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Lição 12 Perseverando na Doutrina de Cristo (Classe: Jovens)

🎓 Lições Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD

Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã Vitoriosa

AUTOR: Pr. Elias Torralbo

Data da aula: 24 e Março de 2024

TEXTO PRINCIPAL

Não defraudando; antes, mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador." (Tt 2.10)

RESUMO DA LIÇÃO

Para herdar a salvação, o crente precisa perseverar na doutrina de Cristo até o fim.


LEITURA SEMANAL

SEGUNDA - Sl 119.16

A Palavra de Deus traz alegria à vida

TERÇA - Pv 4.7

A Palavra de Deus nos dá sabedoria

QUARTA - Sl 119.125

Deus concede aos seus servos inteligência para entender seus testemunhos

QUINTA - Sl 119.68

Deus é bom e nos ensina seus estatutos

SEXTA - Sl 119.15

Meditando nos preceitos do Senhor

SÁBADO - Lc 21.34-36

Advertência quanto à vigilância


OBJETIVOS

• MOSTRAR a importância da doutrina diante de um mundo imoral;

• COMPREENDER que o crente deve andar segundo os mandamentos

de Jesus;

• CONSCIENTIZAR da importância de olharmos para nós mesmos.


INTERAÇÃO

Professor (a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da doutrina de Jesus Cristo, a base que sustenta a Igreja e o ensino cristão. Veremos alguns

dos principais ensinos de Jesus e a necessidade do crente olhar para si mesmo, vivendo assim em constante vigilância e oração.


Mostre aos alunos que a ética e a moralidade cristã são determinadas pela moral do próprio Deus, que é imutável. A moralidade cristã diz respeito ao nosso

comportamento de acordo com as Escrituras. Um mundo pautado na moralidade cristã seria um mundo marcado pelas características divinas, conforme ensinadas na Bíblia Sagrada.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), para introduzir o primeiro tópico desta lição, reproduza o quadro abaixo. Utilize para mostrar os alunos o conceito de “ética" e de “moral".

ÉTICA

MORAL

Trata a respeito das virtudes e dos valores que devemos cultivar ao longo da vida.

Trata das virtudes e valores propriamente

ditos que constitui o espírito humano.

Diz respeito à consciência de nossas obrigações morais.

E o conjunto de regras e princípios instituídos na consciência da pessoa

Nos conduz a caminhos que devemos percorrer para agirmos com correção nos problemas práticos.

 

Se manifesta na ação concreta de uma pessoa.


TEXTO BÍBLICO

2 João 1-9

1 O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos que têm conhecido a verdade.

2 Por amor da verdade que está em nós e para sempre estará conosco.

3 A graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, sejam convosco na verdade e amor.

4 Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como temos o mandamento do Pai.

5 E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros.

6 E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes: que andeis nele.

7 Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.

8 Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganhado: antes, recebamos o inteiro galardão.

9 Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, este tem tanto o Pai como o Filho.


INTRODUÇÃO

Na lição deste domingo, estudaremos a respeito da doutrina de Jesus Cristo. Ela é a base que sustenta a Igreja e toda a doutrina cristã. Veremos alguns dos principais ensinos de Jesus e a necessidade do crente olhar para si mesmo, vivendo assim em constante vigilância e oração.


I - DIANTE DE UM MUNDO IMORAL

1. A moralidade cristã.

Precisamos compreender o significado de "ética" e "moral". O termo “moral" vem do vocábulo latino mos, do adjetivo moralis, e significa “costume” ou “uso”. A palavra "ética" vem do grego ethica, de etheos, cujo sentido é “aquilo que se relaciona com o caráter". A ética trata mais do aspecto teórico e estuda a respeito do que é certo, enquanto a moral lida com a prática do que é certo e bom. A ética e a moralidade cristãs são determinadas pela moral do próprio Deus que, à semelhança dEle, são imutáveis. A moralidade cristã diz respeito ao comportamento de acordo com as Escrituras.

Ela pode ser considerada também como “absoluto moral" e se relaciona diretamente com o caráter moral de Deus, exigindo santidade, justiça, amor, honestidade e misericórdia. Um exemplo disso é o princípio de que matar é errado, pois o homem foi criado à imagem de Deus (Gn 1.27; Êx 20.13). Sendo assim, um mundo pautado na moralidade cristã seria um mundo marcado pelas características divinas, conforme ensinadas na Bíblia Sagrada.


