As
Cruzadas representam um período histórico marcado por tensões religiosas e
violência intensa na Idade Média. Este artigo explora os principais conceitos e
eventos relacionados às Cruzadas em tópicos didáticos para uma melhor
compreensão desse período sombrio da história.
1. As Raízes do Conflito
A
perfeição do ódio cristão
A
hostilidade religiosa crescente entre cristãos e outras religiões foi um
fator-chave que deu origem às Cruzadas. Este fenômeno refletiu a intolerância
religiosa prevalente na época, que frequentemente levava a conflitos sectários.
Idade
das Trevas
O
termo "Idade das Trevas" refere-se ao período medieval, caracterizado
por instabilidade política, conflitos incessantes e uma falta geral de
progresso cultural e científico.
2. A Primeira Cruzada
Contexto
Histórico
A
Primeira Cruzada à Terra Santa, em 1096, foi uma resposta ao chamado para
retomar a Terra Santa das mãos dos muçulmanos. Ela atraiu uma variedade de
participantes, desde nobres até plebeus.
O Papa durante o início da Primeira
Cruzada em 1096 era o Papa Urbano II. Foi ele quem emitiu o chamado à Cruzada
em 1095, durante o Concílio de Clermont, convocando os cristãos europeus a se
unirem e embarcarem na jornada para retomar a Terra Santa das mãos dos
muçulmanos. O apelo de Papa Urbano II teve um papel crucial no início das
Cruzadas, desencadeando uma série de campanhas militares que caracterizaram
esse período da história medieval.
Massacres
de Judeus
Durante
a Primeira Cruzada, ocorreram massacres terríveis de judeus em várias partes da
Europa. Estima-se que cerca de dez mil judeus tenham sido assassinados, o que
representou uma tragédia e uma mancha na história.
A
Inquisição Espanhola foi instituída pelos Reis Católicos, Isabel I de Castela e
Fernando II de Aragão, no final do século XV. A Inquisição Espanhola foi criada
oficialmente em 1478 com o objetivo de combater a heresia e a apostasia, mas
também serviu para consolidar o poder dos monarcas católicos e manter a
ortodoxia religiosa em seus territórios.
O Papa responsável pela autorização e
apoio à Inquisição Espanhola foi o Papa Sisto IV. Ele
emitiu a bula papal "Exigit sincerae devotionis" em 1478, concedendo
permissão aos Reis Católicos da Espanha, Isabel I de Castela e Fernando II de
Aragão, para estabelecerem a Inquisição em seus territórios. A bula também
nomeou os frades dominicanos como os principais inquisidores.
A
responsabilidade do Papa Sisto IV na Inquisição Espanhola estava em permitir
que a Inquisição fosse estabelecida na Espanha e em nomear os inquisidores. A
Inquisição era vista como uma instituição da Igreja Católica e, portanto, a
autorização e o apoio papal eram essenciais para sua criação e funcionamento.
Isso conferiu à Inquisição uma base legal e religiosa para suas atividades.
Durante
o período da Inquisição Espanhola, houve muitas atrocidades cometidas contra
aqueles considerados hereges, incluindo:
Escola
Dominical, Classe: Adolescentes – 2° trimestre de 2023 - CPAD
LEITURA BÍBLICA
2 Reis 17.9-23 2 Crônicas 36.11-21
MENSAGEM
[...]
Povo de Israel, não fique assustado! Eu os libertarei dessa terra distante, da terra
onde vocês são prisioneiros. Os descendentes de Jacó voltarão e viverão em paz
[...]. Jeremias 30.10
DEVOCIONAL
Segunda
» 2Rs 1 7.5,
Terça
» Jr 25.1,2,9
Quarta
» 2 Rs 25.21
Quinta
» Ez 1.1-3
Sexta
» Hc 2.1-4
Sábado
» Sl 126.1-6
Vamos Descobrir
Aprendemos
que Israel foi dividido em dois reinos, Reino do Norte (Israel) e Reino do Sul
(Judá). Após a divisão, ambos os reinos desobedeceram a Deus e se entregaram à
idolatria. Israel não teve nenhum rei temente a Deus. Judá teve alguns.
Todavia, pelas desobediências constantes, Deus exerceu juízo contra eles e os
permitiu serem expulsos de suas terras. Eles foram levados cativos. Porém, esse
não poderia ser o fim da história do povo escolhido. Vamos aprender mais?!
