Lições Bíblicas Jovens 3º Tr. 2024
ASSUNTO: Na Cova dos Leões: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel
para o Testemunho Cristão em Nossos Dias
COMENTARISTA: Valmir Nascimento
TEXTO
PRINCIPAL
“[…]
MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e
foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos
persas.” (Dn 5.26-28)
RESUMO DA
LIÇÃO
O prazer
carnal pode satisfazer momentaneamente, mas o seu fim é a destruição.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA –
Ec 2.10 O perigo do desejo
TERÇA – Gl
5.19-21 As obras da carne
QUARTA –
Rm 7.22 O bom prazer na lei de Deus
QUINTA –
Sl 111.2 O prazer dos mandamentos
SEXTA –
Sl 9.2 Saltando de prazer
SÁBADO –
Jo 10.10 Vida abundante
OBJETIVOS
1. COMPREENDER como se
deu o banquete de Belsazar e o símbolo do hedonismo:
2. APRESENTAR o relato
do enigma na parede:
3. APRENDER a
respeito do cumprimento da sentença divina sobre o rei.
TEXTO
BÍBLICO
Daniel
5.1-6; 25-31
1 O rei
Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na
presença dos mil.
2 Havendo
Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que
Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para
que bebessem neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas.
3 Então,
trouxeram os utensílios de ouro, que foram tirados do templo da casa de Deus,
que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grandes, as suas
mulheres e concubinas.
4 Beberam
o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de
madeira e de pedra.
5 Na
mesma hora, apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do
castiçal na estucada parede do palácio real: e o rei via a parte da mão que estava
escrevendo.
6 Então,
se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos
seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no outro
25 Esta,
pois, é a escrita que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM.
26 Esta é
a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou.
27
TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta.
28 PERES:
Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.
29 Então,
mandou Belsazar que vestissem a Daniel de púrpura, e que lhe pusessem uma
cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem a respeito dele que havia de ser o
terceiro no governo do seu reino.
30
Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus.
31 E
Dario, o medo, ocupou o reino, na idade de sessenta e dois anos.
INTRODUÇÃO
Após a
morte de Nabucodonosor II, seu filho Evil-Merodaque (Jr 52.31-34) assumiu o
trono da Babilônia por um curto período. No entanto, ele foi assassinado por
seu cunhado Neriglissar, que então assumiu o controle do reino. Após o reinado
de Neriglissar, o trono passou para seu filho Labashi-Marduk, que governou por
apenas nove meses antes de ser assassinado. Com a sua morte, Nabonido, genro de
Nabucodonosor, passou a reinar na Babilônia, fazendo seu filho Belsazar como
corregente. Este é o rei mencionado no capítulo 5 do livro de Daniel,
responsável por organizar um banquete extravagante e depravado para mil dos
seus nobres. Nesta lição, estudaremos sobre este episódio, que realça os
perigos da busca pelo prazer e as consequências da indiferença para com as
coisas santas de Deus.
I - O
BANQUETE DE BELSAZAR E O HEDONISMO
1. Uma
festa carnal e irresponsável.
No
decorrer da festa carnal, o rei, embriagado, ordenou que fossem trazidos os
vasos de ouro e prata saqueados do templo em Jerusalém pelo rei Nabucodonosor
(5.2,3). De forma irresponsável, Belsazar e seus convidados profanaram esses
vasos sagrados ao utilizá-los para beber vinho e render culto aos seus ídolos,
Nesta ocasião, enquanto Nabonido encontrava-se ausente da Babilônia, Belsazar
promovia o seu festejo com mulheres e amigos, satisfazendo as suas paixões,
mesmo diante de um momento conturbado para o Império Babilônico, Na ocasião, os
medo-persas preparavam a invasão da cidade, Segundo historiadores, a festa
teria sido realizada como forma de demonstração de confiança perante os
exércitos de Ciro.
2.Uma
festa profana.