2. Um mundo imoral.

Jesus afirmou que “os homens amaram mais as trevas do que a Luz" (Jo 3.19). João afirma o seguinte: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno" (1 Jo 5.19). O apóstolo parece generalizar, mas isso se dá porque ele quer indicar a gravidade e a seriedade do tema. A esse respeito o Comentário Bíblico Matthew Henry afirma que “a humanidade está dividida em dois grandes partidos ou domínios, um que pertence a Deus e um que pertence à maldade ou ao maligno" e sobre os que estão sob o domínio do Maligno, ele afirma que “eles estão unidos pela natureza, diretriz e princípio maligno e estão unidos em uma cabeça.” Há uma cabeça da malignidade e do mundo maligno: e ele tem um controle tão grande aqui que é chamado de “[...] o deus deste século” (2 Co 4-4)- Esse sistema maligno é contrário a Deus, à sua Palavra e ao seu povo. Ele não segue os princípios morais divinos, portanto, é um mundo imoral.


3. O cristão diante de um mundo imoral.

João afirma que "muitos enganadores entraram no mundo", com a principal característica de que “não confessam que Jesus Cristo veio em carne” (2 Jo 7). É neste mesmo mundo que “os nascidos de Deus” estão e são desafiados a vencerem (1 Jo 5.18-20). Diante de tão grande desafio, qual deve ser a postura do cristão em um mundo imoral?


O próprio João, em sua Segunda Carta, oferece a resposta à essa questão. Ele afirma que o crente não pode retroceder para que não perca o galardão (v. 8); e não prevaricar, que é o mesmo que não ultrapassar os limites estabelecidos pela doutrina (v. 9). O crente, portanto, ao invés de voltar atrás ou ir além do que as Escrituras estabeleceram, deve perseverar na verdadeira doutrina, com vistas à manutenção da comunhão com Deus, e assim poder enfrentar e vencer o mundo imoral, resistindo pela Palavra.


SUBSÍDIO 1

Professor (a), explique que “a palavra ‘ética’ possui origem no vocábulo grego ethos, que literalmente significa 'costumes' ou 'hábitos'. No latim, é usado o termo correspondente mos (moral) com o sentido de 'normas' ou ‘regras’. Assim, 'ética e moral referem-se ao conjunto de costumes tradicionais de uma sociedade e que, como tais, são considerados valores e obrigações para a conduta de seus membros'. Como esses termos ‘ética’ e 'moral', são muito próximos, eles são muitas vezes confundidos e usados como sinônimos. No entanto, para fins didáticos e acadêmicos e possível defini-los separadamente.


A ética enquanto ciência pode ser entendida como a parte da filosofia que investiga os fundamentos da moral adotados por uma cultura. Foram os filósofos gregos que começaram a estudar esses fundamentos para então ‘identificar’ uma pessoa sendo boa ou má e um ato como sendo bom ou mau. A partir desses fundamentos, alguém pode ser classificado como 'ético' ou ‘antiético.

II - ANDANDO SEGUNDO OS MANDAMENTOS DE JESUS

1. Os mandamentos de Jesus.

O Sermão do Monte (Mt 5-7) é a mais importante mensagem pregada e ensinada por Jesus. Extenso, profundo e cativante, esse sermão tem sido considerado uma expressão ampliada e aplicada da lei de Deus entregue a Moisés. A conclusão desse sermão (Mt 7) oferece um resumo e uma recapitulação dos princípios do Reino de Deus expostos por Jesus, podendo assim representar a expressão fiel dos mandamentos de Jesus. Eles estão assim dispostos: relacionamentos interpessoais saudáveis: relacionamento saudável com Deus; o caminho da salvação e o da perdição; alerta sobre os falsos profetas e a seriedade do Reino demonstrada na forma com que se dará o dia de acerto de contas. Portanto, aí estão os pontos pelos quais os mandamentos de Jesus são identificados e podem ser bem compreendidos,


2. Mandamentos santificadores.

Jesus foi Mestre por excelência, ao ponto de até os servidores dos fariseus reconhecerem a sua sabedoria (Jo 7.46), Jesus ensinou por palavras (Mt 7.29), por meio dos sinais que operou na presença dos discípulos, ensinando princípios eternos, e até ao orar, o Mestre compartilhou ensinamentos, como se vê na chamada “Oração Sacerdotal” (Jo 17). Jesus pediu ao Pai para que os discípulos fossem santificados "na palavra”, pois ela “é  verdade”.


