"Antes que os
montes fossem gerados, antes que houvesse colinas, desde a eternidade, tu és
Deus, de eternidade em eternidade." (Salmos 90:2)
📌INTRODUÇÃO:
Deus sempre existiu? Ou
houve um momento em que Ele veio à existência?
A teologia cristã,
baseada nas Escrituras Sagradas, oferece uma resposta clara e categórica: Deus
é eterno, sem princípio nem fim.
1. A ETERNIDADE DE DEUS
👉DEFINIÇÃO: A eternidade de
Deus não se refere a um período de tempo imenso, mas sim à sua transcendência
do tempo e do espaço. Ele existe fora do tempo linear que experienciamos,
existindo sempre e para sempre. (Salmos 102:27; Isaías 46:10)
👉Deus não teve um começo nem terá um
fim. Ele é o "Eu Sou", a fonte de toda a existência, independente de
qualquer outra realidade. (Êxodo 3:14)
Deus não está sujeito
às limitações do nosso universo criado; Ele existe de forma independente e
imutável desde toda a eternidade.
2. EVIDÊNCIAS BÍBLICAS
A Bíblia apresenta
diversas referências à eternidade de Deus. Em Salmos 90:2, lemos: "Antes
que os montes fossem gerados, antes que houvesse colinas, desde a eternidade,
tu és Deus, de eternidade em eternidade."
Essa passagem nos
ensina que Deus existe desde antes da criação do universo.
Em Isaías 43:10, Deus
declara: "Eu sou o primeiro e o último; fora de mim não há Deus."
Essa afirmação enfatiza
a unicidade e a eternidade de Deus.
Ele não tem
antepassados nem sucessores, pois existe desde
toda a eternidade e continuará
a existir para sempre.
✍️Conceitos como "antes" e
"depois" não se aplicam a Deus, pois ele está além da linearidade do
tempo.
✍️A eternidade de Deus não significa
apenas que ele existe por um longo tempo, mas sim que ele existe fora do tempo
como o conhecemos.
3. O FILHO DE DEUS E A ETERNIDADE
O Novo Testamento
também confirma a eternidade de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
👉Em João 1:1-3, lemos: "No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele
estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele
nada do que foi feito se fez."
👉Essa passagem revela que Jesus
Cristo, o Verbo de Deus, existia desde o princípio, antes da criação do mundo.
Ele é coeterno com o Pai, ou seja, compartilha da mesma natureza eterna e
imutável de Deus.
👉O Filho participou ativamente da
criação do universo (João 1:3, Colossenses 1:16).
👉A encarnação de Jesus Cristo na
pessoa de homem não diminui sua natureza divina ou sua eternidade.
4. A ETERNIDADE DE DEUS: VANTAGENS E DESVANTAGENS DA FÉ
A crença na eternidade
de Deus, conforme revelada na Bíblia, é uma decisão fundamental que impacta
profundamente a vida de cada indivíduo. Para auxiliar nesse discernimento,
analisaremos as vantagens e desvantagens de crer ou não nesse Deus eterno.
❌ 1. Desvantagens para quem não crê
no Deus eterno
1.1 Ausência de
Propósito e Significado
Sem a crença em um
Criador eterno, a vida pode parecer sem sentido e propósito. A busca por
significado e valor pode se tornar frustrante e vazia, levando à angústia existencial.
1.2 Medo da Morte
A perspectiva de um fim definitivo, sem
esperança de vida após a morte, pode gerar ansiedade e insegurança. A crença na
eternidade, por outro lado, oferece conforto e esperança na vida após a morte.
1.3 Ausência de Base
Moral
Sem um Deus eterno como
padrão de moralidade, a ética e os valores podem se tornar relativos e
subjetivos. Essa falta de base moral pode levar a decisões e comportamentos
prejudiciais ao indivíduo e à sociedade.
✅ 2. Vantagens para quem crê na
eternidade de Deus
2.1 Propósito e
Significado
A crença em um Deus
eterno dá à vida um propósito e significado transcendentes. Saber que somos
amados e criados por um ser superior nos conecta a algo maior que nós mesmos,
proporcionando paz e realização.
2.2 Esperança na Vida
Após a Morte
A crença na eternidade
oferece a promessa de uma vida após a morte, livre de sofrimento e morte. Essa
esperança traz conforto e motivação para enfrentar os desafios da vida
presente.
2.3 Base Moral Sólida
A crença em um Deus
eterno fornece uma base moral sólida e objetiva. Os ensinamentos bíblicos sobre
amor, justiça, compaixão e perdão servem como guias para uma vida ética e
virtuosa.
CONCLUSÃO
A doutrina da
eternidade de Deus é um pilar fundamental da fé cristã. Ela nos revela a
natureza transcendente e imutável de Deus, o criador e sustentador do universo.
