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Lição 3 A relevância da Igreja no cumprimento de sua Missão (Revista Betel)

LIÇÃO DOMINICAL BETEL

TEXTO ÁUREO

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” Mateus 28.19


VERDADE APLICADA

Cada membro do Corpo de Cristo esteja comprometido em fazer discípulos e na edificação uns aos outros, para o crescimento do Corpo e a glória de Deus.


OBJETIVOS DA LIÇÃO

Revelar o verdadeiro papel da Igreja no mundo.

Falar sobre o dever da igreja de edificar seus membros.

Destacar a Igreja como representante de Deus.


TEXTOS DE REFERÊNCIAS

ATOS 13

1 E, na Igreja que estava em Antioquia, havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

3 Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.

4 E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.

5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.


LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Mt 28.19-20 A missão de evangelizar e discipular.

TERÇA | Mc 16.15 A missão de pregar o Evangelho a todos.

QUARTA | At 2.37-41 As primeiras conversões.

QUINTA | At 8.1-25 O Evangelho em Samaria.

SEXTA | 1 Co 12.12-31 A unidade dos membros do corpo.

SÁBADO | Ef 4.1-16 A unidade da Fé.


HINOS SUGERIDOS: 12, 15, 16


MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore pela evangelização local e transcultural.


ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1- Missão para com o mundo

2- Missão consigo mesma

3- Missão para com Deus

Conclusão


INTRODUÇÃO

Para nosso propósito, focaremos em três aspectos da missão da Igreja: a relevância da missão da a Igreja em relação ao mundo, em relação a Deus e em relação a si mesma.


1. MISSÃO PARA COM O MUNDO

Cristo, de forma sucinta, mas bem clara, revela o escopo da missão evangelizadora da Igreja no mundo


1.1 Evangelizar o mundo. 

Em Atos 1.8, temos a visão de atuação da Igreja tanto no aspecto local, quanto mundial. Os estágios são: Jerusalém (cidade), Judéia (estado), Samaria (país), e confins da terra (mundo). A partir da Igreja local, a vontade de Cristo é que ela alcance o mundo. Em um único versículo Cristo sintetiza a relevância da missão da Igreja. Notemos que não se trata de completar a evangelização local para depois ir a outros locais. Mas, sim, que a Igreja inicia onde está e, simultaneamente, promove o anúncio do Evangelho em outras regiões. Ela deve agir localmente e ter uma cosmovisão, ou seja, uma visão de mundo. Algo que desejamos enfatizar é que a missão da Igreja é corporativa. Somente com o somatório de esforços de todos os seus membros é que ela pode efetuar sua missão. Isto posto, compreendemos a importância de ser membro da Igreja.


Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical – 3° Trimestre de 2017, p. 52): “Os obreiros de Cristo não podem se lançar ao trabalho sem o poder do Espírito Santo. Para a execução da obra missionária, a partir de Jerusalém, Deus prometeu uma capacitação do alto para a Sua Igreja [At 2.33; Gl 3.14]. Existe um governo organizado e pronto para impedir o avanço missionário [Ef 6.10-12]. Por esse motivo, a obra missionária não pode ser feita de qualquer maneira. Essa é uma obra na qual lidamos com almas, cujos resultados são eternos.’


1.2. Evangelização local. 

Refere-se à missão evangelizadora da Igreja em cuja área geográfica ela se encontra inserida. Casas, famílias, comércios, escolas, ou seja, todo segmento organizado, e até indivíduos, são de sua responsabilidade a comunicação da mensagem salvadora do Evangelho na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Temos o exemplo da Igreja de Jerusalém, que será sempre, nesse estudo, uma referência para nós. Ela alcançou o mudo dos seus dias com a pregação do Evangelho, mas não se esqueceu do seu contexto local. Em Atos 5.28, temos um testemunho da sua poderosa ação evangelística. O texto “encheste Jerusalém dessa doutrina” significa que os crentes daquela Igreja fizeram com que todos os habitantes da grande cidade de Jerusalém ouvissem a Palavra de Deus e isto em meio a muita oposição. Será que podemos afirmar que nossa região está cheia da doutrina de Cristo? Temos que repensar isso, porque é a Igreja local, conforme veremos, que dá suporte à evangelização mundial.


Bispo Samuel Ferreira (Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 1996): “O Senhor Jesus, antes de ser assunto ao céu, estabeleceu para a Igreja os limites para a evangelização, iniciando por Jerusalém e indo até os confins da terra [At 1.8]. Uma vez possuindo o poder, os discípulos saíram a anunciar Jesus, mesmo debaixo de proibição [At 4.17-20], cumprindo assim o plano divino para a Igreja. Jesus dera ordem que a evangelização começasse primeiro em Jerusalém [Lc 24.47]. Isto foi uma orientação importante, pois a obra missionária precisa ser desenvolvida no campo da Igreja local.”


