trazer prejuízos irreparáveis, inclusive, a nós mesmos. Que Deus nos dê sabedoria para falarmos em seu nome.

 

I - A BOCA DO SÁBIO E A BOCA DO TOLO

1. O modo de falar do sábio e do falto de entendimento.

O capítulo 10 de Provérbios traz um contraste entre o sábio e o tolo. Os versículos 11 a 14 apresentam o contraste mais específico entre o modo sábio de falar e o tolo. Por exemplo, enquanto o tolo apresenta um discurso indisciplinado, terreno e contencioso, o sábio apresenta um discurso disciplinado, celestial que promove vida (Pv 10.11). Por isso, é próprio do sábio tolerar as difamações e perdoar o que lhe fazem mal (Pv. 10.12), mas o falto de entendimento não perdoa, muito pelo contrário, se inflama e produz palavras torpes, que incendeiam o ambiente e levam à confusão (Pv 10.13.14).

 

2. O que os lábios falam e o coração 2 busca?

O capítulo 15 de Provérbios, especificamente dos versículos 1 a 20, mostra como é a língua do sábio. Em primeiro lugar, a palavra branda proveniente dos lábios do sábio desviará o furor (v.1). Essa palavra revela um espírito humilde, mais terno, por isso a linguagem do sábio sempre é adornada de sabedoria, ponderação e bom senso, enquanto a língua do tolo é cheia de ira e insensatez (v.2). Dessa forma os olhos do Senhor contemplam tanto os maus e bons. principalmente a forma como usamos a linguagem (v.3). Então, sabedores de que Deus os contempla, os sábios derramam o conhecimento por meio da linguagem, pois o seu coração busca sinceramente a sabedoria; e diferentemente do sábio, o tolo derrama tolices, tortuosidades por meio de sua linguagem, pois seu coração é completamente indiferente à busca do que faz bem à alma e eleva o pensamento (vv.7.14).

 

3. É possível controlar a língua.

Provérbios 17.27.28 nos mostra o valor de uma fala ponderada, disciplinada e cuidadosa. Saber calar, principalmente no presente século, é uma das disciplinas mais importantes para quem busca desenvolver um espírito manso, suave e pacífico (Mt 5.9). Por isso, o sábio expressa o seguinte: “retém as suas palavras” (v.27). Assim, faz parte da linguagem de uma pessoa de bom entendimento fazer uso da língua no tempo certo, no ambiente adequado, pois isso está relacionado com um espírito precioso (v.27). E a prática de calar é tão “poderosa” que até o tolo sai por sábio se assim o fizer (v.28). Saber usar a linguagem de maneira adequada é um ato de sabedoria (Tg 3.3-5).

 

PENSE! O modo de falar do sábio é ponderado, disciplinado e educado.

PONTO IMPORTANTE! O modo de falar do tolo é incendiário, destrutivo e espalhafatoso.

 

SUBSÍDIO 1

Professor (a), explique aos alunos que Salomão tinha muito a dizer a respeito do que dizemos. Na verdade, língua, boca, lábios e palavras aparecem aproximadamente 150 vezes no livro de Provérbios. Em média, uma referência à fala aparece cinco vezes em cada um dos trinta e um capítulos. Isso me parece um assunto mencionado que frequentemente exige uma atenção adicional no exame do livro de Provérbios. Você pode reconhecer que esta é uma cópia contrastiva: ela menciona “os sábios em contraste com os “tolos”. Curiosamente, os dois tipos de pessoas se revelam aos outros pela maneira como usam suas línguas. Você e eu percebemos, naturalmente, que o problema não está na boca, mas no coração da pessoa, lá no fundo de nós. Jesus ensinou, “o homem bom do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45). Da mesma maneira como um balde extrai água de um poço, também a língua mergulha e extrai o que quer que esteja enchendo o coração. Se a fonte está limpa, isso é o que a língua transmite. Se está contaminada, a língua evidenciará isso.”

(Adaptado de SWINDOLL, Charles R. Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro: CPAD, 2013. p. 83.)