A referência à Palavra de Deus tem relação direta com a verdade eterna da doutrina que Jesus ensinou, e em toda esta oração é possível identificar os aspectos fundamentais destes seus mandamentos: o verdadeiro conhecimento de Deus e a glorificação do Filho; a preservação do crente pela palavra da verdade e o compromisso dele diante de uma sociedade imoral Portanto, os mandamentos de Jesus preservam o crente em um mundo male capacita-o a viver os propósitos divinos.


3. Os benefícios dos mandamentos de Jesus.

Jesus afirmou que aqueles que fazem o que Ele ordena são seus amigos (Jo 15.14). Diante do desafio colocado ao colegiado apostólico, Pedro perguntou a Jesus qual seria o ganho deles por deixarem tudo para segui-lo, ao que Jesus respondeu “cem vezes tanto, já neste tempo" e, ainda acrescentou que “no século vindouro a vida eterna" (Mc 10.30). Sendo assim, o crente que ouve e cumpre os mandamentos de Jesus tem a garantia de bênçãos nesta vida e na eternidade (Jo 5.24). O crente que cumpre os mandamentos de Deus recebe bênçãos incontáveis, como por exemplo: não é enganado pelas falsas doutrinas e nem pelo espírito do Anticristo; está pronto a perseverar até o fim, não perde o galardão que recebeu do Senhor e mantém a comunhão com o Pai e com o Filho.


SUBSÍDIO 2

Jesus é o cumprimento da lei (5.17- 48).

Os oponentes de Jesus o criticavam por não guardar as minúcias das observâncias tradicionais da lei judaica. Aqui Jesus deixa claro que Ele não está ausente para destruir a lei, mas para cumpri-la e até intensificá-la. Ele fixa padrões mais altos. Seu principal interesse é a razão de a lei existir; Ele insiste que guardar a Lei começa com a atitude do coração. Por este princípio Jesus afirma simultaneamente o valor das pessoas e da lei. Neste aspecto Ele cumpre a lei antecipada por Jeremias: 'Porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo’ (Jr 31.33b).


Como sucessor de Moisés, Jesus dá a palavra final na lei. Mas o que Ele quer dizer quando fala que cumpre a lei? Não significa que Ele simplesmente a observa. Nem quer dizer que Ele anulou o Antigo Testamento e as leis (como sugerido por Márcion e os hereges gnósticos). A obra de Jesus e sua Igreja está firmemente arraigada na história de salvação. Em certo sentido, Jesus deu à lei uma expressão mais plena, e em outro, transcendeu a lei, visto que Ele se tornou a corporificação do seu cumprimento. Mateus vê o cumprimento da lei em Jesus semelhantemente ao cumprimento da profecia do Antigo Testamento: O novo é como o velho, mas o novo é maior que o velho. Não só o novo cumpre o velho, mas o transcende. Jesus e a lei do novo Reino são o intento, destino e meta final da lei.

III - OLHANDO POR NÓS MESMOS

1. Olhai por vós mesmos.

A expressão usada por João, “olhai por vós mesmos" em 2 João 8, é praticamente uma repetição das palavras de Jesus aos seus discípulos em Marcos 13, no qual há advertências em pontos específicos, como o cuidado com o engano doutrinário e a atenção e vigilância.

Em Mateus 26.41 estão registradas as palavras de Jesus para que Pedro, Tiago e João vigiassem e orassem, como uma clara advertência sobre as terríveis consequências que o pecado poderia lhes causar. Vigilância e oração são duas práticas vitais ao crente que deseja vencer a si mesmo, o pecado, o mundo e o Diabo, e isso implica olhar para si mesmo, na intenção de identificar possíveis inclinações do coração para o mal, e assim poder buscar auxílio em Deus. A falta de vigilância levou Pedro a negar Jesus por três vezes (Mt 26.31- 35,69-75). O crente deve vigiar e orar como práticas de cuidar de si mesmo.


2. Cuidados pessoais.

Paulo advertiu ao jovem pastor Timóteo para que ele redobrasse a atenção no cuidado próprio, evitando assim a própria perdição enquanto trabalhava em salvar os outros (1 Tm 4.16). Paulo aconselhou Timóteo ao exercício pessoal na piedade, ou seja, boas práticas espirituais e ao cuidado da doutrina (1 Tm 4.7). Em um mundo imoral e perigoso, o crente deve ter os cuidados acima expostos, além de outros, especialmente no que se refere à escolha das companhias e da natureza das conversas pessoais, pois como afirma o apóstolo Paulo: “Não vos enganeis; as más conversações corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33).


