🎓 Lições Jovens 2° Trimestre 2024 CPAD
✍Revista: O Padrão Bíblico para a Vida Cristã – Caminhando segundos os Ensinos das
Sagradas Escrituras
Site: Subsídios
Dominical
TEXTO
PRINCIPAL
“Honra
ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda.” (Pv 3.9)
RESUMO
DA LIÇÃO
A
forma como tratamos nossas finanças mostram quem está no controle de nossas
vidas.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA
– Pv 6.1-4 Não seja fiador de ninguém
TERÇA
– Pv 6.6 O exemplo da formiga
QUARTA
– 1 Tm 6.10 A raiz de todos os males
QUINTA
– Pv 3.9 Honra ao Senhor com a nossa renda
SEXTA
– Ml 3.7-10 Fidelidade nos dízimos
SÁBADO
– Ag 2.8 A prata e o ouro pertencem ao Senhor
OBJETIVOS
MOSTRAR
a
história e a utilidade do dinheiro;
SABER a respeito do
que Deus pensa sobre o dinheiro;
RESSALTAR
a
advertência bíblica quanto ao mau uso do dinheiro
TEXTO BÍBLICO
Deuteronômio 8.11-18
11
Guarda-te para que te não esqueças do Senhor, teu Deus, não guardando os seus
mandamentos, e os seus juízos, e os seus estatutos, que hoje te ordeno.
12
Para que, porventura, havendo tu comido, e estando farto, e havendo edificado
boas casas, e habitando-as.
13
E se tiverem aumentado as tuas vacas e as tuas ovelhas, e se acrescentar a
prata e o ouro, e.se multiplicar tudo quanto tens.
14
Se não eleve o teu coração, e te esqueças do Senhor, teu Deus, que te tirou da
terra do Egito, da casa da servidão.
15
Que te guiou por aquele grande e terrível deserto de serpentes ardentes, e de
escorpiões, e de secura, em que não havia água; e tirou água para ti da rocha
do seixal.
16
Que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheceram; para te
humilhar, e para te provar, e para, no teu fim, te fazer bem.
17
E não digas no teu coração: A minha força e a fortaleza de meu braço me adquiriram
este poder.
18
Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, que ele é o que te dá força para
adquirires poder; para confirmar o seu concerto, que jurou a teus pais, como se
vê neste dia.
Mateus 6.19-24
19
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde
os ladrões minam e roubam.
20
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde
os ladrões não minam, nem roubam,
21
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
22
A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons,
todo o teu corpo terá luz.
23
Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto,
a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
24
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou
se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
INTRODUÇÃO
Um
dos maiores desafios do ser humano é lidar com os recursos financeiros. Vivemos
em um mundo onde o dinheiro é largamente utilizado, e a sua influência alcança
todas as pessoas, quer creiam em Deus, quer não. Mas o que o Cristianismo
ensina a respeito do dinheiro, o seu uso e de que forma esses ensinos podem ser
aplicados à nossa vida? É o que veremos nesta lição.
I-
O DINHEIRO E SUA UTILIDADE
1.
Uma breve história.
Para
que possamos compreender a importância do dinheiro, é importante conhecer um
pouco da sua história. Segundo historiadores e financistas, o dinheiro surgiu
da necessidade de se mensurar quantidades de valores para se adquirir bens. Nos
tempos antigos, a troca ou câmbio era utilizada para que as pessoas pudessem
ter os bens ou serviços de que necessitavam. Mas como calcular o valor de um
bem? Se eu tenho, por exemplo, cinco sandálias de couro e desejo trocá-las por
duas sacas de grãos, que tipo de equivalência haveria entre esses bens? Como
ter certeza de que nessa troca uma pessoa não ganharia mais, e a outra, menos?
O sistema de trocas serviu por um bom tempo, até que houvesse uma busca pela
uniformização de um bem que representasse um valor: o dinheiro. Então surgiram
as moedas de metal inicialmente de metais preciosos, e depois feitas de metais
não tão valiosos.
2.
O valor do dinheiro.
O
tempo passou, e o papel passou a ser usado para representar determinados
valores, chamado de papel-moeda. Hoje existem transações bancárias feitas por
meios digitais, como por exemplo, o Pix. E por mais que os modelos de
transações monetárias possam ter evoluído e mudado com o passar do tempo, para
muitas pessoas ter dinheiro é sinal de status e de poder. As Escrituras
Sagradas não condenam ter bens materiais, entretanto, alertam para o amor ao
dinheiro (1 Tm 6.10).
