Lições Bíblicas Jovens 3º Tr. 2024
ASSUNTO: Na Cova dos Leões: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel
para o Testemunho Cristão em Nossos Dias
COMENTARISTA: Valmir Nascimento
TEXTO PRINCIPAL
” Os sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e
os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e
eternamente.’ (Dn 12.3)
RESUMO DA LIÇÃO
Deus é o Soberano da história e no final de todas as coisas trará
juízo aos ímpios e libertará o seu povo fiel.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – 1 Pe 5.8; Ef 6.12 Levando o mundo espiritual a sério
TERÇA – Jr 30.7 Tempo da angústia de Jacó
QUARTA – 1Ts 4.16 A ressurreição dos salvos
QUINTA – Ap 16.16 A batalha do Armagedom
SEXTA – 2Ts 2.8; Ap 19.20 A destruição do Anticristo
SÁBADO – Ap 2.10 Fiel até a morte
OBJETIVOS
1. EXPLICAR como se deu
a preparação de Daniel para receber a mensagem final:
2. CONHECER a revelação
do futuro dada ao profeta;
3. ENTENDER como será a
Batalha do Armagedom e as últimas coisas.
TEXTO Bíblico
Daniel 12.1-13
1
E, naquele tempo, se levantará Miguel o grande príncipe, que se levanta pelos
filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que
houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo
aquele que se achar escrito no livro,
2
E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e
outros para vergonha e desprezo eterno.
3
Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a
muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente.
4
E tu, Daniel fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo;
muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.
5
E eu, Daniel olhei, e eis que estavam outros dois, um desta banda, à beira do
rio, e o outro da outra banda, a beira do rio.
6
E ele disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio: Que
tempo haverá até ao fim das maravilhas?
7
E ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, quando
levantou a sua mão direita e a sua mão esquerda ao céu e jurou, por aquele que
vive eternamente, que depois de um tempo, de tempos e metade de um tempo, e
quando tiverem acabado de destruir o poder do povo santo, todas essas coisas
serão cumpridas.
8
Eu, pois, ouvi, mas não entendi; por isso, eu disse: Senhor meu, qual será o
fim dessas coisas?
9
E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao
tempo do fim.
10
Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios
procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão.
11
E, desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado e posta a abominação
desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias.
12
Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias.
13
Tu, porém, vai até ao fim; porque repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos
dias.
INTRODUÇÃO
Os
últimos três capítulos do livro (10-12) constituem uma unidade. Esta seção
contém a última revelação que Deus concedeu a Daniel dois anos após o retorno
dos judeus a terra de Israel no terceiro ano de Ciro (537 a.C). O profeta já é
um ancião de aproximadamente 84 anos. Nessa época, o primeiro grupo de exilados
já havia retornado a Jerusalém. Por algum motivo, possivelmente em razão da sua
idade avançada e pela sua presença relevante na Babilônia, Daniel não regressou
à sua terra natal. Anteriormente, o profeta havia tido sonhos e visões, agora
Deus lhe concede uma revelação mais elevada da sua palavra sobre um grande
conflito (10.1), por meio de uma experiência com o Filho de Deus.
I - PREPARANDO-SE
PARA RECEBER A MENSAGEM DO CÉU
1.
A aflição de Daniel.
Como
qualquer ser humano, Daniel tinha os seus momentos de aflição e tristeza
(10.2). Ninguém é tão forte que não possa se abater. A razão do seu abatimento
tinha a ver possivelmente com a interrupção da reconstrução do Templo e da
cidade de Jerusalém naquela ocasião (Ed 1-3: 4.4.5). O povo voltou, mas a restauração
plena ainda não havia acontecido. O conhecimento desse fato levou o profeta a
angústia da alma, por causa do amor que nutria por sua nação. Em vez de
reclamar da situação ou murmurar contra Deus, ele entrou em vigília e jejuou
durante três semanas (10.3). Daniel era um profeta de lágrimas!
2.
O ser celestial.
Em
resposta à sua busca, um ser celestial cheio de esplendor se apresenta a Daniel
(vv. 5.6). As suas descrições são parecidas com as que o apóstolo João e o
profeta Ezequiel tiveram (Ap 1.12-20, Ez 1.26) Para muitos exegetas bíblicos,
isto seria uma teofania, a manifestação do próprio Filho de Deus. Diante da
imagem imponente, os companheiros de Daniel fogem de medo e ele fica só. Seu
corpo se enfraquece, desfalecendo com o rosto em terra. A glória divina é
demais para o frágil ser humano suportar. O profeta, no entanto, experimenta a
consolação. Recebe o amparo celestial e palavras de encorajamento (vv. 11-12).