Portanto, intencionalmente, dedique-se a boas práticas e a boas companhias, e sob o poder do Espírito Santo, vença o mundo.


3. Vencendo o mundo.

Depois de discorrer sobre a urgente e permanente necessidade de vigilância e oração, além dos cuidados pessoais que o crente deve ter. aqui se apresenta a forma pela qual ele pode enfrentar e vencer o mundo, efetivamente. Destaca-se a necessidade de conhecer os desafios impostos por este tempo, além de uma vida dedicada ao preparo espiritual, bíblico e intelectual, com vistas a responder adequadamente às indagações mais comuns na atualidade (1 Pe 3.15).


Considere as palavras de Charles Colson e Nancy Pearcey, na obra “O Cristão na Cuttura de Hoje"', eles afirmam que, depois de considerar a realidade do mundo em nossos dias, o cristão deve abraçar “a verdade de Deus, entendendo a ordem física e moral que Ele criou, defendendo amorosamente essa verdade diante de seus vizinhos, e tendo a coragem de demonstrá-la em os caminhos da vida.” Portanto, vigiem, orem e cuidem de sua vida espiritual, pois assim poderás enfrentar e vencer este mundo imoral, mantendo-se firme na verdadeira e pura doutrina da Palavra de Deus.


CONCLUSÃO

Aprendemos que o mundo se encontra perdido na imoralidade, contrariando os padrões divinos, expostos e ensinados nas Escrituras. É neste mundo, nessas condições, que o crente é desafiado a se manter fiel a Deus, enfrentando e vencendo as propostas e os enganos deste sistema contrário aos princípios divinos. Esta lição reafirma a necessidade de o crente “olhar para si mesmo”, isto é, estar vigilante e em oração, conforme advertido pelo próprio Jesus, pois somente assim é que o mundo poderá ser vencido.


HORA DA REVISÃO

1. Qual o significado do termo “ética”?

A palavra ética vem do grego ethica, de etheos, cujo sentido é “aquilo que se relaciona com o caráter".


2. Segundo a lição, qual deve ser a postura do crente diante do mundo?

Ele não pode retroceder para que não se perca o galardão (v. 8); não prevaricar, que é o mesmo que não ultrapassar os limites estabelecidos pela doutrina (v. g).


3. Qual a mais importante mensagem ensinada e pregada por Jesus?

O Sermão do Monte (Mt 5-7) é a mais importante mensagem pregada e ensinada por Jesus.


4. Cite uma das bênçãos advindas do crente cumprir os mandamentos de Jesus.

Ser amigo de Jesus.


5. Quais são, segundo a lição, as práticas vitais para o crente que deseja vencer o mundo?

Destaca-se a necessidade de conhecer os desafios impostos por este tempo, além de uma vida dedicada ao preparo espiritual, bíblico e intelectual, com vistas responder adequadamente às indagações mais comuns na atualidade (1 Pe 3.15).

Lição 2 O Verdadeiro Discípulo de Cristo serve às pessoas e não a si mesmo (Editora Betel )

Lições Bíblicas BETEL: 4° Trimestre de 2023 | REVISTA: TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO: Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.

TEXTO ÁUREO

“Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos” 3 João 5

VERDADE APLICADA

Como Jesus, devemos abundar em amor e, assim, sermos servos uns dos outros.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Mostrar que o poder está em servir ao menor.

2. Expor o verdadeiro sentido do serviço cristão

3. Ensinar que o propósito de Deus para a discípulo é servir

TEXTOS DE REFERÊNCIA

FILIPENSES 2

1- Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,

2- Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.

3- Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.

4- Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.

5- De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Mt 20.28 O verdadeiro discípulo tem prazer em servir.

TERÇA – Mt 23.11 O maior deve servir o menor.

QUARTA – Jo 12.26 O que serve será honrado por Deus.

QUINTA – 1 Co 10.33 Trabalhar em prol dos outros.

SEXTA – 1Pe 4.10 Servir como despenseiro de Deus.

SÁBADO – 1 Pe 5.3 Ser o exemplo do rebanho.

