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Lição 8 A Disciplina na Igreja

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Data da aula: 25 de Fevereiro de 2024

A TEXTO ÁUREO

E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido. (Hb 12.5)


VERDADE PRÁTICA

A disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de Cristo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Lv 11.44

O Senhor nosso Deus é santo

Terça - 1 Pe 1.14,15

O povo de Deus deve ser santo

Quarta - Rm 2.22-24

Deus deve ser honrado na vida

Quinta - 1 Co 5.6

O poder contagioso do pecado

Sexta - Gl 6.2

Levando as cargas uns dos outros

Sábado - Hb 12.7

Deus corrige a quem ama


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Hebreus 12.5-13

Baixar o livro pdf doutrina da igreja

5 – E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido;

6 - porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.

7 - Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem opai não corrija?

8 - Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos.

9 - Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?

10    - Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.

11    - E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.

12    - Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados,

13 - e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado.

Veja também esta opção de Lições da Escola Dominical

Hinos Sugeridos: 4, 33,153 da Harpa Cristã

1. INTRODUÇÃO

Caro professor, prezada professora, esta lição tem como finalidade apresentar a prática da disciplina na igreja. Haja vista o nosso Deus ser santo, convém que os seus servos o sirvam em santidade. Por essa razão, a disciplina é uma prática indispensável para a igreja, pois tem o propósito de corrigir maus comportamentos, afugentar o pecado e preservar o bom testemunho cristão.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Mostrar a necessidade de disciplina na igreja;

II) Destacar que a disciplina tem como propósito preservar a honra cristã e repelir a prática do pecado;

III) Apresentar as diferentes formas de disciplina elencadas na Bíblia.


B)    Motivação: A disciplina sempre existiu entre 0 povo de Deus. Desde os tempos em que os hebreus saíram da escravidão no Egito até os dias atuais, a disciplina tem sido 0 método instituído pelo Senhor como forma de preservar a santidade e a comunhão com 0 seu povo. Esse processo pode ser compreendido pela forma como Deus usou a Lei, os profetas e, por fim, seu próprio Filho anunciando a mensagem do Reino.


C)    Sugestão de Método: Nesta lição, a compreensão do processo de disciplina é fundamental para que os crentes possam manter-se compromissados com o Evangelho. Analise com seus alunos os métodos de disciplina instruídos na Bíblia, especificamente, nas Cartas Pastorais. Em seguida, relacione se tais métodos têm sido adotados com frequência atualmente e converse com seus alunos sobre o que pode ser feito para estimular a prática da disciplina na igreja.


3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A prática da disciplina, embora pareça indigesta para alguns crentes, não deve ser entendida como uma punição que tem a pretensão de humilhar o pecador. Antes, a disciplina é a prova mais clara de que o Senhor repreende e corrige a todos que Ele ama. Nesse sentido, o crente deve aceitar a disciplina como indispensável para melhorar o seu comportamento e testemunho cristãos.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A)     Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p. 40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B)    Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “Correção”, localizado depois do primeiro tópico, traz a definição do conceito de correção e o seu propósito na vida cristã;

2) O texto “Deus disciplina seus filhos”, ao final do terceiro tópico, amplia a reflexão sobre o bom efeito da disciplina. A forma como os pais corrigem seus filhos exemplifica e justifica por que Deus também aplica a correção para com os seus filhos por adoção.

Palavra Chave: Disciplina


INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos sobre a prática da disciplina na igreja. Embora seja muito necessária, a disciplina como prática da Igreja Cristã vem sendo esquecida e negligenciada por muitos. Ora, uma igreja que não corrige seus membros perdeu a sua identidade, não passando de um mero grupo social. O resultado disso são igrejas fracas, anêmicas e sem testemunho cristão. Por isso, o nosso assunto da disciplina cristã como um processo formativo do caráter cristão nas modalidades corretiva e formativa.

