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Lição 1 A relevância da Palavra de Deus para edificação doutrinária da Igreja (Editora Betel)

LIÇÃO 2 BETEL 

TEXTO ÁUREO

“Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.” Apocalipse 3.8


VERDADE APLICADA

A Palavra de Deus é o alicerce da Igreja. Ela é o fundamento de todos os princípios que norteiam a vida cristã.


OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Enfatizar a importância de priorizar a Palavra de Deus.

2. Evidenciar a relevância da Palavra de Deus.

3. Mostrar o resultado da aplicação da Palavra.



TEXTOS DE REFERÊNCIA

SALMOS 119

97- Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia.

98- Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão sempre comigo.

99- Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.

100- Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos.

101- Desviei os meus pés de todo caminho mau, para observar a tua palavra.

102- Não me apartei dos teus juízos, porque tu me ensinaste.

103- Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.


LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | 1 Sm 15.22 – Obedecer é melhor do que sacrificar.

TERÇA | SI 1.2 – Bem-aventurado o que medita na Palavra.

QUARTA | Sl 119.1 – Bem-aventurado o que anda na lei do Senhor.

QUINTA | Jr 23.29 – A Palavra de Deus é como fogo.

SEXTA | Jo 17.17 – A Tua Palavra é a verdade.

SÁBADO | At 6.4 – Perseverar na oração e na Palavra.


HINOS SUGERIDOS: 306, 505, 506


A MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que a Palavra de Deus seja cada vez mais valorizada.


ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1- A relevância do aprendizado da Palavra

2- A importância de priorizar a Palavra

3- O resultado da aplicação da Palavra

Conclusão


INTRODUÇÃO

Nesta lição, refletiremos sobre a relevância da Palavra de Deus para a Igreja. Portanto, apresentaremos alguns princípios que evidenciam essa relevância crucial para a vida cristã.


1. A relevância do aprendizado da Palavra

Além de estudar, é preciso que haja um aprendizado efetivo. Aprender é uma tarefa de excelência tanto para o discípulo, quando alcança esse objetivo, como também para o mestre, que vê um resultado positivo do seu trabalho, pois: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” [Ap 1.3]. Portanto, o ensino está intrinsecamente ligado a ouvir, guardar e praticar o que está sendo ministrado.


1.1. O aprendizado nos torna sábios para a salvação. 

O elemento essencial que nos conscientiza da salvação vem pelo aprendizado da Palavra, porquanto a fé advém de ouvi-la [Rm 10.17]. O apóstolo Paulo afirmou para Timóteo, seu filho na fé, que ele havia chegado a essa conclusão pelo conhecimento da Palavra de Deus: “E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” [2Tm 3.15]. Os mestres da lei, estudiosos diligentes das Escrituras, a examinavam na certeza de encontrar a vida eterna [Jo 5.39], porém ignoravam o fato de que as mesmas testificam de Jesus, o único caminho para a salvação.


Lawrence Richards (Comentário Bíblico do Professor Editora Vida, 2004, p. 1122 e 1124) enfatiza que 1 e 2Timóteo e Tito é um “Chamado para o Ensino”: “Ensinar e aprender é um dos temas principais nessas cartas referentes às “últimas palavras” do apóstolo Paulo. (…) A evidência do aprendizado cristão não se encontra em nosso saber, mas no amor, na fé e na santidade de vida do crente. Paulo encorajou Timóteo e Tito a se envolver no tipo de ensino que conecta a verdade à vida; o tipo de ensino o qual produz pessoas amorosas, confiáveis e santas. Paulo certamente diria que o caráter, não o conhecimento, é o melhor indicador de um cristão bem preparado.”


1.2. O aprendizado nos torna sábios para a vida. 

O aprendizado da Palavra de Deus proporciona ao crente essa sabedoria celestial que se sobrepõe à sabedoria humana e terrena. De nada vale o conhecimento sem reconhecer a Palavra de Deus como base de toda a ciência. O salmista admite que o aprendizado da Palavra de Deus o fazia superar até seus mestres, incluindo pessoas mais velhas e experientes do que ele: “Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos. Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos.” [SI 119.99-100].


