Subsídios Bíblicos: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ - Nova Edição

Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ   Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja   Subsídios Lição 2: Somos Cristãos     Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno       Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana    Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo?     Subsídios...

Lição 9 Resistindo à Tentação no Caminho

lição 9 2 trimestre 2024

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes |2 de Junho de 2024

TEXTO ÁUREO

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt 26.41)


VERDADE PRÁTICA

No lugar de ceder à tentação, é melhor triunfar sobre ela.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 3.1-5

A tentação que se origina do Diabo e seus ardis

Terça - Tg 1.14,15

A tentação que se origina de dentro do ser humano

Quarta - 1 Co 10.13

Toda tentação faz parte da esfera humana

Quinta - Ef 6.11,17

Vencemos a tentação com a Palavra de Deus

Sexta - Rm 12.2

Não se conformando com os apelos do mundo

Sábado - 2 Tm 2.22

A melhor estratégia é fugir da tentação

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 4.1-11

1 - Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.

2 - E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;

3 - E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.

4 - Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

5 - Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,

6 - e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.

7 - Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.

8 - Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.

9 - E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.

10 - Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.

11 - Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.

Hinos Sugeridos: 46, 289, 298 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos que o crente é desafiado cotidianamente a abandonar a fé em Cristo. Isso pode acontecer por meio da tentação. Por isso, veremos como ocorre a tentação e como nosso Senhor lidou com essa situação. Aprenderemos também que a resistência à tentação requer o firme posicionamento contra o pecado e o compromisso com a prática da Palavra de Deus.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Conceituar biblicamente o que é tentação e os seus aspectos na esfera humana;

II) Mostrar como nosso Senhor Jesus lidou com a tentação;

III) Apontar a estratégia para o crente resistir à tentação.

B) Motivação: Como vimos na lição, a tentação é um processo que ocorre na esfera da natureza humana. Nesse sentido, autoexame é indispensável para o crente lidar com as suas limitações e fraquezas. Fomente a discussão sobre as áreas da natureza humana que precisam ser fortalecidas para que o crente não se torne presa fácil da tentação.

 

C) Sugestão de Método: O primeiro tópico da lição destaca que nosso Senhor foi tentado por Satanás em três áreas específicas. A intenção de Satanás era desviá-lo de seu propósito neste mundo. Semelhantemente, o apóstolo João aponta três áreas da natureza humana em que ocorrem os desejos para pecar: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1 Jo 2.16, 17). Convide os seus alunos a conceituarem cada uma dessas áreas e a compreender a importância de lidar com cada um desses aspectos no tocante à tentação.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Jesus nos concedeu o exemplo de fidelidade a Deus e nos mostrou que a aplicação das Escrituras Sagradas em nosso cotidiano é ferramenta indispensável para vencer as tentações. Endosse aos alunos que a perseverança nessas virtudes resultará em uma vida espiritual próspera neste mundo e, por conseguinte, a entrada na vida eterna (2 Pe 1.10-12).

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p. 40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Tentação", localizado depois do primeiro tópico, aponta o conceito de tentação no contexto bíblico; 2) O texto "A Tentação de Jesus", ao final do segundo tópico, amplia a reflexão a respeito da tentação que nosso Senhor suportou no deserto, bem como a estratégia do Mestre para vencer as investidas de Satanás.

 

INTRODUÇÃO

A tentação é algo que o crente enfrentará ao longo de sua jornada. Não por acaso, o Senhor Jesus nos ensinou a orar de modo que Deus não deixasse que caíssemos em tentação (Mt 6.13 - NVT). Por isso, nesta lição, estudaremos o conceito bíblico de tentação, a maneira como nosso Senhor a enfrentou no deserto e como devemos resisti-la. Veremos que é imperioso seguir a recomendação de Jesus Cristo a respeito de vigiar e orar para não cedermos à tentação ao longo da caminhada (Mt 26.41).


PALAVRA-CHAVE: TENTAÇÃO


I – A TENTAÇÃO E SUA ESFERA HUMANA

1. Conceito bíblico de tentação.

Na Bíblia, três palavras aparecem para conceituar “tentação”. A primeira é a palavra hebraica massáh, que significa “teste”, “provação” (Dt 4.34; 9.22; Sl 95.8). A segunda e a terceira são palavras gregas respectivamente: peirasmós, “teste”, “prova”, aparecendo 25 vezes no Novo Testamento (At 20.19; 1 Co 10.13; Tg 1.2,12); e o verbo peirázō, testar, submeter à prova (Jo 6.6; Gl 6.1; Ap 2.2,10), ocorrendo aproximadamente 36 vezes no Novo Testamento. Assim, podemos dizer que tentação é um experimento, teste ou prova diante de uma atração para fazer o mal a fim de obter prazer ou lucro.

