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Lição 9 O Verdadeiro Discípulo promove a comunhão (Editora Betel )

Lições Bíblicas BETEL: 4° Trimestre de 2023 | REVISTA: TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO: Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.

TEXTO ÁUREO

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” Salmos 133.1

VERDADE APLICADA

VERDADE APLICADA

Uma das marcas do discípulo de Cristo é o interesse e a busca em estar junto com os que também estão em Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Reafirmar a importância da unidade dos cristãos.

2. Mostrar o propósito de Deus para a Igreja

3. Expor os benefícios da comunhão.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Atos 2

42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43 E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44 E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.

45 E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.

46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47 Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.


LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Sl 133.1 A bênção da comunhão.

TERÇA – At 2.44 Tudo em comum.

QUARTA – At 16.5 A fé promove o crescimento.

QUINTA – 2Co 13.13 A graça e o amor se manifestam na comunhão.

SEXTA – Cl 2.2 Corações unidos em amor.

SÁBADO – 1Tm 4.6 Um bom discípulo segue a sã doutrina.


HINOS SUGERIDOS: 61, 88, 573

MOTIVOS DE ORAÇÃO: Ore para que o discípulo obedeça à ordem divina para defender e promover a comunhão. 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1– A comunhão da Igreja

2– A vida em comunhão

3– Objetivos da comunhão

Conclusão


INTRODUÇÃO

A comunhão é um dos aspectos cruciais e característicos da Igreja Cristã, razão pela qual é chamada pelo apóstolo Paulo de “Corpo de Cristo”. Sem essa condição, ela não serviria aos propósitos de Deus na Terra.

1. A COMUNHÃO DA IGREJA

O significado da palavra comunhão, no dicionário, é o conjunto de pessoas que partilham as mesmas crenças, ideias, tendências, valores etc. O sentido bíblico do termo vem do grego koinonia, que se traduz por “fraternidade, associação, comunidade, comunhão, participação conjunta, relação”. É muito importante que cada membro do Corpo de Cristo esteja bem consciente de que o serviço cristão não nos dispensa da comunhão uns com os outros. Esse Corpo, por sua vez, por ser de Cristo carece de comunhão com Ele [1 Jo 1.6].


1.1. No partir do pão.

A primeira reunião para partir o pão associada à comunhão da Igreja de Jesus foi convocada por Ele [Lc 22.8]. Durante a ceia no cenáculo, Jesus chamou o pão de “minha carne”, simbolizando a comunhão entre os discípulos e deles com Jesus. A partir dali, Jesus os orientou a realizar o mesmo ato, em sua memória [Lc 22.19]. Ao excluir os crentes da comunhão, Diótrefes sabotou a ordem divina [3 Jo 10].


A Ceia é o partir do pão, a comunhão que deve ser o estilo de vida dos crentes em Jesus, o cabeça do Corpo [C11.18]. Fomos criados por Deus para o relacionamento e comunhão com Ele, e a natureza relacional do ser humano e Sua transcendência exigem o culto, eis por que, quando não adoram o Deus verdadeiro, os seres humanos elegem deuses falsos e filosofias vãs.


A “mesa” é um dos maiores símbolos de comunhão, foi nela que Cristo partiu o pão em unidade com Seus discípulos [Mt 26.19-20], Diótrefes não promovia a comunhão, o que era seu papel como um obreiro influente. Ao contrário disso, ele excluía as pessoas da Igreja [310 10]. Por causa dessa atitude, João, usando de sua autoridade apostólica, resolve denunciar as atitudes de Diótrefes contrárias ao bom desenvolvimento da igreja local.


1.2. Nas orações.

A oração é uma atividade espiritual que promove a comunhão, seja individualmente ou em grupo. No primeiro caso, acontece quando estamos em comunhão com Deus, sendo a oração o canal desse relacionamento [Mt 6.6]. No segundo, é na unidade da igreja quando está reunida no mesmo propósito [At 2.42]. Foi por meio da oração que Jesus pediu ao Pai para que nós nos tornássemos um entre nós mesmos e um com Ele [Jo 17.11].