HINOS SUGERIDOS: 93, 283, 418

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore para que os ministros de Deus tenham o mesmo sentimento de Jesus.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1– O que é servir

2– A quem servir

3– Chamado para servir

Conclusão

 

INTRODUÇÃO

Jesus é o maior e mais perfeito exemplo de serviço ao próximo. Ele é o Deus que deixou a Sua glória para servir com Sua própria vida, mostrando que o verdadeiro poder de um discípulo é quando se torna servo.

1.  O QUE É SERVIR

O conceito de servir é bastante amplo, no entanto, de forma resumida, o dicionário diz que é: “Ser útil a alguém ou algo, auxiliando-o a realizar ou conseguir alguma coisa; estar às ordens; atender a um propósito; zelar por alguém “. Nesse contexto, é impossível e desafiador ser um discípulo de Cristo e não se aplicar a essas atividades [1Pe 4.10]. É ser obediente a Deus, é seguir uma vocação [1Co 15.58], é amar “os irmãos e os estranhos”, é imitar Jesus e tê-lo como fiel modelo a ser seguido [1Co 11.1].

1.1. Fazer o que Deus manda.

Jesus disse que quem não dá fruto, Ele corta; e o que dá fruto Ele poda, para frutificar ainda mais [Jo 15.2]. Isso significa que Deus espera dos seus discípulos que sirvam com excelência! Trabalhar para Deus é fazer o que Ele manda. Jesus foi um “trabalhador” do Pai, servindo debaixo de obediência [Fp 2.8]. Quando o discípulo deixa de glorificar a Deus e de fazer seu trabalho, que é servir, está “seguindo o mau exemplo”, como Diótrefes [3 Jo 11].

 

Tiago 4.17 diz: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz, comete pecado”. Já recebemos uma ordem de Deus, quando disse: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.” [Jo 15.16-17]. O verdadeiro discípulo pressupõe disposição para servir, e não para ser servido. Uma excelente companhia para o discípulo é a virtude da humildade que, infelizmente, nos dias de hoje, não tem sido mais considerada uma virtude. Agindo assim, opõe-se a Jesus, que declarou: “Bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.” [Mt 20.28]. Ser discípulo não é “dar ordens”, é receber uma ordem e cumpri-la.

 

1.2. Ser humilde imitando Jesus.

O termo humildade tem origem no latim humus, que significa “terra, chão”. Ser humilde não é, portanto, estar nas alturas; Jesus, que estava, desceu. A humildade de Jesus é um dos grandes destaques em Sua liderança. Ele diz sobre si mesmo: “… pois sou manso e humilde de coração” [Mt 11.29].

Mesmo sendo Deus, Jesus se humilhou, fazendo-se homem e servo, conforme relata Filipenses 2. O orgulho é oposição à humildade, por isso “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” [Tg 4.6]. O discípulo orgulhoso, que despreza a humildade por se achar mais importante que qualquer outro, está manifestando a “Síndrome de Diótrefes” e será destituído do que ele julga ser “seu poder”. Qualquer discípulo sem humildade, que fale com arrogância, não é um bom líder [Jr 48.29]. Mas os que imitam Jesus, sua forma de interagir com as pessoas, acertam em todos os aspectos de sua vida, demonstrando compaixão, altruísmo, empatia e amor [Jo 8.3-11].

 

O Autêntico discípulo é comprometido com Cristo e está alinhado aos seus valores: é humilde, não grita, não manipula nem intimida as pessoas. Afinal de contas, quem tem bons argumentos não precisa elevar o tom de sua voz nem fazer intimidações. Quanto mais alguém se impuser por meio da acidez verbal, menos será ouvido, falar com grosseria é próprio de quem é moralmente fraco, e precisa, pela intimidação, impor aquilo que não consegue pela razão.

 

1.3. Amar e obedecer.

Por amor, Deus enviou Jesus para nos salvar [Jo 3.16]; e o Filho, em obediência, cumpriu Seu chamado, dando Sua vida por amor a nós [Ef 5.1-2]. Cristo foi o maior exemplo de servo por Sua obediência. Em Filipenses 2.8, Paulo escreve que Jesus foi “obediente até à morte, e morte de cruz” e nos exorta a termos “o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus” [Fp 2.5].

 

O amor e a obediência são importantes traços do caráter de um verdadeiro cristão. Ao contrário do que muitos pensam, ser discípulo não significa ser autônomo, fazer o que quiser. Mas amar as pessoas e servi-las. Warren W. Wiersbe disse: “Um dos problemas das igrejas de hoje é o número excessivo de celebridades e a falta de servos”. João exorta a procedermos “fielmente em tudo o que fazemos para com os irmãos, e para com os estranhos”. Diferentemente de Diótrefes, que só pensava em vantagens pessoais, a igreja também tinha Demétrio e Gaio, dispostos a servir.