 

2. Duas vias da tentação.

De acordo com a Palavra de Deus, a tentação pode vir primeiramente do Diabo (Gn 3) e, também, de dentro do ser humano (Tg 1.14,15). Ela tem origem no Diabo quando o seu objetivo, semelhantemente ao que aconteceu com Jesus, é de desviar-nos da rota de nossa missão e propósito de vida estabelecido por Deus. Já a que nasce de dentro do ser humano tem a ver com os vícios da alma quando, no lugar de darmos primazia ao fruto do Espírito, entregamo-nos à atração, ao engodo e ao deleite da concupiscência da carne. Ambas as vias da tentação se processam na esfera humana.

 

3. Tentação: um fenômeno humano.

Na Epístola de Tiago está escrito: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg 1.13). É verdade que há a provação que vem da parte de Deus para aperfeiçoar o caráter do crente (Tg 1.2,4; Mt 5.48; 1 Pe 1.7). Contudo, um teste que incita ao mal não vem de Deus, ou seja, as ações que evidenciam uma vida dominada pelas paixões carnais são de inteira responsabilidade humana (Mt 5.28; Rm 8.6). Ainda que o Inimigo possa nos persuadir a cair em tentação, esta se dá no campo da esfera humana e terrena (1 Co 10.13).

 

SINÓPSE I

A tentação é um fenômeno que ocorre na esfera da natureza humana.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

Tentação

“Os termos gregos e hebraicos traduzidos como ‘tentar’ e ‘tentação’ também aparecem no mau sentido de ‘induzir ao pecado’. O Diabo é acusado de ser o instigador de tais provas (Mt 4.3; 1 Ts 3.5, 6). Até mesmo na vida dos cristãos ele exerce grande pressão para o pecado (1 Co 7.5; 1 Ts 3.5; Ap 2.10). Sucumbir a tais tentações pode demonstrar que a profissão do cristão não é sincera (Lc 8.13).

 

A tentação para pecar frequentemente se origina de pensamentos malignos e da concupiscência (Tg 1.14); provocações às quais um forte desejo por riquezas bem pode se juntar (1 Tm 6.9). Contudo, a tentação para pecar nunca vem de Deus (Tg 1.13). O cristão deve orar por libertação de todas essas tentações (Mt 6.13; lc 11.4).

 

A tentação, no mau sentido, também pode tomar a forma de testar o outro na esperança de expor seus pontos fracos, e usá-los contra a própria pessoa. Os inimigos de Cristo frequentemente tentaram empregar essa tática contra Ele (cf. Mt 16.1; 19.3; 22.35; Lc 20.23)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1908).

 

II – O SENHOR JESUS E A TENTAÇÃO

 

1. A provação do Senhor Jesus.

De acordo com o Evangelho de Mateus, após o batismo de Jesus, o Espírito Santo o conduziu ao deserto (cf. Mc 1.12,13; Lc 4.1,2). Foram 40 dias sendo tentado por Satanás, uma intensa batalha espiritual contra o Adversário, o “príncipe deste mundo” (Jo 16.11; cf. Ef 2.2).  O objetivo de Satanás era fazer com que Jesus desviasse de seu propósito, satisfazendo desejos e necessidades, contrariando a vontade de Deus (cf. Jo 4.34). Por isso, houve um ataque intenso do Maligno contra nosso Senhor, que resistiu sabiamente por meio da oração, do jejum e da Palavra. Embora fisicamente frágil, o Senhor Jesus estava espiritualmente forte.

 

2. As áreas que Jesus foi tentado.

Podemos dizer que Jesus Cristo foi tentado em três áreas: a área física, a natureza divina e a área espiritual. Na área física, o Diabo o tentou pedindo que transformasse pedras em pães, após sentir fome devido ao processo de jejum, pois isso revelaria que Ele era o Filho de Deus (Mt 4.3).

 

Na área da natureza divina, o Diabo tenta Jesus pedindo que Ele se atirasse do pináculo do Templo, pois os anjos o guardariam (Mt 4.5,6). Na área espiritual, o Diabo tenta nosso Senhor, desafiando-o a evitar o caminho da cruz para estabelecer um reino pela sua força, o que seria prontamente aceito pelos judeus; mas era necessário apenas uma coisa: Jesus deveria adorar o Diabo (Mt 4.9). Assim, podemos dizer que o nosso Senhor foi tentado na área física, com as necessidades humanas; em sua natureza divina, com a ideia de ostentar seus divinos atributos ao público; e na área espiritual, no sentido de idolatrar outro ser.

 

3. Como Jesus venceu a tentação?

Nosso Senhor venceu o Diabo com a Palavra de Deus. Em todas as áreas da tentação, Ele respondeu: “Está escrito”. Na primeira tentação, Ele disse: “Está escrito: nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4). Na segunda tentação, Ele disse: Está escrito: “Não tentarás ao Senhor teu Deus” (Mt 4.7). Na terceira tentação, Ele disse: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” (Mt 4.10).