“Ora,
a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as
letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos"
(Daniel 1.17)
LITURA
DIÁRIA
SEG. Dn 1.12
O propósito dos jovens pela confiança em Deus
TER. Dn
7.9
A visão gloriosa dos tronos e do Ancião
QUA. 2 Ts 3.3
Deus é fiel para nos guardar do Maligno
QUI. Dn 4.37
Deus abate os soberbos
SEX.1 Jo 1.9
Se confessarmos os pecados, Ele é fiel para nos
perdoar
SÁB. 2 Tm 2.11-13
Deus permanece fiel, pois não nega a si mesmo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Daniel 1.1-7;
2.29,30; Daniel 2.29, 30
Daniel 1.1-7; 2.29,30
1
No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da
Babilônia, a Jerusalém e a sitiou.
2
E o SENHOR entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos
utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa
do seu deus. e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.
3
E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos
filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres,
4
jovens em quem não houvesse defeito algum, formosos de aparência, e instruídos
em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que
tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados
nas letras e na língua dos caldeus.
5
E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do
rei
e do vinho que ele bebia. e que assim fossem criados por três anos, para que no
fim deles pudessem estar diante do rei.
6
E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misaele Azarias.
7
E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de
Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a Misael, o de Mesaque, e a
Azarias, o de Abede-Nego.
Daniel 2.29, 30
29
Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há de ser
depois disto. Aquele, pois, que revela os segredos te fez saber o que há de
ser.
30
E a mim me foi revelado este segredo, não porque haja em mim mais sabedoria do
que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei
e para que entendesses os pensamentos do teu coração.
CONECTADO
COM DEUS
O
profeta Daniel ainda era jovem quando foi levado com seus amigos para o
cativeiro na Babilônia. Ali, ele viveu experiências que jamais imaginava para
sua vida. O rei havia ordenado a escolha de alguns jovens, pertencentes à
linhagem real judaica, formosos de aparência e habilitados para viver no
palácio real. Dentre estes estava Daniel. À época, talvez ele mal pudesse
imaginar o quanto aquelas tristes circunstâncias estavam diretamente ligadas ao
bom propósito de Deus para sua vida. Muitas vezes, somos submetidos a situações
assim, as quais pensamos que tudo deu errado. Mas a história de Daniel vai nos
mostrar que Deus sempre tem o controle sobre todas as coisas e as faz cooperar
para o bem daqueles que são chamados segundo o seu propósito!
l.
QUEM ERA DANIEL?
1.1.
Cativeiro em Babilônia
Nos
dias do rei Jeoaquim, por volta do ano 605 d.C.„ Deus permitiu que
Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadisse Judá e cercasse Jerusalém, O
cativeiro babilônio tornou-se inevitável diante da impenitência do povo de
Judá, que por várias vezes rejeitou a convocação ao arrependimento feita pelos
profetas enviados por Deus. A deportação dos judeus para a Babilônia ocorreu em
três etapas: o primeiro grupo foi levado em 605 a.C.; o segundo grupo foi
deportado em 595 a.C.; e, por fim, o terceiro grupo foi conduzido para a
Babilônia em 587 a.C. Daniel e seus amigos foram levados durante a primeira
investida, sob o governo de Jeoaquim, rei de Judá (Dn 1.1).
1.2.
Da Linhagem real
Aspenaz,
chefe dos eunucos, trouxe alguns jovens que pertenciam à linhagem real de
Israel para participarem de um programa de treinamento no palácio do rei, Esses
jovens deveriam ser formosos de aparência, instruídos em toda a sabedoria,
sábios em toda a ciência, entendidos no conhecimento e aptos para viver no
palácio do rei. Dentre estes, estavam Daniel e seus amigos Hananias, Misael e Azarias.
Eles receberam novos nomes: Daniel passou a se chamar Beltessazar; a Hananias,
chamaram de Sadraque; Misael, de Mesaque; e Azarias, de Abede-Nego (1.7).
No
palácio do rei, os jovens aprenderiam as letras e a cultura dos caldeus e
teriam uma rotina e dieta reguladas com o melhor que poderia ser oferecido no
império.
1.3.
Um profeta-estadista
Durante
os dias em que esteve no palácio do rei, Daniel e seus amigos desfrutaram do
cuidado divino. Tanto é que estes jovens se sobressaíram em relação aos demais
que haviam sido transportados para a Babilônia. As Escrituras nos garantem que
Deus concedeu a Daniel, Hananias, Misael e Azarias a graça de terem o
conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria, mas a Daniel o
Senhor concedeu o entendimento em toda a visão e sonhos (Dn 1.17). Deus iria
levantar Daniel como uma liderança forte e significativa no Império Babilônio,
a fim de livrar o povo de Israel da destruição e para profetizar sobre o futuro.
2.
CORAGEM PARA SER FIEL
2.1.