 

II - A LINGUAGEM DE UMA PESSOA TOLA

1. O que a linguagem revela?

Os textos que meditamos (Pv 10; 15; 17) no tópico anterior fazem um claro contraste entre a linguagem do sábio e a do tolo. A Palavra de Deus nos mostra que a linguagem que expressamos revela o que se encontra dentro, no interior, isto é, revela o que estamos pensando, sentindo e desejando (Mc 7.20-23). Esse fato pode ser constatado na discussão a respeito das funções de uma língua em que “a comunicação do pensamento” se revela como uma função básica. Logo, quando uma pessoa é insensata, ela se revela por meio da linguagem, quer nas manifestações verbais quer nas não verbais.

 

2. A língua do tolo.

Os textos que estudamos revelam a linguagem do tolo como palavras que no lugar de construir, destroem; no lugar de estimular a mansidão, estimula a ira; no lugar de trazer a paz, produz violência; no lugar de estimular a prudência e a sensatez. estimula a insensatez e uma ação desgovernada. Por isso, na Carta de Tiago, a língua é apresentada como cheia de “peçonha mortal“, ou seja, de veneno, malícia e perversidade (Tg 3.8). Ora, a língua tem uma capacidade imensa de causar mal às pessoas. Por isso, cabe aos que buscam a sabedoria do alto terem plena consciência do mal que se pode causar aos outros por meio do mau uso da fala.

 

3. O que acontece quando nos comunicamos insensatamente? Quando comunicamos algo, nos dirigimos a alguém ou comunicamos a respeito de alguém. Isso significa que o outro está diante de nossa fala. Comunicamos para alguém que está diante de nós. Por isso que o nosso Senhor disse que quem chamasse um irmão de “louco”, como um ato proveniente da cólera ou da ira, seria preso no juízo (Mt 5.22). Isso porque, por meio da palavra, podemos entristecer ou ferir a outra pessoa; por meio da palavra, podemos criar um ambiente pesado, obscuro e intragável: por meio da palavra, pessoas podem adoecer, fragilizar-se. Entretanto, por meio da palavra tudo isso pode ocorrer de maneira oposta, começando por viver em seriedade o que o apóstolo Paulo aconselha em sua carta: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Cl 4.6).

 

PENSE! O que o tolo expressa em palavras?

PONTO IMPORTANTE! O tolo expressa em palavras o que domina o seu pensamento, sentimentos e desejos.

 

SUBSÍDIO 2

“A verborragia é o costume de falar demais, dizendo pouco. As pessoas que são verborrágicas normalmente se sentem impelidas a comentar sobre toda e qualquer coisa, seja porque temem o silêncio ou porque creem sinceramente, que uma conversa sem sentido é melhor que nenhuma. Assim, essas pessoas enchem o abençoado silêncio com conversas vazias. Interrompem sem hesitação. Falam primeiro e pensam depois… se é que pensam! E. com tudo o que falam, não ouvem. Há alguns anos, descobri que é praticamente impossível aprender alguma coisa enquanto estou falando. Isso, sem dúvida, é verdade, para qualquer pessoa. Assim, em vez de encher um vazio conversacional com uma tagarelice desnecessária, use o tempo que você tiver com os outros para ouvir bem, para entender mais a respeito deles. Faça perguntas que peçam respostas abertas, até encontrar um tema que os motive. Muito frequentemente, a conversa terá uma reviravolta significativa quando as pessoas descreverem o seu campo de interesse e explicarem por que o consideram emocionante e estimulante. À medida que permitirem a sua entrada no mundo delas, você terá a oportunidade de aprender e adquirir conhecimento de algum campo do conhecimento e experiência dessa pessoa. Depois de algum tempo, não terá meramente conversado: você terá se conectado. Esperamos que o exame que estamos fazendo a respeito da língua encoraje você a exercer mais controle sobre esse poderoso músculo de sua boca.” (Adaptado de SWINDOLL, Charles R. Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro: CPAD, 2013. p. 83.)

 

III - PROTEGENDO A LINGUAGEM DE UMA PESSOA SÁBIA

1. A fala do sábio.

A nossa sociedade é marcada por pessoas que falam de maneira descompromissada. Falam uma coisa e fazem outra. Pensam uma coisa e sentem outra; ou seja, estão completamente desajustadas, desorganizadas. Uma das características da sabedoria cristã que encontramos nos capítulos de Provérbios em estudo é que a fala do cristão deve ser plenamente coerente com o que pensa e faz (Pv 10.11; 15.4; 17.27). Nosso Senhor era assim, pois o que ensinava poderia ser constatado em sua ação (Mt 7.29). Assim, o que dá autoridade a uma pessoa sábia não é apenas o seu discurso, mas se a ação está em pleno acordo com o que diz. É a Palavra virtuosa, conjugada com uma ação virtuosa, que fará do crente uma pessoa sábia. O jovem sábio será testado e provado nas suas ações com o que diz (Tg 2.18).

2. A relação entre falar e ouvir no sábio.

Em Tiago está escrito: “Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19). Uma das características de uma pessoa sábia é saber ouvir. Esse ouvir não se trata de uma escuta passiva, apenas por “educação”, mas uma escuta ativa, presente e consciente. Antes de falar, precisamos ouvir para interpretar corretamente o que nos estão comunicando. Numa época de distração como a nossa, muitos falam sem ouvir. Quando falamos sem ouvir, há ruídos na comunicação. Assim, corremos o risco de ser interpretados de maneira equivocada. Os desentendimentos nascem da má vontade de muitos ouvirem para compreenderem. É preciso humildade para isso. Dessa forma, a pessoa sábia está sempre pronta para ouvir e entender, é só falar depois de ter plena certeza de que entendeu. Ouvir e falar é um movimento indispensável para a boa comunicação.

 

3. A fala e o agir do sábio.

É possível que nosso discurso esteja correto, seja santo, justo e bem, mas isso não basta. Nosso Senhor mostrou que não basta fazer o discurso, mas é preciso vivê-lo (Mt 23.1-3). Aqui, está o nosso grande desafio para agir de maneira sábia: Dizer o que é santo, justo e bom e, ao mesmo tempo, praticar o que é santo, justo e bom. Nessa perspectiva, somos chamados pela Palavra de Deus para apresentar uma fala que glorifique o Senhor, e que seja plenamente coerente com o que cremos e fazemos. Portanto, cuidemos de falar agradavelmente (Cl 4.6), com mansidão e temperança (1 Pe 3.15), de maneira que nossas ações revelam a nossa temperança, agradabilidade e mansidão em Cristo.

 

PENSE! Que as nossas palavras sejam sempre temperadas com sal!

PONTO IMPORTANTE! Que as nossas palavras revelam um caráter agradável, manso e temperado.

 

SUBSIDIO 3

“Como declara Tiago 3.2: ‘Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo’. Em outras palavras, uma língua controlada é a marca da maturidade. Diante disso, são poucos os que podem ser verdadeiramente chamados de ‘maduros’ e sábios. Aprender como usar as palavras de maneira construtiva, em vez de permitir que a nossa língua crie o caos em nossas comunidades e relacionamentos, é um desafio contínuo. Felizmente, a língua pode se tornar um maravilhoso instrumento de graça, paz, amor e gentileza. Vamos nos concentrar no uso positivo das palavras, permitindo que os ditados de Salomão acrescentem um pouco de azeite à engrenagem diária de uma língua descontrolada.”(Adaptado de SWINDOLL. Charles R. Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro: CPAD, 2013. p. 83.)

 

PROFESSOR (A),mesmo o propósito da salvação trazida por Jesus inclui a santificação daqueles que são salvos pelo evangelho. Jesus não somente se santificou para exercer seu ministério neste mundo, mas igualmente nos mostrou o roteiro pelo qual a santificação ocorreria nas nossas vidas: por meio da sua Palavra e pela presença do Espírito Santo em nós” (COELHO, Alexandre. O Padrão Bíblico Para a Vida Cristã: Caminhando Segundo os Ensinos das Sagradas Escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2024).

 

CONCLUSÃO

Na lição desta semana, estudaremos a respeito da proteção à boca. Vimos que a boca fala do que o coração está cheio. Os que se mostram tolos, sua linguagem também se apresenta ao público de maneira insensata, desgovernada e insensível. Os que buscam a sabedoria do alto, devem ter o cuidado com a sua língua, buscando sempre glorificar o Senhor em tudo. A maneira que falamos revela o que pensamos, sentimos e desejamos.

 

HORA DA REVISÃO

1. O que o capítulo 10 de Provérbios traz?

O capítulo 10 de Provérbios traz um contraste entre o sábio e o tolo.

2. O que faz parte da linguagem de uma pessoa de bom entendimento?

Faz parte da linguagem de uma pessoa de bom entendimento fazer uso da língua no tempo certo, no ambiente adequado, pois isso faz parte de um espírito precioso (v.27).

3. Como a língua é apresentada em Tiago?

Na Carta de Tiago, a língua é apresentada como cheia de “peçonha mortal”, ou seja, de veneno, malícia e perversidade (Tg 3.8).

4. Segundo a lição, como a nossa sociedade é marcada?

A nossa sociedade é marcada por pessoas que falam de maneira descompromissada.

5. Por que não basta somente um discurso santo, justo e bom?

Nosso Senhor mostrou que não basta fazer o discurso, mas é preciso vivê-lo (Mt 23.1-3).

***

Lição 3 Conservando os valores e guardando a identidade | 3° Trimestre de 2024 | JOVENS

NA COVA DOS LEÕES  Subtítulo: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nosso Dias

TEXTO PRINCIPAL

“E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a Misael, o de Mesaque, e a Azarias, o de Abede-Nego.” (Dn 1.7)


RESUMO DA LIÇÃO

Manter a identidade cristã em uma cultura hostil é a principal prova de fidelidade ao Senhor.


LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Pv 4.23 Guardando o coração

TERÇA – 2 Tm 1.12 Sabemos em quem temos crido

QUARTA – Sl 119.11,12 Um coração sábio

QUINTA – 1Ts 5.21 Retendo o que é bom

SEXTA – At 17.11 Agindo como os bereanos

SÁBADO – 1Pe 3.15 Preparados para responder



OBJETIVOS

DESCREVER a submissão dos jovens hebreus ao ensino na Babilônia:

CONSCIENTIZAR sobre os perigos da relativização de valores e da desconstrução de identidades:

PROPOR ensino para hoje, considerando o exemplo de Daniel e seus amigos.


INTERAÇÃO

Prezado (a) professor(a), sabemos que os jovens cristãos enfrentam diversos desafios nas escolas e universidades, tanto em virtude do ambiente, quanto em razão do padrão de ensino naturalista e hostil à fé cristã. Nesta lição, examinaremos como os jovens hebreus enfrentaram desafios semelhantes, uma vez que precisaram adquirir conhecimento sobre a cultura dos caldeus. Este estudo nos proporcionará uma oportunidade relevante para contextualizar e refletir sobre os perigos que permeiam a educação secular contemporânea, frequentemente impregnada de doutrinação política e ideológica, Assim como Daniel e seus amigos, que preservaram o conhecimento e os valores da cultura de Judá, o jovem cristão pode defender a sua fé e testemunhar de Cristo dentro do ambiente educacional.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Estimado (a) professor(a), a leitura de pequenos trechos de livros é um importante método educacional, além de incentivar a própria leitura. Nesta edição, leia com eles o seguinte fragmento: “Quando Daniel e outros membros jovens da nobreza judaica foram levados cativos para a Babilônia no século VII a.C., eles mantiveram sua identidade, enfrentaram e venceram a cosmovisão de seus captores, em parte porque estavam bem fundamentados em sua própria cosmovisão. Eles julgaram o que era bom e mau, certo e errado, proibido e permitido, Mas sem uma compreensão clara das crenças centrais de seus captores, eles facilmente poderiam ter sido assimilados pela vida e cultura babilônicas” (Panorama do Pensamento Cristão, CPAD, p. 29). Após a leitura, reflita com eles a respeito da forma como podemos compreender a cosmovisão na cultura humana de hoje.



TEXTO Bíblico

Daniel 1.2-7

3 E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da Linhagem real, e dos nobres.

4 Jovens em quem não houvesse defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus.

5 E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei e do vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos, para que no fim deles pudessem estar diante do rei.

6 E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias.

7 E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a Misael, o de Mesaque, e a Azarias, o de Abede-Nego.


INTRODUÇÃO

Desde o início do exílio na Babilônia, os jovens hebreus se depararam com a ameaça de perderem suas identidades, à medida que poderiam gradualmente assimilar os valores da nova terra. Esta lição tem como foco principal o estudo das duas estratégias empregadas pelos babilônios para minar a identidade piedosa dos jovens hebreus, a imersão na cultura e língua caldeia, bem como a mudança de seus nomes. Como veremos, a narrativa bíblica nos oferece valiosas lições sobre conservar nossa identidade espiritual e nossos princípios, especialmente diante da doutrinação ideológica presente atualmente na educação secular.


I. HEBREUS NA UNIVERSIDADE DA BABILÔNIA

1. Na universidade da Babilônia. 

O rei ordenou a Aspenaz, oficial da corte, que os jovens recém-chegados deveriam ser instruídos sobre a cultura e a língua dos caldeus, ao longo de três anos. Não era mera generosidade. Esse método fazia parte da estratégia de Nabucodonosor de incorporar os povos conquistados ao seu serviço real. Concluído o curso de imersão eles também teriam emprego garantido, se aprovados no teste final. Isso parecia uma grande oportunidade para Daniel e seus amigos crescerem acadêmica e profissionalmente no novo mundo. Após terem sido selecionados pelo “vestibular” babilônico, demonstrando conhecimento suficiente, os quatro jovens estavam sendo matriculados na “Universidade da Babilônia”, onde seriam treinados na nova cultura e nos seus costumes. Segundo os padrões da época, o programa de estudos era abrangente, envolvendo todas as letras e sabedoria (v.17). Teriam aulas de matemática, ciência, astronomia, navegação, política, história, geografia e religião, certamente.


2. O ensino caldeu. 

Os caldeus possuíam um padrão de ensino desenvolvido. Foram pioneiros nos estudos da astronomia e responsáveis pelo avanço da matemática. Eles também dominavam a escrita cuneiforme, usada para registrar leis, negócios e eventos históricos, Por outro lado, o ensino caldeu era impregnado de astrologia e misticismo, formando os seus magos, encantadores e feiticeiros (Dn 2.2). Desse modo, ao serem introduzidos na educação daquele povo, os jovens hebreus estavam adentrando a um mundo totalmente diferente. Corriam o risco de aculturação, isto é, a perda da cultura e das crenças hebraicas, por meio da assimilação e acomodação a cultura dos caldeus, isso fazia parte do plano de Nabucodonosor. Porém, os jovens traziam em suas mentes e corações os ensinamentos que haviam recebido em Jerusalém. Não recusaram o plano de estudos, pois estavam preparados em termos espirituais, morais e no conhecimento das Escrituras para rejeitarem a doutrinação babilônica.



3. Discernimento diante da estratégia inimiga. 

Nabucodonosor era um conquistador violento, mas não era um bárbaro em termos de conhecimento, Ele tinha consciência da importância da formação cultural como estratégia velada de reeducação e ressignificação das ideias na mente dos exilados, especialmente dos jovens, Afina[, o inimigo é astuto, e procura trabalhar na mentalidade das pessoas desde tenra idade, sem usar métodos violentos, mas pedagógicos, Esse mesmo modo de operação se repete hoje, quando os inimigos de Deus tentam deturpar os valores das crianças, adolescentes e jovens. Assim como Daniel e seus amigos, é preciso ter uma mente protegida pela Palavra do Senhor e um coração sábio (Sl 119. 12,12) para aprender o que for útil, e rejeitar todo conhecimento humano que perverte a verdade de Deus.

Curso da escola dominical


SUBSÍDIO 1

Professor (a), mostre aos alunos que a universidade pode ser comparada a um campo de batalha. O que não significa que ela deva ser evitada. Como cristãos, devemos nos preparar para entrar no combate e, assim como o apóstolo Paulo, dizermos, ao término da graduação, que combatemos o bom combate e guardamos a fé (2 Tm 4.7). Se existem boas razões para o cristão ir para a faculdade – o que acreditamos que existem – então não há porque temer adentrar nesse embate, afinal o servo do Senhor não foi forjado para fugir das pelejas, mas enfrentá-las frontalmente. 


O próprio Senhor Jesus, em uma oração ao Pai a respeito dos seus discípulos, disse: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (Jo 17.15). Entretanto, é óbvio que para ir para uma guerra é necessário preparo prévio. Um soldado que entra na peleja sem o mínimo de preparo é alvo fácil para o inimigo. Essa é a razão pela qual muitos cristãos se afastam de Cristo na universidade: a fala de preparo (bíblico, teológico e apologético), seja para conseguir responder (1Pe 3.15) com firmeza aos questionamentos sobre os fundamentos da fé, manter a identidade cristã, ou para fazer uma conexão entre a fé, a cultura atual e os interesses profissionais.” NASCIMENTO, Valmir. O Cristão e a Universidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, pp. 27,28.)


II. DA RELATIVIZAÇÃO DE VALORES A DESCONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES

1. A relativização da verdade. 

Caso assimilassem o padrão moral da religião dos caldeus, os jovens hebreus estavam a aceitar a relativização da verdade, Afinal, o relativismo pode se propagar tanto pela imposição, quanto pela destruição sutil dos referenciais éticos na cultura. Nos dias atuais, a primeira forma ocorre quando se procura legalizar concepções politicamente corretas, pela proibição de discursos, limitação do acesso à informação e outros mecanismos que restringem a liberdade de crença e de expressão. 


Por essa razão, em muitos lugares do mundo, cristãos enfrentam resistência na pregação do Evangelho. Em diversos países, a defesa de convicções e valores morais que decorrem diretamente da fé é considerada crime. O relativismo, por mais antagônico que seja, não tolera a defesa de qualquer absoluto, nem mesmo na esfera da religião. Na presente Era tudo se dilui e é adaptável, segundo os sociólogos essa época pode ser chamada de “modernidade líquida”.


2. Desconstruir identidades. 

A segunda forma de disseminação do relativismo é sutil. Ela se dá pela desconstrução dos referenciais que levam a perda da identidade, o que e identidade? É aquilo que define e dá significado às nossas vidas. Nós, cristãos, por exemplo, temos uma identidade bíblica, que expressa nossa origem, crenças essenciais e a ética que professamos. Isso nos caracteriza e nos distingue. Foi o caminho da desconstrução que a Babilônia adotou com os jovens hebreus, ao trocar os seus nomes (Dn 1.7). Ao fazer isso, Aspenaz, em consideração ao rei e seus deuses pagãos, intencionava fazer uma lavagem cerebral em Daniel e seus companheiros.


3. Novos nomes, a mesma identidade. 

Naquele tempo os nomes pessoais tinham imenso valor e significado, especialmente para os judeus, que o entendiam como uma expressão da personalidade e do propósito de vida de alguém. Seus nomes foram mudados para que a Babilônia pudesse apagar de seus corações e mentes suas origens. Pretendiam substituir o Deus verdadeiro pelos deuses do paganismo, com o propósito de mudar seus referenciais e identidades. 


O próprio nome de Nabucodonosor era uma referência às divindades pagãs. Na língua acadiana Nobu-Kudurri-Usur significava “Nabu e o meu protetor”. Com isso, Daniel que significa “Deus é meu juiz”: deram-lhe o nome Beltessazar, “Bel protege o rei”. Hananias “Deus é gracioso”: chamaram-lhe de Sadraque, “Iluminado pelo sol”. Misael significa “Quem é como Deus?”; foi chamado de Mesaque, “Aquele que pertence a deusa Sesaque”. Azarias significa “Deus ajuda”, deram-lhe o nome de Abede-Nego, “Servo do deus Nego”. Embora não pudessem impedir tal mudança, isso não fez a menor diferença em suas vidas. A forma como passaram a ser chamados não entrou em seus corações. Os novos nomes sociais não mudaram suas verdadeiras identidades e muito menos aboliram a centralidade de Deus.


III. ENSINOS PARA HOJE

1. Fidelidade nas escolas e universidades. 

O fato dos jovens hebreus terem passado pela faculdade babilônica e saído de tá formados e aprovados com louvor (Dn 1.17-20), mantendo a integridade e fidelidade ao Senhor, tem muito a nos inspirar hoje. Sobretudo, eles souberam proteger seus valores contra o ensino da época. Atualmente, a educação secular encontra-se igualmente carregada de ideologias nocivas, que procuram suplantar a educação clássica e os valores cristãos. Valendo-se de pensadores socialistas, agnósticos, ateus e alinhados a ideologias anticristãs, muitos professores fazem uso de um ensino relativista. Muitos centros educacionais são locais hostis aos cristãos, em virtude do ambiente e do conteúdo ensinado. 


Não raro, os crentes são pressionados a abandonar suas “crenças ultrapassadas”, aceitar a “ciência” e deixar as coisas da fé para trás, ou confina-la ao ambiente privado. Isso decorre do Secularismo. O exemplo de Daniel e seus amigos nos mostra que é possível enfrentar esse ambiente, estando previamente preparados para responder sobre a razão da nossa esperança (1Pe 3.15).


2. Retendo o que é bom. 

Nem tudo aquilo que os jovens hebreus aprenderam era negativo e ofensivo à fé em Jeová, Durante os três anos de estudo, como vimos, eles foram instruídos em diversas áreas do conhecimento humano. Grande parte desse conteúdo era importante, pois lhes proporcionava habilidades e competências intelectuais. O próprio registro bíblico enaltece, ao final do período, a aquisição de conhecimento e a inteligência de Daniel em todas as letras e sabedoria (Dn 1.17). 


Este fato é um forte indicativo de que podemos aproveitar o conhecimento e a sabedoria não tipicamente religiosa, desde que não contrarie a verdade de Deus, Daniel não demonizou toda a cultura da Babilônia e o ensino dos caldeus. Com muita sabedoria, comparou aquilo que os seus professores ensinavam, com o que havia aprendido de seus pais e líderes de Judá. Ele usou um filtro para aproveitar o que era bom e rejeitar o que era nocivo (1 Ts 5.21). De idêntica maneira, o jovem cristão pode, e deve, valorizar o estudo secular, pois além de proporcionar conhecimento, serve para a formação profissional e para o mercado de trabalho, área na qual o crente pode ser usado por Deus e fazer a diferença. O segredo é submeter tudo ao crivo das Sagradas Escrituras (2 Co 10.5; At 17.11)



3. Mantendo a identidade em tempos pós-modernos. 

Tal como fez Aspenaz, o mundo procura meios de mudar a identidade do cristão, Em tempos pós-modernos, onde falta firmeza e consistência moral e espiritual, existe uma estratégia diabólica de perda de sentido e significado. O espírito desta época procura seduzir os crentes da desnecessidade de uma identidade própria, dada por Deus, tratando isso como algo ultrapassado, O mundo fala em “abrir” a mente, “flexibilizar” as convicções e “desconstruir” as tradições arcaicas. Em cada área da vida se percebe a estratégia de “mudança de nomes”. A ideologia de gênero procura destruir a identidade sexual O sincretismo busca acabar com a identidade religiosa. O relativismo se propõe a desfazer a identidade moral. Como nunca, a forma de proceder dos jovens hebreus serve como modelo de bravura e resistência aos ímpetos de destruição identitária. Podem até mudar o nosso nome, mas não conseguem mudar quem somos: cristãos, aqueles que creem e vivem em Cristo (At 11.26).


CONCLUSÃO

Como vimos, as escolhas e determinação de Daniel e seus amigos nos instigam a manter nossa identidade espiritual e nossos princípios, mesmo quando enfrentamos desafios que ameaçam desviar-nos do caminho da verdade. É preciso resistir sabiamente, pois sabemos em quem temos crido (2 Tm 1.12)


HORA DA REVISÃO

1. Por que se considera que os caldeus possuíam um ensino desenvolvido?

Eles foram pioneiros nos estudos da astronomia e responsáveis pelo avanço da matemática. Eles também dominavam a escrita cuneiforme, usada para registrar leis, negócios e eventos históricos.


2. Durante os estudos na Babilônia, os jovens corriam qual risco?

Corriam o risco de aculturação, isto é, a perda da cultura e das crenças hebraicas, por meio da assimilação e acomodação a cultura dos caldeus.


3. O que é Identidade?

É aquilo que define e dá significado às nossas vidas.


4. Por que os nomes dos jovens hebreus foram mudados?

Pretendiam substituir o Deus verdadeiro pelos deuses do paganismo, com o propósito de mudar seus referenciais e identidades


5. Qual o significado original do nome Daniel e qual o sentido do nome que lhe deram?

Daniel significa ‘Deus é meu juiz’; deram-lhe o nome Beltessazar, ‘Bel protege o rei’.

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