Como
muitos, Belsazar deixou-se levar pelos desejos e pela imprudência, Seu festim
degenerado, regado de luxúria, bebida e muita comida, acabou por profanar os
utensílios sagrados de Israel. Tendo crescido no palácio, Belsazar tinha
consciência do que estava fazendo e, possivelmente, sabia da humilhante
experiência de Nabucodonosor com Deus (cf. 5.2à). Porém, ainda assim, resolveu,
deliberadamente, cometer um ato de sacrilégio, demonstrando falta de reverência
em desafio direto às leis divinas.
3. O
perigo do hedonismo.
O
banquete extravagante de Belsazar simboliza a busca pelo prazer carnal e a
indiferença espiritual na sociedade atual, imersa em uma cultura orientada ao
prazer. O hedonismo é uma doutrina e, ao mesmo tempo, uma forma de viver que
coloca o prazer como o principal objetivo da vida. Os hedonistas defendem que a
coisa mais importante na vida e a conquista do prazer e a fuga do sofrimento,
de sorte que a primeira pergunta que fazem não é: “Isto é correto?”, mas sim:
“Trará prazer?” Hoje, vemos muitas manifestações onde o prazer imediato e a
busca por satisfação pessoal superam considerações morais e espirituais. Isso
se reflete em comportamentos libertinos na sexualidade, no uso de drogas, na
exploração de outros para uso pessoal e uma mentalidade de gratificação
instantânea. Vivemos uma epoca de excessos, na qual as pessoas têm acesso, sem
precedentes, a estímulos de alta recompensa e alta dopamina: drogas, comida,
notícias, jogos, compras, sexo, redes sociais, etc.
O desafio
humano atual não é a escassez, mas o excesso. Pesquisas têm demonstrado que o
excesso de prazer está deixando as pessoas infelizes. O exagero de estímulos
leva a comportamentos viciantes e compulsivos. As Escrituras oferecem várias
advertências em relação a esses comportamentos. Em Eclesiastes 2.10,11, o rei
Salomão, que buscou prazeres mundanos em sua busca de sabedoria, concluiu que
tudo é vaidade. Em Gálatas 5.19-21, o apóstolo Paulo adverte contra as obras da
carne, que incluem “orgias” e “bebedices”.
PENSE! Vale a
pena se satisfazer em algo que o conduzirá cedo ou tarde ao sofrimento?
PONTO IMPORTANTE! O
hedonismo é uma doutrina e ao mesmo tempo uma forma de viver que coloca o
prazer como o principal objetivo da vida.
II - O
ENIGMA NA PAREDE
1. A
escrita na parede.
Enquanto
o rei e seus convidados se alegravam em seus prazeres, subitamente algo misterioso
aconteceu. Apareceram uns dedos de mão humana que começaram a escrever na
parede do palácio do rei (5.5). A euforia deu lugar ao silêncio e o pavor tomou
conta de todos. O rei ficou tão assustado que seu rosto empalideceu, seus
joelhos batiam um no outro e as pernas vacilaram.
2. O
enigma.
A escrita
era um enigma para todos, incluindo o próprio rei Belsazar, Como era comum, ele
chamou os sábios da Babilônia e prometeu que aquele que conseguisse interpretar
a escrita receberia honras e seria o terceiro em comando no reino. Isso reforça
que Nabonido era o primeiro e Belsazar o segundo (5.7). Porém, apesar dos
esforços, nenhum deles foi capaz de interpretar a escrita misteriosa na parede.
Isso deixou o rei ainda mais angustiado e aterrorizado, pois ele sabia que esse
evento incomum tinha um significado profundo e possivelmente uma mensagem
divina.
3. Daniel
é chamado.
Diante de
mais esse momento de crise, a rainha se lembra de Daniel e faz referência do
seu nome ao rei (5.10,11). Nessa ocasião, o profeta não é mais um moço, mas um
senhor de idade avançada. Ainda assim, temente e fiel a Deus. Em primeiro
lugar, isso mostra que o testemunho de Daniel era conhecido, a ponto de ser
lembrado por alguém por suas qualidades. Em que ocasiões você tem sido lembrado?
Somente em momentos de festas, ou em momentos em que alguém precisa de ajuda
espiritual? Em segundo lugar, mostra que Daniel havia amadurecido na presença
de Deus. Uma juventude de fidelidade ao Senhor tem consequências para a vida
toda.