Sarah Cavalcanti (Livro “Uma escola para todos” – Editora Betel, 2015): “É através do ensino da Bíblia que crescemos no conhecimento da Palavra de Deus e no relacionamento com o Deus da Palavra. É no estudo da Bíblia que se aprende os rudimentos da fé cristã. Se quisermos avançar como Igreja vitoriosa e relevante no século XXI, precisamos investir arduamente no ensino da Bíblia, afinal é a sua mensagem que transforma e liberta o pecador.”


1.3. O aprendizado nos faz discernir o falso ensino. 

Jesus disse que o erro dos saduceus, líderes em Israel, derivava do fato de não conhecerem as Escrituras, ou seja, a principal qualidade de quem ensina a Palavra é conhecê-la: “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” [Mt 22.29]. Ainda de acordo com o texto de Oséias, o povo pereceu porque lhes faltou o conhecimento de Deus [Os 4.6). Existe ainda o fragoroso perigo de se estar ensinando doutrinas heréticas, visto que há uma linha muito tênue entre o ensino genuíno da Palavra e um ensinamento deturpado.


Pr. Joabes Rodrigues do Rosário (Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 2019, p. 6) “A refutação e os últimos dias”: “A Palavra de Deus revela que os últimos dias da Igreja na terra seriam caracterizados, também, pelo surgimento de falsos profetas (Mt 24.11], espíritos enganadores e doutrinas de demônios [1Tm 4.1], falsos doutores e heresias [2Pe 2.1]. Evidentemente, muitos destes erros não são facilmente identificados. É preciso, pois, como Igreja, estarmos firmados e convictos quanto ao conteúdo da fé bíblica e buscarmos a indispensável ação do Espírito Santo no discernimento e na capacitação necessária para refutamos os enganos que vão surgindo, além da proclamação do Evangelho.”


EU ENSINEI QUE:

O ensino está intrinsecamente ligado a ouvir, guardar e praticar o que está sendo ministrado


2. A importância de priorizar a Palavra

A prioridade da Palavra de Deus perpassa por uma atitude firme da Igreja, justamente quando as lideranças entendem que o estudo sistemático da Palavra é fundamental em todas as funções eclesiásticas.


2.1. A importância da Palavra no Antigo Testamento. 

O sacerdote e escriba Esdras é um exemplo muito importante para apresentarmos o ensino da Palavra no Antigo Testamento: “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus direitos.” [Ed 7.10]. O povo se reunia para ler e meditar na lei do Senhor. Essa atitude de Esdras produziu um dos maiores avivamentos na história de Israel.


Sarah Cavalcanti (Livro “Uma escola para todos” – Editora Betel, 2018): “O ato de ensinar o povo acontece desde os tempos do Antigo Testamento. O texto de Deuteronômio 31.12 revela que a ideia era reunir o povo para ensinar a Palavra de Deus. Todos deveriam estar presentes (“homens, mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros”) à ministração e ao ensino das leis de Deus.”


2.2. A importância da Palavra no Novo Testamento. 

Os apóstolos deixaram um legado muito importante para a Igreja dos nossos dias: “Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.” [At 6.4]. A atitude apostólica de priorizar o binômio oração e Palavra é infalível e deve ser imitada por todas as Igrejas, se quiserem ter uma vida espiritual e um crescimento saudável. A Igreja apostólica crescia mediante o trabalho do ministério [At 2.42], pois perseverava em todas as atividades que realizava. Era uma ação contínua, sendo parte constante da vida da Igreja. Vemos Paulo exoгtando a Timóteo, seu filho na fé, para que pregasse a palavra em todo o tempo [2Tm 4.2].


