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Lição 13 - As Bênçãos de uma Vida Santificada

📝 Tema: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a Santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele| 1° Trimestre de 2023 – CPAD

🎓 Classe: Jovens – Revista do professor

Comentarista: Natalino das Neves


TEXTO PRINCIPAL

“Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.” (Rm 5.10)

RESUMO DA LIÇÃO

A justificação pela fé na obra de Cristo, aliada à santificação, garante bênçãos e paz.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Rm 51

A paz com Deus mediante a justificação

TERÇA – Rm 5.2

A graça mediante a fé

QUARTA – Rm 5.6

Cristo morreu pelos ímpios

QUINTA – Rm 58

A prova do amor de Deus

SEXTA – Rm 5 9

Justificados pelo sangue de Jesus Cristo

SÁBADO – Rm 5.11

Em Cristo fomos reconciliados com Deus


OBJETIVOS

1. MOSTRAR as bênçãos da paz com Deus;

2. COMPREENDER a bênção da alegria da salvação, como fruto do Espírito, durante as tributações;

3. EXPLICAR a bênção da salvação e da santificação final.

 

INTERAÇÃO

Professor (a), chegamos a última aula do trimestre. Parabéns pelo seu esforço e dedicação! Nesta última aula, seria interessante relembrar, de forma resumida, juntos com os alunos os conteúdos aprendidos no trimestre. Então, faça uma recapitulação de todas as lições. Se possível, peça aos alunos que deem testemunho de algum estudo do trimestre que tenha tocado o coração e feito alguma mudança.

 

Aproveite a oportunidade para sanar as dúvidas dos alunos, caso tenham a respeito de algum conteúdo. Faça uma avaliação geral de todas as aulas. Deixe que os alunos falem a respeito dos pontos positivos e negativos. No final da aula comente a respeito do tema do próximo trimestre. Crie nos alunos uma expectativa positiva para o trimestre que será iniciado.


TEXTO BÍBLICO

Romanos 5.1-11

1 Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo,

2 Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tributação produz a paciência.

4 E a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.

5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.

6 Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos Ímpios.

7 Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.

8 Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

10 Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.

11 E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.

 

INTRODUÇÃO

Após a santificação inicial que se dá por meio da justificação e regeneração, o crente ressurge para uma nova vida. Esta mudança proporciona alguns benefícios que são concedidos por Deus, como por exemplo: a paz com o Senhor, o acesso à graça e a esperança da glorificação final; a alegria da salvação que fortalece o cristão nos momentos de tribulações e sofrimentos e a salvação presente que garante a santificação final.

 

I - AS BÊNÇÃOS DA PAZ COM DEUS

1. A graça da paz com Deus (Rm 5.1).

O ímpio não tem paz porque vive na prática do pecado. Já a pessoa justificada por Jesus Cristo, cujos pecados não lhe são mais imputados, desfruta de paz mesmo em tempos difíceis. Esta reconciliação traz paz com Deus, pois o castigo ao qual estávamos condenados foi imputado sobre Jesus (Is 53.5).

O sacrifício de Jesus derrubou a parede que separava o ser humano de Deus (Ef 2.14). Fomos “relegados” ao Criador. A paz com Deus é somente para aqueles que conservam sua vida em constante comunhão com o Todo-Poderoso (Fp 4.7). O salvo vive no Espírito e, assim como o Espírito é eterno, eterna será a sua quietude com Deus. Você está em paz com Deus?

 

2. A bênção do acesso constante à graça de Deus (Rm 5.2).

Somente Jesus pode redimir o pecador de sua condição e o santificar (Rm 3.24). O pecado conduz à morte, à opressão debaixo da culpa e à solidão espiritual, mas a justificação se aplica à justiça para a vida eterna por meio de Cristo (Rm 5.21).

Semelhantemente, à vitória de Cristo sobre a morte por meio de sua ressurreição, os que foram justificados e santificados pela graça também ressuscitaram para a vida eterna (Ef 2.6). A graça de Deus é alcançada somente pela fé. Ela fortalece o crente para que o pecado não tenha mais domínio sobre ele (Rm 6.14,15). Somos o que somos pela graça de Deus, por isso devemos ser gratos a Ele por tudo.

 

3. A bênção da esperança da glória de Deus (Rm 5.2b).

As pessoas justificadas e santificadas são bem-aventuradas, pois nelas repousa a grande esperança da manifestação da glória de Deus (Tt 2.13). Diferente daquelas que vivem distantes do Senhor e são “alimentadas” por alegrias e motivações efêmeras. Os santos são transformados de glória em glória, santificação contínua e progressiva (2 Co 3.18).

 

Eles se tornam participantes da glória de Deus como herdeiros juntamente com Cristo, para serem glorificados, na santificação final (Rm 8.17). Esta é a grande diferença entre ser criatura e ser filho(a) de Deus. A Bíblia assegura que ainda não sabemos como haveremos de ser, mas que seremos semelhantes ao Cristo glorificado e adverte-nos a manter esta condição, possível somente por meio da manutenção da obediência (1 Jo 3.1-3).

 

SUBSÍDIO 1

Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “Como podemos ter paz com Deus”. Ouça as respostas e explique que segundo “Romanos 5.1 – com a palavra ‘pois’, Paulo indica uma conclusão baseada em seu argumento anterior. No capítulo 4, Paulo mostrou como os pecadores, tanto judeus como gentios, são justificados pela fé. Aqui ele começa a descrever como o fato de sermos justificados pela fé afeta a nossa relação com Deus. Primeiro, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Ter paz com Deus significa que não há mais hostilidade entre nós e Deus e que o pecado não bloqueia o nosso relacionamento com Ele. Mais do que isso, um novo relacionamento foi estabelecido e assim não mais tememos o resultado do julgamento, mas vivemos sob a proteção estabelecida por Deus.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, p. 40.)

