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LIÇÃO 13 Fé para Crer na Realidade do Sofrimento Eterno

🎓 Classe: JOVENS

Revista: Do professor - CPAD

Trimestre: 4° de 2023

Título: A Prova da Vossa Fé: Vencendo a Incredulidade para uma Vida Bem-Sucedida

Comentarista: Pr. Eduardo Leandro Alves

TEXTO PRINCIPAL

"Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos [...] a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte." (Ap 21.8)

RESUMO DA LIÇÃO

O sofrimento eterno é uma realidade, assim como a vida eterna na presença de Deus.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA - Gn 2.17

A desobediência: a consequência é a morte eterna 

TERÇA - Ez 18.20

O filho não assumirá os pecados dos pais

QUARTA - Rm 6.23

O salário do pecado é a morte

QUINTA - Tg 1.15

Pecado consumado gera a morte

SEXTA - Lc 15.32

O perdido pode ser encontrado

SÁBADO - Ef 5.14

Cristo pode nos livrar do sofrimento eterno

OBJETIVOS

• COMPREENDER o que é a morte eterna;

• EXPLICAR a respeito do juízo divino para os ímpios.


INTERAÇÃO

Professor (a) estudaremos a respeito da morte eterna. Muitos evitam falar sobre este tema, entretanto não falar a respeito deste assunto não vai evitá-la. Um dia todos vão experimentar a morte, independente da classe social a que pertença, religião ou títulos. Por isso, precisamos estar preparados para enfrentá-la e poder consolar aqueles que estejam enlutados. Não fomos feitos para morrer e esta é a razão porque não a aceitamos, embora sabendo que é a oportunidade de uma nova vida na eternidade. A morte é a consequência direta da Queda (Rm 3.23). Se Adão e Eva não tivessem pecados seriamos eternos. Mas para o crente “viver é Cristo e o morrer e lucro”.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), reproduza no quadro o esquema abaixo. Utilize-o na introdução da lição para enfatizar que a morte não é o fim da vida, mas o início de uma nova vida na eternidade. Aqueles que têm a Cristo vão viver junto dEle eternamente. A morte causa dor, pois não fomos criados para morrer, mas em Jesus temos o consolo para o luto, pois assim como Ele ressuscitou e venceu a morte, um dia também ressuscitaremos e venceremos a morte para sempre.

A morte para o cristão:

É consequência da Queda. Rm 6. 23

É a separação entre alma e corpo. Gn 35.18; Tg 2.26

É lucro. Fp 121

É a certeza que um dia ressuscitaremos. 1 Co 1.58; Is 26.19

É esperança. Jo 11.25


TEXTO BÍBLICO

Mateus 25.29-34,46

29 Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.

30 Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória.

32 E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.

33 E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.

34 Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possui por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.

46 E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.


INTRODUÇÃO

Estudamos a respeito dos fundamentos da fé cristã. Vimos os argumentos que alguns críticos do Cristianismo utilizam para tentar desacreditar a fé. Nesta lição, trataremos sobre a realidade do sofrimento eterno. Veremos, a partir das afirmações bíblicas, o destino dos ímpios.


I - A MORTE ETERNA

1. Castigo infindável.

A respeito da morte eterna, cremos naquilo que Jesus afirmou em Mateus 25.46 a respeito do castigo dos ímpios: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna." Jesus declarou que os ímpios, aqueles que não se arrependeram de seus pecados, vão enfrentar o tormento eterno. 0 destino dos incrédulos é somente um: a condenação eterna no Inferno. Este lugar de tormento e sofrimento é "o lugar preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 2541). Não se deixe enganar: o lugar destinado à alma dos ímpios e de todos os que rejeitaram 0 plano de Deus para a salvação chama-se inferno, que significa “lugar inferior".


2. O destino dos ímpios.

Jesus não deixou dúvidas ao afirmar a respeito da recompensa e do destino dos crentes féis e dos ímpios. Os crentes fiéis ouvirão: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34). Já os ímpios, que não se arrependeram de seus pecados e não aceitaram o plano divino da salvação, ouvirão: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" (Mt 2541).