Esse desejo de Jesus era Sua prática de vida e ministério, pois estava constantemente em oração e comunhão com o Pai, em momentos bons ou difíceis [Mt 26.39]. O Corpo de Cristo é a Igreja unida que se conecta com o “Cabeça” pela oração, o que Diótrefes ignorava, pois não prezava os irmãos e, ao invés de reunir-se com eles, os lançava fora da igreja. Gaio e Demétrio amavam a comunhão, por isso recebiam e hospedavam não só os irmãos, mas os estranhos, dando mostras do verdadeiro amor cristão [3 Jo 5].


A Igreja nasceu num ambiente de comunhão e oração [At 1.12-14]. Notamos que os discípulos, após a ascensão de Jesus, procuraram permanecer juntos em oração, aguardando o cumprimento da promessa. E quando o Espírito Santo veio sobre eles, “estavam todos reunidos no mesmo lugar” [At 2.1]. Neste dia, o povo de Deus se tornou o Corpo de Cristo cheio do Espírito Santo. John Stott diz que esse fato gerou “a comunhão do Espírito” [2Co 13.13] e essa comunhão nos fez ser parte desse corpo, a Igreja de Deus.


1.3. Na doutrina apostólica.

Lucas frisa que os crentes da Igreja Primitiva se dedicaram ao ensino por meio da comunhão. O termo no grego didache significa “ensino, doutrina, instrução nas assembleias religiosas dos cristãos”. Havia no início da Igreja uma comunhão com propósito doutrinário, que passou a fazer parte do estilo de vida da Igreja, que era perseverar “na doutrina dos apóstolos” [At 2.42].


Cristãos que negligenciam a Palavra de Deus ficarão secos. E sua alienação espiritual pode espalhar morte por todo o seu campo eclesiástico. A corrupção e a doença espirituais na vida de um discipulador podem espalhar-se como câncer por toda a vida espiritual de todos que estão ligados a ele. A falsa doutrina, juntamente com a má conduta, pode condenar muitos ao inferno mais rapidamente do que todas as paixões ou pecados da carne. Diótrefes não podia suportar o peso da doutrina de João, que era séria e verdadeira, voltada para as profundidades interiores do ser.


EU ENSINEI QUE:

A comunhão deve ser desejada pelo discipulador, como Jesus a desejou, e promovida, conforme fazia a Igreja Primitiva, em reuniões com os irmãos, por meio de oração e do ensinamento bíblico perseverante

2. A VIDA EM COMUNHÃO

Igreja é uma comunidade de fé e nasceu com esse caráter. Eles andavam, oravam e comiam juntos. A comunhão era um estilo de vida da Igreja Primitiva e essa modalidade não expirou. A comunhão é uma ordem divina que promove bênçãos [Sl 133] e o desejo de Jesus [Jo 17]. Esse estilo de vida levou a Igreja a um novo patamar espiritual e ministerial, a charis, a simpatia que atraia os não crentes, fazendo a Igreja crescer [At 2.47].


2.1. Preza a reverência.

Os prodígios e sinais que Deus efetuava na Igreja gerava temor, da própria comunidade de fé [At 5], e dos de fora. Essa reverência é condição indispensável no relacionamento do cristão com Deus, o que Diótrefes desprezava a olhos vistos, razão pela qual era irreverente no trato com a “Igreja de Cristo”. A reverência está vinculada à santidade, caráter que a Igreja, que será buscada por Jesus, deve ter, conforme Efésios 5.27.


Diótrefes usava várias acusações falsas e palavras maliciosas para afastar e manter fora aqueles que estavam pregando a verdade. O negócio dele não era comunhão, mas apenas aquilo que traria alguma benesse para si. Ele não permitiu sem mesmo que a igreja recebesse os textos de João. Seus esforços para proteger seu próprio império religioso eram prejudiciais à causa de Cristo.