Eurico Bergsten (Lições Bíblicas, 3° trimestre de 1978) ao comentar sobre o crescimento e desenvolvimento da igreja em Jerusalém: “Em tudo a Igreja se apoiava na Palavra de Deus. No dia de Pentecostes, quando as críticas contra as bênçãos recebidas apareceram, eles se defendiam com a Bíblia. “Isto é o que foi dito pelo profeta Joel” (At 2.16). Quando o povo estava atônito pela cura do coxo, citavam a Palavra de Deus para explicar o fato [At 3.13- 16). Quando foram proibidos de falar em nome de Jesus, baseavam a sua defesa na Palavra de Deus [At 4.11], o que lhes deu muita ousadia [At 4.25- 27]. Quando apareceu o grave problema criado pelos fariseus que queriam obrigar os crentes a se circuncidarem, então com base na Palavra de Deus conseguiram dissipar aquela ameaça à paz At 15.15-16, 28-30]. Aleluia! Aqui estão alguns exemplos. A Bíblia diz: “Permaneceram na doutrina dos apóstolos” [At 2.42]”


2.3. A Palavra nutre a vida espiritual. 

Nossa saúde espiritual está intimamente ligada à nossa busca pelo conhecimento da Palavra de Deus. O apóstolo Pedro escreveu: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo.” [1Pe 2.2]. Assim como o leite materno não possui substituto à altura, de igual modo na vida cristã, nada pode substituir a Palavra de Deus. De acordo com este texto bíblico, a Palavra é o principal elemento no “cardápio alimentar” da vida espiritual. Ela deve ser prioritária em nossa vida.


Pr. Jairo Fontes Ferreira (Revista Betel Dominical, 3º Trimestre de 1993, p. 26) comentou sobre a Bíblia e seu valor como alimento: “Assim como o corpo físico, templo do Espírito Santo, precisa do alimento material, nosso espírito e alma necessitam do alimento espiritual [Dt 8.3]. Este é o princípio estabelecido por Deus, para o Seu povo valorizar Sua palavra como alimento. O próprio Senhor Jesus autenticou a palavra do Pai diante de Satanás (Mt 4.4). “Nem só de pão…” disse Jesus, mostrando-nos a necessidade do pão espiritual, a Palavra de Deus, para cada dia de nossas vidas. 

A Palavra de Deus, como alimento espiritual, é comparada a:

a) mel (Sl 119.103];

b) leite [Hb 5.13];

c) alimento sólido [Hb 5.14]”


EU ENSINEI QUE:

O estudo sistemático da Palavra é fundamental em todas as funções eclesiásticas.


3. O resultado da aplicação da Palavra

A aplicação da Palavra de Deus se constitui no elemento fundamental para o cristão sob todos os aspectos. Ela tem o poder de transformar a vida do ser humano.


3.1. Fortalece a vida cristã. 

A maturidade cristã será alcançada através de uma vida alicerçada na Palavra de Deus. Só assim o cristão poderá vencer todos os embates da vida com equilíbrio e resiliência: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.” [Mt 7.24- 25]. Rios, chuvas, ventos e tempestades são situações que podem atingir a vida cristã e somente quem está alicerçado na Palavra de Deus poderá vencer.


Sarah Cavalcanti (Livro “Uma escola para todos” – Editora Betel, 2018): “Ensinar a Bíblia é fundamental para uma vida cristã bem-sucedida e, também, para uma Igreja saudável. Além disso, em diferentes momentos da vida, a Palavra se renova, se ressignifica e sempre traz um novo aprendizado.”


3.2. Produz santificação. 

A vontade de Deus para o Seu povo é a santificação [1Ts 4.3], e um dos elementos importantes para a santificação é a Palavra de Deus, conforme ressaltou Jesus na oração sacerdotal, ao revelar o poder santificador da mesma: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” [Jo 17.17]. De acordo com o apóstolo Tiago, para que haja uma mudança de vida efetiva, a Palavra precisa ser enxertada em nossas vidas [Tg 1.21].


