Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Lição 4 EZEQUIEL - UM JOVEM COM VISÕES (Lições Bíblicas Juvenis)

Lições Bíblicas Juvenis

Lições Bíblicas Juvenis 2° trimestre 2024 – CPAD

ASSUNTO  DO TRIMESTRE: Conhecendo dos Livros dos Profetas

Comentarista: Thiago Santos

| Subsídios Dominical | Lição 4 EZEQUIEL - UM JOVEM COM VISÕES

 

VERSÍCULO CHAVE

“E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo." (Ezequiel 2.1).

LEITURA DIÁRIA

SEG. Ez 2.3

As nações se rebelaram contra o Senhor

TER. Dt 18.21,22

A palavra dos verdadeiros profetas se cumpre

QUA. Ez 22.30

Deus procura alguém disposto a trabalhar em sua obra

QUI. Ez 36.26

Deus prometeu um novo coração

SEX. 1 Ts 5.20-22

Não desprezemos as profecias

SÁB. Nm 12.6

Deus fala ao seu povo por meio dos profetas

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ezequiel 2

1 E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo.

2 Então, entrou em mim o Espirito, quando falava comigo, e me pôs em pé, e ouvi o que me falava.

3 E disse-me: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até este mesmo dia.

4 E os filhos são de semblante duro e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor JEOVÁ.

5 E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde), hão de saber que esteve no meio deles um profeta.

6 E tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras; ainda que sejam sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões, não temas as suas palavras, nem te assustes com o rosto deles, porque são casa rebelde.

7 Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir, pois são rebeldes.

8 Mas tu, ó filho do homem, ouve o que eu te digo, não sejas rebelde como a casa rebelde; abre a boca e come o que eu te dou.

9 Então, vi, e eis que uma mão se estendia para mim, e eis que nela estava um rolo de livro,

10 E estendeu-o diante de mim, e ele estava escrito por dentro e por fora; e nele se achavam escritas lamentações, e suspiros, e ais.

 

CONECTADO COM DEUS

O profeta Ezequiel exerceu seu ministério em uma época muito importante da história do Reino do Sul. O Senhor o chamou para anunciar uma mensagem de repreensão para um povo rebelde e de dura cerviz, isto é, para pessoas orgulhosas que não reconheciam seus erros e desobediências à vontade divina. Em nossos dias, temos visto pessoas com esse mesmo comportamento. 0 livro de Ezequiel nos ensina preciosas lições acerca da forma com que temos de lidar com esse tipo de comportamento reprovado pela Palavra de Deus.

 

1. A VIDA DO PROFETA

1.1. Quem era Ezequiel?

A Bíblia relata Ezequiel como um jovem de família sacerdotal (Ez 1.3). Ele passou os primeiros 25 anos da sua vida em Jerusalém, preparando-se para o exercício ministerial no Templo, quando foi levado prisioneiro para a Babilônia no ano 597 a.C. Ao atingir a idade de 30 anos, Ezequiel recebeu o chamado profético, período em que iniciou o trabalho em seu livro. Os últimos acontecimentos registrados pelo profeta datam que ele tinha aproximadamente 50 anos. Segundo a tradição, Ezequiel era casado, mas sua esposa veio a falecer.

 

1.2. Contexto social da época

O cenário histórico do livro de Ezequiel é a Babilônia, mais precisamente os primeiros anos do cativeiro (593-571 a.C.). Quando Nabucodonosor transportou a segunda leva de prisioneiros para a Babilônia (697 a.C.), Ezequiel ainda era jovem. Foi um período muito complicado para o povo judeu, que veio a testemunhar a destruição completa de Jerusalém alguns anos depois (586 a.C.), Já no exílio, o profeta Ezequiel iniciou o seu ministério, tendo como contemporâneos os profetas Daniel, que, nesse tempo, já estava na Babilônia, e 0 profeta Jeremias, que havia ficado em Jerusalém. A última profecia de Ezequiel tem como data o mês de abril de 571 a.C.

