Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Lição 12: Estudo, oração e as setenta semanas de Daniel

Lições Bíblicas Jovens 3º Tr. 2024

ASSUNTO: Na Cova dos Leões: O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nossos Dias

COMENTARISTA: Valmir Nascimento

TEXTO PRINCIPAL

“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade […].” (Dn 9.24)

 

RESUMO DA LIÇÃO

Deus revela os seus planos, mas os fiéis devem buscar entendimento e interceder pelo povo da promessa.

 

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Jr 25.12-14 Setenta anos profetizados por Jeremias

TERÇA – 2 Pe 1.20,21 Homens que falaram inspirados pelo Espírito

QUARTA – Hb 1.14 Anjos, espíritos ministradores

QUINTA – Ne 2 O início das Setenta Semanas

SEXTA – Lc 21.24 O tempos dos gentios

SÁBADO – 1Ts 1.10 A igreja preservada

 

OBJETIVOS

1. APRENDER com a postura de Daniel de estudo e oração diante da profecia:

2. COMPREENDER a revelação de Deus sobre o futuro de Israel;

3. ENTENDER o teor da profecia das Setenta Semanas.

 

TEXTO BÍBLICO

Daniel 9.1-4; 4.20-24

1 No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus.

2 No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o SENHOR ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as desolações de Jerusalém, era de setenta anos.

3 E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza.

4 E orei ao SENHOR, meu Deus, e confessei, e disse: Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas o concerto e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos.

20 Estando eu ainda falando, e orando, e confessando o meu pecado, e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do SENHOR, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus.

21 Estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me a hora do sacrifício da tarde.

22 E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido.

23 No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para te declarar, porque és mui amado; toma, pois, bem sentido na palavra e entende a visão.

24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos o capítulo 9 do livro de Daniel, ocasião em que o profeta se acha profundamente preocupado com o destino de seu povo e de Jerusalém. Ele busca entender o plano de Deus para a restauração de Israel e o fim do exílio, Com fervor espiritual, orou a Deus buscando respostas, e sua oração sincera e atendida por uma revelação profunda por meio do anjo Gabriel Esta revelação divina contém a profecia das Setenta Semanas, por meio da qual Deus faz saber sobre um período de tempo decretado para o seu povo e sua cidade santa. Neste episódio, além de aprendermos mais uma vez com a postura piedosa de Daniel veremos a história redentora que se desdobra na Bíblia, incluindo a vinda do Messias, sua morte e o subsequente destino de Jerusalém.

 

I - ESTUDO E INTERCESSÃO DE DANIEL

1. Estudando as profecias.

O reino dos caldeus havia chegado ao fim com a queda da Babilônia (Dn 5.30-31), e agora Israel encontrava-se sob o domínio do império Medo-Persa, sob o governo de Dario. Consciente acerca das visões que Deus lhe dera, a mente de Daniel se volta para o seu povo, dedicando-se ao estudo das antigas profecias por meio das Escrituras (v.2). Ele se recordou da referência de Jeremias, profeta que vaticinou sobre o cativeiro babilônico. Este tinha convicção de que Deus falava com Jeremias e que podia falar com ele também. Tendo estudado os livros, os pergaminhos trazidos de Jerusalém. Daniel teve entendimento acerca do cumprimento da desolação de Jerusalém no período de setenta anos. Esta profecia encontra-se nos capítulos 25 e 29 de Jeremias, referindo-se ao período de provação dos israelitas sob domínio estrangeiro.

 

2. Persiste em ler.

É interessante perceber o zelo de Daniel em ler e estudar o ensino ministrado por outros profetas. O verdadeiro profeta, afinal, jamais despreza o estudo sistematizado das Escrituras. Daniel era um homem de oração e também dos livros, tinha visões, mas nunca abandonou a Palavra escrita de Deus, Eis um dos segredos de como viver na Babilônia, sem que a ‘Babilônia’ viva em você. Isso nos lembra de que a leitura da Bíblia e de livros de bons autores e vital para o entendimento do cristão sobre as questões espirituais. Por isso, Paulo aconselha o jovem Timóteo a persistir na leitura (1 Tm 4.12).