Sua convicção pura
Daniel
e seus amigos foram educados na Lei do Senhor desde a infância. Notoriamente,
as práticas religiosas, a dieta, bem como os ensinamentos caldeus contrariavam
os retos conselhos da Lei do Senhor, contudo, o posicionamento de Daniel e seus
amigos revela que eles não renunciariam às suas convicções, mesmo se tivessem
que pagar com a própria vida para isso. O amor à Palavra de Deus e a fé que
receberam de seus pais fizeram com que a dedicação no serviço e obediência a
Deus fossem maiores do que as circunstâncias adversas com que eles se
deparavam.
Que
exemplo! Será que você também está disposto a rejeitar as iguarias que o “deus
deste século” tem colocado diante de você ou não vê problema algum em
assentar-se à mesa com os escarnecedores? Pense nisso!
2.2.
Decidiu não se contaminar
O
conhecimento da Lei do Senhor levou Daniel e os seus amigos a discernirem que
as iguarias oferecidas no palácio do rei eram oferendas dedicadas a deuses
pagãos. Logo, participar daquela dieta significaria renunciar aos ensinamentos
sagrados. Deus honrou a atitude dos jovens, fazendo com que a dieta de legumes
adotada por eles tornasse suas aparências mais saudáveis do que a daqueles que
se alimentavam da porção do manjar real (Dn 1.13-16). O Senhor ainda os
abençoou dando-lhes conhecimento, inteligência em todas as letras e sabedoria,
mais do que todos os outros doutos do reino (1.17,20).
Quando
nos tornamos tolerantes com o pecado, nos alimentando das “iguarias"
mundanas, a nossa comunhão com Deus é prejudicada. Portanto, faça como Daniele
seus amigos: decida em seu coração não se contaminar com este mundo.
2.3. Sua vida de oração
Para manterem-se firmes
na fé, apenas a decisão de não se contaminar com a cultura babilônica não seria
o suficiente para aqueles jovens. Eles precisariam prosseguir na busca e
comunhão com Deus. Por esse motivo, Daniel é caracterizado no livro como um
homem de oração (Dn 6.10). Desenvolver o hábito de orar, mesmo que em espirito,
como ensina o apóstolo Paulo, é fundamental para não perdera conexão com o
Senhor. Daniel e seus amigos certamente contaram com a provisão divina quando
fizeram o trato com Aspenaz a respeito da dieta de legumes. Semelhantemente,
diante das tentações e pressões do mundo, a contínua oração é o sustento
necessário para vencermos pela fé (1 Jo 54).
3. FESTA NA BABILÔNIA
3.1. O orgulho humano
Nos dias de seu
reinado, Nabucodonosor havia sonhado com uma grande estátua feita de vários
materiais (Dn 2). Nessa ocasião, Daniel foi levado ao rei a fim de revelá-lo 0
sentido do sonho e apontou que ele era a cabeça de ouro da estátua. Isso
significava que o Deus dos céus o havia entregado o domínio de toda a Terra.
Por essa razão, o rei se orgulhou muito e procurava usar a religião para
consolidar o seu domínio sobre todas as províncias conquistadas. O orgulho fez
com que o rei ordenasse a construção de uma estátua e convocou uma grande festa
para a consagração daquele monumento. Nesse ajuntamento, todos os prefeitos,
presidentes, juízes e autoridades deveriam se prostrar e reverenciar a imagem
do rei (3.1-6). Esse é mais um exemplo do que o orgulho pode provocar no
coração das pessoas.
3.2. A estátua de ouro
e a coragem dos jovens
A estátua que o rei
mandou construir tinha dois metros e sessenta de largura, 27 metros de altura e
foi levantada em um local chamado “Campo de Dura" (3,1). Essa obra
colossal tornou-se um símbolo do governo de Nabucodonosor. Para cumprir esse
propósito, o rei convocou todas as autoridades do Império Babilônico e, como
prova de lealdade, ordenou que, ao sinal combinado e ao som da orquestra, todos
se prostrassem diante da estátua (3.5), Mesmo sabendo das consequências de não
obedecerem à ordem do rei, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não se curvaram diante
da estátua. Atualmente, o nosso inimigo espiritual nos tenta para pecarmos
contra o Senhor e nos desviarmos da sua vontade (1 Pe 5.8, 9). Entretanto, a
confiança em Deus nos trará livramento de qualquer cilada.
3.3. A fornalha ardente
superaquecida e o Quarto Homem.
A postura dos jovens
hebreus chamou a atenção de certos caldeus. Insatisfeitos, comunicaram ao rei
que a desobediência vinha justamente dos judeus que ocupavam cargos no reino.
Depois que ficou sabendo, Nabucodonosor resolveu dar mais uma oportunidade aos
jovens para que se submetessem ao decreto. Em resposta, os jovens confiaram
plenamente na provisão divina. Caso não houvesse livramento, estavam dispostos
a morrer submissos à vontade de Deus. Entretanto, quando foram lançados na
fornalha ardente, um quarto homem com aparência diferente apareceu entre eles.
