Lições Bíblicas BETEL: 4° Trimestre de 2023 | REVISTA:
TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO: Instituindo o discipulado baseado na verdade,
no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.
TEXTO ÁUREO
“Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade.” 2 Timóteo 2.15
VERDADE APLICADA
O bom discipulador procura servir ao rebanho com fidelidade ao Sumo
Pastor, dedicação, sendo exemplo e sem ganância.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1.
Ensinar
que não se faz nada sozinho
2.
Mostrar
os deveres do discipulador
3.
Motivar
o discipulador a ser exemplo
TEXTOS DE REFERÊNCIA
1Pedro
5
1
Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também Presbítero
com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da Glória que se
há de revelar
2
Apascentar o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por
força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
3
Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao
rebanho
4
E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Pv 3.7 Devemos
buscar sabedoria em Deus
TERÇA – Jo 5.44 Devemos
buscar a honra de Deus
QUARTA – Rm 8.29 Crescer
à semelhança de Cristo
QUINTA – 1Co 15.58
Devemos ser firmes e constantes
SEXTA – Gl 6.9 Não nos
cansemos de fazer o bem
SÁBADO – Cl 3.17 Fazer
tudo em nome do Senhor Jesus
HINOS SUGERIDOS: 175, 186, 212
MOTIVOS DE ORAÇÃO: Ore
para que o discipulador Não tenha medo de formar líderes melhores do que ele.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1–
Trabalhar em equipe
2–
Apascentar o rebanho
3–
Servir de exemplo
Conclusão
INTRODUÇÃO
A
fraqueza de Diótrefes se revelava em um dos pontos cruciais no desempenho do
seu chamado: desprezar o trabalho em equipe. Isso significa dizer que não
existe o ministério completo, que produz a frutos, se não possuir uma equipe
unida em propósito e visão, disposta a alcançar o mesmo objetivo.
1. TRABALHAR EM EQUIPE
Ao
iniciar seu ministério, Jesus recrutou homens para sua equipe ministerial [Mt
4.18-21]. Ele reuniu pessoas simples, como alguns pescadores, mas também de outros
níveis sociais, como um cobrador de impostos, para serem seus discípulos. O
termo discípulos do grego mathetes significa “seguidor” ou “aprendiz”. O
objetivo de Jesus era formar homens capazes de trabalhar com ele em prol do
Reino de Deus [Mt 1.15]. Jesus sempre exerceu sua missão com confiança firmeza
e amor, nada e ninguém poderia o deter.
1.1
Discipuladores saudáveis.
Pedro,
que exerceu uma liderança saudável, se colocou com a mesma importância
ministerial dos demais, ao dizer que era um Presbítero, como eles. O termo
Presbítero em grego é presbutéros, e significa “ancião, de idade”,
referindo-se à maturidade espiritual daquele que ocupa essa função. Diótrefes
era imaturo e seguro, ao contrário de Gaio, chamado por João de Amado [3Jo 1],
pois acolhia os irmãos com amor.
Diótrefes foi um péssimo exemplo, um fraco, que se sentia ameaçado
por outros. Em vez de ser uma influência saudável, que estimulasse o
crescimento de sua equipe em prol do Reino de Deus, agia de forma autoritária,
acreditando que, assim, faria com que fosse obedecido.
A síndrome de Diótrefes desperta pessoas tóxicas e suscita
desconfiança, medo e intimidação. Pessoas com a síndrome de Diótrefes sugam a
energia do grupo e destroem a criatividade da equipe. É muito importante que as
lideranças sejam promotores de incentivo aos que foram designados para os
ajudarem em diferentes setores da igreja local. O bom discipulador deve
procurar mostrar aos outros como eles são importantes. Jesus, mesmo sendo Deus,
ouvia Seus liderados e os ensinava a se tornarem bons discípulos e líderes.
1.2.
Discipuladores produtivos.