 

II - A BÊNÇÃO DA ALEGRIA DA SALVAÇÃO

1. As tribulações conduzem à maturidade (Rm 5.3,4).

Na caminhada do crente para o céu, as tribulações são inevitáveis. Jesus não nos prometeu uma vida sem conflitos, mas afirmou categoricamente que passaríamos por aflições (Jo 16.33). Ele não engana seus seguidores. Na história do povo de Israel podemos ver que algumas tribulações serviram para o ensino e a correção, a fim de que os hebreus aprendessem a confiar no Senhor (Dt 8.15,16). Na nossa caminhada com Jesus não é diferente.

 

Paulo assevera que as tribulações nos levam à perseverança, à experiência (caráter aprovado), e à esperança que não confunde. Portanto, quando você pede a Deus mais experiência e esperança, mesmo que inconscientemente, você está pedindo por mais tribulações, que o levarão à experiência, que por sua vez lhe trará esperança. Tiago afirma que é motivo de alegria o passar por várias provações, pois por meio delas se obtém experiência, com vistas a alcançar a coroa da vida, prometida aos que amam a Deus (Tg 1.2 – 4,12).

 

2. O crente, mesmo enfrentando tributações, tem a certeza do amor de Deus (Rm 5.5).

No texto de Romanos 8.35-39, o apóstolo Paulo relaciona uma série de intempéries, mas conclui que mesmo estas dificuldades não são suficientes para separar uma pessoa salva do amor de Deus. Quantos exemplos existem na Bíblia de pessoas que renunciaram a tudo de valor, inclusive a própria vida, constrangidas pelo amor de Deus. Basta ler Hebreus 11, a galeria dos heróis da fé, para constatarmos isto.


Quem mantém sua fidelidade a Deus, independente das circunstâncias, pode perceber o amor de Deus, a exemplo do grande Mestre Jesus. Ele no Getsêmani, sentindo a dor do cálice a ser tomado, questiona este “abandono”, mas se submete à vontade de Deus por saber que tudo era por amor, inclusive sua morte.

 

2. O amor de Deus é provado pela morte vicária de Cristo (Rm 5.5-8).

O Espírito Santo nos faz perceber o amor de Deus para conosco (v.5). Amor que pode ser evidenciado pela doação divina, mesmo sabendo que não tínhamos possibilidade de retribuir esse amor por sermos fracos (v. 6). O apóstolo afirma que morrer por alguém justo não seria considerado algo tão incomum (v. 7), pois ao longo da história há vários registros de pessoas que deram sua vida por uma pessoa amada, um líder carismático ou uma causa maior. Mas um justo morrer pelos injustos pecadores, isso nunca será visto.

 

Por isso, a grande demonstração de amor de Deus pela humanidade é o fato de Cristo ter morrido por nós, ‘sendo nós ainda pecadores” (v.8). Devemos ter em mente este amor, principalmente nos momentos de tribulações, sabendo que muito maior sofrimento Jesus passou para que fôssemos justificados e participantes da glória presente e da glória e santificação final que haveremos de ter.

 

SUBSÍDIO 2

“Rm 5.2 – Jesus Cristo não apenas nos justificou diante de Deus, mas também nos deu acesso pessoal a Deus, levando-nos a este lugar de mais elevado privilégio onde estamos agora. Fomos trazidos a uma posição favorável diante de Deus. Em vez de sermos seus inimigos, somos seus amigos — de fato, seus próprios filhos.

 

A humanidade foi criada para a glória, mas por causa do pecado, ‘todos…destituídos estão da glória de Deus’ (Rm 3.23). É o propósito de Deus recriar a sua imagem e a sua glória de forma completa em nós, de modo que possamos estar firmes; e nos gloriarmos na esperança da glória de Deus.

 

Antever o nosso futuro com O Senhor deve trazer grande alegria. Nós permanecemos na graça de Deus, e o resultado da nossa vida está seguro em suas mãos. Não somos mais perseguidos pelos pensamentos sobre o julgamento; podemos agora refletir sobre sua graça e responder positivamente a ela.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, p. 40.)

 

III - A BÊNÇÃO DA SALVAÇÃO E DA SANTIFICAÇÃO FINAL

1. A salvação.

Como é grande a satisfação de saber que tivemos o privilégio de experimentar a justificação mediante a fé em Jesus Cristo. O que seria de nós se não tivéssemos tomado a decisão de entregar a Jesus Cristo nossa vida? Onde nós estaríamos hoje? Quem nós seríamos? Certamente não seríamos melhores do que somos e, acima de tudo, continuaríamos na condição de pecadores, condenados ao julgamento da ira de Deus, na condição de inimigos dEle (Rm 5.9).

 

Paulo afirma que fomos reconciliados com Deus quando ainda éramos seus inimigos, devido aos nossos pecados, mas fomos reconciliados gratuitamente, sem nenhuma condição prévia, a não ser a fé em Jesus. Algumas pessoas se esquecem da maior bênção que já recebemos. Seja grato a Deus por sua salvação e não se esqueça de nenhum de seus benefícios.