PENSE! Você tem
sido convidado somente para festas ou também momentos de oração e ajuda?
PONTO IMPORTANTE! Uma
juventude de fidelidade ao Senhor tem consequências para a vida toda.
III - A
SENTENÇA DIVINA
1. A
conduta de Daniel.
Ao ser
introduzido diante do rei, é importante perceber que Daniel é chamado pelo seu
nome hebreu (5.19) e não pelo apelido babilônico. Afinal, os anos haviam se
passado, mas o servo de Deus não havia perdido a sua identidade, inclusive para
os outros. Nessa ocasião, novamente aprendemos com a conduta de Daniel. Ele fez
questão de deixar claro que o rei poderia ficar com os seus presentes (5.17).
Era uma
forma de dizer que a sua presença ali e a sua interpretação do sonho não se
devia a qualquer benefício material que pudesse receber. Em dias em que falsos
profetas vivem de benefícios e profetizam de acordo com a conveniência daqui[o
que podem lucrar, fazendo negócio da obra de Deus, a ação de Daniel é um
importante Lembrete de como o servo do Senhor deve proceder. Além disso, mesmo
diante do rei e podendo ser morto, o profeta não suaviza a sua mensagem. Ele
exorta Belsazar sobre a sua prepotência e pelo pecado que cometeu (5.22,23).
Era o mesmo Daniel que havia advertido Nabucodonosor.
2. O
significado da escrita.
Daniel
faz saber o teor da escrita na parede e a sua interpretação: MENE, MENE, TEQUEL
e PARSIM, A primeira palavra estava repetida – MENE, MENE – e significava
“contar ou contado”. A palavra TEQUEL tinha o sentido de “pesado”. A última
palavra, PARSIM, significava “dividido” (Dn 5,25). Para interpretar a mensagem,
Daniel usou o termo “PERES”, palavra com o mesmo sentido de PARSIM. A mensagem,
portanto, era um veredicto claro: o juízo de Deus havia chegado sobre o rei e
sobre o império Babilônico!
3. O
juízo concretizado.
O juízo
divino se abateu rapidamente. Naquela mesma noite a palavra se cumpriu e o rei
foi morto pelos caldeus (5.30). Dario entrou e tomou a cidade da Babilônia. A
festa se converteu em pranto, O prazer momentâneo deu lugar ao sofrimento.
Belsazar morreu sem se arrepender de seus pecados. Os medos e os persas
passariam a reinar no lugar do império da Babilônia. Deus, mais uma vez,
demonstrou a sua soberania sobre os reis da Terra e a consequência destruidora
do prazer carnal.
Ao
reconhecermos as armadilhas do hedonismo e da busca desenfreada por prazer,
podemos escolher um caminho de equilíbrio, autocontrole e busca de valores
espirituais. Em Gálatas 5.22-23. Paulo destaca o fruto do Espírito, que inclui
o autocontrole, e a importância de viver de acordo com esses princípios para
evitar a destruição espiritual.
PENSE! Tudo o
que o homem planta, ele colhe.
PONTO IMPORTANTE! Ao
reconhecermos as armadilhas do hedonismo e da busca desenfreada por prazer
podemos escolher um caminho de equilíbrio, autocontrole e busca de valores
espirituais.
CONCLUSÃO
Em
resumo, a história de Belsazar em Daniel 5 serve como um lembrete de que o
hedonismo desenfreado e a indiferença espiritual podem levar a consequências
destrutivas. O deleite e a satisfação do cristão não estão nas coisas materiais
e deste mundo, mas em Deus. Em Cristo, temos vida abundante (Jo 10.10).
HORA DA
REVISÃO
1. Quem
era o pai de Belsazar?
2. O que
é o hedonismo?
3. O que
os hedonistas defendem? não é, ‘Isto é correto?’, mas: ‘Trará prazer?’
4. Qual o
sentido da mensagem escrita na parede?
5. Quem
entrou e tomou a cidade da Babilônia?