Páginas

Lição 6 A Relevância da Igreja cumprir o seu papel na integração e discipulado agregador (Editora Betel )

Revista betel

Revista Editora Betel | 3° Trimestre de 2024 | TEMA: A RELEVÂNCIA DA IGREJA, SUA ESSÊNCIA E MISSÃOReafirmando os fundamentos, a importância do compromisso com a Palavra de Deus, a Adoração sincera e o serviço autêntico, segundo os preceitos de Jesus Cristo

TEXTO ÁUREO

“Portanto, recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.” Romanos 15.7

VERDADE APLICADA

É dever de cada membro do Corpo de Cristo participar do processo de integração dos novos convertidos à nova vida, à nova comunidade.


OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Apresentar a necessidade de integração à Igreja

2. Explicar a funcionalidade da integração na Igreja

3. Expor sobre o envolvimento da Igreja na integração

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

EFÉSIOS 4

1 Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,

2 Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,

3 Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.

4 Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;

5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;

6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Mt 28.19 A missão de ir e fazer discípulos.

TERÇA | At 2.37-47 As primeiras conversões.

QUARTA | At 9.26 Barnabé e a integração de Paulo na igreja.

QUINTA | At 11.25-26 A integração de Paulo à igreja de Antioquia.

SEXTA | CI 3.11 Cristo é tudo em todos.

SÁBADO | 1 Pe 2.2 O crescimento espiritual do novo convertido.


HINOS SUGERIDOS 149, 156, 166


MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que a Igreja se envolva na integração dos novos convertidos


ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1- A importância da integração

2- A integração plena do novo convertido

3- O envolvimento pleno da Igreja

Conclusão

INTRODUÇÃO

Será enfatizado nesta lição a relevância do ministério da integração em uma Igreja local. Não apenas anunciar o Evangelho, mas, também, ajudar e acompanhar os novos convertidos no engajamento na comunhão da Igreja e no servir a Jesus Cristo, como fez Barnabé com o então recém-convertido Saulo [At 9.26-28; 11.25-26].

 

1. A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO

Há pelo menos três aspectos essenciais na promoção da constante e imprescindível prática da integração: criar um ambiente acolhedor no primeiro contato; indicar que essa é uma relevância bíblica, e, por último, ajudar a segurar os frutos do evangelismo.

 

1.1. Gerar um ambiente receptivo aos visitantes.

A recepção aos visitantes é, certamente, a grande responsável por causar a primeira impressão nos recém-chegados. Afinal, um cumprimento, um sorriso, uma orientação e um auxílio iniciais fazem toda a diferença na chegada dos visitantes. Dentro do ministério de integração, a recepção tem por missão fazer com que cada pessoa que chega à Igreja, sinta- -se especial. Isso é feito desde a chegada de uma pessoa na porta da Igreja com um sorriso, um “seja bem-vindo” sincero, uma placa especial, através de um presente, de uma lembrança da Igreja, de um folder de boas-vindas e que contenha informações relevantes. No geral, o ministério da integração trabalha na recepção como voluntários hospitaleiros – como se fossem os donos da casa que fazem de tudo para a visita sentir-se, também, em casa.

 

Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “A função do introdutor é espinhosa, bem o reconhecemos, mas é necessária e utilíssima. Este ministério trata da recepção e introdução dos visitantes e de toda a congregação no santuário. Introdutor é aquele que não só facilita a entrada do ouvinte convidado no templo como também é aquele que o recebe, proporcionando- -lhe um ambiente acolhedor para ouvir a Palavra de Deus.”

 

1.2. A relevância bíblica da integração.

A Igreja Primitiva é um grande exemplo de uma Igreja que integrava os novos convertidos na comunidade cristã. Atos 2.47 diz: “(…) E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar” O Senhor acrescentava e a Igreja cuidava. Eles não ficavam dispersos, eles passavam a viver na dinâmica comunhão da Igreja, onde todas as barreiras entre eles foram derrubadas [Cl 3.11] e onde tudo era partilhado [At 2.44]. De forma particular, temos o exemplo de Barnabé, que foi de fundamental importância para integrar o apóstolo Paulo no seio da Igreja. Ninguém acreditava em Paulo [At 9.26], mas Barnabé o levou consigo e o apresentou aos apóstolos [At 9.27]. Fez isso uma segunda vez quando integrou Paulo ao corpo ministerial da igreja de Antioquia [At 11.25- 26]. Todos os membros e obreiros das nossas igrejas deveriam seguir o exemplo de Barnabé.