O
verdadeiro discípulo de Cristo, precisa estar seguro em si e principalmente em
Deus, disposto a fazer discípulos melhores, sem que isso possa criar
sentimentos egoístas. Jesus não era o exemplo de Diótrefes, pois ao contrário
dele, disse: “… digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu
faço, e as fará maiores do que estas” [Jo 14.12]. Jesus não se sentia ameaçado
por Seus discípulos, mas os estimulava a fazer obras maravilhosas como Ele, ao
dizer: “curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai
os demônios” [Mt 10.8]. Pedro fez as mesmas obras que seu Mestre: ele pregou
para multidões [At 2.14-36], levando centenas à salvação; curou enfermos, como
o paralítico Enéias [At 9.34]; e ressuscitou Dorcas, mandando a morta se
levantar (At 9.40]. João era o líder de Diótrefes, Gaio e Demétrio, mas apenas
os dois últimos foram reconhecidos e elogiados por suas realizações. Gaio era
fiel em tudo o que fazia para os irmãos; e Demétrio era um cooperador de
excelência reconhecido pela igreja [3 Jo 5.12].
Ser produtivo não é exclusivamente uma missão eclesiástica, mas,
sim, uma tarefa de um verdadeiro cristão [Jo 15.16]. Como discípulo de Cristo
precisamos produzir. Um discípulo que não produz está sentenciado a ser cortado
[Jo 15.2]. Como verdadeiros discípulos de Cristo precisamos produzir frutos que
permaneçam. Não adianta somente produzirmos sombra. O bom discípulo precisa
produzir frutos [Jo 15.5].
1.3.
Discipuladores confiáveis.
Quem
não é confiável um dia será exposto e todos conhecerão sua má índole [Lc 8.17].
Foi o que aconteceu com Diótrefes, que se recusava a se submeter à liderança do
após- tolo e suas atitudes estavam causando uma influência prejudicial ao
desenvolvimento da igreja. Gaio e Demétrio tinham boa reputação e foram
reconhecidos pela lealdade e pela verdade [3 Jo 5. 12].
Quando
se trata de confiabilidade, a Bíblia mostra que essa característica é
indispensável. O termo confiança deriva de firmeza e fé (fide). Gaio e Demétrio
são apresentados e reconhecidos como cristãos confiáveis e fiéis [3 Jo 3.6,
12), enquanto Diótrefes era o oposto. Só alguém com atributos confiáveis, anda
na verdade do Evangelho de Cristo [3 Jo 12], cumpre a missão que está em suas
mãos com êxito. Muitos se empolgam e começam uma tarefa, mas logo a abandonam
no meio do caminho; esses não são confiáveis. Melhor é o fim das coisas que o
começo delas [Ec 7.8].
EU ENSINEI QUE:
No
Reino de Deus, a obra é feita por mais de um, por uma equipe bem ajustada.
Jesus demonstrou isso em seu próprio ministério. Todos precisam ter uma vida
com referências saudáveis, produtivas e leais.
2. APASCENTAR O REBANHO
Pedro
foi chamado por Jesus para uma tarefa muito especial: apascentar Suas ovelhas
[Jo 21.16]. Apascentar no grego é “poimaino”, uma expressão usada para
indicar cuidado, provisão, conduzir, guardar. O dever de um bom discípulo de
Cristo, que exerce autoridade sobre os outros, é promover o bem estar físico e
espiritual, de todos aqueles que estão submissos a esta autoridade. Diótrefes
não agia assim. Ele agia como um mau discípulo que cuidava de si mesmo, o que
Deus condena [Ez 34.2], em vez de cuidar das ovelhas, voluntariamente e com
ânimo [1Pe 5.2], como Pedro ensina.
2.1.
Ser cuidadoso.
Pedro
tinha a ordem de Jesus em seu coração e doutrinou os demais discípulos que
exerciam o cuidado e direcionamento às ovelhas de Cristo. É dever daqueles que
estão nesta função, exercer o seu chamado com o compromisso de: alimentar, proteger,
guardar, defender e ensinar as ovelhas que estão sob sua responsabilidade,
tendo Jesus, “o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas”, como exemplo [Jo
10.11]. Ter amor e zelo é essencial e importante para Deus [Hb 13.17].
Um
bom e verdadeiro discípulo de Cristo embora exerça atividades administrativas,
necessita cuidar principalmente das necessidades do rebanho de Cristo.