3.
Um assunto bastante espiritual.
Há
quem pense que tratar de finanças é um assunto carnal, pois para essas pessoas,
na eternidade não seremos medidos pelo que temos, e sim pelo que fizemos com o
que nos foi dado. Mas em muitas passagens das Escrituras, como veremos, Deus
fala sobre o dinheiro. É Ele que diz: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o
SENHOR dos Exércitos” (Ag 2.8). Jesus mencionou o dinheiro e a sua influência
na vida de uma pessoa quando observou a viúva trazendo as duas únicas moedas
que tinha para dar de oferta (Lc 21.1-4), quando pagou o imposto (Mt 17.24-27),
quando narrou a Parábola do Bom Samaritano, que deu dois denários ao dono da
estalagem, e ao falar da dracma perdida (Lc 15.8-10). Mesmo em seu ministério,
Jesus experimentou sustento financeiro, e nos é dito que Judas, o traidor,
valia-se dos recursos do ministério de Jesus para pegar dinheiro para si (Jo
12.6). Portanto, finanças é um assunto espiritual, e o Senhor Jesus sabia da
necessidade de se lidar com o dinheiro enquanto esteve neste mundo.
II
- DEUS E O DINHEIRO
1.
Os dízimos.
O
assunto dos dízimos era tratado em Israel com naturalidade, como uma forma de
os judeus reconhecerem o poder de Deus e o sustento divino em suas vidas. Os
dízimos eram trazidos pelos hebreus e serviam para custear os elementos
utilizados no culto e os levitas. Ele antecede à Lei de Moisés, pois Abrão,
após vir de uma guerra, entregou o dízimo a Melquisedeque (Hb 7.1,2).
Lamentavelmente, há em nossos dias quem insista em dizer que os dízimos são
contribuições para serem feitas pelos judeus, na Antiga Aliança, e que na Nova
Aliança os dízimos foram abolidos. Curiosamente, essas pessoas não excluem de
suas vidas os textos da Antiga Aliança que falem de bênçãos, vitórias, ou de
que Deus estará presente com eles. Para tais, Deus é o Senhor de toda a
provisão, mas não é o que repreende o seu povo quando esse deixa dizimar. O
Senhor chamou de Ladrões os que se esqueceram de trazer seus dízimos para a
Casa de Deus (Ml 3.7-10). O Antigo Testamento é tão Palavra de Deus quanto o
Novo, e por meio dele, o Eterno nos alerta para que não esqueçamos a sua obra e
não sejamos dominados pela avareza. Como os hebreus, também somos convidados a
entregar nossos dízimos como uma questão de fé, em gratidão pelo que temos
recebido do Eterno. Nossos dízimos mantêm nossas igrejas, os ministros,
cumprindo sua vocação, e provê, a partir da igreja, socorro aos nossos irmãos
que precisam de auxílio.
2.
Honrando ao Senhor.
“Honra
ao SENHOR com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda” (Pv 3.9).
Honrar é dar destaque, é privilegiar. Deus deve ser honrado não com o que
sobra, mas com os primeiros frutos e rendimentos do nosso trabalho. E Ele honra
aqueles que o honram, abençoando-os de tal forma que não tenham falta: “E se
encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus
Lagares” (Pv 3.10).
3.
Auxiliando os irmãos.
Deus
pode nos dar mais recursos do que realmente necessitamos. Desses recursos,
podemos poupar e nos preparar para o futuro, o que é lícito. Mas também devemos
nos lembrar daqueles que têm menos e que precisam ser socorridos em momentos de
dificuldades. Paulo, escrevendo aos Coríntios, mostrou o exemplo dos cristãos
filipenses. Esses crentes souberam que os irmãos em Jerusalém estavam passando
necessidade, e mesmo tendo poucos recursos, pediram ao apóstolo para participar
daquele socorro enviando os poucos recursos de que dispunham, e que seriam
enviadas para Jerusalém. Ninguém tem tão pouco que não possa ser partilhado, e
a generosidade faz a diferença quando nos damos ao Senhor (2 Co 8.5).