 

3. Oração e jejum.

Ao compreender a mensagem, Daniel buscou o Senhor em oração e súplicas, com jejum (v.3). Ele estava empenhado em uma busca profunda e sincera pela ajuda divina. Ao longo de sua jornada de fidelidade, Daniel sempre se mostrou um homem de oração. Ele orou por livramento; orou para agradecer, e agora orava para interceder. Daniel tinha convicção de que era preciso voltar-se ao Senhor com um coração contrito e arrependido por causa da sua nação. Por isso, ele põe-se a interceder pelo povo de Judá, de Jerusalém e de todo o Israel. O uso do pano de saco e as cinzas simboliza arrependimento. A oração do profeta foi, sobretudo, uma confissão de reconhecimento de culpa (vv.4-14). Embora íntegro, Daniel não se pôs acima do povo, mas na mesma condição. Ele não apresenta desculpas ou justificativas, antes reconhece a justiça do Senhor e suplica pelo seu perdão (vv.15-19). Com este exemplo bíblico, um verdadeiro modelo de influência que devemos seguir, somos inspirados em nossos dias a compreender o valor da oração intercessória e do jejum (Ef 6.18; 1Ts 1.2; 1Tm 2.1,2; Mt 6.16-18).

 

PENSE! Você tem se dedicado à leitura da Bíblia para compreender as profecias?

PONTO IMPORTANTE! Daniel tinha convicção de que era preciso voltar-se ao Senhor com um coração contrito e arrependido por causa da sua nação.

 

II – DEUS REVELA O FUTURO DO SEU POVO

1. A resposta da oração.

Antes mesmo de terminar a sua intensa oração, o anjo Gabriel aparece repentinamente diante dele (v.21). Este ser angelical, o mesmo registrado no capítulo 8, é mencionado na Bíblia como mensageiro de Deus (Lc 1.19.20, 26). Foi enviado nesta ocasião em resposta à súplica do profeta, para lhe dar entendimento sobre a visão (vv. 22.23). Apesar do espanto, Daniel deve ter experimentado um conforto indescritível ao ouvir a voz do anjo. Seu pedido moveu o céu. Muitas vezes, em nossas vidas, não recebemos uma resposta divina rápida, daí a necessidade da perseverança (Cl 4.2). No caso de Daniel, porém, o Senhor apressou-se em atender ao seu servo, porque era ele ‘mui amado” (v.23). A verdade maravilhosa é que Deus tem prazer em ouvir a oração dos seus filhos, sobretudo quando se concentram na glória do seu nome!

 

2. Oração aos anjos?

Você deve notar que Daniel dirigiu a sua oração a Deus e não ao anjo Gabriel Em lugar algum das Escrituras temos autorização para orar aos seres angelicais. Esse tipo de prática é chamada de angelolatria, ou seja, idolatria aos anjos. Embora eles sejam seres espirituais com poderes extraordinários superiores aos homens (Sl 8.4,5; 103.20; 2 Pe 2.11), são criaturas limitadas. Não são oniscientes (1 Pe 1.12) e recusam a adoração (Ap 22.8.9), antes, adoram a Deus e a Cristo (Ap 511.12). Eles são espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14). Assim, supostas mensagens angelicais não podem perverter o Evangelho revelado em sua Palavra (Gl 18). Por essas mesmas razões, conforme consta em nossa Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil, a ideia de que todas as pessoas possuem um anjo da guarda designado para acompanhá-las durante toda a sua vida não tem sustentação bíblica.

 

3. A revelação das Setenta Semanas e o Messias.

A mensagem de explicação do anjo celeste revela um tempo determinado de setenta semanas decretadas por Deus para o seu povo e sua cidade santa (v. 24). Fazendo uma contagem histórica da profecia de Jeremias, Daniel compreendia que o cativeiro estava terminando. Isso viria a se cumprir por intermédio do Decreto de Ciro, não muito tempo depois. Contudo, o anjo dá um entendimento mais profundo e apocalíptico das Setenta Semanas, que se aplica não somente a Israel, mas a todo o mundo. Semelhantemente a Daniel, Deus quer que você amplie o seu entendimento e tenha uma dimensão mais profunda da sua Palavra e da vida espiritual. As Setenta Semanas simbólicas destacam sobretudo o tempo e a obra do Messias. Ele é descrito como o Ungido e o Príncipe (vv. 25.26). O verso 24 apresenta seis aspectos da sua obra redentora: acabar com a transgressão. dar fim ao pecado, expiar a iniquidade. trazer a justiça eterna, selar a visão e a profecia, e ungir o lugar santíssimo.