I - A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA

1. Deus é santo.

Santidade é um dos atributos de Deus e, por isso, é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja: “Eu sou santo” (Lv 11.45). Deus é santo e como tal deve ser reconhecido. Jesus mostrou na oração do Pai Nosso a necessidade de reconhecermos a santidade de Deus: “santificado seja o teu nome” (Mt 6.9). Quando Deus se faz presente, a nossa pecaminosidade se evidencia: “E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus,  dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador” (Lc 5.8). Assim, quando o comportamento pecaminoso na vida do crente não é corrigido, a santidade de Deus deixa de ser reconhecida.


2. A Igreja é santa.

Deus é santo e a igreja também deve ser: “Sede santos porque eu sou santo” (1 Pe 1.16). Ao formar seu povo, tanto na Antiga como na Nova Aliança, o desejo do Senhor é que ele fosse um povo separado. Na verdade, a palavra grega hagios, traduzida como “santo”, possui o sentido de “separado” ou “consagrado”.


3. Quando a igreja não disciplina.

Se a igreja, como Corpo de Cristo deve ser santa (1 Co 3.16), da mesma forma o cristão, como membro desse Corpo, o deve ser também (1 Co 6.19). A santidade faz parte da identidade do cristão (Ef 1.1). Logo, a falta de disciplina acaba embotando essa identidade. Surge, então, a imagem do crente “mundano” ou “carnal”. Na verdade, esses adjetivos revelam de fato um crente indisciplinado. Alguém que não tratou, ou não foi tratado, aquilo que acabou se tornando um hábito pecaminoso. Nesse sentido, a falta de disciplina acaba destruindo o limite entre o sagrado e o profano. Portanto, uma igreja que não disciplina seus membros torna-se mundana (Ap 3.19).


SINOPSE I

Santidade é um dos atributos de Deus e, por isso, é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja.

II - O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA

1. Manter a honra de Cristo.

Quando o pecado não é tratado na vida do crente, Cristo é desonrado: “O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós” (Rm 2.24). Se não corrigido, o comportamento pecaminoso compromete o testemunho cristão. No caso da igreja de Corinto, onde um dos seus membros adotou um comportamento flagrantemente pecaminoso sem, contudo, ter uma resposta enérgica da igreja, condenando essa prática, levou o apóstolo Paulo a censurá-la (1 Co 5.2). Não é possível alguém adotar um comportamento pecaminoso sem que com isso incorra em julgamento divino (1 Co 11.27-34; Ap 2.14,15).


2. Frear o comportamento pecaminoso.

Outro propósito da disciplina cristã está no fato de que ela põe um freio no comportamento pecaminoso. Isso porque o pecado é algo extraordinariamente contagioso que tem poder de se alastrar com grande facilidade. “Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?” (1 Co 5.6).


3. Não tolerar a prática do pecado.

Em 1 Coríntios 5, o apóstolo Paulo censura os coríntios porque não estavam adotando medida alguma contra a prática do pecado por parte de um de seus membros (1 Co 5.1,2). A consequência disso é que esse pecado acabaria enfraquecendo a igreja, pois uma igreja que não pratica a disciplina bíblica fatalmente fracassará. Nesse sentido, não se pode tolerar a prática do pecado, ou o comportamento pecaminoso, na igreja nem fora dela: “Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria” (Ap 2.20).


SINOPSE II

O propósito da disciplina cristã está no fato de que ela mantém a honra de Cristo na conduta do crente e põe um freio no comportamento pecaminoso.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

CORREÇÃO

Esta palavra é usada para regenerar, emendar, restaurar, disciplinar. A correção é uma função e uma responsabilidade do pai para com os seus filhos (Pv 23.13; 29.17; Jr 2.30; Hb 12.9) e de Deus para com o seu povo (Jó 5.17; Pv 3-12; Hb 12.7, 9).


Tanto os termos em hebraico como em grego sugerem um significado duplo; instruir, guiar, argumentar; e, também, punir, castigar, reprovar. A correção é visível em todo o processo de criação dos filhos, como sugere o termo grego mais comum paideuo, ‘educar um filho’, envolvendo tanto a orientação positiva, como a disciplina negativa, no caso de má conduta. A expressão que mostra que a Palavra de Deus é útil para a correção (2 Tm 3.16), ressalta o seu valor na melhoria de vida e do caráter do crente. O termo grego aqui significa ‘restauração a um estado de retidão’” (PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.466).

III - AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA

1. A disciplina como modo de correção.

As Escrituras mostram a necessidade de sermos corrigidos. A correção contribui para o crescimento e formação do caráter cristão: “Porque que filho há a quem o pai não corrija?” (Hb 12.7). Todos os crentes, de alguma forma, tiveram a necessidade de ser corrigidos em algum momento. Se alguém não é corrigido quando erra, então, segundo a Bíblia, trata-se de um bastardo e não de filho (Hb 12.8). Pedro, por exemplo, teve que ser corrigido por Paulo quando adotou uma atitude visivelmente errada em relação aos gentios (Gl 2.11-14).


Quando o crente comete alguma falta e não é corrigido, a tendência é que isso acabe se tornando um comportamento. O comportamento errado é reforçado. Dessa forma, o alvo da disciplina é levar aquele que pecou, ou vive na prática do pecado, à restauração e reconciliação (Gl 6.1).


2. A disciplina como forma de restauração.

A palavra grega katartizo, traduzida aqui como “encaminhai o tal” significa na verdade “restaurar”. É usada em Mateus 4.21 para se referir aos “reparos” (remendos) das redes de pescas. O sentido, portanto, é fazer com que a pessoa atingida pelo pecado seja restaurada ao seu anterior estado de bem-estar com Deus, da mesma forma que uma rede de pesca volta à sua utilidade após ser consertada. Nesse aspecto, dizemos que a disciplina cumpre o importante papel de restaurar o ferido, conforme a instrução do apóstolo Paulo à igreja de Corinto para que restaurasse o faltoso à comunhão (2 Co 2.5-8).


3. A disciplina como modo de exclusão.

Esse tipo de disciplina é também conhecido como “cirúrgica”. Isto porque o membro é cortado do Corpo de Cristo: “Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo” (1 Co 5.13). Nesse caso, há um desligamento e não apenas um afastamento da comunhão: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu” (Mt 18.18). Assim, o indivíduo perde a condição de membro pelo desligamento, já que o Senhor disse que ele passa a ser considerado “gentio” e “publicano” (Mt 18.17). Esse desligamento corta o vínculo da comunhão entre o membro e a igreja. Não há, portanto, mais vínculo entre o crente excluído por esse processo disciplinar e a igreja da qual fazia parte.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

DEUS DISCIPLINA SEUS FILHOS (HB 12.4-15)

A correção de Deus é dirigida à produção de justiça e paz (Hb 12.10b, 11). O autor revela o fim para o qual se destina a disciplina ou a correção de Deus. Não importa o quanto possam ser desagradáveis as experiências difíceis das nossas vidas, ou dolorosos os nossos sofrimentos, nós podemos obter consolo do fato de que ‘mais tarde’ tais experiências produzirão ‘um fruto pacífico de justiça’.


O resultado, entretanto, não é automático. A palavra traduzida como ‘exercitados’ no versículo 11 é gegymnasmenois, que deriva do atletismo, onde ela significa um exercício contínuo. O atleta diz: ‘sem esforço não há resultados’, querendo dizer que somente rompendo o tecido muscular e reconstruindo tecidos mais fortes é que ele pode atingir e seu objetivo. A correção que Deus impõe nos dá oportunidades cada vez mais novas para nos exercitarmos espiritualmente, e desta forma nos aproximarmos mais do objetivo de Deus para nós, de vidas verdadeiramente justas e de paz interior” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.510,11).


SINOPSE III

A disciplina faz com que a pessoa atingida pelo pecado seja restaurada ao seu anterior estado de bem-estar com Deus.


CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos o valor da disciplina cristã sob diferentes aspectos. A disciplina se mostra necessária quando sabemos que Deus é santo e exige que seu povo seja santo. Por outro lado, a disciplina também cumpre os propósitos de Deus quando ela conduz o cristão a se conformar com o caráter de Cristo. Uma igreja indisciplinada, portanto, perdeu o bom cheiro de Cristo (2 Co 2.14).


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja?

Santidade é um dos atributos de Deus e, por isso, é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja.