Hora de Aprender
I - O JUÍZO DE DEUS SOBRE ISRAEL
O Reino
de Norte se manteve por um pouco mais de dois séculos. Nesse período 20 reis
governaram Israel. Ao longo dos anos, os reis e o povo pecaram contra Deus, que
enviou seus profetas.
Os
profetas anunciaram que o juízo viria sobre a nação, exatamente como descrito
por Moisés (Dt 28.45,63-65). Elias, Eliseu, Amós, entre outros, profetizaram
contra Israel, alertando sobre os seus pecados. Era uma oportunidade de
arrependimento que Senhor estava oferecendo. Entretanto, eles rejeitaram a mensagem
dos profetas fiéis a Deus (2 Rs 17.13,14).
O Reino
do Norte tornou-se uma nação de idólatras, que edificava imagens e altares a
Baal e outras divindades pagãs da época (2 Rs 17.10).
O povo chegou
ao ponto de queimar os seus filhos em altares pagãos, além de crer em
adivinhações (2 Rs 17.17).
Então,
no governo do rei Oseias, a nação foi tomada pela Assíria. Oseias não temia ao
Senhor e seus pecados contaminaram toda a nação que, inclusive, vinha em uma
sequência de reis maus (2 Rs 17.2). Portanto, foi o declínio espiritual e moral
de Israel que gerou o juízo. Deus levantou a Assíria para punir Israel pelos
seus pecados (Is 10.5). Os motivos da queda de Samaria foram, sobretudo,
espirituais (2 Rs 17.16,18).
A
Assíria atacou Israel e, em 722 a.C., o povo se rendeu. Esse ano marca o fim do
Reino do Norte. Os judeus foram levados cativos e os que ficaram no território
tiveram que pagar tributos. Eles perderam a autonomia e a liberdade quando se
tornaram servos da Assíria. O cativeiro trouxe ao povo dor, sofrimento, perdas,
mortes e consciência de pecado.
II - O JUÍZO DE DEUS SOBRE JUDÁ
A queda
de Samaria, ou seja, o cativeiro de Israel, ocorreu durante o 6o ano de reinado
de Ezequias em Judá (2 Rs 18.9-11). Após esse advento, em Judá, ainda
governaram sete reis, em um intervalo de pouco mais de 100 anos. Durante esse
período, o povo de Judá também abandonou o Senhor, praticou a idolatria,
profanou o culto e desobedeceu aos mandamentos.
O juízo
de Deus sobre seus irmãos, não despertou nos hebreus do sul o arrependimento,
exceto durante o governo de reis que decidiram instruir o povo no caminho
justo, tais como Ezequias e Josias. Então, Deus também levantou uma nação
estrangeira e inimiga para instrumentalizar seu juízo sobre Judá (Jr 27.1,6).
Após grandes
conquistas, a Assíria perdeu força e deixou de ser a grande potência da época.
A Babilônia, aproveitando-se desse enfraquecimento, atacou e conquistou o
Império Assírio.
Em um
esforço para expandir o império, a Babilônia começou a tentar conquistar o
território de Judá. Nabucodonosor conseguiu o controle sobre Jerusalém pela
primeira vez em 605 a.C. e levou para a Babilônia um pequeno grupo de cativos,
entre eles estavam Daniel, Ananias, Misael e Azarias (Dn 1.3,6).
Em 597
a.C., Nabucodonosor cercou novamente Judá. O rei Joaquim se rendeu ao invasor,
que levou outra parte dos utensílios do Templo para a Babilônia, além de um
grupo de cativos de 10 mil pessoas (2 Rs 24.11-15), dentre elas, o profeta
Ezequiel (Ez 1.3).
Mais
tarde, a fim de enfrentar uma séria revolta liderada pelo rei de Judá,
Zedequias, Nabucodonosor cercou novamente Jerusalém. Em 586 a.C., após um
prolongado cerco, o imperador babilônico destruiu a cidade de Jerusalém (2 Rs
25.1,2). Nessa ocasião, o Templo foi destruído e a maior parte dos habitantes
de Judá foi levada cativa, deixando em Jerusalém apenas os mais pobres, em uma
situação de miséria e destruição (2 Rs 25.9).