Era o anjo do Senhor livrando-os da morte (3.25). O Senhor sabe livrar e honrar
aqueles que são fiéis aos seus mandamentos.
PARA
CONCLUIR
A
história de Daniel e seus amigos na Babilônia nos mostra que o Senhor não
abandona os seus servos nos momentos mais difíceis. Eles enfrentaram grandes
desafios que surgiram para desanimá-los ou tentá-los a abandonarem a fé. A
história deles nos revela que Deus é soberano e tem o controle sobre cada
detalhe da vida de seus servos. Confie sua vida a Deus e seja fiel aos seus
ensinamentos, Ele conhece o seu passado, presente e, com certeza, tem um futuro
de bênçãos para você.
HORA
DA REVISÃO
1.
Como deveriam ser os jovens escolhidos para o treinamento no palácio do rei da
Babilônia?
2.
Como Deus honrou Daniel e aos seus amigos por decidirem não se contaminar com
as iguarias do rei?
3.
Como o profeta Daniel é caracterizado no livro bíblico?
4.
O que o orgulho no coração de Nabucodonosor o levou a fazer?
5.
O que aconteceu quando Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram lançados na
fornalha ardente?
✍Revista:O Padrão Bíblico para a Vida Cristã– Caminhando segundos os Ensinos das
Sagradas Escrituras
Site: Subsídios
Dominical
TEXTO
PRINCIPAL
"Ora,
sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima
de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam." (Hb
11.6)
RESUMO DA LIÇÃO
A
Bíblia Sagrada mostra a existência de Deus para o homem moderno.
1
Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas
mãos.
2
Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
3
Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes.
4
Em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo. Neles pôs
uma tenda para o sol.
Romanos 1.18-20
18
Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos
homens que detêm a verdade em injustiça.
19
Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho
manifestou.
20
Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno
poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que
estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.
INTRODUÇÃO
A
existência de um único Deus em três pessoas é um dos pilares do Cristianismo. A
partir dessa premissa, tudo o que veremos na sequência depende do entendimento
de que Deus existe, que criou todas as coisas e se revelou a nós peta sua
vontade.
É
o Senhor que dá origem à vida, organiza o mundo e tudo o que nele há. Ele
também é o responsável pela criação do homem e da mulher, se revela de forma
específica e nos apresenta em sua Palavra 0 plano da Salvação. Estudaremos
nesta lição acerca desse Deus e de sua revelação.
I -
DEUS E SUA EXISTÊNCIA
1.
Deus existe.
A
fé cristã se baseia na certeza da existência de Deus. A Bíblia, em Gênesis 1.1,
deixa claro não somente a existência dEle, mas igualmente o seu poder e a sua
iniciativa por meio do ato da criação quando nem mesmo o tempo ainda era
contado: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Tudo o que vemos teve um
começo, e isso se deu pela vontade divina. Nada no mundo surgiu do acaso, e
para que não houvesse dúvidas acerca dessa realidade, Deus se “descortinou” a
todos por meio de um processo inteligente, alcançável pelo entendimento humano,
chamado revelação.
2.
Uma revelação geral.
O
Deus Criador mostrou sua existência à humanidade por meio de sua criação, e
essa revelação se baseia justamente na certeza de que os atos criativos dEle,
ou seja, a sua obra, manifesta na natureza, têm a capacidade de, mesmo de forma
limitada, mostrar que o homem e o mundo tiveram uma origem, que não são frutos
de um acidente cósmico ou resultado de uma ação de forças impessoais. Apesar de
a natureza comunicar parcialmente os planos do Criador para o homem, tal
comunicação se toma Limitada por força da ingerência do pecado na mente humana,
impedindo que o homem consiga enxergar a ação de Deus na Criação.
É
possível que o ser humano decida negar intelectualmente a Deus e sua
existência. Romanos 1.18 fala que do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda
impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça." Paulo
deixa claro que há pessoas que, deliberadamente, reconhecem a existência de
Deus, mas preferem negá-la e transformá-la em algo injusto. Esses homens são
“indesculpáveis" por decidirem usar seus intelectos para rejeitar o
Criador e sua justiça (Rm 1.20). Não se trata da aceitação de uma ideia
filosófica ou de uma discussão acadêmica, pois a rejeição ao reconhecimento da
existência de Deus é o primeiro passo para a prática da injustiça.
3.
Uma revelação específica.
O
homem comum, ainda que esteja sob efeito do pecado, não está isento de
reconhecer que há um Deus que opera todas as coisas pela sua santa vontade e
justiça.