A Igreja só tem um Senhor e Deus, que deve ser reverenciado. Salomão disse: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” [Pv 9.10a]. O relato do apóstolo João demonstra que faltava a Diótrefes a sabedoria espiritual, que é imprescindível a todos que têm a responsabilidade de cuidar do Corpo de Cristo.


2.2. Experimenta o sobrenatural.

A sobrenaturalidade era – e continua sendo – a marca da Igreja de Deus. “Muitos sinais e prodígios aconteciam no meio dela através dos apóstolos. O que antes eles testemunharam com Jesus, agora, com o nascimento da Igreja, passava a ser realizado por eles [At 3.6,7]. As experiências sobrenaturais e o poder de Deus eram meios de convencer os não crentes, além de mostrar a autoridade da Igreja. Mas, para Diótrefes, o que importava era exibir o seu super- poder humano por meio de ameaças e intimidações. É preciso estarmos atentos quanto ao aspecto sobrenatural da Igreja. Pois trata-se de algo inerente à sua própria natureza. Edificada por Cristo, sobre Cristo e feita morada de Deus [Ef 2.20-22]. Diótrefes parece que não se importava com tal verdade.


Chamamos de sobrenatural tudo o que não conseguimos explicar naturalmente. Deus quer que aprendamos a viver de forma a não sermos guiados e influenciados unicamente pelas circunstâncias naturais [2Co 5.7), mas dirigidos pelo Espírito Santo. Maus discípulos como Diótrefes só veem o que enxergam naturalmente, eles não creem e não buscam uma vida sob nenhum comando, nem mesmo o divino. Assim, estão fora do âmbito do qual deveriam fazer parte, onde Deus age.


2.3. Convive em comunidade.

A igreja é a comunidade cristã, um ambiente de fé onde a vida deve ser compartilhada. “Que eles sejam um”, Jesus pediu [Jo 17.11]. Antes de iniciar Seu ministério, Ele mesmo nomeou doze homens para que estivessem consigo [Mc 3.14], partilhando o chamado.


Os primeiros cristãos começavam a moldar esse novo modo de viver, passando a ter “tudo em comum”, ou seja, a viver sob o koinos, termo grego que significa “comum, ordinário, compartilhado por muitos”. Esse era o espírito sob o qual Gaio vivia, como um obreiro generoso e hospitaleiro que dava abrigo aos missionários em sua casa [3 Jo 5].


O discípulo que se inspira em Jesus constrói um relacionamento com base no amor e no respeito. Ele sacrifica sua natureza prepotente e vaidosa, porque sabe que é impossível representar a Cristo sendo um líder arrogante e insensível. Diótrefes tinha muito o que aprender, já que não sabia partilhar nada.


EU ENSINEI QUE:

A Igreja é a comunidade espiritual onde há compartilhamento de dons e de coisas. Fomos chamados para doar e receber

3. OBJETIVOS DA COMUNHÃO

A comunhão quebra o egoísmo, pois funciona pelo altruísmo, ou, como ensina o apóstolo Paulo em Filipenses 2.3-4: “… considere os outros superiores a si mesmos. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”.


3.1. Unanimidade de propósitos.

O termo unânime vem do original grego homothumadon, que tem o sentido de “com uma mente, de comum acordo, com uma paixão singular, única”. Esse significado aparece em 10 de suas 12 ocorrências no livro de Atos. Isso nos ajuda a entender a singularidade da comunidade cristã. Homothumadon é um composto de duas palavras que significam “impedir” e “em uníssono”, que aponta para harmonia em grau e tom. A Igreja nasceu para que seus integrantes andassem em harmonia de propósito: viver e compartilhar as boas-novas [Rm 10.15]. Gaio e Demétrio andavam na verdade, ou seja, estavam sob o propósito divino. Mas Diótrefes vivia para seus próprios interesses [2Co 6.12].