A
destruição da cidade, do Templo e o cativeiro do povo de Judá ocorreram devido
aos pecados, a prática de idolatria, a falta de temor a Deus e a decadência
moral e espiritual dos hebreus. O juízo de Deus trouxe grande tristeza sobre o
povo, que sofreu profundamente nas mãos das nações inimigas. A devastação
gerada em Jerusalém está registrada em detalhes no livro Lamentações, escrito
pelo profeta Jeremias.
III - DEUS NÃO DESAMPAROU O SEU POVO
A Bíblia
mostra que Deus não desamparou o seu povo. Ao longo da história, antes, durante
e depois do exílio, Deus continuou falando, através dos seus profetas.
Habacuque, Jeremias e Ezequiel viveram nesse período. O ministério deles marcou
o povo hebreu.
1.
Habacuque
O
profeta Habacuque viveu em Judá. Na sua época, a Babilônia crescia e tinha
domínio sobre muitas nações. Judá seria dominada em breve por esse império. O
profeta sabia que os últimos reis de Judd foram homens que não temiam ao Senhor
e que oprimiram seu próprio povo.
Habacuque
viveu em um tempo de grandes dilemas morais e espirituais. Ele questionava a
Deus por, aparentemente, não punir a iniquidade na sociedade (Hc 1.2-4). Mas
Deus mostrou ao profeta que os babilônios eram o instrumento do seu juízo sobre
Judá (Hc 1.5-7). Habacuque foi confrontado pelo Senhor, que lhe disse que o
justo viveria pela fé (Hc 2.4). Por fim, o profeta entendeu que deveria ter fé
em Deus, e se alegrar na presença dele, independente das circunstâncias (Hc
3.17-19).
2. Jeremias
Jeremias
era filho de sacerdote (Jr 1.1), todavia, Deus o chamou para ser profeta, desde
o ventre de sua mãe (Jr 1.5). Ele enfrentou muitas dificuldades por ser um
profeta fiel a Deus: foi proibido de se casar e ter filhos (Jr 16.2); foi
lançado num poço (Jr 38.6); lutou contra falsos profetas (Jr 28.10);foi
desacreditado (Jr 43.1,2); foi ameaçado de morte (Jr 26.7,8); viu a fome, o
luto, a miséria e a guerra destruírem o povo hebreu e assistiu a cidade de
Jerusalém ser queimada (Lm 1.1-5).
Jeremias
anunciou, diversas vezes, o cativeiro babilônico. Todavia, falsos profetas
anunciavam que em dois anos a nação retornaria do cativeiro (Jr 28.11). Isso
confundiu o povo, mas Jeremias, por ser um verdadeiro profeta, tinha certeza de
que o cativeiro duraria 70 anos, conforme anunciado por Deus (Jr 25.11).
A
história, o ministério e mensagem desse profeta estão registrados no livro de
Jeremias e no livro Lamentações de Jeremias.
3. Ezequiel
Ezequiel,
assim como Jeremias, também era filho de sacerdote e foi chamado para ser
profeta (Ez 1.1).
Ezequiel
viveu no mesmo período de Jeremias, todavia era mais jovem. Ele foi levado
prisioneiro pela Babilônia e passou a viver às margens do rio Quebar. Foi nesse
lugar que Ezequiel teve visões e viu a glória de Deus (Ez 1.3).
Ali
mesmo, na Babilônia, o profeta foi instrumento de Deus anunciando juízo a
muitas nações ímpias (Ez 25.11) e esperança para Judá (Ez 37.14).
Ezequiel
foi usado por Deus para instruir os judeus que estavam no cativeiro. Através
dele, Deus anunciou promessas ao povo escolhido, especialmente, sobre um tempo
de restauração após o cativeiro (Ez 36.24-28) e sobre a vinda do Messias (Ez
34.15,23; Jo 10.11).
O
ministério de Ezequiel era um sinal vivo da presença e do cuidado de Deus para
com o seu povo (Ez 3.16,17)
Durante
o cativeiro uma nova geração de hebreus foi formada. Ali eles reaprenderam a
adorar somente ao Senhor. O pecado da idolatria foi destituído do meio do povo.
Após o
período de 70 anos, Deus começou a cumprir sua promessa de restauração. Um novo
império se estabeleceu: a Pérsia passou a dominar a antiga Babilônia. O novo
imperador, sendo usado por Deus, permitiu, por meio de decreto, o retorno dos
judeus para Jerusalém (2 Cr 36.22,23).