 

2. A salvação mantida pela santificação.

Paulo demonstrou sua gratidão pela mudança que o encontro com Cristo provocou em sua vida, A mudança de vida deu a ele uma convicção que o ajudou a superar as dificuldades. Antes de conhecer a Cristo, ele tinha uma posição privilegiada, junto à elite do judaísmo, que era almejada por muitas pessoas. Quando escreveu a Carta aos Romanos, já não tinha mais aquele status.

 

Entretanto, a experiência da justificação e da santificação o libertou do domínio do pecado e deu-lhe a segurança que nunca havia conquistado com sua vida religiosa. A garantia da salvação presente e da comunhão com Deus proporcionam ao apóstolo a convicção, pouco antes de sua morte, de ter combatido um bom combate e guardado a fé (1 Tm 4.6,7). Segurança garantida somente às pessoas que, por meio de uma vida devotada e de santidade, mantêm seu ideal de obediência e gratidão a Cristo.

 

3. A salvação futura e glorificação, que será obtida com a santificação final.

Paulo desejava que todas as pessoas tivessem a mesma paz e certeza que ele tinha da sua salvação. Ele não se arrependeu do que havia feito e de tudo que havia deixado para trás a fim de seguir a Cristo. O apóstolo tinha por certo que a obra de Deus na sua vida não havia acabado e que continuaria sendo aperfeiçoada até a vinda de Cristo (Fp 1.6).

 

Esta é a gloriosa esperança. Paulo, além de ter certeza de ter combatido o bom combate, também tinha a certeza de que receberia a coroa da justiça no futuro (2 Tm 4,8). Uma vida eterna com Deus. A pessoa que ama ao Senhor sente alegria e prazer em fazer a sua vontade (Jo 14.15), tem a garantia da vida eterna e a obtenção da santificação final e definitiva. Mas para chegar lá é preciso andar no caminho da santificação no presente, sem a qual ninguém verá o Senhor.

 

SUBSÍDIO 3

“Nossa esperança de que Deus manterá suas promessas nunca nos trará confusão. Quando nossa confiança está em Deus, temos certeza de que Ele cumprirá tudo o que prometeu — nós seremos ressuscitados para a vida eterna e estaremos com Ele na glória. Por quê? Porque o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado. O Espírito Santo continua a nos encorajar, Lembrando-nos de quão carinhosamente Deus nos ama. Ele nos ama e fará como prometeu. Podemos esperar em Deus por causa da natureza do seu amor.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, p. 40.)


CONCLUSÃO

Nesta lição aprendemos que a justificação e a santificação inicial são acompanhadas de bênçãos maravilhosas como a paz com Deus, a alegria da salvação e a esperança na promessa de glorificação e vida eterna com Deus. Lembrando que para garantir essas bênçãos é preciso que mantenhamos uma vida de santidade contínua e progressiva para atingir a santificação final com a glorificação.


HORA DA REVISÃO

1. Segundo a lição, por que o ímpio não tem paz?

O ímpio não tem paz porque vive na prática do pecado.

2. Qual o resultado da justificação na vida do crente?

A paz com Deus.

3. A paz de Deus é para quem?

A paz com Deus é somente para aqueles que conservam sua vida em constante comunhão com o Todo-Poderoso (Fp 47).

4. Somente quem pode redimir o pecador? Somente Jesus pode redimir o pecador de sua condição e o santificar (Rm 3.24).

5. Como alcançamos a graça?

A graça de Deus é alcançada somente pela fé.

Este E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos professores de Escola Bíblica.


Lição 12 - Uma Vida Cheia do Espirito

📝 Tema: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a Santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele| 1° Trimestre de 2023 – CPAD

🎓 Classe: Jovens – Revista do professor

Comentarista: Natalino das Neves


TEXTO PRINCIPAL

“Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.” (Rm 8.1)


RESUMO DA LIÇÃO

Deus não prometeu uma vida sem aflições para quem é cheio do Espírito, mas Ele garante sua presença e consolo em todos os momentos, além da vida eterna.


LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Rm 8.1-4 A nova vida debaixo da graça

TERÇA – Rm 8.14 Guiados pelo Espírito Santo

QUARTA – Rm 8.26-27 O Espírito Santo intercede por nós

QUINTA – 2 Tm 4.8 A coroa da justiça

SEXTA – Rm 8.35.36 Nada pode separar o crente do amor de Deus

SÁBADO – Rm 8.37 Mais do que vencedores

 

OBJETIVOS

SABER que a lei do Espírito Livra da lei do pecado e da morte;

ENFATIZAR que o crente que vive no Espírito tem a garantia da vida eterna com Deus;

COMPREENDER que a lei do Espírito é libertadora.


INTERAÇÃO

Professor (a), Paulo não foi o fundador da igreja de Roma, mas ele tinha uma vida cheia de comunhão com Deus e seguiu as orientações do Espírito Santo ao tomar decisões. A igreja em Roma era formada em sua maioria por gentios e uma minoria de judeus. Estes causaram sérios conflitos internos com relação aos requisitos necessários para a justificação do crente diante de Deus.