Jesus expressou qual era o propósito divino, ao nomear seus discípulos para saírem por todas as nações, batizando pessoas em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; e ensinando-as a guardar tudo o que Ele havia ordenado [Mt 28.19-20a].


3.2. Concordância.

Pouco antes da vinda do Espírito Santo, os discípulos de Jesus receberam uma ordem dele, para ficarem unidos em oração, enquanto esperavam a promessa do Espírito [At 1.4]. A decisão deles foi obedecer: “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar” [At 2.1]. Havia neles o mesmo coração, cujo termo original grego é kardia, por isso o Espírito caiu sobre todos. Gaio e Demétrio estavam juntos, em concordância com seu líder João, para o mesmo propósito.


Diótrefes não atraiu nenhuma concordância, pois andava sozinho, fora do espírito comunitário da igreja. O verdadeiro líder leva todos em consideração, transmitindo ao grupo a alegria de estarem uns com os outros e de trabalharem juntos, fazendo com que todos se sintam valiosos e necessários. Ao escrever sua Terceira Carta, João faz isso, mostrando o contraponto entre um mau discípulo que pensava em si, que era Diótrefes, e outros que andavam na verdade do chamado e do Evangelho, que eram Gaio e Demétrio. Esses, por seus posicionamentos, foram louvados e referenciados pelo apóstolo João. A concordância entre o povo de Deus em torno das verdades e dos valores bíblicos resulta em progresso e crescimento da Igreja [Mt 18.19].


3.3. Louvor a Deus.

Louvar a Deus era uma das expressões de alegria e gratidão manifestadas pelos irmãos da Igreja Primitiva [At 2.47]. Havia consciência de que era Deus quem estava agindo e não de qualquer pessoa da igreja, ainda que fosse um de seus líderes mais proeminentes [Rm 11.36]. Sendo um deles, João tinha esse entendimento e denunciou a motivação errada de Diótrefes, que gostava de “ser o mais importante entre eles” [3] o 9].


O fato de um crente buscar aplausos é algo que está em desarmonia com o coração de Deus [Jo 7.18]. Quando buscamos louvores, desviamo-nos de Jesus. Em seu livro Atitude: práticas positivas que levam ao sucesso, o Bispo Samuel Ferreira escreveu: “O Senhor não somente opõe-se ao orgulhoso, mas fica longe-bem longe dele. Devemos abandonar qualquer pensamento de estrelismo que nos faça pensar que somos especiais”. A Igreja Primitiva reconhecia que o louvor pertence a Deus [Ap 19.1].


EU ENSINEI QUE:

A Igreja existe para caminhar em unidade e unanimidade de propósitos, com seus membros e líderes servindo com o mesmo coração, em gratidão e alegria pelo que Deus realiza. É pela comunhão que a Igreja alcança o objetivo de considerar o outro superior a si mesmo.


CONCLUSÃO

Cada membro do Corpo de Cristo necessita estar em constante vigilância quanto aos ataques do maligno e a tendência da natureza humana pecaminosa que tentam minar e destruir a comunhão do povo de Deus. O mesmo Espírito que nos reveste de poder, também opera a união [Ef 4.3-6].

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DICAS DE LEITURAS

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Lição 8 O Verdadeiro Discípulo, servo cuidadoso, exemplar e fiel ao Sumo Pastor (Editora Betel )

Lição 8 O Verdadeiro Discípulo, servo cuidadoso, exemplar e fiel ao Sumo Pastor

Lições Bíblicas BETEL: 4° Trimestre de 2023 | REVISTA: TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO: Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.