É
possível ilustrar tal fato observando o caso dos habitantes da Ilha de Malta,
para onde Paulo e os demais prisioneiros náufragos foram levados por Deus. Para
que se aquecessem do frio, os nativos da ilha, chamados por Lucas de
“bárbaros", acenderam uma grande fogueira para os náufragos por causa do
frio e da chuva. Paulo recolhe alguns galhos e é picado por uma cobra venenosa,
motivo pelo qual os habitantes da ilha concluem: “Certamente este homem é
homicida, visto como, escapando do mar, a Justiça não o deixa viver" (At
284). Aqueles homens não conheciam o Deus revelado nas Escrituras, mas sabiam
que há uma justiça divina que não deixa escapar dos seus atos aqueles que
praticam o mal. Graças àquele evento, os habitantes da ilha de Malta puderam
ouvir o Evangelho, pois Paulo foi livre por Deus da morte.
PENSE!
Qual a importância de se conhecer a
origem da Bíblia?
PONTO
IMPORTANTE!
O desenvolvimento histórico da Bíblia
atesta ser ela a Palavra de Deus.
II
- IDEIAS ACERCA DA PESSOA DE DEUS
1.
Ateísmo.
Na
história da humanidade, é possível ver que há uma divisão entre aqueles que
creem que Deus existe e que criou todas as coisas e os que não acreditam na sua
existência e nem no seu poder. A estes que não creem, denominamos de “ateus” —
pessoas que discordam, em seus pensamentos e ações, da existência de um Ser
poderoso e supremo, que fez todas as coisas e que intervém na história. Essa
ideia de que não há Deus não é recente.
O
Salmo 53.1 mostra a seguinte verdade: “Disse o néscio no seu coração: Não há
Deus”. A negação acerca da existência do Eterno começa no íntimo do homem, de
maneira velada. A ideia da ausência divina é como uma semente que está em fase
de germinação. Depois, o fruto dessa negação intelectual alcança as ações da
pessoa, o que é demonstrado pelo salmista no mesmo versículo: “Têm-se
corrompido e têm cometido abominável iniquidade."
2.
Panteísmo.
O
panteísmo é a ideia que mostra Deus como sendo participante de sua obra criada.
Para o panteísta, o Senhor é tudo, e tudo é ELe. A Bíblia diz que Deus fez
todas as coisas. Ela também diz que o Criador se utiliza de sua criação para
mostrar um pouco do seu poder: “Os céus manifestam a glória de Deus e o
firmamento anuncia as obras de suas mãos" (Sl 19.1). O salmista deixa
claro que a criação e o seu Criador possuem uma conexão, mas não se misturam,
da mesma forma que uma pintura não é o pintor, e sim uma obra deste. Diferente
do ateu, o panteísta acredita que Deus se misturou com a sua criação, e dessa
forma, os elementos da natureza e do universo são Deus também.
3-
Deísmo.
O
deísmo se baseia na perspectiva de que Deus criou todas as coisas, sendo Ele o
Todo-Poderoso, Entretanto, esse Deus limitou-se a criar o mundo e os homens,
mas não interfere na história, deixando, portanto, as criaturas viverem à sua
própria sorte, de acordo com o seu próprio entendimento, A partir dessa visão,
os homens têm liberdade para fazer o que desejarem, pois, para eles, Deus não
intervirá na história nem nas ações dessas pessoas. A intervenção divina, não
existe para o deísmo, pois Deus não se importa mais com a sua criação. Já
bastaria ter criado o mundo e os homens. É como se Deus fosse um pai ausente,
que gerou um filho, mas deixa-o viver como desejar, com autonomia para tomar
suas decisões sem se importar com a eternidade.
4.
Teísmo.
O
teísmo é a perspectiva de que Deus existe, criou todas as coisas, e que se
envolve diretamente em sua criação. Enquanto no deísmo Deus não intervém em
nada, no teísmo Ele está presente, atuando de forma direta na história, revelando
sua vontade e zelando pela sua criação. O teísmo rejeita o panteísmo por este
tentar unir a criatura com o Criador, fazendo dos dois, um. Rejeita também o
deísmo, pois Deus é presente na história intervindo nela. Também rejeita o
ateísmo, pois entende que o Senhor existe e que sua existência pode ser
evidenciada de diversas formas.
CONCLUSÃO
Diante
das diversas opções de classificar Deus e sua existência, a Bíblia Sagrada
mostra claramente que não estamos sozinhos, que o Senhor existe e que é pela fé
que podemos nos achegar a Ele: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é
galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Mesmo diante das nossas limitações
para compreender, de forma completa, a revelação divina, podemos crer, pela fé,
no Deus Vivo e Verdadeiro.
HORA
DA REVISÃO
1
Em que se baseia a fé cristã?
2.
Em que se baseia a revelação geral?
3.
Cite três ideias acerca da pessoa de Deus apresentadas na lição.
4.
Em que se baseia o deísmo?
5.
Segundo a lição, qual é a perspectiva do teísmo?