Além de João 17.17, vemos também a Palavra de Deus como agente de santificação em João 15.3. Podemos dizer que o Espírito Santo usa a Palavra de Deus para exercer o efeito santificador sobre os discípulos de Cristo. Todos que acolhem a Palavra de Deus são limpos. Vemos em João 13.10 que o Senhor Jesus revelou que nem todos estavam limpos. Portanto, não se trata de automatismo na santificação. É preciso acolher a Palavra. Conservar no coração. Foi o que faltou a Judas. Para manter pura a conduta é preciso viver de acordo com a Palavra de Deus [Sl 119.9].


3.3. Agrada a Deus. 

A obediência é um dos mais importantes princípios da vida cristã, de maneira que qualquer sacrifício não tem nenhum valor sem a obediência. Isso fica claro nas palavras do profeta Samuel ao advertir o rei Saul: “Porém, Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar (…).” [1 Sm 15.22].


Pr. Marcos Sant’Anna da Silva (Livro “Aperfeiçoamento cristão” – Editora Betel, 2018): “Se declaramos e cremos que a Palavra de Deus é a verdade e a revelação da vontade de Deus para nós, então a disposição em praticá-la deve preceder o conhecimento da mesma. Ou seja, o discípulo de Cristo precisa ir à Palavra com fé e disposição de obedecê-la.”


EU ENSINEI QUE:

A aplicação da Palavra de Deus se constitui no elemento fundamental para o cristão sob todos os aspectos. Ela tem o poder de transformar a vida do ser humano.


CONCLUSÃO

Após a morte de Moisés, Deus fala com Josué e lhe faz promessas e garante que estaria com ele, mas o advertiu que não deixasse de observar a Palavra de Deus em todo o tempo. Assim também deve ser com cada geração da Igreja enquanto estiver na terra: os tempos mudam, mas a Palavra de Deus permanece. Os princípios bíblicos são os mesmos. A última exortação bíblica se refere a como estamos lidando com a Palavra de Deus [Ap 22.18-19]. Que o Espírito Santo nos ajude em todo o tempo a guardarmos a Palavra de Deus [Ap 3.8, 10].


Revista Editora Betel | 3° Trimestre De 2024 | TEMA: A RELEVÂNCIA DA IGREJA, SUA ESSÊNCIA E MISSÃO – Reafirmando os fundamentos, a importância do compromisso com a Palavra de Deus, a Adoração sincera e o serviço autêntico, segundo os preceitos de Jesus Cristo | Subsídios Dominical 



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Lição 1 A BÍBLIA: FONTE DE DOUTRINA (Classe: Jovens)

🎓 Lições Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD

Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã Vitoriosa

AUTOR: Pr. Elias Torralbo

TEXTO PRINCIPAL

“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.” (2 Tm 3.16)

RESUMO DA LIÇÃO

A Bíblia é a única fonte genuína de doutrina para o cristão.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – 2 Pe 1.19-21

Inspirados pelo Espírito Santo

TERÇA – Jo 5.39

A Palavra testifica acerca de Jesus

QUARTA – Sl 119.72

A Palavra de Deus é preciosa

QUINTA – Sl 119.89

A Palavra permanece para sempre

SEXTA – Sl 119.105

A Palavra é lâmpada para os nossos pés

SÁBADO – Hb 4.12

A Palavra e o seu poder eficaz


OBJETIVOS

1. APRESENTAR a origem da Bíblia;

2. EXPLICAR a inspiração das Escrituras;

3. DESTACAR a Bíblia como fonte de doutrina.


INTERAÇÃO

Prezado(a) professor (a), com a graça de Deus iniciamos o primeiro trimestre do ano. Estudaremos treze lições a respeito do fundamento dos apóstolos e profetas. Veremos que a Bíblia é a única fonte genuína de doutrina para o crente de todos os tempos.


O comentarista das lições é o pastor Elias Torralbo, Mestre em Teologia Sistemática e especialista em Gestão Escolar. Diretor Executivo da FAESP – Faculdade Evangélica de São Paulo. Atua como pastor na Assembleia de Deus Ministério do Belém, cidade de Mogi das Cruzes - SP. Que o estudo de cada lição possa trazer a certeza, para você e seus alunos, de que a Bíblia é a inspirada e inerrante Palavra de Deus. Seus ensinos são luz para o nosso caminho e se praticados vão nos oferecer uma vida vitoriosa.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), para a primeira aula do trimestre, sugerimos que você reproduza a tabela abaixo mostrando aos alunos que as Escrituras Sagradas são

uma confirmação de que Deus deseja ser conhecido pelos seres humanos. Deus fala conosco de diferentes maneiras, mas a sua Palavra é a sua revelação plena para nós.