Quem é amado no céu, quando prostrado e fraco, recebe ajuda do Senhor.
3.
A batalha nas regiões celestiais.
Daniel
é informado de que a mensagem de resposta à sua oração foi resistida pelo
príncipe do reino da Pérsia (v. 13). Nossos principais teólogos ensinam que não
se trata de um príncipe terreno, mas um anjo maligno que obedece a Satanás. Foi
somente após a ajuda do arcanjo Miguel na batalha espiritual que a resposta
chegou. A referência a Miguel como “um dos primeiros príncipes” mostra que
existe uma organização e ordem angelical, através de graduações que revelam
níveis de autoridade. Fica evidente que o que acontece na terra tem implicação
nas regiões celestiais. Enquanto a visão ateísta e naturalista enxerga somente
o plano físico e material, o crente pentecostal. sobretudo, tem a convicção de
que existe uma realidade invisível onde as maiores batalhas são travadas. Por
isso, devemos levar a sério o mundo espiritual (1 Pe 5.8), sabendo que a nossa
luta não é contra a carne e o sangue (Ef 6.12).
II - A REVELAÇÃO DO
FUTURO
1.
Uma visão do futuro.
O
objetivo da revelação a Daniel era dar-lhe conhecimento sobre o que haveria de
acontecer ao povo de Deus (v. 14). Essa perspectiva do futuro se estende não
apenas aos anos imediatamente posteriores, mas até ao fim do mundo. A revelação
será detalhada nos capítulos 11 e 12. Enfraquecido pelo que havia visto e
ouvido. Daniel é tocado e fortalecido três vezes (vv.16-19). Afinal, o Deus que
move nações e reis, demonstra um incrível cuidado com aqueles que são fiéis a
Ele. Por fim, Daniel fica sabendo que a guerra não havia acabado (vv. 20,21).
2.
O futuro imediato.
No
capítulo 11. Deus revela eventos que estavam para acontecer no futuro imediato
de Israel. Eles se desdobram no período interbíblico, ou seja, entre o Antigo e
o Novo Testamentos, e envolve uma sucessão de reis que vai de Ciro até o
desmoronamento do reino de Alexandre Magno, (o rei valente – v.3). Contemplam
profecias sobre a Síria e Egito e suas guerras envolvendo os judeus (vv. 5-35).
incluindo Antíoco Epifânio ( o homem vil – v.21), torturador de Israel de quem
tratamos anteriormente. A passagem descreve minuciosamente intrigas políticas,
alianças e conflitos militares ao longo dos séculos seguintes. Em razão da
riqueza dos detalhes proféticos, muitos chegaram a questionar a data do livro
de Daniel, como se tivesse sido escrito posteriormente aos fatos históricos.
Contudo, a predição de eventos históricos centenas de anos antes da sua
ocorrência mostra de a Palavra de Deus não cai por terra.
3.
O futuro remoto.
Do
versículo 36 em diante, temos o futuro remoto de Israel, o “tempo de angústia
de Jacó (Jr 30.7). Conforme John Lennox, este capítulo “também foi escrito para
avisar as pessoas no futuro (da perspectiva de Daniel sobre o perigo de
interpretar erroneamente os sinais dos tempos. e pensar que o tempo do fim
chegou quando não chegou Este é um erro muito frequente dentre aqueles que usam
a doutrina das últimas coisas como um recurso especulativo e sensacionalista O
fato é que a passagem mostra um quadro profético do futuro Anticristo e sua
atuação, especialmente contra o povo escolhido de Deus. Será um grande líder
mundial com poder político e bélico (vv. 36-38) que procurará destruir Israel.
III - ARMAGEDOM E AS
ÚLTIMAS COISAS
1.
A batalha final.
O
tempo do fim (11.40) aponta para o período da Tribulação, que é a Septuagésima Semana
do texto de Daniel 9.27. No final deste período, os exércitos do Anticristo se
reunirão para destruir Israel no vale do Armagedom (Ap 16.16). Esta batalha,
sem precedentes na história, será um enfrentamento bélico espiritual que se
dará na derradeira etapa da Septuagésima Semana de Daniel. Terá como palco as
montanhas de Megido. Israel não terá condições de vencer pelas armas humanas.