Na Carta aos Romanos, escrita por Paulo, ele apresenta um tratado para demonstrar que a justificação se dá por meio da fé e não pelas obras, especialmente em Romanos 4. O texto bíblico desta Lição, Romanos 8, reforça o ensinamento de Paulo. Ele afirma que uma vez justificado o crente não vive mais debaixo da lei do pecado e deve ter uma vida orientada pelo Espírito Santo. Paulo ainda reforça que essa é a esperança do crente.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), sugerimos que para a aula de hoje você separe os alunos em três grupos. Determine um tempo para cada grupo (dez minutos). Em seguida, peça que cada grupo discuta um tópico da lição. Separe também dez minutos para que algum aluno do grupo apresente as conclusões para a turma. Você deverá ser o moderador e fazer as considerações finais. 0 tempo sugerido serve apenas como referência, você deverá adaptar de acordo com o tempo disponibilizado e o número de alunos.


TEXTO BÍBLICO

Romanos 8.1-4; 14-17

1 Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.

2 Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.

3 Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,

4 Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito,

14 Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.

15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.

16 O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

17 E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.

 

INTRODUÇÃO

Paulo, escrevendo aos crentes que estavam em Roma, alertou e exortou a igreja a respeito dos conflitos internos entre os cristãos gentios e os judeus. Alguns gentios convertidos estavam cedendo ao apelo do legalismo. Paulo reforça aos membros daquela igreja que aqueles que vivem uma vida cheia do Espírito Santo não vivem debaixo da condenação e nem segundo o legalismo. O apóstolo os incentivou a guardar a fé genuína em Jesus Cristo e serem cheios do Espírito Santo, apesar dos sofrimentos e angústias que estavam suportando naquele momento.

 

I - A LEI DO ESPÍRITO LIVRA DA LEI DO PECADO E DA MORTE

1. Não há condenação para os que estão em Cristo (Rm 8.1-4).

As Escrituras Sagradas destacam a segurança daqueles que estão escondidos em Cristo, que foram declarados justos e tiveram suas dívidas quitadas mediante a fé no sacrifício de Jesus Cristo. Depois de experimentar o Novo Nascimento, o crente deve andar debaixo da lei do Espírito Santo. Um crente avivado evidencia sua comunhão com Deus mediante o fruto do Espírito (Gl 5,22).

 

Quem tem o fruto do Espírito não vive de “aparências”, mas evidencia uma transformação radical mediante seu testemunho pessoal. Paulo afirma que isso era impossível à Lei, que tinha a função de apontar o pecado e era incapaz de impedir seu efeito. O Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.1), contudo Ele não foi vencido pela lei da carne; pelo contrário, a subjugou, fazendo a vontade do Pai e não cometendo pecado algum. Dessa forma, a justiça da Lei também se cumpriu na vida daqueles que andam segundo o Espírito Santo (Rm 8.4).

 

2. Os que vivem no Espírito se interessam pelas coisas do Espírito (Rm 8.5-13).

Paulo divide as pessoas em dois grupos: os que vivem segundo a carne e os que se habituaram a viver segundo o Espírito Santo. Para ele, viver segundo a carne é se entregar à prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, ou seja, todas as obras da carne descritas em Gálatas 5.19-21. Enquanto viver no Espírito é ser guiado pela vontade de Deus revelada nas Escrituras Sagradas (Gl 5.22).

 

As pessoas que vivem segundo a carne buscam atender os seus desejos e instintos. Elas não têm o compromisso com o Reino de Deus, pois priorizam fazer tudo segundo o seu “eu”. Quem vive no Espírito tem prazer em fazer a vontade divina. O crente cheio do Espírito Santo, se sabe que algo vai prejudicar alguém prefere não fazer, mesmo que sofra perdas e prejuízos. Para saber se um crente anda na carne ou segundo o Espírito Santo, basta observar o que mais tem alimentado sua vida: as coisas que são da carne ou as que são do Espírito Santo.

 

SUBSÍDIO 2

“O Espírito de vida é o Espírito Santo que estava presente na criação do mundo como um dos agentes da própria origem da vida (Gn 1.2). Ele é o poder (ou lei) que está por detrás de cada cristão, é aquele que nos ajuda a viver uma vida cristã. O Espírito Santo nos liberta, de uma vez por todas, do poder (ou da lei) do pecado, e da sua natural consequência, a morte. Nunca poderemos nos libertar do pecado apenas obedecendo à lei, A lei de Moisés não pode nos salvar por causa da nossa natureza pecaminosa.

 

Mas o que a lei não pôde fazer. Deus fez, enviando o seu próprio Filho, encarnado num corpo humano como o nosso, exceto que Ele jamais pecou. Jesus era completamente humano (Jo 1.14). com os mesmos desejos que levam ao pecado: no entanto Ele nunca pecou (veja 2 Co 5.21: Hb 2.17,18; 4.14- 16). Deus assumiu a humanidade a fim de se tornar um sacrifício pelos nossos pecados. Por Cristo ter sido imaculado, a sua morte decretou a “sentença de morte” do pecado, destruindo o controle que o pecado tinha sobre nós.

 

A Justiça (ou a exigência) da lei é a santidade (veja Lv 11.44.45; 19.2; 20.7), mas a lei é impotente para nos tornar santos por causa da nossa pecaminosidade inata. Somente através da morte de Jesus Cristo e da liberdade que resulta dela é que podemos abandonar nossa natureza pecaminosa e seguir o Espírito e, dessa forma, cumprir a justiça da lei.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD. 2010, p. 55)

 

II - A HERANÇA DA VIDA NO ESPÍRITO SANTO

1. Todos os guiados pelo Espírito são filhos de Deus (Rm 8.14-17).

Paulo afirma que a filiação divina é exclusiva para aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus: ela não é universal. Para Paulo, quem não é guiado pelo Espírito de Deus é guiado pelo espirito de escravidão. Muitos ainda vivem como escravos da Lei do pecado, estando debaixo do medo da justiça divina. No entanto, aqueles que vivem submissos ao Espírito de Deus e que procuram ser guiados para fazerem a vontade dEle, sentem paz e intimidade com Deus por meio de Cristo. Essa paz é produzida pelo Espírito que testifica ao salvo que ele é filho de Deus.

 

2. A redenção e a vida eterna com Deus (Rm 8.18-25).

A Igreja do primeiro século sofreu muitas perseguições por causa do Evangelho, mas os crentes não desanimaram e permaneceram fiéis ao Senhor dando sempre um bom testemunho, sendo cheios do Espírito Santo. Paulo tinha a certeza de que ele receberia a coroa da justiça: “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Tm 4.8).

 

3. O Espírito Santo intercede por nós (vv. 26,27).

Paulo afirmou que o crente precisa ser paciente, pois há uma redenção futura para ele. Aqueles que permanecem fiéis ao Senhor, mesmo enfrentando aflições e perseguições, dão um testemunho vivo de sua fé em Jesus Cristo. Nos momentos de aflição, em que as soluções parecem não existir, as pessoas tendem a ficar desanimadas e tristes.

 

O crente, por mais fiel que seja, nem sempre sabe o que lhe convém em determinada situação, principalmente diante do sofrimento e da angústia, mas ele tem a certeza de que pode contar com a poderosa ajuda do Espírito Santo. Nesses momentos, o apóstolo afirma que o Espirito Santo toma a nossa causa, coloca-se em nosso lugar (empatia) para pedir por nós, sabendo o que realmente é conveniente.

 

Paulo afirma que o Espírito Santo geme a nosso favor. Há momentos em que não há o que falar ou fazer, a não ser, render-se em adoração a Deus e esperar pelo renovo e refrigério de nossa alma.

 

SUBSÍDIO 2

“Romanos 8.13,14 – O ‘viver segundo a carne’ se revela através do corpo. Portanto, devemos nos afastar da carne (natureza pecaminosa) e das suas iníquas atitudes, das suas práticas e suas habituais respostas. Esse é um ato que deve ser realizado e uma atitude que deve ser tomada; devemos todos os dias nos afastar dos desejos que nos levam para Longe de Deus.

 

Os judeus já se consideravam filhos de Deus por causa da sua herança, mas Paulo explica que agora esse termo tem um novo significado. Os verdadeiros filhos de Deus são aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus como ficou provado no seu estilo de vida. Os crentes não têm apenas 0 Espírito, eles também são guiados por Ele.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. p. 55.)

 

III – A LEI DO ESPÍRITO É LIBERTADORA

1. Tudo contribui para o bem daqueles que estão sob a Lei do Espírito (Rm 8.28-30).

 Os cristãos romanos certamente questionavam o que estava acontecendo com eles. Para muitos, para não dizer todos, a conversão trouxe mais problemas do que soluções. Não bastasse as dificuldades com a sociedade, ainda restavam os problemas internos da igreja. Como entender tal realidade? Eles ouviram o Evangelho, se entregam a Cristo, mas o sofrimento e aflições não acabaram, ao contrário, aumentaram.

 

A experiência de Paulo lhe credenciava para dar conselhos sábios. Ele foi um homem que passou pelas mais diversas adversidades e sofrimentos, mas sabia que estava no caminho certo, dentro da vontade de Deus. Ele podia dizer com firmeza que tudo contribui para o bem daqueles que vivem sob a Lei do Senhor.

 

2. Não há condenação contra os eleitos de Deus (Rm 8.31-34).

O texto de Romanos 8.31-39 é um hino litúrgico que exalta a vitória de Deus e o seu amor por nós. Este texto era, e é, um incentivo para os crentes perseguidos, a fim de que permanecessem firmes e seguros em Deus. Paulo afirma: “Se Deus é por nós, quem será contra nós” (v.31). Se Deus nos deu o seu próprio Filho por amor para morrer em nosso lugar, o que Ele nos negaria? Que acusação esse Deus amoroso aceitaria contra os que foram justificados pela fé em Jesus Cristo? Paulo reforça que não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne (Rm 8.31).

 

SUBSÍDIO 3

Romanos 8.29,30 – Os crentes são aquelas pessoas a quem Deus conhecia previamente. Esse conhecimento prévio se refere ao seu íntimo entendimento da nossa pessoa e do nosso relacionamento com Ele, baseado na escolha feita por Ele. Deus escolheu os crentes para atingirem um objetivo específico: serem conformes à imagem de seu Filho. Quando todos os crentes se tornarem semelhantes ao seu Filho, o Cristo ressuscitado se tornará o primogênito de uma nova raça de seres humanos purificados do pecado. Como somos filhos de Deus, somos irmãos e irmãs de Cristo.

 

Se cremos e confiarmos em Cristo como Salvador, podemos nos alegrar por saber que Deus nos conheceu, pois seu amor é eterno. Sua sabedoria e poder são supremos. Ele irá nos guiar e proteger até o dia em que compareceremos à sua presença. O plano de Deus para a salvação daqueles que creem em Cristo tem três fases: escolher, chamar e glorificar. Quando realmente nos tornamos semelhantes a Cristo, participaremos da sua glória.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. p. 58.)

 

PROFESSOR (A), “não há um justo, nem um sequer (3.9-18). Paulo havia argumentado que tanto os judeus quanto os gentios haviam pecado, e não alcançaram a glória de Deus. Agora ele prova essa observação citando vários Salmos. Seus leitores judeus poderiam rejeitar seu argumento, mas dificilmente rejeitaram o veredicto das palavras que eles sabem que são palavras de Deus. ‘Tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus’ (3.19,20)” (RICHARDS, Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 292)

 

CONCLUSÃO

Na lição deste domingo, com base no texto de Romanos 8, o apóstolo Paulo afirma que nada pode condenar ou pôr em dúvidas quem já foi justificado e santificado por Deus, em Cristo, e mantém uma vida cheia do Espírito Santo. Quem tem Jesus Cristo como Senhor e Salvador não vive mais debaixo da lei do pecado.

 

HORA DA REVISÃO

1- Transcreva um texto das Escrituras Sagradas que destaca a segurança do crente em Cristo.

“Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1).

2- Como um crente avivado evidencia sua comunhão com Cristo?

Um crente avivado evidencia sua comunhão com Deus mediante o fruto do Espírito (Gl 5. 22).

3- Segundo a lição, qual era a função da Lei? Lei tinha a função de apontar o pecado e era incapaz de impedir seu efeito.

4- Quais são os dois grupos em que Paulo divide as pessoas? Os que vivem segundo a carne e os que se habituaram a viver segundo o Espírito Santo.

5- O que as pessoas, que vivem segundo a carne, priorizam? As pessoas que vivem segundo a carne buscam atender os seus desejos e instintos. Elas não têm o compromisso com o Reino de Deus, pois prioriza fazer tudo segundo o seu “eu”.

Este E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos professores de Escola Bíblica.


Lição 11 Santidade Integral

📝 Tema: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a Santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele| 1° Trimestre de 2023 – CPAD

🎓 Classe: Jovens – Revista do professor

Comentarista: Natalino das Neves

TEXTO PRINCIPAL

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Ts 5.23)


RESUMO DA LIÇÃO

A santidade deve abranger o ser humano por completo: o espírito, a alma e o corpo.


LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Gn 2.7 Deus criou nosso corpo, alma e espírito

TERÇA – 1 Ts 5.23 Deus nos santifique em tudo

QUARTA – Tg 2.26 O corpo sem o espírito está morto

QUINTA – 1 Co 15.50 Carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus

SEXTA – 1 Pe 1.22 Purificando a alma

SÁBADO – 1 Co 15 42-58 Jesus morreu na cruz para nos resgatar de forma integral

OBJETIVOS

1. MOSTRAR que o ser humano é um ser integral;

2. COMPREENDER como se dá a santificação da parte imaterial do ser humano (espírito e alma);

3. SABER como se dá a santificação da parte material do ser humano (corpo).


INTERAÇÃO

Professor (a), nesta lição veremos que o ser humano foi criado de forma integral e que a santidade deve acontecer também de forma irrestrita: corpo, alma e espírito. Deus formou o ser humano com um espírito para se comunicar com Ele. Assim por meio dele é possível o crente ter comunhão e se relacionar com Deus. O intelecto, as emoções e a vontade são vivenciadas pela alma.

 

Para santificar o espírito e a alma, precisamos do estudo devocional e sistemático da Palavra de Deus, não por obrigação, mas pelo desejo de conhecer mais ao Pai e a sua vontade. Além do estudo da Palavra de Deus é necessário a prática da oração como diálogo sincero e em secreto com o Senhor; o estudo da Palavra e a constante vigilância sobre os desejos carnais. Com a ajuda do Espírito Santo temos condições de nos santificar de forma integral.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), para esta aula sugerimos uma participação mais efetiva dos alunos. Convide três voluntários que estudaram a lição para que exponham um tópico da lição. Escolha, com antecedência, o tópico que vão comentar. Faça a oração para iniciar a aula, leia o Texto Bíblico, o Texto Principal e o Resumo da Lição. Em seguida, deixe que o voluntário explique o seu tópico e na conclusão da lição se coloque à disposição para tirar as dúvidas. Se houver necessidade, com todo cuidado, intervenha auxiliando em uma complementação ou para corrigir alguma explicação.


TEXTO BÍBLICO

Gênesis 2.7

7 E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.


1 Tessalonicenses 5.21-23

21 Examinai tudo. Retende o bem.

22 Abstende-vos de toda aparência do mal.

23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espirito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo

Gálatas 5.24-26

24 E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.

25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.

26 Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.


INTRODUÇÃO

O texto de 1 Tessalonicenses 5.23, apresenta o ser humano integral: espírito, alma e corpo. Na lição deste domingo veremos que a santificação também deve ser integral, abrangendo o ser humano em sua totalidade. Para isso, será analisado o impacto da santidade nestas três áreas, começando pelo espírito.

 


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I - O SER HUMANO É INTEGRAL: ESPÍRITO, ALMA E CORPO

1. O conceito de ser humano integral.

Para entender o conceito do ser humano integral e a influência deste na construção teológica no primeiro século, se faz necessário conhecer um pouco da visão da cultura helênica para contratá-la com a judaica. Os gregos acreditavam em uma antropologia especialmente platônica, que era dicotomista (o ser humano em duas partes: corpo e alma).

 

Nesta visão, a alma era supervalorizada, sendo considerada parte do bem; já o corpo era tido como a parte do mal, consequentemente desvalorizado e considerado o cárcere da alma. Entretanto, a concepção judaica considerava o ser humano em sua totalidade. Na Bíblia, a criação do homem é de forma integral (Gn 2.7).

 

No Novo Testamento, por influência paulina, prevaleceu o ponto de vista judaico. O apóstolo Paulo, apesar de ser um conhecedor da cultura grega, assegurou aos crentes de Tessalônica, que Deus vê o ser humano como um todo (1 Ts 5.23).

 

2. Corpo: a parte material do ser humano.

A dicotomia dos gnósticos, por influência do pensamento grego, defendia que a matéria era má e distinta do espírito, considerado a parte boa. A doutrina gnóstica, com base neste pensamento dualista, provocava dois tipos de comportamentos errôneos: o primeiro levava as pessoas a fazerem o que bem entendessem com o corpo, uma vez que a crença era de que não afetava o espírito. O segundo comportamento era o inverso, já que o corpo era a matéria má, melhor não fazer nada com ele para modificá-lo.

 

Portanto, dois extremos, onde o primeiro comportamento pecava pelo excesso e segundo por falta. O Novo Testamento demonstra que tanto os judeus, como os judeu-cristãos e os cristãos-gentios defendiam a preservação do corpo em santidade, evitando os pecados contra ele (1 Co 6.18,19). O corpo humano é o lugar de habitação do espírito (2 Co 5.1; 2 Pe 1.13,14). O corpo, sem o espírito e a alma, é morto (Tg 2.26).

 

3. Alma e espírito, a parte espiritual do ser humano.

Tanto no Antigo Testamento, como no Novo, temos textos que distinguem bem a parte imaterial do ser humano (alma e espírito). Dentre outros textos do Antigo Testamento, o profeta Isaías faz uma afirmação que destaca a alma e o espírito (Is 26.9). Dentre outros textos do Novo Testamento, pode ser destacada a adoração de Maria (Lc 1.46-56); bem como o versículo de Hebreus (Hb 4.12).

 

O espírito humano foi gerado a partir do Criador (Gn 2.7), nele o ser humano tem consciência de Deus e das coisas espirituais e tem conexão com as realidades divina e espiritual (1 Co 6.17). Enquanto a alma é a sede da personalidade, lugar dos sentimentos, pensamentos e decisões. Tanto o espírito quanto a alma são eternos e se mantêm unidos após a morte. O cristão deve cuidar das partes do ser como um todo.

 

SUBSÍDIO 1

Professor (a), explique que Paulo na primeira Carta aos Tessalonicenses mostra que “a separação do crente é real e importante: os crentes precisam ‘reter o que é bom’ e, ao mesmo tempo, se abster de toda a forma de mal (versão RA). Paulo não quis dizer que os crentes devem literalmente se retirar do mundo, pois fazer isto significaria que eles não projetariam a Luz de Cristo para que mais pessoas pudessem vir até Ele.

 

Os crentes podem, no entanto, ser certificar de que não deem ao mal uma plataforma, evitando situações tentadoras e concentrando-se na obediência a Deus (veja também Romanos 12.9).” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. 4,ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. p. 454)

II - A SANTIDADE DO ESPÍRITO E DA ALMA

1. Jesus morreu na cruz para resgatar o ser humano de forma integral.

Cristo morreu na cruz para resgatar o ser humano em sua totalidade. O pensamento dualista grego levava as pessoas a não acreditarem na ressurreição do corpo. Por isso, os crentes de Corinto tiveram dúvidas em relação à ressurreição pregada por Paulo. Então, o apóstolo assevera: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Co 15.19). Ele reafirma a fé na ressurreição de Jesus (1 Co 15.20-28).

 

Cristo ressuscitou em corpo, alma e espírito. Tanto que as pessoas o reconheceram depois de sua ressurreição, como por exemplo Tomé, que queria ver as marcas dos pregos nas mãos de Jesus e a ferida profunda do seu lado (Jo 20).

 

2. A santificação do espírito.

A santificação do espírito ocorre no momento da justificação e regeneração, e se mantém contínua e progressiva de acordo com as experiências essencialmente do crente com Deus. Trata-se de uma mudança diante de Deus, de morto espiritualmente para vivo, pois o Espírito Santo vem habitar no crente (Ef 2,1). Por meio da santificação do espírito, essa nova criatura mantém comunhão com Deus, tornando-se coparticipante da natureza divina, e não vive mais na prática do pecado (1 Jo 3.9).

 

Quando o crente se afasta de Deus ele morre espiritualmente porque o seu espírito se afasta do Espírito Santo de Deus. Adão e Eva receberam a recomendação para não tocar no fruto da árvore da vida, pois se desobedecessem, eles morreriam (Gn 2.17). Todavia, quando eles tomaram o fruto não morreram fisicamente, mas espiritualmente.

 

3. A santificação da alma.

A santificação da alma também está diretamente ligada à Palavra de Deus (Tg 1.21). Quando o crente ouve e cumpre a Palavra de Deus, seu espírito e alma são fortalecidos. Na Justificação e santificação iniciais, o pecado é perdoado e removido, todavia a velha natureza continua presente em luta constante para sobrepor sobre o intelecto, emoções e vontade, que são vivenciados por meio da alma. À medida que vamos tendo mais comunhão com Deus, Ele vai limpando o nosso interior e curando nossas emoções.

 

SUBSÍDIO 2

Professor (a), enfatize que o texto de 1 Tessalonicenses 5.23, mostra que “Paulo orava para que Deus operasse na vida dos crentes para santificá-los. Quando Deus fixa residência dentro de um crente, Ele começa o processo da ‘santificação’ — a mudança que Ele opera na vida de cada crente. Os crentes são santificados (separados ou consagrados) pela obra de Cristo. Isto inicia-se pelo Espírito de Deus quando eles creem.

 

Embora a ‘perfeição’ não ocorra até que os crentes estejam plenamente glorificados, a santificação é o processo que nos conduz em direção àquele objetivo, em direção à semelhança a Cristo. Para ser santificado de todas as maneiras, Deus precisará operar em todas as áreas da vida de uma pessoa — todo o espírito e alma. Esta expressão é a maneira de Paulo de dizer que Deus deve estar envolvido em todos os aspectos da vida de um crente. Como os crentes vivem na presença de Deus, Ele os conservará irrepreensíveis até à volta de Cristo.

 

Talvez os crentes de Tessalônica estivessem se perguntando, quando seus companheiros morriam antes da segunda vinda, se estes queridos crentes poderiam receber esta perfeição de Cristo. Paulo explicou que o processo sobrenatural iria ocorrer para todos os crentes.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017 p. 454 )

 

III - A SANTIDADE DO CORPO

1. Dominando a concupiscência da carne (1 Jo 2.16).

A concupiscência no sentido etimológico tem sua origem do latim concupiscens e significa “O que tem um forte desejo”. A concupiscência da carne é a falta de domínio sobre os prazeres carnais (Rm 7.18). João adverte o cristão a vigiar e buscar o controle e não se deixar dominar pela natureza humana, caída e pecaminosa. Algumas pessoas atribuem suas imoralidades à ação de Satanás, mas o apóstolo Tiago deixa bem claro que as pessoas cometem pecados motivados pela própria concupiscência (Tg 1.14).

 

2. Dominando a concupiscência dos olhos (1 Jo 2.16).

Os olhos são considerados as janelas da alma. Se controlados e conduzidos pelos interesses egoístas, podem levar o ser humano a uma cobiça desenfreada cometendo toda a sorte de torpeza. Tomemos como exemplo Davi. Ele estava no terraço quando avistou uma mulher se banhando. Aquele olhar fez com ele cometesse um adultério e depois um homicídio (2 Sm 11).

 

3. Dominando a soberba da vida.

A soberba da vida é a ostentação pretensiosa (riqueza, poder, inteligência, status social, carros, entre outros). Algumas pessoas querem, a todo custo, fama, dinheiro e prestígio. Aqueles que não têm o temor de Deus buscam, erradamente, a ostentação a qualquer preço e acabam renunciando a prática da honestidade e dos valores divinos.

 

SUBSÍDIO 3

“1 João 2.16 – João advertiu os seus leitores contra o amor ao mundo e tudo que ele oferece porque ‘tudo que há no mundo não é do Pai’. Jesus deixou esta diferença clara quando disse o mesmo. O ‘mundo’ aqui, como em i João 2.15, é o sistema iníquo presente, que é governado por Satanás o oposto a Deus. Este ‘mundo’ rebelou-se e caiu no pecado.

 

Nada no sistema deste mundo ama ao Pai ou encontra a sua origem no Pai. João classificou ‘o que há no mundo’ em três categorias básicas. Estas três categorias são subjetivas, pois falam de atitudes do coração. Os crentes podem parecer perfeitamente puros e seremos exteriormente, mas abrigar alguma ou todas estas atitudes no seu interior. João temia que isso pudesse acontecer, de modo que estava advertindo os crentes a refrearem esses desejos.

 

1. Concupiscência da carne.

Jesus falou sobre como o adultério começa não no ato em si, mas no desejo (Mt 5.28). Estas palavras retratam qualquer tipo de desejo, mas especialmente a mania por sexo.


2. A concupiscência dos olhos.

Os pecados de desejar e acumular posses (curvando-se ao deus do materialismo) poderiam ser enquadrados nesta categoria. Embora o sexo possa também ser incluído aqui, os ‘olhos’ das pessoas podem desejar muitas coisas.

 

3. A soberba da vida (ou o orgulho pelas coisas da vida).

Isto refere-se tanto à atitude interior quanto à vanglória exterior devido a uma obsessão pela condição ou pelas posses de uma pessoa. Estes pecados, são sutis a ponto de nascerem quase despercebidos no coração, tornam-se as tentações que levam às obras do pecado na vida das pessoas.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2017. p. 774 )

 

CONCLUSÃO

Na lição deste domingo, aprendemos que o ser humano atinge a santidade integral quando busca um relacionamento sincero e íntimo com Deus por meio do Espírito Santo. Quando permitimos que o Consolador controle os nossos sentimentos, emoções e vontade, passamos a viver de modo que o nome de Senhor é glorificado em nossas vidas. Cristo tem sido glorificado em toda a sua maneira de viver?

 

HORA DA REVISÃO

1. Segundo a lição, qual a constituição do ser humano?

Corpo, alma e espírito.

2. Como os gregos acreditavam na formação do homem?

Os gregos acreditavam em uma antropologia especialmente platônica, que era dicotomista (o ser humano em duas partes: corpo e alma).

3. Qual é a parte imaterial do ser humano?

A alma e o espírito.

4. A morte e a ressurreição de Jesus alcançam todo o nosso ser?

Sim. Cristo morreu na cruz para resgatar o ser humano em sua totalidade.

5. Qual o significado da palavra “concupiscência”?

A concupiscência no sentido etimológico tem sua origem do latim concupiscente e significa “o que tem um forte desejo”.

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