2. O que acontece quando o pecado não é tratado na vida do crente?

Quando o pecado não é tratado na vida do crente, Cristo é desonrado.

3. Por que o apóstolo Paulo censura os crentes em 1 Coríntios 5?

Um dos seus membros adotou um comportamento flagrantemente pecaminoso sem, contudo, ter uma resposta enérgica da igreja. A condenação dessa prática, levou o apóstolo Paulo a censurá-la (1 Co 5.2).

4. Cite três formas de disciplina bíblica de acordo com a lição.

As formas de disciplina são: a disciplina como modo de correção; a disciplina como forma de restauração; e a disciplina como modo de exclusão.

5. Com o que a correção contribui?

A correção contribui para o crescimento e formação do caráter cristão.

VOCABULÁRIO

Incorrer: Ficar sujeito; incidir; comprometido; envolvido em.

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTAO CORPO DE CRISTO Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Temas das Lições - Clique e leia

Lição 1- A origem da igreja

Lição 2 - Imagens bíblicas da igreja

Lição 3 - A natureza da igreja

Lição 4 - A igreja e o reino de Deus

Lição 5 - A missão da igreja de Cristo

Lição 6 - Igreja: organismo ou organização?

Lição 7 - O ministério da igreja

Lição 8 - A primeira ordenança da igreja: o batismo

Lição 9 - A segunda ordenança da igreja: a ceia do Senhor

Lição 10 - O poder de Deus na missão da igreja

Lição 11 - O culto da igreja cristã

Lição 12 - O papel da pregação no culto

Lição 13 - Sendo o templo do Espírito

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Lição 9 O Verdadeiro Discípulo promove a comunhão (Editora Betel )

Lições Bíblicas BETEL: 4° Trimestre de 2023 | REVISTA: TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO: Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.

TEXTO ÁUREO

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” Salmos 133.1

VERDADE APLICADA

VERDADE APLICADA

Uma das marcas do discípulo de Cristo é o interesse e a busca em estar junto com os que também estão em Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Reafirmar a importância da unidade dos cristãos.

2. Mostrar o propósito de Deus para a Igreja

3. Expor os benefícios da comunhão.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Atos 2

42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43 E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44 E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.

45 E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.

46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47 Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.


LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Sl 133.1 A bênção da comunhão.

TERÇA – At 2.44 Tudo em comum.

QUARTA – At 16.5 A fé promove o crescimento.

QUINTA – 2Co 13.13 A graça e o amor se manifestam na comunhão.

SEXTA – Cl 2.2 Corações unidos em amor.

SÁBADO – 1Tm 4.6 Um bom discípulo segue a sã doutrina.


HINOS SUGERIDOS: 61, 88, 573

MOTIVOS DE ORAÇÃO: Ore para que o discípulo obedeça à ordem divina para defender e promover a comunhão. 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1– A comunhão da Igreja

2– A vida em comunhão

3– Objetivos da comunhão

Conclusão


INTRODUÇÃO

A comunhão é um dos aspectos cruciais e característicos da Igreja Cristã, razão pela qual é chamada pelo apóstolo Paulo de “Corpo de Cristo”. Sem essa condição, ela não serviria aos propósitos de Deus na Terra.

1. A COMUNHÃO DA IGREJA

O significado da palavra comunhão, no dicionário, é o conjunto de pessoas que partilham as mesmas crenças, ideias, tendências, valores etc. O sentido bíblico do termo vem do grego koinonia, que se traduz por “fraternidade, associação, comunidade, comunhão, participação conjunta, relação”. É muito importante que cada membro do Corpo de Cristo esteja bem consciente de que o serviço cristão não nos dispensa da comunhão uns com os outros. Esse Corpo, por sua vez, por ser de Cristo carece de comunhão com Ele [1 Jo 1.6].


1.1. No partir do pão.

A primeira reunião para partir o pão associada à comunhão da Igreja de Jesus foi convocada por Ele [Lc 22.8]. Durante a ceia no cenáculo, Jesus chamou o pão de “minha carne”, simbolizando a comunhão entre os discípulos e deles com Jesus. A partir dali, Jesus os orientou a realizar o mesmo ato, em sua memória [Lc 22.19]. Ao excluir os crentes da comunhão, Diótrefes sabotou a ordem divina [3 Jo 10].