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PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Professor(a), a lição desta semana tem como finalidade apresentar a
natureza universal do Reino de Deus e a Igreja como parte integrante e
representativa desse Reino no mundo. Nesse sentido, a Igreja faz parte da
realidade presente do Reino de Deus e, por conseguinte, fará parte também da
realidade vindoura.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A)Objetivos da Lição:
I) Relacionar a natureza do Reino de Deus com a nação
de Israel, bem como o seu propósito com a existência da Igreja;
II) Apontar as dimensões do Reino de Deus nas
realidades presente e futura;
III) Destacar a Igreja como projeto de Deus e
expressão de seu Reino na plenitude dos tempos.
B)Motivação: Nosso Senhor
afirmou que o Reino de Deus não tem aparência visível como se estivesse
localizado em uma posição geográfica. Antes, o Reino de Deus, disse Jesus, está
entre vocês (Lc 17.20, 21). Isso significa que a natureza do Reino é
espiritual. Ele se manifesta por meio da justiça, paz e alegria do Espírito. A
maior vitória do Reino de Deus é sobre 0 pecado, a morte e Satanás.
C) Sugestão de Método: Nesta lição, a classe aprenderá que há uma
distinção entre Igreja e Reino de Deus. Ambos possuem características
específicas que estão presentes nas Escrituras Sagradas. Para estimular a
participação dos alunos, elabore na lousa duas colunas. Em cada uma delas, com
a ajuda da classe, relacione as características específicas da Igreja e do
Reino de Deus respectivamente. Ao final, ressalte que, nesta lição, vamos
estudar com maiores detalhes que 0 Reino de Deus é mais abrangente. A Igreja,
porém, está inserida no Reino de Deus.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A Igreja tem a responsabilidade de transmitir a
mensagem do Reino de Deus ao mundo. Essa missão só pode ser alcançada a partir
do testemunho vivo dos crentes, que coadune os ensinamentos da Palavra de Deus
com um estilo de vida que expresse a prática de boas obras.
4.SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que
traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 96, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B)Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula:
1) O texto “O Reino e a Vinda do Filho do Homem”, localizado depois
do primeiro tópico, destaca a qualidade invisível do Reino de Deus, porém, presente
no que Jesus dizia e fazia;
2) O texto “Jesus Voltará”, ao final do terceiro tópico, destaca a
importância do serviço cristão em prol do Reino de Deus enquanto nosso Senhor
não retorna para buscar a sua Igreja.
PALAVRA
CHAVE: Reino
INTRODUÇÃO
A
Bíblia apresenta Deus como um rei (Sl 47.6; 52.7) que exerce o seu governo e
domina sobre tudo o que há (Sl 22.28). Sobre o seu reino, governa
soberanamente. Nesta lição, apresentaremos uma compreensão do Reino de Deus a
partir de sua natureza e da sua relação com a Igreja. Nesse aspecto,
mostraremos o reino divino na sua dimensão universal e soberana, bem como sua
realidade presente e futura. A Igreja é vista como parte desse reino e, por
isso, Deus a estabeleceu para viver, pregar e manifestar a vida do reino
divino.
I - A NATUREZA DO REINO DE DEUS
1.
O Reino de Deus é universal.
O
salmista diz que “Deus é o Rei de toda a terra” (Sl 47.7) e, da mesma forma, Daniel
afirma que Deus domina sobre o reino dos homens (Dn 4.25). Assim, as Escrituras
revelam um importante aspecto da natureza do Reino de Deus: a sua
universalidade. Deus é o Rei universal e, como tal, tem domínio absoluto sobre
sua criação, sobre reinos e governos humanos, bem como ' sobre todas as hostes
angelicais (Dn 4.35). Isso significa que nada nem ninguém está fora do seu
domínio (Dn 2.21).
2.
A soberania divina e os acontecimentos do mundo.
Observamos
que, embora o mundo siga o seu curso, Deus não perdeu nem deixou de exercer
domínio sobre ele, tampouco sobre o universo criado. Um Deus que não tivesse o
controle de tudo não seria Deus. Isso não significa dizer que Ele seja a causa
de tudo o que acontece no mundo. Significa que, embora os homens e, até mesmo o
Diabo e seus demônios, tenham liberdade e permissão para agirem neste mundo, contudo,
essas ações não se sobrepõem à soberania de Deus. Assim Deus domina sobre todos
(Sl 103.19).
3.
O Reino de Deus, a nação de Israel e a Igreja.
O
Antigo Testamento revela que Deus escolheu um povo, Israel, para reinar sobre
ele e através dele em um governo soberano e teocrático. Quando Israel estava
organizado em um regime tribal, Deus reinava sobre ele (Nm 23.21), de forma
soberana, exercendo o seu governo teocrático sobre seu antigo povo (Is 43-15)-
Israel, por isso, era um reino sacerdotal (Êx 19-5,6). Dessa forma, quando
escolheu Israel, Deus tinha 0 propósito de abençoar essa nação e, por meio dela,
todos os povos (Gn 12.1-3; Is 45.21,22). Esse propósito se concretizou na
pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Davi, que por intermédio de sua morte e
ressurreição estabeleceu a Igreja (Ef 2.14; Gl 3-14; 4-28; 1 Pe 2.9).