 

1.3. Chamado e responsabilidade

O chamado de Ezequiel ocorreu em tempos tenebrosos. Após o povo de Deus ser várias vezes repreendido para se converter das suas más obras, ao persistir no erro lhe sobreveio o cativeiro, conforme avisado pelo Senhor pela boca de seus legítimos profetas. Nesse tempo, muitos profetas anunciavam mentiras, segundo a vontade de seu coração (Ez 13).

 

É nesse contexto que Ezequiel inicia o seu ministério com o propósito de anunciar a mensagem de juízo divino ao povo apóstata de Judá e Jerusalém (1—24), bem como às sete nações estrangeiras que circundavam Judá.

 

Além disso, Ezequiel entregou também uma mensagem direcionada aos judeus que estavam no exílio, na intenção de encorajá-los a manterem a fé, pois, no futuro, Deus restauraria o seu povo conforme a aliança que havia feito com eles. O Senhor disse também que a responsabilidade era individual, que pecados dos antepassados não seriam trazidos sobre a descendência (Ez 18). Assim sendo, cada geração deveria prestar contas das suas atitudes diante de Deus.

 

2. A VISÃO DO PROFETA

2.1. A visão da glória de Deus

O livro de Ezequiel inicia com a descrição da visão da glória de Deus revelada ao profeta. No dia em que o Senhor o chamou para exercer o chamado profético, Ezequiel teve visões da glória e da santidade de Deus (Ez 14.5). Tratava-se de um vento tempestuoso e uma grande nuvem com fogo que se aproximava. Do meio da tempestade, saíam quatro animais que tinham a semelhança de um homem, Cada criatura tinha quatro rostos: um rosto de homem, mostrando a imagem de vingadores humanos: um rosto de leão, indicando poder e terror: um rosto de boi, sugerindo sua força constante a serviço de Deus; e um rosto de águia, mostrando que serão velozes para elevar-se acima da oposição mais forte que Jerusalém pudesse apresentar (BEACON, 2005). Ezequiel viu também rodas em volta dos animais em movimento constante. A linguagem figurada utilizada por Ezequiel representava a soberania de Deus acima de todas as coisas e a sua presença em todas as esferas da criação. Esse mesmo Deus estava com Ezequiel e com os exilados à margem do rio Quebar.

 

2.2. O juízo e a misericórdia divinos

Os juízos divinos revelados a Ezequiel apontavam à queda de Jerusalém, sua destruição final por meio de Nabucodonosor, rei da Babilônia, o que ocorreu durante o reinado de Zedequias em Judá, no décimo primeiro ano de seu reinado. Ezequiel predisse também juízos sobre sete povos pagãos: Amom (25.1-7), Moabe (25.8-11), Edom (25.12-14), Filístia (25.15-17), Tiro (26.1—28.19), Sidom (28.20-26) e Egito (29—32). Na última seção, os capítulos 33—48, contém profecias acerca da responsabilidade dos verdadeiros profetas, como atalaias de Deus: profecia contra os pastores infiéis de Israel, bem como acerca da restauração de Jerusalém e esperança sobre o futuro da nação eleita.

 

Durante o tempo em que esteve na Babilônia, Ezequiel profetizou também acerca daqueles que se encontravam exilados, bem como contra os moradores de Jerusalém, antes da invasão final em 586 a.C. A quantidade de mensagens que apontavam o juízo divino a vários povos em diversas circunstâncias revela que o ministério profético de Ezequiel não foi nada fácil ademais, ele teve a difícil missão de pregar para povos rebeldes e obstinados, a começar pelo seu.

 

2.3. Quando Deus retira a sua glória

Por muito tempo, os moradores de Jerusalém e Judá conservaram a sensação de que tudo estava fluindo muito bem. Não havia problema algum em manter as práticas pecaminosas — afinal de contas, servir a Deus ou não era uma questão de escolha, Acontece que Deus estava vendo todas as práticas pecaminosas dos judeus e fez cair sobre a cabeça deles as consequências de seus pecados (Ez 9.10).

