A
falta de conhecimento do modo de exercer o governo da Igreja tem trazido sérios
problemas, tanto a ela como aos seus pastores.
Há
ministros que copiam formas de governo mundanas para, através delas, governarem
a Igreja de Deus, isso nunca poderá dar bons resultados. A única forma para
dirigir e governar a Igreja está na Bíblia, a Palavra de Deus.
Jesus
é o único legislador para a Igreja - não resta dúvida de que Cristo é o cabeça
da Igreja: não só no sentido de Igreja Universal, mais também no de igrejas
locais.
Pela
ressurreição, Ele foi constituído cabeça da Igreja que é o Seu corpo: a cabeça
é a parte superior do corpo e é ela que governa. Assim é Cristo em relação à
Igreja (Ef 1.22; 4.15; 5.23; Cl 1.18; 2.10), por isso Ele é também o único
legislador para a Igreja. A ninguém cabe o direito de criar doutrinas, leis e
dogmas que não estejam claramente explícitas na Bíblia.
O governo da Igreja não é:
■Democracia - governo do povo
(onde são colocados e tirados os governantes, e os elege por meio de votos,
através de propaganda, muitas vezes desonesta);
■Ditadura - onde apenas um
homem faz e desfaz tudo que quer, mas a Igreja de Cristo quem dirige é sua
cabeça, que é Cristo.
O governo da Igreja é:
■
Teocrático -
isto é, governo de Deus, onde o poder e as leis emanam de Deus: o ensino é de
Deus, a doutrina é de Deus e o seu código é a Bíblia, a Palavra de Deus. Os
ministros são eleitos por Deus e são dados à Igreja por Deus. Algumas igrejas
se jactam de terem o seu governo baseado no sistema democrático, mas nós damos
graças a Deus pelo governo teocrático.
Governo da Igreja na terra.
Na
terra, Deus usa os seus ministros, o qual escolhe e capacita com dons e os dá à
Igreja, para governá-la. Tudo feito através de Cristo, o cabeça da Igreja. Os
ministros operam com o poder e na direção do Espírito Santo, que é o guia no
governo da Igreja. Na lista dos dons ministeriais está escrito que Deus pôs
governo na Igreja (lCo 12.28; Rm 12.8). O governo da igreja na terra é
executado pelo corpo de ministros.
Uma
igreja cristã é uma sociedade com vida coletiva, organizada de conformidade com
algum plano definido, adaptado a algum propósito estabelecido, que ela propõe
realizar. Por conseguinte, conta com seus oficiais e ordenanças, suas leis e
regulamentos, apropriados para a administração de seu governo e para o
cumprimento de seus propósitos.
📚 DE MULHER PARA MULHER: Orientações
à Luz da Bíblia
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📚 DIACONATO:
As Responsabilidades dos Diáconos na Igreja
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📚 Ética Ministerial: Orientando
os obreiros
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📚 A CIDADE DOS ARREBATADOS: Jerusalém
Celestial
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TRÊS FORMAS ESPECIAIS E LARGAMENTE
DIFERENTES DE GOVERNO ECLESIÁSTICO
Existem
três formas especiais e largamente diferentes de governo eclesiástico, que tem
obtido prevalência nas comunidades cristãs através dos séculos passados, e que
continua sendo mantida com diferentes graus de sucesso, cada uma das quais
reivindicando ser a forma original e primitiva.
(1) Episcopal ou Prelatícia.
Forma
em que o poder de governar descansa nas mãos de prelados ou bispos diocesanos,
e no clero mais alto; tal como sucede nas igrejas romanas, grega, anglicana, e
na maior parte das igrejas orientais.
Os
defensores desta forma de governo declaram que Cristo, como o cabeça da Igreja,
tenha confiado o controle da Igreja na terra a uma ordem de oficiais chamados
bispos que seriam os sucessores dos apóstolos. É a silhueta1 mais antiga de
governo de Igreja local. Episcopal vem do termo grego “episkopos”, que
significa “supervisor”, a tradução mais frequente desse termo é “bispo” ou
“superintendente”.
(2)
Presbiteriana ou Oligárquica.
Forma
em que o poder de governar reside nas assembleias, sínodos, presbitérios e
sessões; é o que sucede na Igreja escocesa, luterana, e nas várias igrejas
presbiterianas. Esse sistema tem um controle menos centralizado que o modelo
episcopal confia na liderança de representação. Seus escolhidos (geralmente
escolhidos por eleição) para ser representantes diante da Igreja lideram nas
atividades normais da vida cristã (adoração, doutrina e administração).
O
perfil presbiteriano de constituição eclesiástica deriva seu nome do ministério
bíblico presbuteros (presbítero, ancião). Normalmente na forma de
governo presbiteriana, a Igreja é regida por níveis.
(3)
Congregacional ou Independente.
Como
o próprio nome sugere seu enfoque de autoridade recai sobre a congregação,
sobre o próprio corpo local de crentes.
Nesta
forma cie governo a entidade pratica o autogoverno, pois cada Igreja individual
e local administra seu próprio governo mediante a voz da maioria de seus
membros; é o que acontece entre os batistas, os congregacionais, os
independentes, e alguns outros grupos evangélicos. Esse sistema e o que dá mais
autoridade para os membros comuns da Igreja. É o que mais se aproxima da
democracia pura.
Neander,
destacado historiador, diz a respeito do período primitivo: “As igrejas eram
ensinadas a se governarem por si mesmas”. “Os irmãos escolhiam seus próprios
oficiais dentre seu próprio número”.
“No
tocante à eleição de oficiais eclesiásticos, o princípio antigo continuou sendo
seguido: o consentimento da comunidade
era necessário para a validade de qualquer eleição semelhante, e cada membro
tinha a liberdade de oferecer razões por sua oposição”.
Moshiem
diz a respeito do primeiro século: “Naqueles tempos primitivos, cada Igreja
cristã era composta do povo, dos oficiais presidentes, e dos assistentes ou
diáconos. Essas devem ser as partes componentes de cada sociedade.
A
voz principal pertencia ao povo, ou seja, a todo o grupo de cristãos”. “O povo
reunido, por conseguinte, elegia seus próprios governantes e mestres”.
A
respeito do segundo século, ele acrescenta: “Um presidente, ou bispo, preside
sobre cada Igreja. Ele era criado pelo voto comum do povo”.
“Durante
uma grande parte desse século, todas as igrejas continuaram sendo como no
princípio, independentes umas das outras, cada Igreja era uma espécie de
pequena república independente, governando-se por suas próprias leis, baixadas,
ou pelo menos aprovadas pelo povo”.