SINOPSE
I
As
Escrituras Sagradas revelam a universalidade do Reino de Deus, bem como o seu
propósito específico para com Israel e a Igreja.
Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos reinos com os
quais os fariseus estão familiarizados. Sua vinda não corresponderá com sinais
visíveis para que ninguém possa predizer o tempo exato de sua chegada. As
pessoas entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando dizem: ‘Ei-lo aqui! Ou:
Ei-lo ali!’ Tais predições são arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes
as pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6, 7).
Jesus afirma que a fase inicial do Reino não vem desse jeito; de
fato, já veio (Lc 17-21). Jesus usa a palavra entos para descrever sua
presença — palavra que significa ‘dentro’ de vocês ou ‘entre, no meio de’
vocês. Jesus está falando a fariseus, que sem dúvida o rejeitaram. Ele não
diria que o reinado de Deus está dentro dos corações deles. Contudo, o Reino é
um fato histórico. Jesus quer dizer que o Reino está ‘entre vós’ — presente no
que Ele faz e diz —, ainda que os fariseus permaneçam cegos diante dessa
realidade (cf. Lc 11.20). Eles esperam ver sinais da vinda do Reino algum dia
futuro. Mas não há necessidade de procurar sinais futuros da vinda do governo
de Deus. Hoje pode-se entrar nele, embora sua consumação final venha depois”
(ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal -
Novo Testamento. Vol. 1 - Mateus-Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.432).
II - A IGREJA E AS DIMENSÕES DO REINO DE
DEUS
1.
O Reino de Deus como realidade presente.
Nos
Evangelhos, vemos Jesus chamando a atenção para a dimensão presente do Reino de
Deus. Por exemplo, Mateus registra Jesus libertando e curando um endemoninhado
cego e mudo (Mt 12.22). Esse fato extraordinário provocou o ciúme e a ira dos
fariseus que o acusaram de fazer isso pelo poder de Belzebu (Mt 12.24).
A
resposta de Jesus foi reveladora: “Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito
de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus” (Mt 12.28). Nessas
palavras do Senhor, vemos um aspecto importantíssimo na compreensão da
identidade do Reino de Deus: a sua realidade presente. Em outras palavras, com
advento de Jesus, o Reino de Deus já estava presente entre os homens. Nosso
Senhor disse que o Reino de Deus havia chegado (Mt 3.2). Logo, esse reino não é
algo subjetivo, mas concreto, real.
2.
Onde está o Reino de Deus?
O
Reino de Deus como realidade presente não está relacionado ao espaço
geográfico, mas com a presença de Jesus, pois onde a presença dEle está, o
Reino de Deus se manifesta (Lc 17.20,21). Em outras palavras, toda vez que
pessoas são salvas (At 8.12), curadas e libertadas do poder do Diabo (At
8.6,7), o Reino de Deus está presente (Rm 14.17; 1 Co 4.20). Ora, o Reino de
Deus estava presente no ministério de Jesus, pois Ele mesmo era a manifestação
do reino, estava presente no ministério apostólico na Igreja Primitiva e,
finalmente, está presente por intermédio da Igreja de Cristo da presente era.
3.
O Reino de Deus como realidade futura.
Assim
como o Reino de Deus possui uma dimensão presente, ele também possui uma
dimensão futura. Esse é 0 aspecto escatológico do Reino de Deus. Escrevendo aos
coríntios, o apóstolo Paulo destaca os tipos de pessoas que ficariam de fora
desse reino vindouro (1 Co 6.9,10). Embora o Reino de Deus seja uma realidade
presente hoje e mesmo sendo possível já experimentá-la agora (Hb 6.5), contudo,
ele se manifestará na sua plenitude na era vindoura (Mt 13.49). O Milênio, o
reinado de mil anos sobre a Terra, faz parte dessa dimensão futura do Reino de
Deus (Ap 20.1-5).
SINOPSE
II
O
Reino de Deus possui uma dimensão presente, mas ele também possui uma dimensão
futura, ou seja, escatológica.
III - A IGREJA NO CONTEXTO DO REINO DE
DEUS
1.
A distinção entre Igreja e Reino de Deus.
Deve
ser destacado que a Igreja faz parte do Reino de Deus. Contudo, ela não é o
Reino de Deus em toda a sua expressão. O Reino de Deus é mais amplo e envolve
todo o povo de Deus na Antiga bem como na Nova Aliança. A Igreja, mesmo
inserida no contexto do reino, não existia no Antigo Testamento, todavia, o
Reino de Deus já existia no Antigo Pacto. Assim como debaixo do Antigo Pacto,
em que Israel era a comunidade do reino (Êx 19.5,6), a Igreja é a comunidade do
reino no Novo Pacto (1 Pe 2.9).