1.3. Evangelização mundial. 

É comumente conhecida como missão, ou seja, uma evangelização transcultural, cuja finalidade é alcançar outros povos, isto é, os confins da terra, conforme orienta o texto bíblico. De forma simplificada, existem três formas de fazer missões: orando, contribuindo e indo ao campo missionário.


Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical – 3° Trimestre de 2017, p. 56): “O grande legado missionário foi transmitido para nós através do exemplo vivo de homens que entregaram suas vidas à causa do Mestre. Graças à sensibilidade desses homens ao Espírito Santo e à compaixão pelos perdidos é que o Evangelho atravessou séculos e chegou até nós [At 13.49, 52]. Agora, precisamos ter um coração pronto para obedecer ao chamado de Deus: fazer Missões. Inicie fazendo o que está ao seu alcance. Apresente- -se ao seu pastor local e coloque-se à disposição. Distribua folhetos evangelísticos, participe da comissão de visitas, busque informações missionárias, contribua, ore. Você testemunhará as maravilhas do Senhor.”


EU ENSINEI QUE:

Cristo, de forma sucinta, mas bem clara, revela o escopo da missão evangelizadora da Igreja no mundo.


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2. MISSÃO CONSIGO MESMA

O segundo aspecto da missão da Igreja é com relação a si mesma, já que tem o precípuo dever de edificar seus membros. O apóstolo Paulo falou repetidamente sobre a edificação do Corpo. De acordo com Efésios 4.16, a edificação da Igreja é a tarefa mútua realizada por todos os membros do Corpo e não somente pelo pastor ou ministro. Isso mostra a importância fundamental de ser membro atuante de uma Igreja local.


2.1. Edificar seus membros. 

Por meio da comunhão, edificamos uns aos outros: “De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.” [ 1 Co 12.26] . Enquanto a dor é diminuída, a alegria é aumentada através do compartilhamento, isso gera edificação. A Igreja também edifica seus membros por meio da instrução e do ensino. Além disso, a Igreja edifica seus membros por meio da disciplina [Mt 18.15-17].


Pr. Sergio Costa (Livro “Igreja” – Editora Betel, 2019): “Uma das características da Igreja do Senhor é o discipulado. Todo crente em Jesus é chamado para ser um discípulo de Cristo. (…) Se a obrigação da Igreja é aprender de Jesus através de Sua Palavra, é obrigação desta o ensino das verdades de Deus.”


2.2. Cuidar dos seus membros. 

Presente nas diversas funções da Igreja, está a responsabilidade de realizar atos de amor e bondade, tanto para cristãos, quanto com os descrentes. Sendo que devemos priorizar os domésticos da fé [Gl 6.10]. Está evidente que Jesus Cristo preocupava-se com as necessidades não somente espirituais, mas físicas também das pessoas. Ele é nosso exemplo maior e devemos segui-Lo.


Pr. Marcos Sant’Anna (Livro “Aperfeiçoamento cristão” – Editora Betel, 2018): “Como membros do Corpo de Cristo, temos que estar comprometidos com a responsabilidade de cuidar uns dos outros [ 1Co 12.25; Gl 5.13] . Não é tarefa apenas dos que lideram ou fazem parte do ministério da Igreja local, mas de todos que têm o Espírito Santo. Assim, há edificação, crescimento e o Senhor Deus é glorificado.”


2.3. A missão social da Igreja. 

Sabemos que a Igreja não consegue fazer frente a todos os desafios sociais de nossos dias, mas, nem por isso, ela pode se omitir de estar ativa nessa importante área, dando sua contribuição a fim de minimizar os sofrimentos das pessoas e revelar o Deus que serve [Mt 5.16]. O apóstolo Tiago afirma que a omissão nessa área é demonstração de que nossa fé é morta [Tg 2.15-17] . Em 1 João 3.17-18 diz que a demonstração de que amamos a Deus é quando amamos os irmãos.


Pr. Alex Cardoso (Revista Betel Dominical – 1° Trimestre de 2006) comentou sobre a fé genuína que se transforma em solidariedade: “De que vale a fé que presencia o sofrimento alheio e não se dispõe a acudir aos necessitados? Algumas pessoas, entre as classes mais pobres, literalmente não sabem de onde lhes virá sua próxima refeição, e, muito menos, como poderão passar o mês. (…) Deveríamos fazer uma espécie de provisão para elas, a fim de amenizar a desigualdade social em nosso meio [At 2.42-47]. O fato que o autor sagrado menciona o “mantimento cotidiano” [Tg 2.15] mostra-nos que o caso suposto na história é “urgente"; exigindo ações imediatas e generosas. No entanto, o cristão de “crença inoperante” não se sensibiliza com a penúria alheia. Quer dê, quer não dê, sente-se “seguro” em sua salvação. Impressões sentimentais passivas, diante da miséria, quando não se transformam em ações ativas de socorro, apenas endurecem o coração.”