TEXTO ÁUREO

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” 2 Timóteo 2.15

VERDADE APLICADA

O bom discipulador procura servir ao rebanho com fidelidade ao Sumo Pastor, dedicação, sendo exemplo e sem ganância.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Ensinar que não se faz nada sozinho

2. Mostrar os deveres do discipulador

3. Motivar o discipulador a ser exemplo

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1Pedro 5

1 Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também Presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da Glória que se há de revelar

2 Apascentar o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;

3 Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho

4 E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Pv 3.7 Devemos buscar sabedoria em Deus

TERÇA – Jo 5.44 Devemos buscar a honra de Deus

QUARTA – Rm 8.29 Crescer à semelhança de Cristo

QUINTA – 1Co 15.58 Devemos ser firmes e constantes

SEXTA – Gl 6.9 Não nos cansemos de fazer o bem

SÁBADO – Cl 3.17 Fazer tudo em nome do Senhor Jesus

 

HINOS SUGERIDOS: 175, 186, 212

MOTIVOS DE ORAÇÃO: Ore para que o discipulador Não tenha medo de formar líderes melhores do que ele. 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1– Trabalhar em equipe

2– Apascentar o rebanho

3– Servir de exemplo

Conclusão


INTRODUÇÃO

A fraqueza de Diótrefes se revelava em um dos pontos cruciais no desempenho do seu chamado: desprezar o trabalho em equipe. Isso significa dizer que não existe o ministério completo, que produz a frutos, se não possuir uma equipe unida em propósito e visão, disposta a alcançar o mesmo objetivo.

 

1. TRABALHAR EM EQUIPE

Ao iniciar seu ministério, Jesus recrutou homens para sua equipe ministerial [Mt 4.18-21]. Ele reuniu pessoas simples, como alguns pescadores, mas também de outros níveis sociais, como um cobrador de impostos, para serem seus discípulos. O termo discípulos do grego mathetes significa “seguidor” ou “aprendiz”. O objetivo de Jesus era formar homens capazes de trabalhar com ele em prol do Reino de Deus [Mt 1.15]. Jesus sempre exerceu sua missão com confiança firmeza e amor, nada e ninguém poderia o deter.


1.1 Discipuladores saudáveis.

Pedro, que exerceu uma liderança saudável, se colocou com a mesma importância ministerial dos demais, ao dizer que era um Presbítero, como eles. O termo Presbítero em grego é presbutéros, e significa “ancião, de idade”, referindo-se à maturidade espiritual daquele que ocupa essa função. Diótrefes era imaturo e seguro, ao contrário de Gaio, chamado por João de Amado [3Jo 1], pois acolhia os irmãos com amor.


Diótrefes foi um péssimo exemplo, um fraco, que se sentia ameaçado por outros. Em vez de ser uma influência saudável, que estimulasse o crescimento de sua equipe em prol do Reino de Deus, agia de forma autoritária, acreditando que, assim, faria com que fosse obedecido.


A síndrome de Diótrefes desperta pessoas tóxicas e suscita desconfiança, medo e intimidação. Pessoas com a síndrome de Diótrefes sugam a energia do grupo e destroem a criatividade da equipe. É muito importante que as lideranças sejam promotores de incentivo aos que foram designados para os ajudarem em diferentes setores da igreja local. O bom discipulador deve procurar mostrar aos outros como eles são importantes. Jesus, mesmo sendo Deus, ouvia Seus liderados e os ensinava a se tornarem bons discípulos e líderes.


1.2. Discipuladores produtivos.

O verdadeiro discípulo de Cristo, precisa estar seguro em si e principalmente em Deus, disposto a fazer discípulos melhores, sem que isso possa criar sentimentos egoístas. Jesus não era o exemplo de Diótrefes, pois ao contrário dele, disse: “… digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas” [Jo 14.12]. Jesus não se sentia ameaçado por Seus discípulos, mas os estimulava a fazer obras maravilhosas como Ele, ao dizer: “curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios” [Mt 10.8]. Pedro fez as mesmas obras que seu Mestre: ele pregou para multidões [At 2.14-36], levando centenas à salvação; curou enfermos, como o paralítico Enéias [At 9.34]; e ressuscitou Dorcas, mandando a morta se levantar (At 9.40]. João era o líder de Diótrefes, Gaio e Demétrio, mas apenas os dois últimos foram reconhecidos e elogiados por suas realizações. Gaio era fiel em tudo o que fazia para os irmãos; e Demétrio era um cooperador de excelência reconhecido pela igreja [3 Jo 5.12].