III
– ADVERTÊNCIAS CONTRA MAU USO DO DINHEIRO
1.
O cuidado com a avareza e o enriquecimento ilícito.
O
dinheiro tem o poder de mudar o pensamento de algumas pessoas. E muitos acabam
substituindo Deus pelos bens materiais, esquecendo-se de que o “amor do dinheiro
é a raiz de toda espécie de males” (1 Tm 6.10). Muitos irmãos se afastam dos
propósitos do Senhor na busca por mais dinheiro, independentemente da fonte
pelo qual ele virá. Roubar pode trazer aumento para a renda de uma pessoa, mas
é um pecado, e quem faz isso é ladrão. Receber propina também se configura em
injustiça, ainda que traga riquezas e status para quem a recebe. Deixar de
pagar um funcionário que trabalhou é um ato condenado na Lei de Moisés (Lv
19.13). Portanto, a avareza não pode fazer parte da vida de quem serve a Deus.
Nos tempos antigos, os povos no entorno de Israel aceitavam que pecados sexuais
fossem aceitos como oferendas, mas Deus rejeitou tais costumes: “Não permitam
que o salário pago a prostituta ou a prostituto, por qualquer voto, seja
trazido à Casa do SENHOR, seu Deus; porque uma e outra coisa são igualmente
abomináveis ao SENHOR, seu Deus” (Dt 23.18 – NAA). O princípio aqui é que Deus
aceita somente o fruto das finanças de um trabalho honesto e agradável a Ele.
Para o Senhor, a forma como trabalhamos para obter nossos recursos faz a
diferença.
2.
Não seja fiador de ninguém.
Uma
das mais sérias advertências que a Palavra de Deus nos dá é para que não
sejamos fiadores de ninguém. Ser fiador é garantir que a dívida de outra pessoa
seja paga com os nossos recursos, e isso é temerário (Pv 6.1-4). Se por um Lado
podemos passar por problemas financeiros advindos de escolhas mal feitas e
impensadas por nós, quando nos tornamos fiadores estamos comprando a dívida de
outra pessoa. Caso a pessoa deixe de pagar o financiamento, seremos nós que
responderemos por ele com nossos recursos e bens. Por isso, não aceite ser
fiador de ninguém.
3.
Saiba lidar com os recursos que Deus dá.
É
preciso que aprendamos a guardar para o futuro. Salomão apresenta o exemplo da
formiga: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê
sábio. A qual, não tendo superior, nem oficial, nem dominador, prepara no verão
o seu pão: na sega ajunta o seu mantimento” (Pv 6.6-8). Esses insetos juntam
comida na época em que ela é mais abundante, e no inverno ficam abastecidos.
Tenha também cuidado com os cartões de crédito. Eles são bons para as compras,
mas precisam ser usados com bastante cuidado, pois nos dão a falsa sensação de
que o que compramos não precisará ser pago, pois a fatura leva vários dias para
chegar. Não é errado ter cartões de crédito, pois eles facilitam a vida de
muita gente, mas se o seu possuidor não tiver controle dos gastos, logo estará
endividado, pois os juros dos cartões são altíssimos. Portanto, use-o com
sabedoria. Não se perca comprando coisas desnecessárias. Às vezes somos
tentados a comprar um produto ou bem de que não precisamos, com um dinheiro que
não temos, para impressionar pessoas com quem não temos qualquer comunhão. Por
isso, devemos ter bastante cuidado com o que gastamos.
CONCLUSÃO
A
forma como lidamos com o dinheiro mostra quem está no comando de nossa vida.
Não é errado ter recursos financeiros, desde que não sejam eles que mandem em
nós. O dinheiro tem a capacidade de mudar o pensamento daquele que se deixa
levar por ele, e por isso, somos advertidos a não colocar nosso coração nas
riquezas, pois elas são instáveis e podem nos desviar dos propósitos divinos.
Portanto, usemos o dinheiro com sabedoria, cientes de que prestaremos contas a
Deus de nossa mordomia.
HORA
DA REVISÃO
1
- Segundo historiadores, como o dinheiro surgiu?
2
- Segundo a lição, as Escrituras Sagradas condenam ter bens materiais?
3
- Para que servia o dízimo no Antigo Testamento?
4
- De acordo com a lição, o que é “honrar”?
5
- O que a Bíblia fala a respeito de ser fiador?