2.
O livramento divino.
Daniel
deve ter sentido alívio e conforto ao ouvir o restante da profecia no capítulo
12. Após ter uma noção do período sombrio da Grande Tribulação e do tempo de
angústia, ele fica sabendo que Deus enviará o arcanjo Miguel para proteger o
povo de Israel durante a batalha final Esta revelação tem o seu paralelo com
Apocalipse 12.7-8. Sobretudo, o grande general é Cristo (Mt 24.15-31). Deus
dará livramento ao seu povo quando ele reconhecer que Jesus é o Messias (Ez
37). O Senhor, à frente do exército celestial, em cavalos brancos, vencerá o
Anticristo e o Falso Profeta e os lançará no Lago de Fogo (2 Ts 28: Ap 19.20) e
os exércitos inimigos serão destruídos (Zc 14.12)
3.
A ressurreição dos mortos.
A
declaração do verso 2 do capítulo 12 refere-se à ressurreição dos justos e dos
injustos, em consonância com outras passagens das Escrituras (Jo 5.29. At
24.15). De acordo com a nossa Declaração de Fé, elas se darão em momentos
distintos. Os justos, cujos nomes estão no Livro da Vida, serão ressuscitados
por ocasião da volta de Cristo (1 Ts 4.16), para a vida eterna. Essa é uma
esperança gloriosa do cristão (1 Co 1520-24). A ressurreição dos injustos se
dará após o Milênio (Ap 20.5), para a eterna condenação
4.
Concluindo a missão profética.
Em
suas palavras finais, o mensageiro celestial diz para Daniel cerrar as palavras
e selar o livro, até ao fim do tempo (v.4). Para os costumes da época, selar um
livro era uma forma de dar credibilidade pública, uma garantia da sua
veracidade. Logo, o selo da palavra profética assegurava que a revelação era
dada por Deus, para que as gerações seguintes pudessem confiar e entender. Isso
explica a declaração de que muitos correrão de uma parte para outra, e o
conhecimento se multiplicará (v. 4).
A
passagem não se refere ao crescimento da ciência e da tecnologia, mas ao
conteúdo expresso da profecia de Daniel. E por causa dela que hoje, ao
estudarmos as Escrituras, nosso conhecimento se expande pela graça de Deus.
Após perguntar ao homem vestido de linho sobre o tempo em que aquelas coisas
aconteceriam, e de humildemente reconhecer que não havia entendido a resposta
enigmática que lhe fora dada (vv. 6-8), o ser celestial diz para Daniel
prosseguir. Afinal, tais palavras teriam o seu cumprimento. Deus fará a sua
obra no meio dos homens. Podemos não saber ao certo o tempo exato de cada
ocorrência futura, mas podemos confiar no Senhor. Por isso, é bem-aventurado
aquele que espera, pois descansará!
PENSE: A ressurreição dos mortos é uma esperança dos cristãos
PONTO IMPORTANTE! A Batalha do Armagedom será um enfrentamento bélico espiritual
que se dará na derradeira etapa da septuagésima Semana de Daniel
CONCLUSÃO
Ao
concluirmos e após uma jornada de estudo que nos permitiu explorar o livro de
Daniel em sua totalidade, somos enriquecidos com o seu exemplo de vida e
devoção. Através desses estudos, aprendemos que, mesmo em um mundo corrompido e
tentador, é possível mantermos nossa fidelidade ao Senhor, apesar de nossas
limitações. Mantenhamos nossos olhos voltados para o Senhor, com a confiança de
que Ele é nosso protetor e que, em breve, suas profecias se cumprirão. Enquanto
aguardamos esse cumprimento, continuemos a seguir a mensagem divina,
perseverando até o fim, como nos lembra Daniel 12.13
HORA DA REVISÃO
1-
Quem resistiu a entrega da mensagem a Daniel?
2-
Segundo nossos principais teólogos, quem é o príncipe do reino da Pérsia?
3-
De acordo com a nossa Declaração de Fé, como se dará a ressurreição dos mortos?
4-
O que será a Batalha do Armagedom?
5-
Na época de Daniel, o que significava selar um livro?
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