Assim,
centenas de judeus começaram a retornar para a região de Judá, a fim de
reconstruir o Templo e a cidade de Jerusalém e, o que de fato foi realizado
mediante a liderança de Zorobabel, Esdras e Neemias (Ed 2.1,2,64,65; Ne
7.1,8.1-3).
Alguns
séculos depois, nessa mesma região, Deus cumpriu a sua grande promessa: o
Messias, Jesus Cristo, nasceu em Belém, na região de Judá (Mt 1.1,2.1).
CONCLUSÃO
O mesmo
Deus que puniu o seu povo com o exílio, por constantes desobediências e intensa
idolatria, os trouxe de volta, por sua imensa misericórdia. Deus anunciou o
juízo e a esperança e cumpriu toda a sua Palavra.
Pense Nisso
No passado, Deus levantou profetas para alertar seu povo. Da mesma
forma, hoje em dia, Deus usa a Escritura para instruir, repreender, direcionar,
bem como os dons espirituais para edificar os crentes.
Será que estamos dando ouvidos a tudo aquilo que o Senhor tem
falado? Precisamos estar atentos à voz de Deus.
O
Movimento de Fé Apostólica é uma das mais antigas denominações pentecostais do
mundo, tendo surgido no início do século XX. Fundado por Charles Fox Parham,
este movimento tem como objetivo ensinar a verdadeira essência do
pentecostalismo e ajudar os cristãos a experimentarem a presença do Espírito
Santo na vida cotidiana.
Dom Pedro II desde a sua
juventude acalentava o desejo de conhecer a língua hebraica" destaca Kurt
Loewenstamm em O hebraísta no trono do Brasil (São Paulo: Centauro, 2002).
"Amo a Bíblia, leio-a todos os dias, e quanto mais a leio, mais
a amo" disse certa vez o monarca.
✍Lições Bíblicas
Adultos, 1° trimestre de
2022 – CPAD
✍Assunto:
A Supremacia das Escrituras: a Inspiração, Inerrante e Infalível Palavra de
Deus
✍COMENTARISTA:
Douglas Baptista
📚TEXTO ÁUREO
“Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó
Senhor, segundo a tua palavra.”
(Sl 119.107)
💡VERDADE PRÁTICA
Os
livros históricos e poéticos mostram a soberania e a sabedoria divinas. O
relato dessas verdades produz fé e esperança em nossos corações.
⏰LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Js 21.45
Deus controla o curso da história humana
Terça - 2 Tm 2.13
Deus é fiel o tempo todo
Quarta - Jó 28.28
A sabedoria requer ações práticas
Quinta - Pv 31.30
A pessoa temente a Deus recebe honra
Sexta - Mt 10.29,30
Nada acontece fora da vontade divina
Sábado - Pv 4.23
Do coração procedem as fontes da vida
📖LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio 6.20-25; Salmos 119.105-108
Deuteronômio 6
20
- Quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que significam os testemunhos,
e estatutos e juízos que o Senhor nosso Deus vos ordenou?
21
- Então dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó no Egito; porém o Senhor, com
mão forte, nos tirou do Egito;
22
- E o Senhor, aos nossos olhos, fez sinais e maravilhas, grandes e terríveis,
contra o Egito, contra Faraó e toda sua casa;
23
- E dali nos tirou, para nos levar, e nos dar a terra que jurara a nossos pais.
24-
E o Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos, que temêssemos
ao Senhor nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como
no dia de hoje.
25
- E será para nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes
mandamentos perante o Senhor nosso Deus, como nos tem ordenado.
Salmos 119
105
- Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
106-
Jurei, e o cumprirei, que guardarei os teus justos juízos.
107
- Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra.
108
- Aceita, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca, ó Senhor; ensina-me
os teus juízos.
Estamos
prosseguindo em nosso estudo bíblico sobre as Sagradas Escrituras. Nesta lição,
temos a finalidade de apresentar uma visão panorâmica dos livros históricos e
poéticos.
Os
alunos devem compreender que as narrativas presentes nos livros de Josué às
Crônicas apresentam a experiência de Israel com o seu Deus. Nos dilemas,
conflitos e milagres veem-se provas do cuidado e da providência de Deus. Já a
literatura poética e sapiencial aponta para a sabedoria e verdade divinas.
2.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos
da Lição:
I)
Destacaras narrativas de Josué e Juízes e
apresentar as histórias dos reis de Israel e Judá;
II)
Conhecera estrutura e características da
literatura bíblica poética e de sabedoria;
III)
Mostraros princípios práticos para a vida
cristã.