A Ceia é o partir do pão, a comunhão que deve ser o estilo de vida dos crentes em Jesus, o cabeça do Corpo [C11.18]. Fomos criados por Deus para o relacionamento e comunhão com Ele, e a natureza relacional do ser humano e Sua transcendência exigem o culto, eis por que, quando não adoram o Deus verdadeiro, os seres humanos elegem deuses falsos e filosofias vãs.


A “mesa” é um dos maiores símbolos de comunhão, foi nela que Cristo partiu o pão em unidade com Seus discípulos [Mt 26.19-20], Diótrefes não promovia a comunhão, o que era seu papel como um obreiro influente. Ao contrário disso, ele excluía as pessoas da Igreja [310 10]. Por causa dessa atitude, João, usando de sua autoridade apostólica, resolve denunciar as atitudes de Diótrefes contrárias ao bom desenvolvimento da igreja local.


1.2. Nas orações.

A oração é uma atividade espiritual que promove a comunhão, seja individualmente ou em grupo. No primeiro caso, acontece quando estamos em comunhão com Deus, sendo a oração o canal desse relacionamento [Mt 6.6]. No segundo, é na unidade da igreja quando está reunida no mesmo propósito [At 2.42]. Foi por meio da oração que Jesus pediu ao Pai para que nós nos tornássemos um entre nós mesmos e um com Ele [Jo 17.11].


Esse desejo de Jesus era Sua prática de vida e ministério, pois estava constantemente em oração e comunhão com o Pai, em momentos bons ou difíceis [Mt 26.39]. O Corpo de Cristo é a Igreja unida que se conecta com o “Cabeça” pela oração, o que Diótrefes ignorava, pois não prezava os irmãos e, ao invés de reunir-se com eles, os lançava fora da igreja. Gaio e Demétrio amavam a comunhão, por isso recebiam e hospedavam não só os irmãos, mas os estranhos, dando mostras do verdadeiro amor cristão [3 Jo 5].


A Igreja nasceu num ambiente de comunhão e oração [At 1.12-14]. Notamos que os discípulos, após a ascensão de Jesus, procuraram permanecer juntos em oração, aguardando o cumprimento da promessa. E quando o Espírito Santo veio sobre eles, “estavam todos reunidos no mesmo lugar” [At 2.1]. Neste dia, o povo de Deus se tornou o Corpo de Cristo cheio do Espírito Santo. John Stott diz que esse fato gerou “a comunhão do Espírito” [2Co 13.13] e essa comunhão nos fez ser parte desse corpo, a Igreja de Deus.


1.3. Na doutrina apostólica.

Lucas frisa que os crentes da Igreja Primitiva se dedicaram ao ensino por meio da comunhão. O termo no grego didache significa “ensino, doutrina, instrução nas assembleias religiosas dos cristãos”. Havia no início da Igreja uma comunhão com propósito doutrinário, que passou a fazer parte do estilo de vida da Igreja, que era perseverar “na doutrina dos apóstolos” [At 2.42].


Cristãos que negligenciam a Palavra de Deus ficarão secos. E sua alienação espiritual pode espalhar morte por todo o seu campo eclesiástico. A corrupção e a doença espirituais na vida de um discipulador podem espalhar-se como câncer por toda a vida espiritual de todos que estão ligados a ele. A falsa doutrina, juntamente com a má conduta, pode condenar muitos ao inferno mais rapidamente do que todas as paixões ou pecados da carne. Diótrefes não podia suportar o peso da doutrina de João, que era séria e verdadeira, voltada para as profundidades interiores do ser.


EU ENSINEI QUE:

A comunhão deve ser desejada pelo discipulador, como Jesus a desejou, e promovida, conforme fazia a Igreja Primitiva, em reuniões com os irmãos, por meio de oração e do ensinamento bíblico perseverante

2. A VIDA EM COMUNHÃO

Igreja é uma comunidade de fé e nasceu com esse caráter. Eles andavam, oravam e comiam juntos. A comunhão era um estilo de vida da Igreja Primitiva e essa modalidade não expirou. A comunhão é uma ordem divina que promove bênçãos [Sl 133] e o desejo de Jesus [Jo 17]. Esse estilo de vida levou a Igreja a um novo patamar espiritual e ministerial, a charis, a simpatia que atraia os não crentes, fazendo a Igreja crescer [At 2.47].