 

Ele falou do Céu, direta e audivelmente. Lc 3.21,22

Ele escreveu em tábuas de pedra. Êx 31.18

Ele se tornou carne. Jo 1.14

Ele deu vívidos sonhos e visões. Gn 28.12; Mt 1.20; 2.19,29

Ele utilizou paredes de palácios. Dn 5.5

Ele fez animais falarem. Nm 22.28

Ele expressou a verdade dos profetas. Ez 51.1; Am 2.1; Ag 1.7; Zc 8.3

Ele utilizou os anjos. Lc 1.11,28; At 10.3,4


TEXTO BÍBLICO: 2 Timóteo 3.14-17

14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que fostes inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.

15 E que, desde a tua meninice, sabe as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

16 Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,

17 Para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, estudaremos a respeito do “Valor da Doutrina”. Este é um tema de fundamental importância para o cristão, individualmente e para a igreja. Quanto ao foco da primeira lição, abordaremos a Bíblia como fonte segura da doutrina. Certamente você concorda que a Bíblia é indispensável para uma vida cristã frutífera, saudável. Mas você sabe qual é a sua origem e natureza? Nesta primeira lição, vamos responder essas questões, discorrendo a respeito da origem da Bíblia, a sua inspiração divina e a sua elevada e inestimável importância.

I - A ORIGEM DA BÍBLIA

1. Definição do termo.

As Escrituras Sagradas são uma confirmação de que Deus deseja ser conhecido pelos seres humanos, por isso a revelação de si mesmo foi preservada de forma escrita em um livro chamado Bíblia Sagrada. Qual o significado da palavra Bíblia?

Como se deu o seu desenvolvimento dentro da história?

O vocábulo Bíblia tem origem na expressão grega biblos (Mt 1.1), que significa “um livro”, ou ainda, da forma diminutiva “biblion” (Lc 4.17) que significa “pequeno livro”. O termo Bíblia relaciona-se com biblos, de onde vem o nome dado à parte interna do papiro, material usado na antiguidade para escrever os livros.


A Bíblia é também chamada de: Escritura (Mc 12.10; 15.28); Santas Escrituras (Rm 1.2) e Sagradas Letras (2 Tm 3.15).


2. A origem literária da Bíblia.

A Bíblia é a Palavra de Deus aos homens e, como literatura, é um livro antigo. Seu formato original era a de um rolo (Jr 36.2) (2 Tm 4.13). Inicialmente, a Bíblia não foi formada de um livro só, mas cada livro compunha um rolo individual. A invenção do papel no século II pelos chineses e o desenvolvimento da imprensa, por Johannes Gutenberg, contribuíram com a junção de seus livros.


A Bíblia tem 66 livros que foram escritos por 40 homens de lugares e culturas diferentes. Originalmente foi escrita em dois idiomas (hebraico e grego) e um dialeto (aramaico), dentro de mais de 1600 anos, com os mais variados temas, com uma unidade admirável e inigualável. O centro de sua mensagem não é o homem (antropológico), mas Deus (teocêntrico), abordando o criacionismo (Deus é o Criador de todas as coisas), a teologia (ênfase no conhecimento a respeito de Deus e a sua relação com o mundo), a antropologia (exposição sobre o lugar do homem no plano de Deus), culminando na soteriologia e na escatologia (a doutrina da salvação e das últimas coisas, respectivamente).