B)
Motivação: É necessário uma
postura de submissão diante da mensagem bíblica. As narrativas da experiência
do povo de Israel com Deus nos ensinam a cerca da soberania e sabedoria do
Senhor.
C)
Sugestão de Método:
Elabore no quadro (ou em outro recurso disponível) uma tabela com duas colunas:
Livros Históricos e Livros Poéticos. Correlacione todos os livros do Antigo
Testamento que se enquadre em cada categoria. A partir dessa exposição explique
a diferença entre o texto em prosa e o texto em poesia.
3.
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A)
Aplicação: Incentive seus alunos a crer que Deus é soberano e age na História.
Reforce a importância de seguirmos os exemplos da sabedoria divina e não da
humana. Desafie-os a desenvolverem um coração adorador.
4.
SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A)
Revista Ensinador Cristão
B)
Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de
sua aula:
1) O
texto "Conheça um pouco mais dos Salmos da Bíblia" traz uma
introdução sobre o livro de Salmos, que lhe ajudará no desenvolvimento do
segundo tópico;
2) O
texto "O Ensino de Qualidade na Escola Dominical", localizado ao
final do terceiro tópico, aponta para o desenvolvimento de um ambiente
educacional saudável e de práticas pedagógicas eficientes para a docência
cristã.
A Bíblia faz uso de gêneros literários
para expressar a revelação divina. Para contar as histórias do povo de Deus, os
livros históricos servem-se da literatura chamada de “narrativa”. Os livros
poéticos e de sabedoria recorrem ao “texto lírico” com o propósito de despertar
sentimentos. Em vista disso, na lição de hoje, estudaremos as experiências e as
instruções relatadas nesses livros, cuja mensagem fortalece os nossos corações.
PALAVRA-CHAVE
Coração
I – AS HISTÓRIAS DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Os livros históricos.
Após a morte de Moisés, Deus chamou Josué
para liderar o povo na conquista da Terra Prometida (Js 1.1,2).
As gerações
seguintes, para assegurar a herança, disputaram o espaço com outras nações. Os
registros dessa experiência com Deus, e da posse da terra, são chamados de
“livros históricos”. São um total de 12 volumes, que retratam a história de
Israel desde a entrada em Canaã (cerca de 1400 a.C.) até o tempo de Esdras e
Neemias (cerca de 400 a.C.). Nesse período, Israel experimentou a providência,
a proteção e o juízo divino. Esses relatos demonstram que Deus controla o curso
da história (Js 21.45).
2. As histórias dos Juízes.
Depois de Josué, os juízes governaram
Israel até ao profeta Samuel (At 13.20). São cerca de 400 anos da história com
a atuação de doze líderes (Jz 3.11–16.30). Nessa época, não havia rei em Israel
(Jz 18.1); e cada um andava como queria (Jz 21.25). Por essa razão, a nação
entrou em declínio espiritual e fez “o que parecia mal aos olhos do Senhor” (Jz
3.7). Como resultado, os israelitas foram subjugados pelas nações vizinhas (Jz
3.8,12; 6.1; 10.7). Apesar disso, mediante o arrependimento do povo, Deus
levantava libertadores para resgatar Israel da opressão (Jz 3.9,15; 6.7;
10.10). Essas histórias apontam para a fidelidade e a misericórdia divinas (2
Tm 2.13).
3. As histórias dos Reis.
Por volta do ano 1050 a.C., Deus
constituiu Saul como rei em Israel (1 Sm 8.5; 9.17). Porém, Saul fracassou (1
Sm 16.1). Então, Davi foi escolhido e recebeu a promessa de um reino que não
teria fim (2 Sm 7.16). Salomão lhe sucedeu, e após a sua morte, o reino se
dividiu: Israel no Norte; e Judá no Sul. Ambos os reinos, rebelaram-se contra
Deus, e foram para o exílio. Em 722 a.C., Israel foi conquistado pelos
Assírios. Em 586 a.C., Judá caiu diante da Babilônia. Contudo, em 539 a.C.,
cumprindo sua promessa, Deus restaurou o trono de Davi. E, do reino de Judá, a
esperança messiânica se cumpriu em Jesus (Lc 1.32,33). Essas narrativas mostram
que os planos do Senhor não podem ser frustrados (Jó 42.2).
SINÓPSE I
As histórias presentes na Bíblia são verdadeiras e
dão testemunho da fidelidade e misericórdia divinas.