 

Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “Este ministério deve ser composto por pessoas simpáticas, pois não será bem-sucedido nesse ministério aquele que não tiver essa qualidade. Somente uma pessoa que irradie simpatia, que seja acessível, bem-humorada e cortês poderá dar a esta função o brilho que ela merece. Também deve ter boa educação, ser comunicativo(a), extrovertido (a) e gostar muito de gente.”

 

1.3. É importante porque segura os frutos do evangelismo.

Segundo o saudoso pastor Valdir Bícego: “De cada cem pessoas que aceitam o evangelho, apenas dez descem às águas batismais e dessas apenas três permanecem após o primeiro ano’: Essa triste estatística é resultado direto de uma falta de integração dinâmica no seio da Igreja. Uma criança recém-nascida se não for cuidada terá apenas poucas horas de vida, de igual modo é o novo convertido, se não for cuidado não permanecerá na Igreja, nem tampouco na fé que abraçou em Cristo Jesus. Uma criança no processo de desenvolvimento necessita de alimentação adequada, cuidados de higiene, ajuda para começar a andar, aprender a falar, ajuda para alimentar-se sozinha, tudo isso também é aplicado à vida do novo convertido no seu processo de crescimento espiritual. Se for ajudado, crescerá saudável [1Pe 2.2], e, por sua vez, integrará a outros no futuro.

 

Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “Os introdutores funcionam como um cartão postal da igreja. Se o visitante for bem recebido logo na entrada, ele já ficará inclinado a gostar de tudo o que acontece durante o culto. O contrário também é verdadeiro. Em alguns lugares, têm afugentado os ouvintes os introdutores que não preenchem os requisitos acima e que não os recebem bem. O introdutor deve ser um crente fiel, zeloso, sensato, pontual, reverente e cheio de desejo de levar almas ao pé de Cristo.”

 

EU ENSINEI QUE:

Há pelo menos três aspectos essenciais que revelam a importância da integração: criar um ambiente acolhedor no primeiro contato; indicar que essa é uma relevância bíblica, e, por último, ajudar a segurar os frutos do evangelismo.

2. A INTEGRAÇÃO PLENA DO NOVO CONVERTIDO

Devemos ter em mente que o processo de evangelismo não termina na conversão, mas que o converso, uma vez alcançado, precisa ser integrado à vida da Igreja e aos trabalhos que a mesma executa. Através da integração espiritual, eclesiástica e social, o novo convertido reforça a sua vida cristã e encontra o seu lugar no reino de Deus.

 

2.1. Integração espiritual.

A integração espiritual é obra do Espírito Santo, desenvolvida no ato em que a pessoa crê que Jesus é o seu salvador pessoal. É o Espírito Santo pela regeneração que faz o pecador participante do corpo de Cristo. Todavia, cabe à Igreja conduzi-lo a tomar parte nas bênçãos de Deus decorrentes da salvação, levando-o a buscar o batismo no Espírito Santo, os dons espirituais e desenvolver o fruto do Espírito.

 

Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “A missão do recepcionista é contribuir para um ambiente adequado à realização das programações através da organização dos serviços de recepção. Suas atividades consistem em recepcionar, direcionar e manter informadas todas as pessoas que vão às programações da Igreja. O perfil de quem deseja participar da recepção requer a seguinte qualidade: ter paixão por recepcionar e cuidar de pessoas.”

 

2.2. Integração eclesiástica.

É a integração na Igreja local. O novo convertido precisa ser conscientizado biblicamente do fato de que, após a conversão, tendo atendido ao chamado do Senhor para ser discípulo de Cristo, agora ele faz parte do povo de Deus, a Igreja do Senhor nesta terra [Jo 17.20- 21; 1Pe 2.10]. E, assim, tendo consciência de sua identidade em Cristo, é fundamental que seja instruído sobre a nova vida em Cristo, que envolve o batismo em águas, a participação na Ceia do Senhor, o comprometimento no sustento e manutenção das atividades evangelísticas por intermédio da fidelidade nos dízimos e nas ofertas.

 

O novo convertido precisa de instrução, também, quanto à relevância de procurar estar regularmente reunido com os demais membros da Igreja [At 2.44, 46; Hb 10.25] para comunhão, edificação e mútua ajuda. O processo de integração eclesiástica contempla conscientizar o novo membro sobre a sua responsabilidade no cumprimento da missão de anunciar, no poder do Espírito Santo, a Palavra de Deus a outras pessoas, para fazer discípulos de Cristo, para edificação da Igreja e a glória de Deus.