Ser produtivo não é exclusivamente uma missão eclesiástica, mas, sim, uma tarefa de um verdadeiro cristão [Jo 15.16]. Como discípulo de Cristo precisamos produzir. Um discípulo que não produz está sentenciado a ser cortado [Jo 15.2]. Como verdadeiros discípulos de Cristo precisamos produzir frutos que permaneçam. Não adianta somente produzirmos sombra. O bom discípulo precisa produzir frutos [Jo 15.5].


1.3. Discipuladores confiáveis.

Quem não é confiável um dia será exposto e todos conhecerão sua má índole [Lc 8.17]. Foi o que aconteceu com Diótrefes, que se recusava a se submeter à liderança do após- tolo e suas atitudes estavam causando uma influência prejudicial ao desenvolvimento da igreja. Gaio e Demétrio tinham boa reputação e foram reconhecidos pela lealdade e pela verdade [3 Jo 5. 12].


Quando se trata de confiabilidade, a Bíblia mostra que essa característica é indispensável. O termo confiança deriva de firmeza e fé (fide). Gaio e Demétrio são apresentados e reconhecidos como cristãos confiáveis e fiéis [3 Jo 3.6, 12), enquanto Diótrefes era o oposto. Só alguém com atributos confiáveis, anda na verdade do Evangelho de Cristo [3 Jo 12], cumpre a missão que está em suas mãos com êxito. Muitos se empolgam e começam uma tarefa, mas logo a abandonam no meio do caminho; esses não são confiáveis. Melhor é o fim das coisas que o começo delas [Ec 7.8].


EU ENSINEI QUE:

No Reino de Deus, a obra é feita por mais de um, por uma equipe bem ajustada. Jesus demonstrou isso em seu próprio ministério. Todos precisam ter uma vida com referências saudáveis, produtivas e leais.

2. APASCENTAR O REBANHO

Pedro foi chamado por Jesus para uma tarefa muito especial: apascentar Suas ovelhas [Jo 21.16]. Apascentar no grego é “poimaino”, uma expressão usada para indicar cuidado, provisão, conduzir, guardar. O dever de um bom discípulo de Cristo, que exerce autoridade sobre os outros, é promover o bem estar físico e espiritual, de todos aqueles que estão submissos a esta autoridade. Diótrefes não agia assim. Ele agia como um mau discípulo que cuidava de si mesmo, o que Deus condena [Ez 34.2], em vez de cuidar das ovelhas, voluntariamente e com ânimo [1Pe 5.2], como Pedro ensina.


2.1. Ser cuidadoso.

Pedro tinha a ordem de Jesus em seu coração e doutrinou os demais discípulos que exerciam o cuidado e direcionamento às ovelhas de Cristo. É dever daqueles que estão nesta função, exercer o seu chamado com o compromisso de: alimentar, proteger, guardar, defender e ensinar as ovelhas que estão sob sua responsabilidade, tendo Jesus, “o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas”, como exemplo [Jo 10.11]. Ter amor e zelo é essencial e importante para Deus [Hb 13.17].


Um bom e verdadeiro discípulo de Cristo embora exerça atividades administrativas, necessita cuidar principalmente das necessidades do rebanho de Cristo. Precisamos entender que para Deus cuidar das ovelhas é importante. Aquele que não cuida, está abrindo mão de um ministério essencial. Assim, seguindo o exemplo do Senhor Jesus Cristo, o apóstolo João procurava pulsar e injetar graça na vida das pessoas para quem ele ministrava. Gaio e Demétrio aprenderam bem: cuidavam das pessoas e as abrigavam para que continuassem a servir o Reino de Deus.