Cremos que o perverso sofrerá eternamente e ficará de fora da Nova Jerusalém. Nossas atitudes e escolhas no presente vão determinar o nosso destino, por isso seja sábio e faça as escolhas certas, de acordo com a Palavra de Deus.


3. Deus é justo.

O que a maioria das pessoas deseja receber depois da morte é uma vida no céu em paz e sem sofrimento. Tal desejo é válido? Sim. A vida eterna no Céu é uma dádiva que somente os que creem no sacrifício de Cristo e recebem o perdão, dos pecados podem desfrutar. A existência eterna está condicionada à fé em Jesus Cristo. Deus ama o pecador, mas Ele é justo e dará a cada um a recompensa certa (Sl 7.11-13).


SUBSÍDIO 1

As Escrituras também falam da morte diversas vezes. Em Jó 28.22 vemos a morte sendo personificada: 'A perdição e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama', como também em 1 Coríntios 15.55: 'Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?’ e Apocalipse 20,14: 'E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.


A morte é também comparada, nos livros poéticos, a um caçador, que arruma armadilhas para com elas apanhar os homens: 'Cordas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam' (Sl 18.5), 'Cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim: encontrei aperto e tristeza' (Sl 116.3), ‘A doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte (Pv 13.14).


A Palavra de Deus reconhece a morte como resultado do pecado, Quando Deus criou o homem, não o criou para morrer. É o que se entende da leitura de Gênesis 2,17,18: ‘E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás: porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás'. A morte entrou no mundo, portanto, por ocasião da desobediência de Adão no Éden. Romanos 6.23 fala que o salário [a recompensa) do pecado é a morte’, um prêmio pela desobediência humana.

II - O JUÍZO DIVINO PARA OS ÍMPIOS

1. O Deus que nos livra da corrupção.

A morte eterna é a separação por toda a eternidade da presença de Deus. Já a vida eterna, à luz da Bíblia, é a nova vida, que os crentes em Jesus passam a ter, após a sua conversão genuína: “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida" (Rm 6.4).


O homem natural é um ser biológico, entretanto o novo homem, nascido de Deus, é um ser espiritual, uma “nova criatura" (2 Co 5.17). Pedro diz que os que são salvos são “participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo” (2 Pe 1.34). O Deus que nos ama e nos livrou da corrupção deste mundo, preparou um lugar especial e uma recompensa para nós, caso permaneçamos fiéis até o fim.


2. O sofrimento dos ímpios.

O Salmo 1 afirma que os ímpios não subsistirão no juízo (v. 5). O salmista, de acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, descreve “os pecadores sob três quadros horríveis:

(a) são como a 'moinha' lançada para longe por forças que não conseguem ver (v. 4);

(b) serão condenados na presença de Deus no dia do juízo (v. 5) e

(c) perecerão eternamente (v. 6)," Estes textos nos mostram que não podemos ter dúvidas em relação ao castigo, à recompensa dos ímpios no dia do juízo.

Como crentes, temos que evangelizar e pregar a Palavra de Deus, mas não podemos nos esquecer de que a salvação é somente por meio da fé na obra de salvação realizada pelo Senhor Jesus Cristo, Onde vamos passar a eternidade é uma escolha nossa. A perdição dos ímpios se deve ao fato de que eles fizeram escolhas erradas e decidiram duvidar de Deus e da sua Palavra. Algumas pessoas afirmam que a perdição eterna não é consistente com o fato de que Deus é amor. Eles, porém, desprezam o fato de que Ele é amor, mas também é justo.


No Antigo Testamento, a ideia de que toda alma que pecar, esta morrerá, é bem evidente (Ez 18.20). Logo, a decisão de pecar é tão somente do homem e a recompensa pelo seu erro é tão somente de Deus.


3. A punição divina.

É uma penalidade divina, e nos escritos de Paulo é a consequência do pecado (Rm 6.23). Essa expressão rabínica significa perdição eterna. Deve ser compreendida juntamente com as passagens nas quais Jesus fala sobre o fogo eterno, “preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 2541), assim como o castigo eterno, que é colocado em contraste com a vida eterna (Mt 2546).