3. A origem da Bíblia Sagrada.

A Bíblia é um livro sagrado e a expressão dada a isso é “cânon sagrado”. A palavra “cânon” é de origem cristã e vem do grego kanon e provavelmente do hebraico “kaneh”, que quer dizer “junco”, “cana” ou “vara de medir”, com referência a uma regra ou uma norma a seguir. O cânon bíblico é uma referência aos livros considerados como Palavra de Deus, servindo como regra de fé e prática (Gl 6.16).


A canonização dos livros da Bíblia foi feita por concílios eclesiásticos nos quais os livros eram considerados úteis para a fé e a adoração cristã. O Antigo Testamento foi aceito como sagrado pelos judeus e, nos dias de Jesus, a sua composição já existia.


Quanto ao Novo Testamento, a autoridade de seus livros se confirmou pelos seguintes critérios:

a) deveriam ter sido escritos por um dos apóstolos ou por alguém bem próximo a eles;

b) o conteúdo deveria ser coerente com os ensinos da igreja e os demais livros sagrados e

c) deveriam ser conhecidos e reconhecidos na igreja. Os concílios não concederam autoridade divina às Escrituras, apenas a reconheceu.


SUBSÍDIO 1

Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “Você crê na inspiração divina da Bíblia?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Explique que toda a Escritura é inspirada por Deus. Em seguida, aclare que a “palavra ‘bíblia’ é derivada do latim, proveniente da palavra grega bíblia (livros), que diz respeito especificamente aos livros que são reconhecidos como canônicos pela Igreja cristã. Um termo sinônimo de ‘a Bíblia’ é ‘os escritos’ ou ‘as Escrituras’ (em grego hai graphai, ta gramata), frequentemente usado no Novo Testamento para designar, no todo ou parte, os documentos do Antigo Testamento. Por exemplo, Mateus 21.42 diz: ‘Nunca lestes nas Escrituras?’ (em tais graphais).


A passagem paralela, Marcos 12.10, traz o singular, referindo-se ao particular texto citado: ‘Ainda não lestes esta Escrituras?’ (ten graphen tauten). Em 2 Timóteo 3.15, temos ‘as sagradas letras’ (ta hiera gramata), e o versículo seguinte (ARA) diz: ‘Toda Escritura é inspirada por Deus’ (passa grafe theopneustos).


Em 2 Pedro 3.16, ‘todas’ as epístolas de Paulo são incluídas junto com ‘as outras Escrituras’ (tas loipas graphas), as quais presumem- se que sejam os Escritos do Antigo Testamento e provavelmente os evangelhos também.

II - A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

1. Uma breve definição.

Termos como inspiração, iluminação, aplicação, convicção e testemunho compõem a discussão acerca da fonte das Escrituras. A expressão “inspiração” é a que coordena o funcionamento das demais, pois atesta a origem da Bíblia, reafirmando assim a sua autoridade final. Do latim inspiratio, que advém do verbo inspirare, inspiração quer dizer “soprar em”, ou ainda, “insuflar”.


Ao afirmar que a Escritura é “divinamente inspirada”, o apóstolo Paulo está afirmando que ela foi idealizada e supervisionada pelo Espírito Santo (2 Tm 3.16), motivo pelo qual ela é “digna de toda aceitação” (1 Tm 1.15). Portanto, uma vez que o Espírito Santo é que inspirou a Bíblia, é Ele quem também ilumina o homem para que possa entendê-la, além de operar os seus resultados exclusivos, atestando ser ela a verdade eterna de Deus.


2. A revelação especial da Bíblia.

Inicialmente veremos duas questões a serem consideradas: “Por que Deus usou homens como autores de sua Palavra?” e “Como aceitar a Bíblia como Palavra de Deus se ela foi escrita por homens?” Deus, inicialmente, se revelou ao homem por meio de sua criação (Sl 19.1- 6; Rm 1.18-20).