2.2. Ser voluntário.

Ainda que tenha recebido o chamado de Deus para o ministério, o discípulo de Cristo precisa agir com voluntariedade, por isso Pedro os exorta a não apascentar as ovelhas por força [1Pe 5.2]. Paulo mostra que Jesus se entregou voluntariamente pelos nossos pecados [G1 1.4]. A vontade é uma atitude muito importante para Deus, porque mostra a capacidade de escolha ou não de algo. Jesus escolheu ser nosso Bom Pastor [Jo 10.11]. O desejo de Gaio e Demétrio era serem cooperadores que andam na verdade, para que os propósitos espirituais fossem alcançados. Deus respeita a vontade humana, mas deseja que vivamos segundo a Sua vontade “boa, agradável e perfeita” [Rm 12.2].


O cristianismo não é uma religião que faz apologia à ignorância, tampouco ao intelectualismo vazio. Deus quer desenvolver em nós uma consciência cristã, um coração cristão e uma vontade cristã. Diótrefes tinha uma vontade voltada para si, procurando ter a primazia entre os demais. Nada mais anticristão! O cristianismo é doação, é serviço, é entrega. Jesus fez tudo isso com absoluta perfeição, chegando até o fim de Sua missão.


2.3. Ter ânimo.

O caráter de Diótrefes o impedia de ser um verdadeiro discípulo pronto a atender os anseios do rebanho. O ânimo é frequentemente evocado por Deus a homens, para deixá-los prontos a cumprir suas tarefas [Is 1.9]. Jesus também exortou seus discípulos para que tivessem ânimo [Jo 16.33]. Estar animado é estar confiante de que as coisas acontecerão, ainda que não sejam fáceis [Fp 1.14]. Jesus estava prestes a ser crucificado e sabia que a dúvida e o medo chegariam ao coração dos discípulos, que precisavam estar animados para continuar a obra. Gaio tinha ânimo em servir, e transmitia isso àqueles que precisavam, acolhendo-os.


O pastor e escritor Elias Dantas faz a seguinte pergunta: “Até quando não nos convenceremos de que a montanha da liderança não se conquista sozinho?”. Sem ânimo não se conquista nada, principalmente no Reino de Deus O testemunho de um verdadeiro discípulo de Cristo é evidenciado pelo seu comportamento, o ânimo é mais que uma expressão, é a revelação de um estado de espírito, vontade, força e coragem. Quem tem ânimo vence o marasmo. A Bíblia tem inúmeros exemplos de homens que tiveram ânimo em momentos de adversidade e alcançaram a promessa. Jesus é o maior exemplo [Jo 16.33].


EU ENSINEI QUE:

Pedro mostra alguns padrões para que um discípulo exerça seu ministério conforme a vontade de Deus


3. SERVIR DE EXEMPLO

Um discípulo dominado pelo sentimento de insegurança não é um bom exemplo. Diótrefes escondia sua fraqueza agindo com forte domínio sobre os irmãos daquela igreja local, o que Pedro claramente condena em sua carta. Para ser exemplo, um bom discípulo tem de cumprir os critérios elencados pelo apóstolo, entre os quais o cuidado, a vontade e o ânimo.


3.1. Ser livre da ganância.

O termo ganância no original grego significa “avidez pelo lucro ilegítimo”. O caráter de Diótrefes estava contaminado por sua fraqueza, sede de poder, egoísmo, maldade, rebeldia, desrespeito às autoridades eclesiásticas e ganância. Ele queria tirar proveito da obra de Deus, colocando-se como prioridade em tudo, agindo contrariamente ao que Jesus ensinou que quem quiser ser o primeiro, deverá antes ser o último [Mc 9.35]. Pedro exorta àqueles que são chamados para servir na igreja a se protegerem contra todos os tipos de ganância e egoísmo. Essa foi a marca ministerial de Judas, que o levou a perder seu ministério e sua própria vida [Mt 27.5].