EU ENSINEI QUE:

A Igreja tem o precípuo dever de edificar seus membros.


3. MISSÃO PARA COM DEUS

A missão da Igreja para com Deus consiste em edificar um templo espiritual para adoração a Deus.


3.1. Adoração no Velho Testamento. 

A adoração no Antigo Testamento acontecia de diversas formas e em vários locais diferentes. Começou com os rústicos altares que eram erguidos por homens piedosos nos quais se ofereciam sacrifícios e Deus se agradava dos mesmos [Gn 8.20-21]. O patriarca Abraão era um construtor de altares [Gn 12.8; 13.18]. De igual modo, Isaque e também Jacó adoravam a Deus por meio dos altares que erguiam. A adoração a Deus também ocorria no tabernáculo portátil construído sob as ordens de Deus [Êx 40.34]. O grande rei Salomão construiu um majestoso templo em Jerusalém, que se tornou o centro da adoração nacional e a glória de Deus veio habitar nele [2Cr 7.1-2]. Mas os altares não existem mais, nem o tabernáculo; e o templo foi totalmente destruído. Na atual dispensação Jesus Cristo veio restaurar a verdadeira adoração [Jo 4.23].


Revista Betel Dominical — 4° Trimestre de 2016 – comentário sobre o vocabulário bíblico para adoração: “(…) “Latreia”; cujo significado principal é “serviço” ou “culto”: Denota o serviço prestado a Deus pelo povo inteiro ou pelo indivíduo. Em outras palavras, é o serviço que se oferece à divindade através do culto formal, ritualístico e através do oferecimento integral da vida [Êx 3.12; Dt 6.13; Mt 4.10; Lc 1.74; 2.37; Rm 12.1]. “Liturgia ; palavra composta por outras duas de origem grega, que são: “povo” (laós) e “trabalho” (érgon). O termo significa “serviço do povo” No Antigo Testamento, referia-se ao serviço oferecido a Deus pelo sacerdote, quando esse apresentava o holocausto sobre o altar de sacrifícios [Js 22.27; 1Cr 23.24, 28]. O termo “proskynein”; originalmente, significava “beijar”: No Antigo Testamento, significa “curvar- -se”, tanto para homenagear homens importantes e autoridades, como para “adorar” a Deus [Gn 24.52; 2Cr 7.3; 29.29; Sl 95.6].”


3.2. Constituindo uma casa para habitação de Deus. 

Lemos em Efésios 2.22: “No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito”: A Igreja é o grande templo que está sendo edificado para Deus habitar e ser adorado nele. No sentido coletivo, a Igreja é simbolizada por um templo e no sentido individual cada cristão é um templo para habitação de Deus [ 1Co 3.16]. Portanto, a adoração não ocorre somente no ambiente no templo, como disse Jesus: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” [ Jo 4.23]. A adoração a Deus, portanto, é um estilo de vida, independentemente de onde o adorador se encontra [ 1 Co 10.31].


Livro “Adoração e louvor” – Editora Betel, 2016: “Um dos conceitos que precisam ser resgatados com urgência máxima é o da universidade da adoração. Não podemos adorar se cairmos no equívoco de achar que a adoração genuína só é encontrada onde nós estamos. Adoração não é um produto exclusivo de um determinado povo, Igreja ou cultura. Adoração é fruto que nasce no coração quebrantado, esteja essa pessoa em qualquer país do mundo, em qualquer cultura.”


3.3. Seguindo o exemplo da Igreja Primitiva. 

A Igreja Primitiva estava longe de ter a estrutura que temos hoje, mas sua adoração era efusiva. Eles partiam o pão de casa em casa, tomavam refeições com alegria e singeleza de coração, isto é, uma adoração de coração e contando com a simpatia do povo, ou seja, sua adoração e estilo de vida influenciavam o povo ao seu redor [At 2.47].


Livro “500 anos da Reforma Protestante e suas lições para a Igreja atual” – Editora Betel, 2017: “Não podemos perder mais tempo. É hora de clamarmos pela intervenção de Deus [Sl 119.126]. É hora de a Igreja unir-se em oração e rasgar o coração numa volta sincera e profunda para Deus. É hora de clamarmos por um avivamento que nos sobre, que nos leve de volta ao altar, que crie no nosso coração sede de Deus e compromisso com a santidade:’


EU ENSINEI QUE:

A missão da Igreja para com Deus consiste em edificar um templo espiritual para adoração a Deus.


CONCLUSÃO

Que o Espírito Santo nos ajude a cada dia para não nos desviarmos do propósito de Deus para com o Seu povo revelado nas Escrituras: aperfeiçoamento (ou preparo) dos santos [Ef 4.12] para fazer discípulos de todas as nações, que sejam agentes de edificação uns dos outros, para que Deus seja em tudo glorificado, até a volta de Jesus Cristo.


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