II – OS LIVROS POÉTICOS (E DE SABEDORIA)
DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Os livros sapienciais e poéticos.
Cinco livros do Antigo Testamento são
chamados de “escritos sapienciais” e “poéticos” porque ensinam a sabedoria por
meio da poesia ou da prosa, são eles: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e
Cantares de Salomão.
Eclesiastes foi escrito quase todo em prosa e os outros
livros foram redigidos, em sua maioria, em forma de poesia. De modo geral, a
prosa retrata o modo como normalmente falamos. E a poesia expressa sentimentos
e pensamentos mediante versos que atingem o intelecto e as emoções. Na Bíblia,
esse gênero literário trata da aplicação da verdade divina à experiência
humana, refere-se à sabedoria prática mais do que teórica (Jó 28.28; Sl 19.7;
Pv 23.12; Ec 7.12, Ct 8.7).
2. Eclesiastes, Provérbios e Jó.
O tema de Eclesiastes está na frase “é
tudo vaidade” (Ec 1.2), indicando a efemeridade da vida humana. Por isso, ao
final, o autor declara que o sentido da vida é “teme a Deus e guarda os seus
mandamentos” (Ec 12.13). O tema de Provérbios afiança que “o temor do Senhor é
o princípio da ciência [sabedoria]” (Pv 1.7), ensinando que observar os
princípios divinos nos faz pessoas sábias. Portanto, ao concluir, o escritor
enfatiza que uma pessoa temente a Deus é digna de ser honrada (Pv 31.30). O
tema de Jó é o sofrimento (Jó 1.21), mostrando que a dor não é racional e que é
preciso sempre confiar no Senhor.
3. Salmos e Cantares de Salomão.
Salmos em hebraico significa “louvor” e
sinaliza que a mensagem principal do livro é louvor, oração e adoração. Também
é um livro de instrução, porque nos mostra como servir ao Senhor. E ainda fala
profeticamente acerca do Messias. Nesses aspectos, considera-se como
verso-chave o Salmo 29.2: “Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o
Senhor na beleza da sua santidade”. O livro de Cantares ilustra o compromisso,
a intimidade e o amor que deve existir no casamento. Refere-se ao plano
original de Deus acerca do relacionamento conjugal. O versículo-chave sintetiza
o ideal da fidelidade entre o marido e a sua mulher: “Eu sou do meu amado, e o
meu amado é meu” (Ct 6.3).
SINÓPSE II
Os livros poéticos e de sabedoria expressam de forma
bela, singela e prática a verdade e a sabedoria de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“[Conheça um pouco mais
dos Salmos da Bíblia:]
O livro dos Salmos é uma
coletânea de poesia hebraica inspirada pelo Espírito Santo; descreve a adoração
e as experiências espirituais do povo de Deus no Antigo Testamento. É a parte
mais íntima e pessoal deste testamento, pois nos mostra como era o coração dos
fiéis naquele tempo, e a sua comunhão com Deus.
Nos livros históricos da Bíblia,
Deus fala acerca do homem; nos livros proféticos, Deus fala ao homem, e nos
Salmos, o homem fala a Deus. A alma do crente pode ser comparada a um órgão
cujo executor é Deus. Nos Salmos, percebe-se como Deus toca todas as emoções da
alma piedosa, produzindo cânticos de louvor, confissão, adoração, ações de
graças, esperança e instrução. Até hoje, não foi achada linguagem melhor para
que nós nos expressemos diante de Deus. As palavras dos Salmos são a linguagem
da alma” (PEARLMAN, Myer. Salmos: adorando a Deus com os filhos de Israel. Rio
de Janeiro: CPAD, 2020, p.5).
III – UMA MENSAGEM AO CORAÇÃO
1. Uma mensagem de soberania.
A Bíblia descreve o que Deus fez na vida
das pessoas e por meio delas. Por exemplo, Deus conduziu Josué na travessia do
Jordão (Js 3.13). O feito favoreceu o acesso à Terra Prometida (Js 5.1). Deus
levantou nações para punir a rebeldia de seu povo e ainda proveu o meio de
escape, a fim de evitar a extinção da nação eleita (Rm 9.29). Ele resgatou da
Babilônia o remanescente conforme a promessa feita a Davi (Ed 9.13). Foi Ele
que conservou a nação de Judá e assim preparou o caminho para a vinda do
Messias prometido (At 13.17-23). Assim sendo, nosso coração deve se aquietar,
porque Deus é soberano, Ele age na história e nada acontece fora da sua vontade
(Mt 10.29,30).