 

III - ENTENDENDO AS SETENTA SEMANAS

1. Semanas de anos.

Na Bíblia o número setenta possui um sentido profético Nesta profecia, das Setenta Semanas são semanas de anos, não de dias. A leitura da passagem (vv. 24-27) mostra que as semanas estão divididas em três grupos Sendo semanas de anos, totalizam 490 anos.

Os três grupos são:

a) 7 semanas (49 anos), b) de 62 semanas (434 anos), c) uma semana (7 anos).

 

a) Sete semanas (49 anos): O início deu-se com o decreto da reconstrução de Jerusalém (v.25). Os principais estudiosos do assunto concordam que se trata do decreto de Artaxerxes Longímano, baixado em 445 aC. (cf. Ne 2).

b) Sessenta e duas semanas (434 anos) Refere-se ao período do advento do Messias, Jesus de Nazaré (vv.25.26) Neste tempo o Senhor foi morto e mais tarde Jerusalém foi novamente destruída através da liderança do general do exército romano. Tito, em 70 d.C

c) Uma semana (7 anos) Esta semana ainda não aconteceu (v. 27). Compare Daniel 9.27 com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma profecia que ainda não se cumpriu. Esta última semana refere- -se, então, ao período que implicará o advento do Anticristo e o início do tempo de tribulação para Israel e para o mundo A Grande Tribulação será o período de maior angústia da história humana (Ap 6.15-17), quando o mundo testemunhará a ira do Senhor (Jr 30.7). Essa etapa da A história foi determinada por Deus para fazer justiça contra a rebelião dos moradores da Terra e preparar a nação de Israel para o encontro com o seu Messias.

 

2. As duas metades da septuagésima semana.

A Septuagésima Semana pode ser dividida em duas metades distintas. A primeira metade será marcada pelo reinado absoluto do Anticristo – o príncipe”, de acordo com Daniel 9.26b. Ele enganará Israel fazendo uma aliança com o povo judeu (Dn 9.27a), e buscará a adoração como se fora Deus (2 Ts 2.4b), profanando o santuário, o lugar santo para o povo de Israel, como alertou o próprio Senhor Jesus (Mt 24.15). A segunda metade terá inicio quando Israel se negar a adorá-lo, e então o Anticristo quebrará o acordo de paz – depois de três anos e meio (Dn 9.27b)- e perseguirà o povo judeu. Essa segunda metade é A Grande Tribulação propriamente dita (1 Ts 5.3: Jr 30.7). Ao final do período de sete anos, aparecerá o Libertador de Israel “E, assim, todo o Israel será salvo (Rm 11.26).

 

3. O intervalo e a igreja.

O estudo das Escrituras demonstra um longo intervalo de tempo que precede a septuagésima semana. A Bíblia identifica este intervalo profético como “o tempo dos gentios” (Lc 21.24). Atualmente, estamos no tempo da graça de Deus e temos de anunciar o ano aceitável do Senhor para o mundo inteiro (Lc 4.18.19) É importante ressaltar que a profecia de Daniel refere-se a Israel e a Jerusalém. A Igreja de Cristo não passará pela Grande Tribulação (Ap 3:10), pois terá sido arrebatada. Neste período, receberemos nossos galardões consoante ao trabalho que executamos na expansão do Reino de Deus A promessa de Jesus à sua Igreja é a de preservá-la desse sofrimento (1 Ts 1.10: 59: Lc 21.35.36)

 

CONCLUSÃO

Ao término desta aula, a profecia das Setenta Semanas de Daniel nos leva a reconhecer a importância da dedicação ao estudo e da vigilância constante. Aprofundar nosso entendimento dessas profecias escatológicas requer esforço contínuo e atenção aos detalhes, pois são temas complexos que nos desafiam a ir além da superfície. Que o Senhor nos dê graça e continue guardando a sua igreja.

 

HORA DA REVISÃO

1- Qual outro profeta, mencionado pela lição, profetizou sobre o cativeiro?

2- O que simbolizava o uso de saco e as cinzas?

3- Qual o nome da prática de orar aos seres angelicais?

4- Quais os grupos de anos que compõem as Setenta Semanas de Daniel?

5- A septuagésima semana pode ser dividida em quantas metades?


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