O estado final do ímpio é descrito como morte, punição, perdição. Do ponto de vista da Bíblia, a morte eterna é algo que deve ser vista com temor e horror. Em relação à morte eterna, é importante lembrar de que o Lago de Fogo, como destino dos perdidos, é um lugar, não um estado. Como o céu é um lugar e não um mero estado mental.


Nas Escrituras Sagradas, essa verdade é indicada pelas palavras hades (Mt 1123:16.18; Lc 10.15; 16.23; Ap 1.18:20,13,14) e gehenna (Mt 5.22,29,30:10.28; Tg 3.6), lugar de tormento.


A condição de miséria indescritível é indicada pelos termos usados para relatar o sofrimento: “fogo eterno” (Mt 2541); “onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (Mc 944); “lago que arde com fogo e enxofre" (Ap 21.8); “o poço do abismo" (Ap 9.2); um lugar de "choro e ranger de dentes” (Mt 8.12); “fogo inextinguível” (Lc 3,17); “fornalha acesa” (Mt 13.42), e “a fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia e nem de noite” (Ap 14.11), Essas expressões foram ditas pelo próprio Cristo, que revelou tudo que precisamos saber a respeito deste lugar de retribuição.


SUBSÍDIO 2

O Estado Final dos ímpios

A Bíblia descreve o destino dos ímpios como algo terrível e que vai além de toda a imaginação. São as ‘trevas exteriores’, onde haverá choro e ranger de dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt 22,13; 25.30). É uma 'fornalha de fogo' (Mt 1342.50), onde o fogo pela sua natureza é inextinguível. Causa perda eterna, ou destruição perpétua (2 Tm 10). e ‘a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre' (Ap 14.11; cf. 20.10). Jesus usou a palavra Geena como termo aplicável a isso. Depois do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20.14), pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap 22.15), será único lugar onde a morte existirá.


CONCLUSÃO

Jesus disse: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida" (Jo 5.24). Este versículo mostra uma verdade sobre o alcance da salvação em Cristo Jesus e da perdição eterna para aqueles que rejeitam o amor de Deus e seu plano salvífico. Onde você vai passar a eternidade?


HORA DA REVISÃO

1. O que Jesus afirmou a respeito do castigo dos ímpios?

Jesus declarou que os ímpios que não se arrependeram de seus pecados vão enfrentar o tormento eterno.

2. Qual o destino dos incrédulos?

O destino dos incrédulos é somente um: a condenação eterna no Inferno.

3. O que os crentes fiéis ouvirão segundo Mateus 25.34?

Os crentes fiéis ouvirão: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança 0 Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mt 25.34).

4. Segundo a lição, defina morte eterna.

A morte eterna é a separação por toda a eternidade da presença de Deus.

5. O que é a punição divina nos escritos de Paulo?

É uma penalidade divina, e nos escritos de Paulo é a consequência do pecado (Rm 6.23).

NOVAS LIÇÕES

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Lição 8 O Propósito do Sofrimento

Lições Bíblicas Juvenis 3º Trimestre 2023 – CPAD

Revista: Conhecendo os Fundamentos da Fé Cristã nas Epístolas Gerais.

Comentarista: Samuel de Oliveira Martins


VERSÍCULO CHAVE:

"Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos. (Sl 119.71)

LEITURA DIÁRIA

At 5.41 | Dignos de sofrerem por Cristo

Rm 5.3 | Glória nos sofrimentos

At 9.16 | Sofrer por Cristo, um caminho inevitável

Fp 1.29 | Sofrer por Cristo, um privilégio

At 3.18 | Os sofrimentos de Cristo, um anúncio profético universal

Hb 5.8 | Sofrimento gera obediência

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Pedro 4.1,2,12-19

1 Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado,

2 para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.

12 Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;

13 mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.

14 Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque

sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus.

15 Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios;

16 mas, se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus nesta parte.

17 Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?

18 E, se o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador?

19 Portanto, também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe a sua alma, como ao fiel Criador, fazendo o bem.