 

Na segunda visão revelada pelo Senhor ao profeta, ele avistou a glória de Deus saindo do Templo. Em seguida, os querubins conduziram a glória de Deus para fora da cidade de Jerusalém, em direção ao Monte das Oliveiras, em razão da condição de pecados e idolatria (Ez 10). A Palavra de Deus é categórica em afirmar que o Senhor é santo e requer santidade do seu povo. Sem santificação ninguém verá a Deus (Lv 19.2; 1 Pe 1.15). Não podemos permitir que o pecado nos faça perder a sensibilidade do Espírito Santo. Caso contrário, nós também perderemos a glória do Senhor que paira sobre nossa vida.

 

3. O ATALAIA DE DEUS

3.1. A responsabilidade do vigia

Quando o Senhor chamou Ezequiel para ser profeta, comparou-o a um “atalaia” (Ez 2—3). O atalaia é um tipo de servo que ficava à entrada da cidade, como uma sentinela, vigiando para anunciar caso qualquer perigo viesse ao encontro da cidade. Esse ofício se aplica às circunstâncias de Ezequiel, enquanto verdadeiro profeta em meio a muitos falsos, haja vista ser ele o canal de Deus para anunciar o mal que viria sobre Israel devido à sua desobediência (Ez 3.16-21).

 

A responsabilidade do profeta era tanta que, caso ele não anunciasse a mensagem para o arrependimento do pecador, Deus requereria o sangue dele das suas mãos, Mas, se avisasse o transgressor, e ele não se convertesse, este morreria na sua maldade. O mesmo fim se sucederia ao justo, caso desviado de sua justiça, ouvisse a mensagem e, mesmo assim, não se arrependesse (Ez 3.20).

 

Nestes últimos dias, Deus continua a nos chamar como “atalaias" para anunciar a sua Palavra. Se não cumprirmos fielmente o seu chamado, seremos responsabilizados diante dEle.

 

3.2. Ouvir e advertir com o que ouviu

A palavra anunciada a Ezequiel era clara: ele deveria ouvir e transmitir tudo quanto o Senhor ordenasse. Era preciso advertir os pecadores de que deveriam se converter de seus maus caminhos e praticar a justiça. Após cumprir a sua missão como atalaia, a ordem de Deus era para que ele permanecesse em sua casa, calado, até que, no tempo oportuno, o Senhor tornasse a abrir sua boca para anunciar a Palavra à “casa rebelde".

 

Deus cerrou os lábios do profeta durante sete anos, a fim de que não servisse de repreensão ao seu povo. O Senhor disse ao profeta: "Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir deixe: porque casa rebelde são eles" (Ez 3.27). Esse modo de tratar com o seu povo nos leva a crer que Deus conhece aqueles que certamente ouvirão ou não a sua mensagem. O nosso papel, enquanto mensageiros de Deus, é pregar a sua Palavra “quer ouçam, quer deixem de ouvir".

 

PARA CONCLUIR

A experiência do profeta, no tocante às visões gloriosas, bem como o seu chamado profético para anunciar uma dura mensagem a um povo rebelde nos ensinam importantes lições para o tempo presente. Semelhante àqueles dias, a sociedade encontra-se cada vez mais distante dos valores e princípios da Palavra de Deus. Isso comprova as palavras do Senhor Jesus ao dizer que, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Que você, aluno(a) da classe Juvenis, se comprometa em ser um atalaia de Deus nestes últimos dias!

 

HORA DA REVISÃO

1. Sendo de família sacerdotal (Ez 1.3), como teria sido a vida de Ezequiel, antes do cativeiro, em 597 a.C.?

2. Quem eram os profetas contemporâneos a Ezequiel?

3. Em seu sentido figurado, o que a primeira visão gloriosa de Ezequiel representava?

4. O que Ezequiel avistou na segunda visão gloriosa e por qual razão?

5. Como o ofício de atalaia se aplicava às circunstâncias de Ezequiel?