 

Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “Quanto à conduta, o recepcionista deve ser o primeiro a cumprimentar as pessoas que entrarem na Igreja. Apresente-se com um sorriso, um aperto caloroso de mãos e uma saudação amigável. É da saudação calorosa que as pessoas se lembrarão. Que o amor de Cristo seja demonstrado na sua vida através do seu ministério como recepcionista.”

 

2.3. Integração social.

Quando uma pessoa crente chega à sua Igreja, ele conhece todo mundo, muitos lhe sorriem, apertam sua mão e lhe chamam pelo nome, tudo lhe é familiar. E o novo convertido? Como ele/ela se sente num ambiente que ninguém lhe conhece? Com certeza sente-se como um peixe fora da água, deslocado. A pessoa quando se converte sofre uma transformação radical que acontece também em termos sociais. Ele passa a viver um convívio social totalmente diferente do anterior. Do linguajar ao modo de se vestir, tudo passa por uma radical transformação. É preciso se aproximar dela com amor e paciência para incluí-la nesse novo ambiente.

 

Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “Quanto ao plantão, na maioria dos casos, você será colocado um domingo sim, outro não. Cada Igreja tem a sua escala, com a distribuição mais adequada referente à sua programação. É importantíssimo que você esteja presente quinze minutos, no mínimo, antes do horário do culto para o qual lhe foi designado o plantão. Acompanhe as pessoas e lhes ofereça assentos.”

 

3. O ENVOLVIMENTO PLENO DA IGREJA

Cada ministério ou departamento da Igreja precisa estar envolvido e ser um veículo de integração. Essa importante tarefa não pode ser exclusiva de um único departamento. Essa é uma missão de toda a Igreja.

 

3.1. Integrando todos.

Todos os departamentos da Igreja precisam ter um grupo treinado para recepcionar e integrar aqueles que são alcançados pelo Salvador Jesus. Homens, mulheres, crianças, adolescentes, jovens e melhor idade, através de seus respectivos departamentos, precisam envidar esforços e ser dinâmicos para integrar e promover o crescimento da Igreja.

 

Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “Durante a leitura oficial e as orações, mantenha as pessoas diante da porta. Assuma o controle silencioso da sua seção. Evite aglomeração junto das portas. Cuidado com as condições do tempo e, se o chão ficar molhado ou marcado, procure manter tudo limpo. Fique atento às pessoas de mais idade e preste-lhes toda assistência possível. É uma honra servir como recepcionista. Todos os que foram designados para tal tarefa devem fazê-lo como para Cristo, de todo o coração.”

 

3.2. Bênçãos do envolvimento da igreja na integração. Quando a Igreja se envolve na integração dos novos convertidos, apoiando e ajudando-os no seu crescimento espiritual, há um enorme ganho para toda a membresia, uma vez que os mesmos cooperam para a sua edificação e cumprimento de sua missão no mundo. Dar ao membro a satisfação de realizar algo para Deus pode motivá-lo para o ministério.

 

Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “Fique alerta para perceber qualquer comportamento perturbador ou situações de emergência. Não se sinta acanhado para assumir o controle caso algo precise ser feito, como, por exemplo, no caso de crianças andando para lá e para cá, ou de alguém perturbando. Avise o líder da recepção ou um diácono, diaconisa, presbítero ou pastor sobre o que você achar necessário.”

 

3.3. Qualidades da pessoa que faz a integração.

Um discipulador é alguém convicto de sua missão: integrar à Igreja aqueles que foram salvos e necessitam aprender mais sobre a nova vida em Cristo. Para o desempenho eficaz desse trabalho é preciso ter convicção de salvação [Jo 3.16; 5.24], ser cheio do Espírito Santo, conhecimento bíblico a fim de explicar o plano da salvação e de sanar qualquer dúvida a esse respeito. Além disso, é preciso possuir sabedoria e paciência para ajudar o novo convertido a atingir a maturidade na fé.

 

Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “No fim do culto, você deve se despedir das pessoas conforme forem saindo. Dê uma olhada rápida na sua seção para recolher boletins descartados e recolocar as bíblias e hinários nos respectivos lugares.”

 

EU ENSINEI QUE:

Cada ministério ou departamento da Igreja precisa estar envolvido e ser um veículo de integração.

 

CONCLUSÃO

É por meio da integração que o novo convertido se sente acolhido pela Igreja, o Corpo de Cristo, membro da família de Deus, vocacionado para cumprir a sublime missão para a qual também foi chamado: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” [Mc 16.15].