EU ENSINEI QUE:

Ser um verdadeiro discípulo não é um poder em si mesmo, mas o exercício da vocação divina para o serviço cristão. Mesmo discípulos de Cristo podem “contrair” a Síndrome de Diótrefes, razão pela qual devem, em tudo, imitar Jesus.

 

2. A QUEM SERVIR

O discípulo de Cristo demonstra amor a Deus enquanto serve aos diversos grupos de pessoas [Hb 6.10] que carecem de sua assistência espiritual, social e amor. Entre eles: os pobres, órfãos e viúvas, prioritariamente [Tg 1.27]; a comunidade de fé [Gl 6.10]; os conhecidos e desconhecidos [Lc 10.25-37]; os nacionais e os estrangeiros [Mc 16.15]. O fato é que servir se refere a dar suporte ao outro, ajudando a levar as cargas pesadas [Gl 6.2]. Assim, a expressão que melhor caracteriza um autêntico discípulo é a de servo.

 

2.1. A Deus.

Servir a Deus é cumprir com alegria e dedicação as tarefas que nos foram dadas [SI 100.2]. Jesus sintetizou assim: “Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” [Mt 25.40]. A mensagem é simples: fazer aos outros é servir a Deus! Diótrefes não tinha esta visão, ele servia a si próprio. João escreve: “Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus” [3]o 11].

 

John R. W. Stott (1, 2 e 3 João – Introdução e comentário, Vida Nova, 1982, p. 196): “João deixa a sua descrição do dano que estava sendo feito por Diótrefes para dar uma palavra de conselho pessoal a Gaio, seguida de uma recomendação de Demétrio. Talvez esteja preocupado, temendo que mesmo Gaio fosse influenciado por Diótrefes. (…) O imperativo “sigas” é mimou, imites. Todo indivíduo é um imitador. É-nos natural olhar outras pessoas como nosso modelo e copiá-las. (…) mas Gaio deve escolher cuidadosamente o seu modelo”. Nós também precisamos estar bem atentos quanto aos nossos referenciais, principalmente quanto à nossa atuação em uma igreja local.

 

2.2. Ao povo.

Gaio foi reconhecido por João por ser um cristão generoso e hospitaleiro, que dava abrigo aos missionários [3 Jo 3-8]. Com isso, além de estar participando ativamente da evangelização, também era um promotor de edificação e bom testemunho na igreja local. Diótrefes não tinha a mesma atitude altruísta. Ao contrário, era ambicioso e arrogante. A qualidade do verdadeiro discípulo é mensurada pelo amor demonstrado aos outros. Ser um verdadeiro discípulo é considerar as pessoas superiores a si mesmo [Fp 2.3]. O zelo de Jesus fez com que nenhum daqueles que Deus o havia dado se perdesse [Jo 17.12].

 

Gaio e Demétrio eram homens comprometidos com a verdade, amorosos e humildes, participantes dos sofrimentos de Cristo. Quanto a Diótrefes, tratava-se de um prepotente, cuja energia física e emocional era gasta naquilo que não era essencial. O discípulo que se inspira Jesus serve em seu ministério tendo Jesus como modelo, construindo um relacionamento.com base no amor e no respeito a todos sem distinção.

 

2.3. A Igreja.

Pedro, um dos primeiros líderes da igreja, recomendou: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto.” [1Pe 5.2].


A responsabilidade do verdadeiro discípulo é cuidar do rebanho de Cristo, como recomendou e exemplificou o apóstolo Paulo [2Co 11.28]. A igreja é formada por pessoas e servi-las é servir a Deus. Jesus disse claramente a Pedro: “Amas-me? (…) Apascenta as minhas ovelhas” [Jo 21.16]. Paulo ensina que o amor fraternal e a honra devem ser regra no serviço à comunidade cristã [Rm 12.10].

 

João mostra que Diótrefes errou ao não se inspirar em Jesus, o Cabeça, que ama e defende a Igreja. Ele julgava ser o senhor da igreja, por isso excluía quem não acatava “suas” proibições e ordens abusivas, tendo, assim, seu discipulado reprovado [3]o 10]. Além disso, demonstrava não conhecer o Senhor da Igreja [Cl 1.18].