2.1. Preza a reverência.

Os prodígios e sinais que Deus efetuava na Igreja gerava temor, da própria comunidade de fé [At 5], e dos de fora. Essa reverência é condição indispensável no relacionamento do cristão com Deus, o que Diótrefes desprezava a olhos vistos, razão pela qual era irreverente no trato com a “Igreja de Cristo”. A reverência está vinculada à santidade, caráter que a Igreja, que será buscada por Jesus, deve ter, conforme Efésios 5.27.


Diótrefes usava várias acusações falsas e palavras maliciosas para afastar e manter fora aqueles que estavam pregando a verdade. O negócio dele não era comunhão, mas apenas aquilo que traria alguma benesse para si. Ele não permitiu sem mesmo que a igreja recebesse os textos de João. Seus esforços para proteger seu próprio império religioso eram prejudiciais à causa de Cristo.


A Igreja só tem um Senhor e Deus, que deve ser reverenciado. Salomão disse: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” [Pv 9.10a]. O relato do apóstolo João demonstra que faltava a Diótrefes a sabedoria espiritual, que é imprescindível a todos que têm a responsabilidade de cuidar do Corpo de Cristo.


2.2. Experimenta o sobrenatural.

A sobrenaturalidade era – e continua sendo – a marca da Igreja de Deus. “Muitos sinais e prodígios aconteciam no meio dela através dos apóstolos. O que antes eles testemunharam com Jesus, agora, com o nascimento da Igreja, passava a ser realizado por eles [At 3.6,7]. As experiências sobrenaturais e o poder de Deus eram meios de convencer os não crentes, além de mostrar a autoridade da Igreja. Mas, para Diótrefes, o que importava era exibir o seu super- poder humano por meio de ameaças e intimidações. É preciso estarmos atentos quanto ao aspecto sobrenatural da Igreja. Pois trata-se de algo inerente à sua própria natureza. Edificada por Cristo, sobre Cristo e feita morada de Deus [Ef 2.20-22]. Diótrefes parece que não se importava com tal verdade.


Chamamos de sobrenatural tudo o que não conseguimos explicar naturalmente. Deus quer que aprendamos a viver de forma a não sermos guiados e influenciados unicamente pelas circunstâncias naturais [2Co 5.7), mas dirigidos pelo Espírito Santo. Maus discípulos como Diótrefes só veem o que enxergam naturalmente, eles não creem e não buscam uma vida sob nenhum comando, nem mesmo o divino. Assim, estão fora do âmbito do qual deveriam fazer parte, onde Deus age.


2.3. Convive em comunidade.

A igreja é a comunidade cristã, um ambiente de fé onde a vida deve ser compartilhada. “Que eles sejam um”, Jesus pediu [Jo 17.11]. Antes de iniciar Seu ministério, Ele mesmo nomeou doze homens para que estivessem consigo [Mc 3.14], partilhando o chamado.


Os primeiros cristãos começavam a moldar esse novo modo de viver, passando a ter “tudo em comum”, ou seja, a viver sob o koinos, termo grego que significa “comum, ordinário, compartilhado por muitos”. Esse era o espírito sob o qual Gaio vivia, como um obreiro generoso e hospitaleiro que dava abrigo aos missionários em sua casa [3 Jo 5].


O discípulo que se inspira em Jesus constrói um relacionamento com base no amor e no respeito. Ele sacrifica sua natureza prepotente e vaidosa, porque sabe que é impossível representar a Cristo sendo um líder arrogante e insensível. Diótrefes tinha muito o que aprender, já que não sabia partilhar nada.