Pedro alerta os “presbíteros” para seu principal chamado: “Pastoreai o rebanho”: Uma das virtudes de um verdadeiro discípulo é não ser ganancioso. Deus sempre cuidou de seu povo, garantindo a subsistência. Na oração do Pai Nosso, Cristo nos ensina a não sermos gananciosos: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” [Mt 6.11].


3.2. Prestar contas.

Diótrefes não prestava contas de seu ministério a seu líder, o apóstolo João. Aliás, nem o recebia [3]o 9]. Ele tinha um espírito independente, esquecendo-se de que o reino de Deus funciona sob o princípio da hierarquia [Tt 3.1]. Quem viola a hierarquia viola a disciplina, igualmente exigida por Deus [Pv 1.7]. Diótrefes deveria reconhecer e honrar aquele que estava presidindo sobre ele [1Ts 5.12]. Deus designou líderes para a igreja e líderes sobre líderes [At 14.23], que devem ser respeitados.


Diótrefes em nada se assemelhava a Jesus. Era intolerante e exigia atenção imediata apenas para as questões de seus próprios interesses, sem se importar com os problemas que ele poderia ocasionar aos outros. Quem não o obedecia saía. Ele não reconhecia nenhuma autoridade, mesmo devendo fazê-lo porque a Palavra de Deus ensina isso. O bom discípulo de Cristo cumpre finalmente seu chamado, não somente por palavras, mas, principalmente, por atitudes. A Bíblia nos ensina que Cristo cumpriu o Seu propósito e prestou contas ao Pai: “Dos que me deste, nenhum deles perdi” [Jo 18.9]. O discípulo sempre deverá estar conectado ao Mestre. A submissão é uma marca do verdadeiro discípulo de Cristo.


3.3. Receber a coroa de glória.

Há recompensa para os verdadeiros discípulos que honram seus chamados. Pedro encerra sua palavra dizendo: “E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória” [1Pe 5.4].


O cuidado, a fidelidade, o espírito voluntário no exercício do ministério cristão, o sincero interesse em ser uma influência saudável e edificante aos que estão diante de nós não passam desapercebido pelo Sumo Pastor. E, então, quando Cristo se manifestar, haverá recompensa pelos esforços em benefício do rebanho de Deus. Este cuidado com vidas que pertencem ao Senhor, nos remete a Mateus 24.45-51 a parábola que trata do servo que é constituído pelo Senhor para cuidar dos conservos. É preciso sermos servos fiéis e prudentes. Breve o Senhor virá.


R. N. Champlin (O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, Volume 6, Hagnos, 2014, p. 214) comenta sobre 1 Pedro 5.4: “Mediante a possessão dessa coroa, chegaremos a compartilhar da “glória de Cristo”, nos céus eternos. Isso fala da participação na própria glorificação de Cristo, o que é comentado em Romanos 8.29-30. A glorificação indica que chegaremos a ter o mesmo tipo de vida que Cristo possui (ver Jo 5.25-26 e 6.57), o que, por sua vez, é o próprio tipo de vida de Deus. (…) Ao invés da sórdida ganância e a honra vazia do predomínio, o apóstolo mostra aos anciãos, uma vez mais, a nobre vantagem e a verdadeira coroa de honra.”


EU ENSINEI QUE:

Um discípulo fraco jamais servirá de modelo como ministro. Mas aquele que tiver um ministério exemplar, agindo com cuidado, consciente de que deve satisfação àqueles que presidem sobre ele, e que vale a pena ser um discípulo aprovado por Deus, esse será recompensado.


CONCLUSÃO

Precisamos ser servos fiéis e prudentes no exercício do ministério, tendo cuidado para não agirmos com ganância e como dominadores dos demais irmãos, pois o Senhor da Igreja não está indiferente em relação às ações e motivações para com o Seu rebanho. Breve Jesus voltará.

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