Ele também se revelou pela Bíblia, e por intermédio de Jesus Cristo, “a quem constituiu herdeiro de tudo” (Hb 1.1-3), o qual denominamos Revelação Especial. Portanto, a escolha de homens como autores da Bíblia é justificada pela estratégia divina em dar-se a conhecer à humanidade. Nota- se que, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, Deus se comunicou oralmente com o homem (Gn 1.28-30), e depois incumbiu pessoas a fazer o registro, em sua Palavra (Êx 17.14). Os homens que escreveram a Bíblia foram chamados por Deus para tal tarefa, servindo-lhes como instrumento divino (2 Pe 1.21). O “canal” usado foi o humano, mas a autoridade é divina, o que faz da Bíblia a Palavra de Deus para os homens de todos os tempos.


3. A natureza divina da Bíblia.

Como confirmar a natureza divina da Bíblia? Há meios pelos quais a fonte divina da Bíblia pode ser constatada e aceita, tais como:

a) sua unidade;

b) sua mensagem sem igual;

c) o cumprimento de suas profecias e

d) o seu testemunho próprio. Mesmo tendo sido escrita por diferentes pessoas, nas mais variadas condições e em diferentes épocas, a unidade doutrinária e estrutural da Bíblia indica a inquestionável e necessária presença de um idealizador soberano, que conduziu a sua composição e estruturação.


A mensagem das Escrituras também faz dela um livro divino, pois reafirma a perfeição de Deus, o estado de Queda do homem e os seus efeitos, o amor de Deus revelado em Cristo, bem como o chamado ao homem para a redenção e para a esperança de vida eterna.


A Bíblia contém profecias, das quais muitas já se cumpriram, outras estão em franco cumprimento e outras que ainda se cumprirão, e somente Deus é capaz de anunciar antecipadamente e, com precisão, a sua vontade. A própria Bíblia dá testemunho de sua natureza divina (2 Sm 23.1,2; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21).


Os testemunhos da arqueologia, da própria Bíblia e das muitas vidas transformadas pela Palavra de Deus, de forma conjunta, também confirmam a natureza divina da Bíblia.


SUBSÍDIO 2

Professor (a), dê início ao tópico com a seguinte pergunta: “O que é inspiração bíblica?”

Ouça os alunos com atenção. Depois, explique que “inspiração é o termo usado para a ação direta de Deus sobre os escritores bíblicos. Embora a individualidade de cada um fosse mantida, foram ao mesmo tempo movidos, guiados e guardados pelo Espírito Santo; desse modo, o que escreveram constitui a sufi ciente Palavra de Deus para a humanidade. De acordo com essa declaração, fica evidente ser a Bíblia um produto tanto humano quanto divino. Veremos algo do seu autor — sua perspectiva, estilo, temperamento e outros. Mas toda ela traz o selo do impulso divino, para indicar que por trás e no interior da obra do autor humano está o próprio Deus. Portanto, mediante o processo da inspiração, Deus é o autor das Escrituras.


Uma das passagens que especificam a autoria divina: ‘Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo’ (2 Pe 1.21). Esses autores foram inspirados por uma influência especial do Espírito Santo, que fez com que os seus escritos também fossem inspirados pelo sopro de Deus.”

III - A BÍBLIA COMO FONTE DA DOUTRINA

1. Definição do termo.

O significado do termo “doutrina” é amplo. A este respeito, o Dicionário Teológico editado pela CPAD afirma: “[Do lat. Doctrina, do verbo docio, ensinar, instruir, educar.] Conjunto de princípios que formam a base de um sistema religioso”. Já em uma análise mais específica, a referida obra dá a seguinte explicação: “A doutrina cristã acha-se baseada na Bíblia Sagrada – nossa única regra de fé e prática. Ela pode vir expressa em forma de credos, declarações de fé ou dogmáticas”.


A doutrina também pode ser entendida como ensinamento. Portanto, doutrinar é ensinar com base em um conjunto de crenças pertencente a uma pessoa, individualmente, mas principalmente a um determinado grupo religioso, coletivamente. Quanto ao uso do termo “doutrina” nesta lição, e em todas as demais deste trimestre, relaciona-se com as bases da fé cristã, conforme expostas e ensinadas nas Escrituras Sagradas.


2. A importância da doutrina bíblica.

A sua estima se confirma de muitas formas, principalmente se considerada a sua missão de apontar o caminho a ser seguido pela Igreja, isto é, para onde ela deve ir, mas também de protegê-la dos ataques externos, e, nesse caso, advertindo-a sobre o que não fazer como método de manutenção de sua saúde espiritual. Historicamente, as doutrinas bíblicas surgiram e se consolidaram como respostas às ameaças e defesa aos ataques à unidade da fé da Igreja.


Nesse ponto, a doutrina se reafirma como indispensável à vida da igreja, pois ela cumpre uma função delimitadora, mantendo assim a sua integridade. Uma igreja sem as doutrinas bíblicas pode ser comparada a uma casa sem portas, cuja característica é a ausência de limites e a presença marcante e desastrosa da desordem. A doutrina bíblica lança luz na trajetória da igreja e fecha as portas para as ameaças externas.


3. Bíblia, verdadeira fonte doutrinária.

A esta altura deve estar claro que a Bíblia é o instrumento de comunicação de Deus com o homem, que se dá em duas dimensões: com o homem, em geral e com a Igreja, em particular. Note que a ordem de Jesus é para que o Evangelho seja pregado a todo o mundo (Mc 16.15), assim como Paulo afirmou que compartilharia o mesmo Evangelho com os irmãos que estavam em Roma (Rm 1.15). Obedecendo os respectivos propósitos, o Evangelho a ser pregado ao pecador é o mesmo a ser ensinado à Igreja, cuja fonte é uma só, a Palavra de Deus, isto é, a Bíblia. Considerando que, conforme já visto, doutrina é ensinamento, as palavras de Paulo confirmam que a Bíblia é a fonte de toda doutrina cristã: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Tm 3.16).


SUBSÍDIO 3

Professor (a), diga que doutrina é “didache no grego e denota ensinamento, quer aquilo que é ensinado (por exemplo, Mt 7.28; Tt 1.9; Ap 2.14,15,24), quer o ato do ensino, instrução (por exemplo, Marcos 4.2; Romanos 16.17). Didaskalia, denota aquilo que é ensinado, doutrina (Mt 15.9; Mc 7.7; Ef 4.14; 1 Tm 1.10). No mesmo tempo que o termo didache é usado apenas duas vezes nas Epístolas Pastorais (em 2 Tm 4.2 e Tt 1.9), o termo didaskalia é empregado quinze vezes. Ambos são usados nos sentidos ativo e passivo (ou seja, o ato de ensinar e o que é ensinado).”


CONCLUSÃO

Nesta lição reafirmamos o lugar da Bíblia como fonte genuína da doutrina cristã. Vimos que ela é a inspirada Palavra de Deus, cujo desenvolvimento histórico e estrutural comprova que, não obstante tenha sido escrita por homens falíveis, Deus é a sua fonte; o que faz dela o Livro dos livros, pois é o instrumento infalível e inerrante de comunicação da mensagem de Deus aos seres humanos.

HORA DA REVISÃO

1. Qual o significado do vocábulo Bíblia?

O vocábulo Bíblia tem origem na expressão grega biblos (Mt 1.1), que significa “um livro”, ou ainda, de forma diminutiva “biblion” (Lc 4.17) que significa “pequeno livro”.

2. Qual o significado da expressão “Cânon Sagrado”?

A palavra “cânon” é de origem cristã e vem do grego kanon e provavelmente do hebraico “kaneh”, que quer dizer “junco”, “cana” ou “vara de medir”, com referência a uma regra ou uma norma a seguir.

3. Qual era o formato original da Bíblia?

Seu formato original era a de um rolo (Jr 36.2), feito de papiro e pergaminho (2 Tm 4.13).

4. Segundo a lição, como confirmar a natureza divina da Bíblia?

Há meios pelos quais a fonte divina da Bíblia pode ser constatada e aceita, tais como: a) sua unidade; b) sua mensagem sem igual; c) o cumprimento de suas profecias e d) o seu testemunho próprio.

5. Defina o termo “doutrina”. "Conjunto de princípios que formam a base de um sistema religioso."

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