EU ENSINEI QUE:

A Igreja é a comunidade espiritual onde há compartilhamento de dons e de coisas. Fomos chamados para doar e receber

3. OBJETIVOS DA COMUNHÃO

A comunhão quebra o egoísmo, pois funciona pelo altruísmo, ou, como ensina o apóstolo Paulo em Filipenses 2.3-4: “… considere os outros superiores a si mesmos. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”.


3.1. Unanimidade de propósitos.

O termo unânime vem do original grego homothumadon, que tem o sentido de “com uma mente, de comum acordo, com uma paixão singular, única”. Esse significado aparece em 10 de suas 12 ocorrências no livro de Atos. Isso nos ajuda a entender a singularidade da comunidade cristã. Homothumadon é um composto de duas palavras que significam “impedir” e “em uníssono”, que aponta para harmonia em grau e tom. A Igreja nasceu para que seus integrantes andassem em harmonia de propósito: viver e compartilhar as boas-novas [Rm 10.15]. Gaio e Demétrio andavam na verdade, ou seja, estavam sob o propósito divino. Mas Diótrefes vivia para seus próprios interesses [2Co 6.12].


Jesus expressou qual era o propósito divino, ao nomear seus discípulos para saírem por todas as nações, batizando pessoas em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; e ensinando-as a guardar tudo o que Ele havia ordenado [Mt 28.19-20a].


3.2. Concordância.

Pouco antes da vinda do Espírito Santo, os discípulos de Jesus receberam uma ordem dele, para ficarem unidos em oração, enquanto esperavam a promessa do Espírito [At 1.4]. A decisão deles foi obedecer: “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar” [At 2.1]. Havia neles o mesmo coração, cujo termo original grego é kardia, por isso o Espírito caiu sobre todos. Gaio e Demétrio estavam juntos, em concordância com seu líder João, para o mesmo propósito.


Diótrefes não atraiu nenhuma concordância, pois andava sozinho, fora do espírito comunitário da igreja. O verdadeiro líder leva todos em consideração, transmitindo ao grupo a alegria de estarem uns com os outros e de trabalharem juntos, fazendo com que todos se sintam valiosos e necessários. Ao escrever sua Terceira Carta, João faz isso, mostrando o contraponto entre um mau discípulo que pensava em si, que era Diótrefes, e outros que andavam na verdade do chamado e do Evangelho, que eram Gaio e Demétrio. Esses, por seus posicionamentos, foram louvados e referenciados pelo apóstolo João. A concordância entre o povo de Deus em torno das verdades e dos valores bíblicos resulta em progresso e crescimento da Igreja [Mt 18.19].


3.3. Louvor a Deus.

Louvar a Deus era uma das expressões de alegria e gratidão manifestadas pelos irmãos da Igreja Primitiva [At 2.47]. Havia consciência de que era Deus quem estava agindo e não de qualquer pessoa da igreja, ainda que fosse um de seus líderes mais proeminentes [Rm 11.36]. Sendo um deles, João tinha esse entendimento e denunciou a motivação errada de Diótrefes, que gostava de “ser o mais importante entre eles” [3] o 9].


O fato de um crente buscar aplausos é algo que está em desarmonia com o coração de Deus [Jo 7.18]. Quando buscamos louvores, desviamo-nos de Jesus. Em seu livro Atitude: práticas positivas que levam ao sucesso, o Bispo Samuel Ferreira escreveu: “O Senhor não somente opõe-se ao orgulhoso, mas fica longe-bem longe dele. Devemos abandonar qualquer pensamento de estrelismo que nos faça pensar que somos especiais”. A Igreja Primitiva reconhecia que o louvor pertence a Deus [Ap 19.1].


EU ENSINEI QUE:

A Igreja existe para caminhar em unidade e unanimidade de propósitos, com seus membros e líderes servindo com o mesmo coração, em gratidão e alegria pelo que Deus realiza. É pela comunhão que a Igreja alcança o objetivo de considerar o outro superior a si mesmo.


CONCLUSÃO

Cada membro do Corpo de Cristo necessita estar em constante vigilância quanto aos ataques do maligno e a tendência da natureza humana pecaminosa que tentam minar e destruir a comunhão do povo de Deus. O mesmo Espírito que nos reveste de poder, também opera a união [Ef 4.3-6].

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