2. Uma mensagem de sabedoria.
Deus é a fonte da sabedoria (Pv 2.6), e o
propósito da sabedoria é agradar a Deus (Pv 3.5). Desse modo, todo o conselho
prático está subordinado à sabedoria divina. Dentre eles, citamos: andar
retamente (Pv 2.7); fugir da luxúria (Pv 2.16); não ser preguiçoso (Pv 6.6);
manter boa reputação (Pv 22.1); tomar cuidado no falar (Ec 5.2); não confiar no
dinheiro (Ec 5.10); viver com alegria (Ec 9.7); remir o tempo (Ec 12.1); manter
a integridade (Jó 1.22); aceitar a repreensão (Jó 5.17); confiar no Senhor (Jó
19.25); e desfrutar do verdadeiro amor (Ct 8.7). No entanto, essas ações não
devem ser observadas de forma legalista, elas devem ser o resultado do toque
divino no coração humano (Pv 4.23).
3. Uma mensagem de adoração.
Os salmos possuem a peculiaridade de
expressar as mais profundas emoções do coração humano, tais como: medo,
angústia e tristeza (Sl 116.3); força, segurança e alegria (Sl 118.14). Também
refletem o ideal divino da espiritualidade e adoração. Entre outros retratos da
vida espiritual, destacam-se: o coração que confia (Sl 3.3); o coração contrito
(Sl 6.1); o coração que glorifica (Sl 8.1), o coração agradecido (Sl 30.1), e o
coração arrependido (Sl 51.1). A fim de manter a verdadeira adoração em todas
as circunstâncias da vida, o salmista descreveu a conduta por ele adotada:
“Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl
119.11).
SINÓPSE III
Os sentimentos do coração estão impressos na
história, na poesia da Bíblia, que nos ensinam a respeito da verdadeira
adoração.
AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“[O Ensino de Qualidadena
Escola Dominical]
O ensino precisa ser centrado no
aluno, e não no professor ou no conteúdo. Todas as nossas ações didáticas devem
ser elaboradas pensando no aluno, visando à sua aprendizagem. [...] Atualmente
sabemos que a aprendizagem é um processo dinâmico que envolve uma infinidade de
esquemas mentais. Por isso, o ensino deve ser participativo. É preciso abrir
espaço para que os alunos questionem, pesquisem, manipulem, experimentem [...].
É importante que professor
compreenda que o aluno chega à classe com um conhecimento prévio do assunto que
será estudado. Logo, não podemos ignorar esse conhecimento, mas temos que
partir do que eles já sabem a respeito do assunto para depois apresentar novos
conteúdos. O ensino deve visar ao contato do aluno direto com a sua realidade,
ou seja, deve haver aplicabilidade. Precisamos construir uma ponte entre o
conteúdo ensinado e a nossa realidade. Atualmente os cristãos não são mais
jogados na cova dos leões como no tempo de Daniel, mas quantos “leões” não
temos que enfrentar no nosso dia a dia (desemprego, enfermidades, decepções,
etc.). Temos que aplicar o ensino ao nosso tempo e à nossa realidade” (BUENO,
Telma. Educação Cristã: Reflexões e Práticas. Rio de Janeiro: CPAD, 2012,
p.20).
CONCLUSÃO
A experiência do povo de Deus na conquista
e posse da Terra Prometida aponta para a soberania divina. O texto bíblico em
prosa e poesia revela a sabedoria divina, que deve ser aplicada em nosso viver
diário. Essa mensagem alegra o nosso coração, serve de bom remédio, e conserva
saudável o nosso espírito, alma e corpo (Pv 17.22).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que Israel experimentou no período
dos livros históricos?
Israel experimentou a providência, a
proteção e o juízo divino.
2. Para onde as histórias desses livros
apontam?
Essas histórias apontam para a fidelidade
e a misericórdia divina.
3. Cite os cincos livros que são classificados
como livros sapienciais ou poéticos.
Eclesiastes, Provérbios eJó, Salmos e Cantares de Salomão.
4. O que acontece quando observamos os
princípios divinos?
Observar os princípios divinos nos faz
pessoas sábias.
5. Quem conservou a nação e preparou o
caminho para a vinda do Messias?