 

Nessa batalha espiritual contra o Diabo, nosso Senhor sempre apelou para a exposição da Palavra de Deus. Isso significa que Ele via a Escrituras como autoridade suprema de fé e de prática. Assim, ao lado da oração e do jejum, conforme já estudamos, devemos vencer o Inimigo e seus ardis tentadores com a Palavra de Deus (Ef 6.11,17). Imitemos o nosso divino Mestre!

 

SINÓPSE II

Nosso Senhor venceu o Diabo com a Palavra de Deus.

 

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

A Tentação de Jesus

“Jesus, além de citar a Escritura, dirigiu-se ao Diabo diretamente.

Em geral, Ele evitava diálogo com poderes demoníacos e os proibia de falar, mas aqui Ele ordenou que o Diabo saísse. A prática de Jesus está em contraste total com a prática popular de arengas longas com o Diabo no contexto da oração. O fato de Jesus sofrer estas tentações é parte de sua identificação última com a humanidade. Ele se tornou ser humano. Ele ficou adulto e entrou nas águas purificadoras de nosso batismo, embora não tivesse pecado. [...] Ele sofreu tentações; suportar e não se entregar causam angústia e dor. Ele não precisava ter uma ‘natureza pecadora’ para ser tentado e suportar a dor da declaração: ‘Não’” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento - Mateus-Atos. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 31, 32).

 

III – RESISTINDO À TENTAÇÃO

1. Todos somos tentados.

Por mais que observemos as disciplinas da oração, do jejum e da leitura da Palavra, o Inimigo não deixará de nos tentar. Por esse motivo, temos de estar conscientes a respeito, visto que vivemos em uma cultura pós-moderna que, por meio de seus artistas, escritores, filósofos e, até mesmos “teólogos”, intentam naturalizar o relativismo, procurando nos moldar conforme seus costumes mundanos. Diante disso, somos encorajados pelas Escrituras a assumir a postura de Cristo e a não se conformar com este mundo (Rm 12.2).

 

2. Rejeite a tentação!

Há uma célebre frase do reformador Martinho Lutero: “Você não pode impedir que os pássaros voem sobre sua cabeça, mas pode impedir que eles se instalem com seus ninhos!”. Embora não seja um versículo da Bíblia, a frase revela uma verdade que encontramos na Palavra de Deus. Podemos percebê-la na fuga de José diante da mulher de Potifar (Gn 39.12); na atitude de Jó em fugir do mal (Jó 1.1). Assim, não podemos impedir que a tentação apareça, mas, com a força do Espírito Santo, podemos evitar que ela nos domine. Por isso, precisamos seguir o que o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo: “Fuja de tudo que estimule as paixões da juventude” (2 Tm 2.22 – NVT). Portanto, ao longo da nossa jornada, a melhor estratégia é fugir da tentação.

 

3. Arrependa-se!

No meio da nossa caminhada, é possível que o crente ceda a tentação e, por isso, rompa a comunhão com Deus. Contudo, é possível restabelecer o relacionamento com Ele por meio da confissão de pecados, arrependimento e quebrantamento espiritual. Há um caminho de cura e restauração para quem age dessa maneira (Pv 28.13).  Por essa razão, em caso de ceder à tentação, não tentemos nos justificar, culpar os outros ou ignorar os atos pecaminosos. O caminho divino é o da confissão e arrependimento para desfrutar o perdão.

 

SINÓPSE III

Somos encorajados a assumir a postura de Cristo e a não se conformar com este mundo.

 

CONCLUSÃO

Semelhante ao Senhor, que foi tentado em tudo, mas não pecou (Hb 2.18; 4.15); podemos seguir o caminho de não sermos seduzidos pela tentação. Assim, podemos desfrutar mais de uma vida em santidade e comunhão com Deus. Por isso, ao oferecermos resistência à tentação ao longo da jornada, lograremos êxito e receberemos a coroa da vida (Tg 1.12).

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acordo com a lição, como podemos conceituar tentação?

Tentação é um experimento, teste ou prova diante de uma atração para fazer o mal a fim de obter prazer ou lucro.


2. Quais são as duas vias da tentação?

De acordo com a Palavra de Deus, a tentação pode vir primeiramente do Diabo (Gn 3) e, também, de dentro do ser humano (Tg 1.14,15).


3. Em quais áreas o Senhor Jesus foi tentado?

Podemos dizer que Jesus Cristo foi tentado em três áreas: a área física, a natureza divina e a área espiritual.


4. Para o que o Senhor Jesus sempre apelou contra o Diabo?

Nessa batalha espiritual contra o Diabo, nosso Senhor sempre apelou para a exposição da Palavra de Deus.


5. Qual é a melhor estratégia diante da tentação?

A melhor estratégia é fugir da tentação.


VOCABULÁRIO

Engodo:  qualquer tipo de cilada, manobra ou ardil que vise enganar, ludibriar outrem, induzindo-o a erro.

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