 

EU ENSINEI QUE:

Servir é estar disposto a ser um cooperador junto a Deus, às pessoas, especialmente as mais vulneráveis, e à Igreja.

 

3. CHAMADO PARA SERVIR

Jesus deixou Sua glória para servir. Ele próprio explica Sua missão ao dizer que não “veio para ser servido, mas para servir” [Mt 20.28]. E fala ainda que “o servo não é maior que seu senhor” [Jo 13.16], indicando que nós também fomos chamados para servir.

 

3.1. Como um diácono à mesa.

Em Atos 6, vemos a instituição do diaconato na igreja, diante de uma necessidade que os líderes passaram a ter, à medida que a igreja crescia [At 2.41, 47]. O termo diácono vem do grego e significa “ministro”, “servo”, “ajudante”. Essa função se tornou crucial para que os apóstolos se dedicassem à pregação e à oração, enquanto os diáconos serviam aos irmãos: “Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos … de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria” [At 6.2-3a]. Eles deveriam servir bem nesta função, para com isso adquirir para si uma boa posição e muita confiança na fé em Cristo [1 Tm 3.13].

 

Todos devem servir, mas cabe aos diáconos um serviço primordial de acolhimento e assistência social aos necessitados. A função diaconal foi instituída porque as viúvas estavam sendo esquecidas [At 6.1]. Assim, foram “escolhidos para servir à mesa”.

 

3.2. Como um pastor no aprisco.

O discípulo que exerce a liderança, assim como um pastor de ovelhas, é um zelador e, também, um guia que cuida (apascenta) das ovelhas no aprisco [Sl 23].

 

Um discípulo verdadeiro, assim como um pastor de ovelhas, assume o cuidado e responsabilidades para garantir a segurança do rebanho, bem como a orientação para mantê-lo vivo; nenhuma ovelha subsistirá sem o cuidado do pastor, assim também o discípulo sem o Mestre Supremo. A liderança deve alimentá-las com a Palavra de Deus e ser capaz de ajudar a aumentar a fé de suas ovelhas [Rm 10.17]. Pedro, que foi chamado para apascentar as ovelhas de Cristo [Jo 21.17], elenca uma série de atividades próprias da liderança que cumpre corretamente seu chamado [1 Pe 5.2-3].

 

O discípulo de Cristo precisa estar sempre aberto ao diálogo e desejoso para fazer a vontade de Deus [2Co 6.11]. Ele usa sua autoridade de forma que promova a obra de Deus e não qualquer agenda pessoal. Diótrefes olhava para a igreja local do alto do pedestal, abusando das suas atribuições. Para ele, ser um autêntico discípulo era exercitar arbitrariamente o poder. Esse nunca foi o comportamento avalizado por Deus. Jesus disse: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.” [Jo 10.11-12].

 

3.3. Como um samaritano na rua.

Servir não diz respeito às quatro paredes de uma igreja, mas mostrar o amor e misericórdia de Deus em qualquer lugar [Lm 3.22]. Na Parábola do “Bom Samaritano”, Jesus mostra isso a um doutor da lei (religioso) que queria saber como herdar a vida eterna. Com as figuras de um sacerdote, um levita e um samaritano, Cristo mostra que apenas este último serviu àquele que estava ferido na estrada, enquanto os outros sequer pararam para socorrer aquele homem [Lc 10.25-37].

 

A essência do cristianismo é servir ao próximo. E isso acontece quando deixamos nossas próprias necessidades para atender, socorrer, amparar, aconselhar, cuidar daquele que precisa de ajuda. Não se trata de cargos, mas de serviço. Não é necessário atribuição ministerial para ser mais sensível ao clamor do necessitado, servindo seu próximo com amor [At 9.36].

 

EU ENSINEI QUE:

Existem diversas funções e atribuições no ministério cristão, mas a todos os que as ocupam está uma incumbência principal: servir. Assim, todos devem estar atentos e prontos a assistir ao seu próximo, quer dentro de sua comunidade de fé ou fora dela [Gl 6.9-10).

 

CONCLUSÃO

Quando entendemos o que significa servir, estamos conscientes de que este é o chamado primordial do ministério cristão, tendo Jesus como nosso principal exemplo. Além disso, compreendemos que o alvo de nosso serviço deve ser as pessoas, na igreja e em outros ambientes que frequentamos, e não nós mesmos.

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