 

CONECTADO COM DEUS

O sofrimento é algo que ninguém deseja, um tema desagradável, mas é impossível separá-lo da fé. O próprio Cristo deu o exemplo, padecendo "por nós na carne” (1 Pe 4.1). Mas o que há de bom no sofrimento? Nesta lição descobriremos alguns benefícios que ele pode nos trazer. É interessante observar também que nem todo sofrimento faz parte dos planos de Deus para aprimorar a nossa fé. Há ocasiões em que sofreremos por causa de nossos próprios erros. Mas, acima de tudo, é importante que você saiba que o sofrimento é necessário para o nosso crescimento na fé.

 

OBJETIVOS

COMPREENDER o sofrimento de Cristo e o seu propósito;

ENTENDER por que o justo sofre;

RESPONDER à inquietante pergunta: "sofrer faz bem?”

 

ANTES DA AULA

Estimado (a) professor(a), a lição de hoje é sobre o sofrimento e, alguns de seus alunos podem estar passando por momentos difíceis em suas famílias, na vida financeira ou sentimental. Portanto, antes de começarmos a nossa preparação, interceda por seus amados alunos.

A pedagogia que vem de Deus exige do docente a sua preparação através da oração (Sl ng.108), pois, um professor de ED que não busca ao Senhor em oração, enfraquece espiritualmente e deixa de seguir a sabedoria do Espírito Santo (Tg 1.5-8). Até mesmo você, professor(a), pode estar passando por um momento difícil, porém, mantenha os seus olhos em Cristo, e toda a dor passará. Deus não nos esquece!

l. O SOFRIMENTO DE CRISTO

1.1. Cristo sofreu por nós

Pedro diz que Cristo padeceu por nós (1 Pe 4.1). Jesus não desistiu da humanidade, apesar de não ter sido bem recebido pelos homens. Nunca teve nenhum conforto. Nasceu numa estrebaria de animais. Cresceu em um lugar humilde. Jesus poderia ter voltado ao Céu, mas Ele, por amor fez a pior escolha (do ponto de vista humano): morrer numa cruz. Ele escolheu, previamente, o sofrimento, a dor e o desprezo. É uma opção difícil e corajosa, mas foi isso que Ele fez!

 

1.2. Cristo pagou a nossa culpa

Cristo morreu por nós, cumprindo na carne a pena que era devida a nós, — (Ez 18.4; Rm 6.23), a fim de que fôssemos livres da condenação do pecado (Rm 8.1). É normal, entre os homens, cada um pagar pelos seus erros, mas sofrer pelos pecados alheios? E pior: sofrer pelos pecados dos inimigos? Foi isso o que aconteceu com Cristo no Calvário (Rm 5.6-8). Diante do maior sofrimento de todos os tempos, não só pela dor padecida, mas, sobretudo, pela dignidade e pureza daquEle que entregou sua vida na morte e foi contado entre os transgressores (Is 53-12), Deus estava oferecendo uma nova oportunidade para a humanidade.

 

1.3. A cegueira dos judeus

O sofrimento de Jesus foi algo que atraiu muitas pessoas, como Ele mesmo profetizou (Jo 3.14.15:12.32); pessoas como o ladrão e o centurião da cruz foram convertidas ao Evangelho ao verem o sofrimento de Cristo. Os judeus religiosos, porém, — escribas, fariseus, saduceus — não enxergavam qualquer valor em o Messias ser um servo sofredor (Is 53). Eles aguardavam um salvador que apenas os livrasse do jugo romano.

 

INTERAÇÃO

Querido (a) professor (a), para introduzir a lição aos alunos, realize a seguinte atividade: em um quadro ou cartolina, faça duas listas de nomes com a ajuda dos alunos: uma lista para pessoas conhecidas por sua bondade; e uma lista de pessoas conhecidas por sua maldade. Em seguida pergunte aos seus alunos se eles entregariam a pessoa que eles mais amam para sofrer no lugar de algumas dessas pessoas. Alguns não entregarão nem mesmo por pessoas boas. Mas, explique que Cristo sofreu por pessoas boas e ruins. Na verdade, diante dEle as nossas bondades (Ef 2.8,9) e injustiças (Hb 8.12), não importam, a graça é maior.

2. ENTENDENDO O SOFRIMENTO DO JUSTO

2.1. O sofrimento aprimora a fé

O Espirito Santo aconselha que não devemos estranhar a provação, pois ela possui um propósito: aprimorar nossa fé (1 Pe 4.12). Esse propósito encontra-se em vários outros textos da Escritura, como a provação de Abraão (Gn 22), o sofrimento dos hebreus no deserto, as provações de Davi (Sl 119.67,71) etc... O próprio Pedro, na mesma Carta, assevera sobre o propósito do sofrimento: “para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que 0 ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1.7).

 

2.2. Alegria no sofrimento

Os Ímpios, certamente, não encontram razões para se alegrarem no sofrimento. Entretanto, aqueles que conhecem a Deus devem se alegrar “no fato de serem participantes das aflições de Cristo” (1 Pe 4-13)- Embora pareça estranho se alegrar com o sofrimento, é importante mencionar que tal ação somente acontece pela atuação do Espirito Santo, que nos lembra da glória que está reservada nos céus para os justos (1 Pe 4.13,14). Ademais, sofrer pelo nome de Cristo constitui-se em uma bem-aventurança (1 Pe 4.14). Pedro, aliás, ouviu essa verdade, pela primeira vez, certamente, dos lábios do próprio Senhor Jesus, no Sermão da Montanha (Mt 5.10-12).


3. SOFRER FAZ BEM?

3.1. O sofrimento inútil

Ao falar sobre o sofrimento dos justos, Pedro adverte sobre a importância de sempre fazer o bem, deixando claro que, como Deus não faz acepção de pessoas, se um cristão cometer algo digno de repreensão, seja de Deus seja da justiça humana, deverá pagar pelo seu delito (1 Pe 415). Não é justo que, nesses casos, a pessoa queira colocar a culpa em Deus ou que se busque glorificá-Lo por seu sofrimento, haja vista a prática de uma injustiça. Sofrer, por fazer o mal, é inútil.

 

3.2. Não se envergonhe em sofrer por Cristo

Pedro, em certa ocasião, se envergonhou do Senhor. Para não sofrer, ele O negou. Agora, porém, o novo Pedro anuncia a todos que não tenham vergonha de sofrer pelo Evangelho. Paulo sofreu como se fosse um malfeitor (2 Tm 2.9), mas também não se envergonhou do evangelho (Rm 1.16), pois ambos sabiam que sofrer, por amor a Cristo, glorifica a Deus (1 Pe 4.16).

 

3.3. O fim do sofrimento

Pedro sustenta que os sofredores, segundo a vontade de Deus, podem descansar que o fiel Criador cuidará da alma deles (1 Pe 4.19). Com isso, ele estava afirmando que podemos confiar em seu terno cuidado, pois por trás do sofrimento de um justo há um desígnio benigno em prol daqueles que herdarão a salvação (Rm 8.28). O verbo grego utilizado por Pedro "encomendem" (paratithemi) pode ser traduzido por depositar com confiança, aos cuidados de alguém, a fim de ser guardado em segurança. Assim, o justo que sofre não deve temer, ou duvidar, pois sua vida está nas mãos do Senhor.

 

CONHEÇA OS SEUS ALUNOS

A ED não é uma instituição apartada do seio da igreja, os professores e alunos são ovelhas e necessitam da tutela pastoral. Por esse motivo, todos devem estar unidos em comunhão. Logo, na prática, a liderança de jovens, a liderança da Escola Bíblica Dominical e a diretoria da igreja devem, em uníssono, ensaiar todos os passos a serem tomados com os alunos da classe dos juvenis. A ED é uma arma para o ensino, uma fonte evangelizadora e ferramenta para libertação de vidas.

 

SUBSÍDIO

"Por que um Deus bom e amoroso usaria o sofrimento para transformar e nos fazer crescer espiritualmente? Um Deus amoroso usa o que for necessário — e, peto fato de sermos falhos, a dor está presente com frequência. Afinal, se você quebrar um osso e o médico tiver de colocá-lo no lugar, isso irá doer. Metaforicamente, estamos repletos de ossos quebrados, e quando Deus coloca no lugar os ossos quebrados, nosso caráter, isso dói. Às vezes, trazemos o sofrimento para nós mesmos. Deus permite que experimentemos as consequências naturais do nosso próprio pecado para que possamos ver o quanto isso é realmente ruim e para nos atrair ao arrependimento. Nesses momentos, os sofrimentos operam como a dor em nosso dedo ao tocarmos um forno quente: 'Ai! Eu não deveria ter feito isso', dizemos. A dor pode ter um efeito instrutivo — o que o escritor aos hebreus tinha em mente ao descrevê-la como 'disciplina' (Hb 12.8)” (COLSON, Charles Respostas às Dúvidas de Seus Adolescentes. 9a imp. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 27).

 

PARA CONCLUIR

O sofrimento está vinculado à nossa existência e é a maneira de aperfeiçoarmos a nossa fé em Deus, Com ele, reconhecemos que somos dependentes da misericórdia divina. E. se viermos a enfrentar grandes provações, que não sejam por consequência de nossos próprios erros, para a vergonha do Evangelho. O maior consolo diante de uma provação é a consciência tranquila de estar agindo com fidelidade.

 

HORA DA REVISÃO

1. Por que Jesus fez a pior escolha, do ponto de vista humano, segundo a lição?

Porque Ele escolheu o sofrimento, a dor e 0 desprezo.

2. Conforme 1 Pedro 413. o que o cristão deve fazer quando participar das aflições de Cristo?

Aqueles que conhecem a Deus, devem se alegrar “no fato de serem participantes das aflições de Cristo".

3. Segundo a lição, é certo nos alegrar em Cristo pelo justo sofrimento causado por nossas injustiças?

Não é justo que, nesses casos, a pessoa queira colocar a culpa em Deus ou que se busque glorificá-Lo por seu sofrimento, haja vista a prática de uma injustiça. Sofrer, por fazer o mal, é inútil.

4. Pedro sustenta que os sofredores, segundo a vontade de Deus, podem descansar. Por quê?

Podem descansar que o fiel Criador cuidará da alma deles (1 Pe 4.19)

5. O que significa o verbo grego uti- + lizado por Pedro, paratithemi?

Pode ser traduzido por "depositar com + confiança, aos cuidados de alguém, a fim de ser guardado em segurança”.

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Lição 6 - A Teologia de Elifaz: Só os Pecadores Sofrem

Lição 5 - O Lamento de Jó

Classe: Adultos

Trimestre: 4° trimestre de 2020 -CPAD

1 de Novembro de 2020

Obs. Os textos destacados na cor vermelha são subsídios para os professores da Escola Dominical.

TEXTO ÁUREO

“Porque antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água.” (Jó 3.24)

O que aprender com as Tragédias?

Em todo o mundo, por conta dos avanços tecnológicos, às vezes em tempo real, tragédias são noticiadas com grande frequência. São muitos os casos, como por exemplo, o ciclone que devastou Moçambique, na África, e fez muitas vítimas; o incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, em que jovens perderam a vida; o rompimento da barragem de Brumadinho, episódio no qual centenas de pessoas foram engolidas por camadas de lama; enchentes em diversas regiões do Brasil e do mundo; e a tragédia em Suzano, em que dois jovens armados deixam vítimas fatais em massacre dentro da escola em que estudavam.

A cada nova tragédia divulgada no Brasil e no mundo, as pessoas tendem a parar e refletir sobre o ocorrido e a manifestar sua indignação, aflorando seu lado mais “humano”, ou seja, suas emoções, entre elas a empatia, comportamento esse que não ocorre normalmente, afinal, no cenário em que vivemos dificilmente existe reflexão acerca das necessidades do outro.

Veja também:
§  Alegria em Meio a Dor Aqui
§  O Sofrimento dos Justos - Aqui



Quando tragédias ocorrem, como dito anteriormente, as emoções vêm à tona e nos tornamos mais sensíveis, servindo inclusive como momento de autorreflexão sobre a vida, nossa existência, nossa missão na Terra, nossa postura como pais, filhos e cristãos. Muitas pessoas se solidarizam nesses momentos de dor e sofrimento, querem ajudar as vítimas das tragédias, refletem e acabam reconhecendo sua mortalidade e, em alguns casos, chegam a sentirem-se impotentes. Por outro lado, quem vive a tragédia na pele costuma desenvolver transtornos emocionais graves como a depressão, o estresse pós-traumático, a síndrome do pânico e até doenças psicossomáticas.

Aqui, a primeira provocação que faço é: Você precisa se deparar com tragédias para se tornar mais humano, emocional e consciente do seu propósito?

É fundamental termos consciência sobre a nossa missão neste mundo. Viemos para fazer a diferença! Evangelizar é preciso! Nunca sabemos o dia de amanhã, o tempo e a vida estão nas mãos de Deus. Será que estamos fazendo a nossa parte enquanto seres humanos?

Quando o homem depara-se com as suas limitações, sua fragilidade humana e as reconhece, ele pode se aproximar mais do próximo, mesmo vivendo inserido em um mundo que apresenta constantemente características desumanizadas em que o egoísmo (aquele que pensa somente em si) e o egocentrismo (pessoa que acha que o mundo gira em torno de si) transbordam as relações humanas, afinal cada vez mais se vive o “ter” o e não o “ser”, intensificando o desafeto. Mesmo assim, se aproximar do próximo é a melhor escolha. Ser workaholic e estar sempre na correria, muitas vezes com a justificativa de ser o melhor para a família, é extremamente comum hoje em dia, porém, valorizar o ser-humano é fundamental, e na prática é o que nos aproxima do nosso verdadeiro propósito.

Por decorrência de certa negligência em relação a isso, percebe-se que muitos casamentos têm sido desfeitos e muitos filhos têm sofrido bullying/abusos sem alguém presente para ouvi-los e defendê-los. É saudável que os filhos compartilhem seus sentimentos e emoções com os pais.

1. O que pode ser feito em meio à tragédia

Consolar alguém em situação de tragédia é sempre uma tarefa difícil. Algumas pessoas tendem a dizer “não chore”, por conta da dificuldade em prestar suporte em momentos tão difíceis, toda via, segundo a psicologia, nesses casos “chorar é preciso!”, pois o choro funciona como mecanismo de elaboração do luto. Existe uma tendência de se bloquear as verdadeiras emoções dos indivíduos, seja por via de medicamentos e tranquilizantes, até como por repreensão disso como meio de não sentir a dor, entretanto, é de extrema importância que pessoas que atravessaram momentos delicados e sofreram perdas físicas ou materiais tendem a experimentar o luto.

Já por parte de quem está próximo é fundamental se aproximar com cautela e perguntar sobre o ocorrido, mostrando apoio e tornando-se uma figura de amparo. A pessoa que sofre precisa enxergar que a vida dela não acabou com a tragédia, por mais triste que seja. A dor existe, a superação é difícil, por vezes dói muito, mas um dia essa dor diminuirá e cabe a cada um de nós mostrarmos isso. Cuidado com a superproteção à vítima, isso não é saudável, e por vezes pode colocar a mesma em um lugar de vítima para sempre.
Lições Bíblicas da classe dos Adultos:

2. O que podemos aprender como essas tragédias

Em primeiro lugar, é necessário entender que Deus criou o ser humano dotado de livre-arbítrio, de modo que, por vezes, certas pessoas cometem atos horríveis contra seu próximo, pelo fato de escolherem viver distanciadas do amor. “A maldade aumentará de tal maneira que o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12).

Mas e o amor, onde está? Atualmente a quantidade de divórcios se multiplica, filhos destruindo-se ou destruindo uns aos outros. “Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos” (1 Tm 6.10).

O ser humano precisa ter um relacionamento com Deus e consciência de que a sua existência depende unicamente da misericórdia divina. É verdade que tragédias podem ocorrer e, na verdade, são só a ponta do iceberg. Mas Jesus deixou-nos um bem preciosíssimo e inviolável. Disse o Senhor: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não como o mundo vos dá. Não turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27). Creia, Deus está no controle de todas as coisas.

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Autor (a):   Valquíria Salinas, psicóloga | Fonte: J. Mensageiro da Paz

Estudo Publicado em Subsídios EBD – Site de Auxílios Bíblicos e Teológicos para Professores e Alunos da Escola Dominical.