2.
A Igreja expressa o Reino de Deus.
A
Igreja foi idealizada e projetada por Deus para ser a expressão de seu reino na
plenitude dos tempos (Gl 4.4 cf. Ef 1.10). Ela não é um improviso de Deus nem
um remendo que Ele fez na história da salvação. Ela foi projetada e planejada,
é a eleita de Deus (Ef 1.4-6; 1 Pe 1.2).
Isso
significa que debaixo do Novo Pacto, Deus deu à Igreja a missão de fazer
conhecido o seu plano e projeto de salvação para a humanidade. É por intermédio
dela que as insondáveis riquezas de Cristo se tornaram conhecidas dos
principados e potestades (Ef 3.10). Por meio da Igreja queReino de Deus será conhecido na Terra.
3.
A Igreja e a mensagem do Reino de Deus.
Pregar
o Reino de Deus é a importante missão da Igreja (At 19.8). Falando aos
presbíteros de Éfeso, Paulo recordou que pregou a eles o Reino de Deus (At
20.25). Quando já prisioneiro em Roma, vemos Paulo “pregando o Reino de Deus”
(At 28.31). Os novos na fé eram conscientizados da realidade do Reino de Deus
(At 14.22).
O
Reino de Deus é a mensagem de esperança feita àqueles que o amam (Tg 2.5).
Portanto, pregar a mensagem do reino é a missão da Igreja. Essa missão só é
executada quando a igreja local possui uma visão de reino. Isso significa que a
igreja sabe o que o Reino de Deus é e que importância ele tem. Quando esse
entendimento não é claro, então, a igreja local acaba saindo da sua rota e
envereda por outros caminhos que a distanciam da sua missão, que é pregar a
mensagem do Reino de Deus. A esse respeito, Jesus foi bem claro em dizer que o
seu “Reino não é deste mundo” (Jo 18.36).
SINOPSE
III
O
Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus em todas as épocas. A
Igreja, porém, está inserida no Reino de Deus.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
JESUS
VOLTARÁ
“O ensino sobre a Segunda Vinda de Cristo também estimula o serviço
cristão. Os crentes que ardentemente aguardam a volta de Cristo, reavaliam
constantemente as prioridades que lhes governam a maneira de viver. Sempre
colocam, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça. Não querem ser
surpreendidos tendo as mãos vazias. Eles sabem que, um dia, todos teremos de
comparecer ante o Tribunal de Cristo. Por isso alertam constantemente seus
parentes, amigos, conhecidos e os demais pecadores, a que estejam preparados à
vinda do Senhor (Mt 24.45,46; Lc 19.13 e 2 Co 5.10, 11).
Mas como Jesus voltará?
Ele voltará pessoalmente (Jo 14.3; 21.20-23; At 1.11) e de forma
inesperada (Mt 24.32-51; Mc 13.33-37). Ele voltará em glória (Mt 16.27; 19-28 e
Lc 19.11-27) e de maneira visível como o anunciou o anjo à multidão no monte da
Ascensão: ‘Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir
assim como para o céu o vistes ir’ (At 1.11). O retomo real, visível e literal
do Senhor Jesus Cristo a esta terra, exclui qualquer interpretação
espiritualizada, como se a sua vinda tivesse ocorrido quando da descida do
Espírito no Pentecoste, ou quando da conversão de alguém, ou ainda por ocasião
da morte do crente” (MENZIES, Willian W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas
Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 178).
CONCLUSÃO
Nesta
lição aprendemos um pouco mais sobre o Reino de Deus. Como disse alguém, a
Igreja não é idêntica ao Reino de Deus, pois este é maior do que ela; todavia,
a Igreja é o instrumento presente do reino e herdará o reino (2 Pe 1.11).
Assim, o Reino de Deus, em sua plenitude, ou na sua manifestação final,
incluirá todos os crentes que professaram e professarão sua fé em Cristo, o
Filho de Deus.
REVISANDO O CONTEÚDO
1.
Qual é o importante aspecto da natureza do Reino de Deus que as Escrituras
revelam?
A
sua universalidade.
2.
O que o Antigo Testamento revela quanto ao Reino de Deus em relação a Israel?
O
Antigo Testamento revela que Deus escolheu um povo, Israel, para reinar sobre
ele e através dele.
3.
Qual é o aspecto importante destacado na lição, a respeito da identidade do
Reino de Deus?
A
sua realidade presente.
4.
Além da dimensão presente do Reino de Deus, qual é a outra dimensão abordada
na lição?
O
Reino de Deus também possui uma dimensão futura.
5.
Explique a distinção entre a Igreja e o Reino de Deus.
A
Igreja faz parte do Reino de Deus. Contudo, ela não é o Reino de Deus em toda a
sua expressão. O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus na
Antiga bem como na Nova Aliança.
Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: O CORPO DE CRISTO- Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo