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LIÇÃO 4 AS BEM-AVENTURANÇAS DO APOCALIPSE (Classe Juvenis)

Escola Bíblica Dominical  (Classe Juvenis)

Lições Bíblicas Juvenis 3° Trimestre 2024 CPAD

Revista: UM ESTUDO PANORÂMICO DE APOCALIPSE | Comentarista: Paulo Henrique Rodrigues da Silva | Subsídios Dominical


Versículo-chave:

“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo (Ap 1.2).

LEITURA DIÁRIA

🎯 Mt 25.13 Vivendo em vigilância

🎯 Rm 13.11 Nossa salvação está mais perto

🎯 Ap 14.13 Felizes os que morrem em Cristo

🎯 Lc 22.30 Os convidados da Grande Ceia

🎯 Ap 20.6 A primeira ressureição

🎯 Sl 118.20-23 O destino dos lavados no sangue do Cordeiro

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Apocalipse 1.3; 14.13; 16,15; 199; 20.6; 22.7,14

3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que neta estão escritas; porque o tempo está próximo.


Apocalipse 14.13

13 E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.


Apocalipse 16.15

15 (Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.)


Apocalipse 19.9

9 E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.


Apocalipse 20.6

6 Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poderá segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos.


Apocalipse 22.7.14

7 Eis que presto venho. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.

14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.

CONECTADO COM DEUS

Mais do que um catálogo de eventos proféticos que irão acontecer, o Apocalipse é também um livro de bem-aventuranças, do começo ao fim. Através da leitura cuidadosa, compreendemos que este livro fala da mais genuína felicidade - a que é eterna, a qual só é possível alcançar, por meio de Jesus Cristo. Por isso, livre-se de qualquer preconceito sobre o livro do Apocalipse e peça ao Espírito Santo que o esclareça, enchendo o seu coração da abundante alegria peta expectativa da glória. O plano de Deus é fazer com que o seu povo conheça o glorioso segredo que Ele tem a revelar a todos os povos. E o segredo é este: Cristo está em vocês, o que lhes dá a firme esperança de que vocês tomarão parte na glória de Deus (Cf. Cl 1.27). Leia e guarde as suas palavras, receba as suas promessas e se esforce para andar de modo digno delas, pois está próximo o Grande Dia de vivenciá-las!

 

OBJETIVOS

MOSTRAR as bem-aventuranças presentes no Apocalipse;

EXPLICAR tais bem-aventuranças, em especial a da primeira ressureição;

ENFATIZAR a bem-aventurança dos que lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro.

 

ANTES DA AULA

Prezado (a) Professor (a), estamos chegando perto do fim de todas as coisas. Precisamos ser bons conhecedores das revelações divinas, acerca do que brevemente irá acontecer. Ao estudarmos o livro de Apocalipse, encontramos bem-aventuranças, orientações sobre atitudes que nos conduzem à verdadeira e eterna felicidade.

 

Veja a importância desse estudo hoje, em meio a uma sociedade tão hedonista, condicionada ao vício em dopamina e à busca frenética por padrões de vida “instagramáveis", irreais e insalubres de “felicidade". Por isso, antes de iniciar a aula, reflita sobre o tipo de felicidade que é oferecida por Deus, distinguindo-a dessa que a cultura vigente apregoa com tamanha ênfase no espírito do engano.

 

Os verbos ler, ouvir e guardar nos inspiram a comprometermo-nos com Deus inteiramente, por meio da busca e prática da sua revelação escrita. “Felizes os que escutam a palavra de Deus e a colocam em prática"

 

(Lc 11.28). Portanto, compartilhe essa reflexão com seus alunos, motivando-os a não se deixarem iludir, antes, a buscarem a verdadeira felicidade em Cristo, enquanto há tempo.

 

1. Um livro de boas notícias

Para muitos, o Apocalipse é um livro de más notícias, tragédias, catástrofes e pragas que virão sobre a humanidade. Entretanto, para os salvos em Cristo, ele é um livro repleto de gloriosas mensagens de esperança, fé e felicidade eterna. Através de sua leitura, encontramos alertas, a fim de que tenhamos uma vida feliz e abundante no Senhor, agora e para sempre.

 

No Livro profético há sete bem-aventuranças que revelam o cuidado e dádivas de Cristo para o seu povo. A expressão “bem-aventurado” significa “feliz”, referindo-se àqueles que gozam de uma felicidade verdadeira e duradoura.

 

 

2. As bem-aventuranças

2.1. Os que guardam as profecias

A primeira bem-aventurança é um convite à leitura, meditação e prática da Palavra de Deus. Vejamos o que elas significam:

• Bem-aventurado aquele que lê: É feliz quem lê com dedicação o Apocalipse, buscando adquirir sabedoria e discernimento;

• Bem-aventurados aqueles que ouvem: É feliz quem leva à sério e considera em sua vida o que aprouve ao Senhor revelar no Apocalipse, a fim de escolherem melhor os seus caminhos:

• Bem-aventurado aquele que guarda: É feliz quem tem cuidado de meditar constantemente no que leu, a fim de praticar; quem age de acordo com o que o Espírito Santo revelou e requer.

 

Saiba que todo cristão precisa ler, ouvir e guardar a Palavra no coração e na mente, se desejam ser bem-aventurados de fato. Entretanto, é válido ressaltar, teologicamente, que esse trecho predito pelo apóstolo João, diz respeito ao contexto dos servos de Deus que viverão durante a Grande Tribulação. Os que se arrependerem e passarem a assim proceder, também encontrarão felicidade, pois serão salvos e guardados pelo Senhor no momento mais sombrio da história humana.

 

2.2. Os que morrem no Senhor

A segunda bem-aventurança é uma palavra de consolo aos servos de Deus que sofrerão a terrível perseguição do Anticristo. A felicidade dos mártires da Grande Tribulação será a de descansar das lutas, aflições e sofrimentos (Ap 6.11). A morte para o cristão salvo não é motivo de preocupação, pois é uma transição para a vida eterna com Cristo, O apóstolo Paulo expressou o seu “desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor" (Fp 1.23). Preciosa é à vista do Senhor a morte de seus santos (Sl 116.15). Todos os que morrem receberão uma recompensa por suas obras no Tribunal de Cristo (2 Co 5.10).

 

2.3. Os que guardam as suas vestes

A volta de Jesus será repentina e surpreendente. Ele virá como um ladrão (1Ts 5.4). Ou seja, o Senhor virá sem avisar. Nesta bem-aventurança, o Senhor orienta a termos duas atitudes que são as de vigiar e guardar as vestes. Vigiar é estar alerta, atento e consciente acerca dos sinais dos tempos e também com a vida espiritual.

 

INTERAÇÃO

Antes de iniciara lição, proponha a reflexão sugerida na sessão “Antes da Aula”. Você pode escrever no quadro, à medida que os juvenis forem listando, alguns conceitos de felicidade mundanos, contrários a Palavra de Deus e, portanto, ilusórios. Permita-os que explanem o que é a felicidade fundamentada em Deus. Frise que se manter fiel ao Senhor e à sua Palavra é a garantia mais segura de alegria verdadeira, a qual não se esvanece. Em seguida, ore com os seus alunos para que o Senhor os ajude a, diariamente, fazerem as escolhas certas, enraizadas na Palavra a fim de experimentarem a genuína felicidade.

 

Não seja desatento, viva preparado para o seu encontro pessoal com o Senhor. Viva em integridade, sempre aguardando Jesus a qualquer momento (Mt 25.13). A segunda atitude é guardar as vestes, cujo significado é o de não sujar as vestes espirituais (Ap 21.27b), vivendo em retidão, pureza e fidelidade a Deus.

 

2.4. Os chamados à Ceia do Senhor

Ser convidado para um evento importante nos faz sentir especiais, não é mesmo? Imagine se for para o casamento de Cristo com a Igreja (Ap 19.7,9)! Neste dia, somente os convidados entrarão nesta grande festa. Essa bem-aventurança é a felicidade de quem tem o nome na lista de convidados, ou seja, no Livro da Vida, pois aquele que não for achado escrito nesse livro será lançado no Lago de Fogo (Ap 20.15).

 

3. Felizes os que não experimentarão a segunda morte

É impossível ler o livro de Apocalipse, e não ficar imaginando como será a experiência de vida - ou morte - eterna. O livro revela que alguns eleitos participarão da ressurreição, restrita aos santos que morreram em Cristo na Grande Tribulação. Estes são os 144 mil convertidos da tribo de Israel (Ap 7.4); as duas testemunhas (11.3,4); os mártires mortos por amor a Palavra de Deus (6.9; 20.4); a grande multidão dos remidos pelo sangue do Cordeiro (79).

 

A Igreja genuína não participará desse momento, pois os mortos em Cristo, antes da Grande Tribulação, ressuscitarão primeiro, durante o Arrebatamento (1 Ts 4.16).

 

Essa bem-aventurança traz consigo as seguintes promessas divinas: Esses não experimentarão a segunda morte, a qual ocorrerá após a condenação do Juízo Final; serão sacerdotes de Deus e de Cristo; reinarão com Jesus durante mil anos; e desfrutarão de um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1).

 

4. Felizes os que se santificam

4.1. As vestes lavadas no sangue do Cordeiro

Ter as vestes lavadas no sangue do Cordeiro tem um significado muito sério. Por este ato, reconhecemos a justificação, em que Cristo morreu por nossos pecados e pagou um alto preço pela nossa salvação (Is 53.5; 1 Pe 1.18- 20). Pelo sangue de Jesus recebemos a bênção de ser feitos santos, filhos de Deus (Jo 1.12; Hb 13.12). Lavar as vestes também representa a prática diária de se consagrar ao Senhor, apresentando-se diante dEle de mãos limpas e coração puro. Feliz quem está limpo diante de Deus, pois entrará pela cidade santa e terá direito à Árvore da Vida (Ap 22.14).

 

📚 DE MULHER PARA MULHER: Orientações à Luz da Bíblia

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📚 DIACONATO: As Responsabilidades dos Diáconos na Igreja

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📚 A CIDADE DOS ARREBATADOS: Jerusalém Celestial

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4.2. Acesso a Árvore da Vida

Como você deve se lembrar, o pecado corrompeu a criação divina, impedindo o ser humano de viver em plena comunhão com Deus (Gn 3.8- 10; Is 59.2).

 

A Bíblia nos mostra que, antes da Queda, no Jardim do Éden, 0 homem tinha acesso à árvore da vida, ainda que dela não pudesse comer (Gn 2.16,17). Através da redenção em Jesus Cristo, contudo, teremos de novo acesso a ela. E, mais ainda, de comer os seus frutos (Ap 22.2,19). A árvore da vida que estava no Éden. estará então à disposição dos remidos pelo sangue do Cordeiro. Aleluia!

 

Entraremos na Nova Jerusalém pelas portas e desfrutaremos da maravilhosa presença de Deus de forma gloriosa e inimaginável (1C0 2.9; Ap 21.22-24). Viveremos a mais genuína e eterna felicidade!

 

CONHEÇA OS VB SEUS ALUNOS

Professor (a), Deus se importa muito com os juvenis. Por isso quer vê-los felizes e instruídos nos seus caminhos. Muitos não conseguem desfrutar da verdadeira felicidade em Cristo, pois estão presos a traumas, baixa autoestima, autocobrança excessiva, dúvidas, medo, sentimento de culpa, rejeição etc. Tais emoções, tão familiares a pessoas de todas as idades, tornam-se ainda mais afloradas sob a pressão hormonal e social da adolescência. Por isso, leve a sério as questões de seus alunos. Disponibilize-se para ouvi-los, orar com eles, aconselhá-los ou apenas acolhê-los. Por meio de um discipulado próximo, você ensina a Palavra de Cristo com a sua própria vida. fortalecendo-os e motivando-os a manterem-se fiéis ao Senhor, nossa fonte da mais genuína alegria!

 

SUBSÍDIO 1

“Sete são as bem-aventuranças do Apocalipse, através das quais o Senhor Deus promete uma singular felicidade àqueles que, acreditando em sua Palavra, e observando-a rigorosamente, mantém-se lhe fiéis apesar das adversidades e da oposição sistemática do Diabo.

 

[...] Na primeira bem-aventurança do Apocalipse, são tidos como felizes todo aquele que lê, os que ouvem e guardam as palavras nele escritas. E, agora, na última bem-aventurança, são considerados dignos de honra os que guardam as profecias deste livro. De nada nos adianta conhecer as profecias e o plano de Deus para estes últimos dias se não lhe guardarmos as recomendações". (Dicionário de Profecia Bíblica Rio de Janeiro: CPAD, 2023, pp.54-55).

 

SUBSÍDIO 2

"É interessante notar que das 916 palavras diferentes encontradas no texto grego de Apocalipse, 416 delas também são encontradas no quarto Evangelho, 98 ocorrem apenas em outras passagens do NT, enquanto 108 não são encontradas em nenhuma outra parte no NT. Palavras significando 'ver', 'perceber' etc., ocorrem aproximadamente 150 vezes neste livro. As vezes João registra o que ouve, mas de uma forma geral o apóstolo registra aquilo que ele vê. É estimado que em seus 265 versículos estejam contidas 550 referências a informações do AT, incluindo 79 a Isaías. O livro em si faz, com frequência, um paralelo exato e completa as profecias do livro de Daniel.

 

[...] Embora o livro de Apocalipse seja um livro de vitória final gloriosa e permanente, ele é ao mesmo tempo um livro de constantes conflitos até o final de suas profecias. [...] Na última parte do livro é mencionada uma guerra no céu (12.7); uma besta que possuía grande poderio militar (13.4); os reis da terra que guerrearam contra o Cordeiro (17.14): e 0 próprio Cristo em um cavalo branco, sobre o qual foi dito. ‘O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça' (19.11). Às vezes, os inimigos de Deus vencem os santos de Deus (11.7; 137 etc.). Mas estes poderes são por fim derrubados, e para todos os crentes de todas as idades e feita uma promessa: Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho: e não amaram a sua vida até a morte’ (12.11)”. (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 153-54).

 

PARA CONCLUIR

As bem-aventuranças do Apocalipse nos mostram o padrão de felicidade que devemos buscar, muito diferente da que o mundo apregoa. Ser feliz à luz das Escrituras Sagradas, em especial, é ler, ouvir e guardar as palavras desse livro. Felicidade é poder viver e morrer no Senhor, alegrando-se perpetuamente em sua salvação. Enfim, ser feliz é ser lavado pelo sangue do Cordeiro, participar como Noiva de suas Bodas, entrar na Nova Jerusalém, comer da árvore da Vida e viver em plena e perfeita comunhão com o nosso Salvador.

 

HORA DA REVISÃO

1. Por que, para os salvos em Cristo, o Apocalipse não é um livro de más notícias?

R: Porque ele é um livro repleto de gloriosas mensagens de esperança, fé e felicidade eterna. Através de sua leitura, encontramos alertas, a fim de que tenhamos uma vida feliz e abundante no Senhor, agora e para sempre.

2. O que revelam as sete bem-aventuranças em tal livro profético?

R: Revelam o cuidado e dádivas de Cristo para o seu povo.

3. Qual o significado da expressão “bem-aventurado”?

R: A expressão “bem-aventurado" significa “feliz”, referindo-se àqueles que gozam de uma felicidade verdadeira e duradoura.

4. Por que a segunda bem-aventurança é uma palavra de consolo?

R: Porque se refere a felicidade dos mártires da Grande Tributação, de descansar das lutas, aflições e sofrimentos (Ap 6.11). A morte para o cristão salvo não é motivo de preocupação, pois é uma transição para a vida eterna com Cristo. 4.

5. Quem estará na primeira ressureição (Ap 20.6)?

R: Os salvos em Cristo, a Igreja genuína.

LIÇÃO 3 AS SETE ESTRELAS E OS SETE CASTIÇAIS (Classe: Juvenis - 3° Trimestre 2024 CPAD)

(Classe: Juvenis - 3° Trimestre 2024 CPAD)

VERSÍCULO-CHAVE

"O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas". (Ap 1.20)


LEITURA DIÁRIA 

SEG. Mt 18.20 Jesus está entre nós 

TER. Ap 2.4,5  Volta ao primeiro amor 

QUA. 2 Tm 2.3  O bom soldado de Cristo 

QUI. Ap 2.2  O Senhor conhece as nossas obras 

SEX. 1 Pe 1.16  Sede santos!

SÁB. Ap 2.7  Ouça o que o Espírito diz!


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Apocalipse 1.16-20

16 E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.

17 E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último.

18 e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno.

19 Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer:

20 O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.


CONECTADO COM DEUS

Você já parou para pensar na importância da correspondência por cartas, especialmente antes da tecnologia e da globalização? Até mesmo atualmente, uma carta pode conter inúmeras informações importantes; relatos pessoais; expressão de sentimentos; alertas cruciais; apuração ou narrativa de fatos; conselhos ou soluções; uma despedida com recomendações etc. Escrevê-la demanda tempo, concentração, preocupação, empenho, ou seja, afeto e consideração. Através das cartas às sete igrejas da Ásia. Jesus demonstra o seu amor e cuidado com cada uma delas. Afinal, Ele só corrige a quem ama, a quem recebe como filho (Hb 12.6). Por isso, o teor das sete cartas do Apocalipse também demonstra tal amor por nós, pois nos revela coisas insondáveis e nos incentiva a ter um relacionamento pessoal com o Deus Todo-Poderoso. O mesmo amor e alerta à Igreja do passado, seguem válidos para a de hoje, para mim e para você: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz [...]" (Ap 2.7)!


OBJETIVOS

- APRESENTAR o significado das sete estrelas e dos sete castiçais;

- PROPORCIONAR uma visão panorâmica acerca das sete igrejas da Ásia;

- EXPLICAR as cartas para Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira. Sardes, Filadélfia e Laodicéia.


ANTES DA AULA

Querido (a) professorfa), você tem a tarefa importante de ensinar sobre as sete igrejas da Ásia Menor, o contexto histórico, cultural e espiritual de cada uma delas. Sobretudo, levar a sua classe a compreender que, embora a mensagem de Jesus tenha sido de fato endereçada àquelas comunidades, seu teor é atemporal e tem muito a ensinar à Igreja de todas as épocas, inclusive a de hoje, milhares de anos depois. Sempre enfatize o cuidado e o amor de Deus para com todas essas igrejas, inclusive as que viriam depois delas. Para tanto, sugerimos que nesta aula você pergunte aos alunos o que eles sabem sobre as sete igrejas do Apocalipse. A partir da informação recebida, prepare um momento lúdico para listar as qualidades e defeitos de cada igreja, refletindo com a sua classe sobre suas características.


Por fim, quando o mapa mental estiver completo, pergunte-os: há alguma semelhança com as características da Igreja de Cristo na atualidade? Explique que o objetivo é uma auto análise, não criticar, nem muito menos atacar a Igreja. Pelo contrário, não é sobre olhar ou apontar o defeito do outro, mas se quebrantar e se arrepender do seu. Dessa forma, conclua esse momento desafiando cada aluno a ser a diferença que quer ver nos cristãos e em sua igreja local.


1. O número "sete"

Sete cartas foram enviadas a sete igrejas da Ásia Menor, contendo a revelação de Jesus Cristo, elogios, juízos, advertências e promessas. O número sete aparece diversas vezes em Apocalipse. Ele possui um simbolismo especial na tradição hebraica, de que tudo o que Deus faz é perfeito e completo, tal como as cartas de Jesus às igrejas. Por isso, elas são tão atuais e eficazes ainda hoje.


1.1. As sete estrelas

João narra que havia sete estrelas na mão direita de Jesus. Elas representam os pastores das sete igrejas da Ásia Menor (Ap 1.16,20), os quais também foram chamados de anjos. Mas, você sabe por quê? Porque a palavra anjo em hebraico (malach) significa “mensageiro". O pastor é o mensageiro de Deus enviado à igreja para ensinar a Palavra e, sob a direção do Espírito Santo, mostrar o caminho a ser seguido. No Antigo Testamento, o profeta Daniel já havia predito que os sábios, que conduzem outros ao Senhor, praticando e ensinando a sua justiça, resplandecerão como estrelas (Dn 12.3).


1.2. Os sete castiçais

João viu Jesus andando no meio dos castiçais, que simbolizam as sete igrejas. Da mesma forma, Jesus está entre nós e prometeu estar conosco até o fim (Mt 18.20; 28.20).


• Castiçal como símbolo da Igreja: Feito de ouro puro, tal como o do Tabernáculo, descrito no Livro de Êxodo. Reafirmado em Apocalipse (1.12), o elemento simboliza a santidade da Igreja (Hb 12.14; Ef 5.26,27). Há uma forte analogia feita pelo próprio Jesus, de que nós somos a Luz do mundo (Mt 5.14-16). Para resplandecer, precisamos do fogo do Espírito (Mt 3.11). Por isso, nós pentecostais, cremos na necessidade de buscar o batismo no Espirito Santo e os Dons Espirituais (At 2.1-4; 1Co 12.7-31).


• Castiçal como símbolo do Espírito Santo: Sua função é iluminar e aquecer! Para isso, é necessário fogo e azeite, também símbolos do Espírito de Deus. Os adornos e enfeites no castiçal (Êx 25 31-39) representam as suas obras na vida do cristão e da Igreja.


INTERAÇÃO

Leve para a sala de aula um manual de instruções de qualquer tipo; pode ser: um manual de carro, celular, de algum eletrodoméstico ou até mesmo uma bula de remédio. Em seguida, destaque as principais orientações contidas e pergunte qual é a importância de seguir um manual de uso, como esse. A partir de então, explique que as cartas às sete igrejas da Ásia Menor, contidas no Apocalipse, são como um manual de conduta para os cristãos de todas as épocas.

Em seguida, para montar o mapa mental sugerido na seção "Antes da Aula", divida a classe em sete grupos. O objetivo é analisar tanto os defeitos quanto as qualidades de cada uma das sete igrejas e que lições podem extrair para as suas próprias vidas.


2. As cartas enviadas por Jesus

2.1. Localização das sete igrejas da Ásia

As sete igrejas estavam localizadas onde atualmente é a Turquia, país cercado pelos mares Mediterrâneo, Egeu, Negro e de Mármara, Ali era considerado a Ásia Menor na época que era governada pelo Império Romano. As cidades de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia ficavam próximas. A distância máxima entre elas era de aproximadamente 100 quilômetros, entre Sardes e Esmirna.


2.2. A atualidade dessas igrejas

Geograficamente, essas igrejas não existem mais. Há, contudo, evidências históricas, comprovadas através das ruínas em sítios arqueológicos. E, é claro, a validade atemporal da Palavra de Deus, que ainda hoje apregoa: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas!”, Que não nos tomemos em ruínas, pois nessa terra tudo passará, mas a Palavra do Senhor prevalecerá eternamente. Por isso, de forma individual e coletiva, continuemos a buscar ser uma Igreja cristocêntrica e relevante neste mundo, a fim de nos apresentarmos ao Noivo de forma gloriosa, sem mácula, nem ruga, mas santa e irrepreensível (cf. Ef 5.27)!


3. Éfeso, Esmirna, Pérgamo Tiatira

3.1. Éfeso

Os cristãos de Éfeso amavam a Palavra de Deus e viviam em uma cidade rica, multicultural, idólatra e cheia de imoralidades. Eles pregavam e defendiam o nome e a Lei do Senhor com todas as forças. Jesus elogiou o trabalho, perseverança e zelo desta igreja (2.3). Entretanto, devido à pressão espiritual e social que sofriam, muitos cristãos esqueceram o seu primeiro amor e a prática das primeiras obras (24,5). Jesus então os chama ao arrependimento, sob a promessa de comerem do fruto da árvore da vida que está no paraíso de Deus (2.7).


3.2. Esmirna

Esmirna era a mais bela cidade da Ásia Menor, chamada de cidade-perfume. Contudo, neste belo cenário havia uma igreja sofredora (2.9,10). A idolatria dominava os corações dos cidadãos, em sua maioria politeísta, que adorava a Zeus, Afrodite, Cibele, Apoio etc. Ser cristão na Esmirna, era ter de viver pronto para morrer. Ao negar a adoração ao imperador, os cristãos eram perseguidos, caluniados, presos e tinham os bens confiscados, forçados a viver em extrema pobreza. Mas, para Jesus, eles eram ricos espiritualmente (v.9) e deveriam permanecer fiéis até a morte (v.10), Tendo como recompensa não experimentarem a segunda morte, recebendo o direito de viver eternamente com o Senhor (v.11).


3.3. Pérgamo

Pérgamo era a capital da Ásia Menor, conhecida por sua intensa idolatria e imoralidade. Seu povo adorava vários deuses, elementos da natureza, inclusive a César, o imperador romano. Servir ao Senhor Jesus em Pérgamo era um grande desafio, pois lá estava o trono de Satanás (2.13). Imagine a batalha espiritual que nossos irmãos enfrentavam. Apesar disto, a igreja mantinha sua fé inabalável no Senhor. Entretanto, com o passar do tempo, se tornou tolerante à cultura pagã e aos pecados sexuais. Prezados, em qualquer época ou lugar, o pecado deve ser combatido e não tolerado, muito menos, naturalizado. Por isso, aos irmãos de Pérgamo, Jesus ordenou: arrepende-te (v.16)! Aos vencedores, Ele prometeu que comeram do maná escondido e receberiam uma pedra branca, contendo um novo nome (v.17).


3.4. Tiatira

Em Tiatira havia uma igreja amorosa, paciente, cheia de fé e obras (2.19), mas também tolerante a ensinos pecaminosos, mesmo após ter recebido do Senhor a oportunidade de arrependimento (v,21). Neste caso, seu maior problema não era a perseguição, mas sim a condescendência com os falsos profetas, que conduziam o povo ao erro (v.20). O Diabo tenta destruir a Igreja usando sofismas, isto é, ensinos enganosos, que distorcem a Palavra de Deus, Em Tiatira, uma falsa profetisa, chamada de Jezabel, induzia os cristãos à idolatria. Para esta igreja, Jesus declarou o mais duro juízo (vv.22,23), o que exemplifica a gravidade de ser transigente com o erro e qualquer mensagem antibíblica. Daí o motivo desta carta ser a maior de todas, Jesus, porém, prometeu dar a estrela da manhã aos que permanecessem fiéis (v.28).


4. Sardes, Filadélfia e Laodiceia

4.1. Sardes

Na cidade de Sardes, o Deus vivo era adorado por uma igreja morta. Este era o estado espiritual da igreja em Sardes, Jesus começa a carta, indicando que Ele tem o poder de reavivar a igreja, pois nEle estão os sete Espíritos de Deus (3.1). Por isso, caso sinta desânimo ou esfriamento espiritual, busque ao Senhor! Ele deseja dar a você a plenitude do Espírito, mediante uma fé avivada, que o capacita a vencer o mundo (1 Jo 5.4), A confissão e o arrependimento são indispensáveis para o reavivamento. Portanto, Jesus ordena: “arrepende-te”. Contudo, em meio à frieza geral, ainda havia cristãos que não se contaminaram com o Materialismo e o Mundanismo (3.4). Para estes, Jesus prometeu que andariam com Ele com vestes brancas, e faria menção de seus nomes perante o Pai e seus anjos (3.5).


4.2. Filadélfia

Nesta pequena cidade havia uma igreja vibrante, fiel ao Senhor e às Escrituras (3.8). Filadélfia significa “amor fraternal” e estes cristãos viviam de fato em amor. Na carta, há menção aos da “sinagoga de Satanás (que se dizem judeus e não são, mas mentem)', referindo-se à oposição judaica aos cristãos, Jesus prometeu que eles se prostraram aos pés desses humildes irmãos, reconhecendo que o Senhor os ama. Eram pobres para o mundo, mas ricos aos olhos de Jesus, pois o agradava e tinham o seu favor. Hoje, enquanto muitos procuram adaptar a Bíblia aos seus desejos e comodidades, os cristãos de Filadélfia zelavam pela pureza das Escrituras. Jesus prometeu livrá-los da tentação do tempo do fim (v.10); abrir uma porta que jamais se fechará e dar-lhes uma coroa que jamais será roubada (v.11); e o bem mais precioso: a comunhão eterna com Ele (v.12).



4.3. Laodiceia

A última carta de Jesus foi enviada para uma igreja rica, arrogante e que vivia de aparências (3.17), Os cristãos eram mornos e sem fervor espirituaL (v.16), ao ponto de se tornarem cegos perante a sua deplorável condição espiritual (v.17). Era uma igreja encantada com a riqueza, cultura pagã e demais ilusões desse sistema mundano. Ela dizia “de nada tenho falta”, quando lhe faltava o mais importante. Então, Jesus, por amor, os repreende e ordena que se arrependam (v.19), a fim de que não fossem “vomitados de sua boca" (v.16). Para isso, precisariam buscar nEle as verdadeiras riquezas: viver em santidade e curar-se da cegueira espiritual (v.18). 


SUBSÍDIO

“Todas as sete igrejas às quais Cristo fala em Apocalipse 2 e 3, localizam- -se na Ásia Menor ocidental (Turquia moderna), em uma província que os romanos identificavam como Ásia. [...) Elas se localizavam em sete cidades, listadas geograficamente em uma ordem circular, que provavelmente um mensageiro que levasse as cartas de Patmos (onde João escreveu o livro de Apocalipse) teria seguido". (LAHAYE, Tim: HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2017, p.722).


PARA CONCLUIR

Dentre muitas lições, as visões das sete estrelas e dos sete castiçais nos ensinam que o nosso Salvador conhece intimamente a sua Igreja, pois é aquele que sonda as mentes e os corações de maneira atemporal (Ap 2.23b), Através dessas cartas às sete igrejas da Ásia Menor, o Senhor revela todo o seu amor e cuidado também por nós, a Igreja de Cristo atual. Nelas somos convocados ao arrependimento e inspirados a buscar continuamente uma vida de santidade, vigilância e busca espiritual até que Jesus volte.


CONHEÇA OS SEUS ALUNOS

Um juvenil saudável é ensinado e corrigido com amor, à luz das Sagradas Escrituras. Como educador, comissionado e capacitado por Cristo, seu ministério vai muito além da sala de aula. Esforce-se por ensinar aos seus alunos, inclusive com a sua vida, que Deus os ama e por isso os corrige quando necessário. Algumas igrejas da Ásia Menor foram severamente corrigidas, apenas para que não perecessem por toda a eternidade. Portanto, tenhamos grande alegria ao sermos disciplinados pelo Senhor (Hb 12.11). 


A igreja de Éfeso, por exemplo, foi corrigida, pois estava perdendo o primeiro amor. Oriente seus alunos a tomarem cuidado com as amizades do mundo; o uso indiscriminado das redes sociais; o que toleram na área sentimental; como lidam com a santificação de seus corpos e mentes, pois tudo isso pode ir minando ou fomentando o amor de Deus em nós. Incentive-os a vigiar a fim de sempre escolherem o que os aproxima de Cristo.


ORA DA REVISÃO

1. O que contém nas sete cartas enviadas às igrejas da Ásia Menor?

R: A revelação de Jesus Cristo, elogios, juízos, advertências e promessas.

2. O que representam as “sete estrelas" que aparecem na visão do apóstolo João?

R: Elas representam os pastores das sete igrejas da Ásia Menor (Ap 1.16,20), os quais também foram chamados de anjos.

3. O que os “sete castiçais” simbolizam?

R: A Igreja e o agir do Espírito Santo sobre ela.

4. O que acontecia na igreja de Sardes?

R: O Deus vivo era adorado por uma igreja morta.

5. O que as visões das sete estrelas e dos sete castiçais nos ensinam?

R: Nos ensinam que o nosso Salvador conhece intimamente a sua Igreja, pois é aquele que sonda as mentes e os corações de maneira atemporal (Ap 2.23b).

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