Precisamos entender que para Deus cuidar das ovelhas é importante. Aquele que
não cuida, está abrindo mão de um ministério essencial. Assim, seguindo o
exemplo do Senhor Jesus Cristo, o apóstolo João procurava pulsar e injetar
graça na vida das pessoas para quem ele ministrava. Gaio e Demétrio aprenderam
bem: cuidavam das pessoas e as abrigavam para que continuassem a servir o Reino
de Deus.
2.2.
Ser voluntário.
Ainda
que tenha recebido o chamado de Deus para o ministério, o discípulo de Cristo
precisa agir com voluntariedade, por isso Pedro os exorta a não apascentar as
ovelhas por força [1Pe 5.2]. Paulo mostra que Jesus se entregou voluntariamente
pelos nossos pecados [G1 1.4]. A vontade é uma atitude muito importante para
Deus, porque mostra a capacidade de escolha ou não de algo. Jesus escolheu ser
nosso Bom Pastor [Jo 10.11]. O desejo de Gaio e Demétrio era serem cooperadores
que andam na verdade, para que os propósitos espirituais fossem alcançados.
Deus respeita a vontade humana, mas deseja que vivamos segundo a Sua vontade
“boa, agradável e perfeita” [Rm 12.2].
O
cristianismo não é uma religião que faz apologia à ignorância, tampouco ao
intelectualismo vazio. Deus quer desenvolver em nós uma consciência cristã, um
coração cristão e uma vontade cristã. Diótrefes tinha uma vontade voltada para
si, procurando ter a primazia entre os demais. Nada mais anticristão! O
cristianismo é doação, é serviço, é entrega. Jesus fez tudo isso com absoluta
perfeição, chegando até o fim de Sua missão.
2.3.
Ter ânimo.
O
caráter de Diótrefes o impedia de ser um verdadeiro discípulo pronto a atender
os anseios do rebanho. O ânimo é frequentemente evocado por Deus a homens, para
deixá-los prontos a cumprir suas tarefas [Is 1.9]. Jesus também exortou seus
discípulos para que tivessem ânimo [Jo 16.33]. Estar animado é estar confiante
de que as coisas acontecerão, ainda que não sejam fáceis [Fp 1.14]. Jesus
estava prestes a ser crucificado e sabia que a dúvida e o medo chegariam ao
coração dos discípulos, que precisavam estar animados para continuar a obra.
Gaio tinha ânimo em servir, e transmitia isso àqueles que precisavam,
acolhendo-os.
O pastor e escritor Elias Dantas faz a seguinte pergunta: “Até
quando não nos convenceremos de que a montanha da liderança não se conquista
sozinho?”. Sem ânimo não se conquista nada, principalmente no Reino de Deus O
testemunho de um verdadeiro discípulo de Cristo é evidenciado pelo seu
comportamento, o ânimo é mais que uma expressão, é a revelação de um estado de
espírito, vontade, força e coragem. Quem tem ânimo vence o marasmo. A Bíblia
tem inúmeros exemplos de homens que tiveram ânimo em momentos de adversidade e alcançaram
a promessa. Jesus é o maior exemplo [Jo 16.33].
EU ENSINEI QUE:
Pedro
mostra alguns padrões para que um discípulo exerça seu ministério conforme a
vontade de Deus
3. SERVIR DE EXEMPLO
Um
discípulo dominado pelo sentimento de insegurança não é um bom exemplo.
Diótrefes escondia sua fraqueza agindo com forte domínio sobre os irmãos
daquela igreja local, o que Pedro claramente condena em sua carta. Para ser
exemplo, um bom discípulo tem de cumprir os critérios elencados pelo apóstolo,
entre os quais o cuidado, a vontade e o ânimo.
3.1.
Ser livre da ganância.
O
termo ganância no original grego significa “avidez pelo lucro ilegítimo”. O
caráter de Diótrefes estava contaminado por sua fraqueza, sede de poder,
egoísmo, maldade, rebeldia, desrespeito às autoridades eclesiásticas e
ganância. Ele queria tirar proveito da obra de Deus, colocando-se como
prioridade em tudo, agindo contrariamente ao que Jesus ensinou que quem quiser
ser o primeiro, deverá antes ser o último [Mc 9.35]. Pedro exorta àqueles que são
chamados para servir na igreja a se protegerem contra todos os tipos de
ganância e egoísmo. Essa foi a marca ministerial de Judas, que o levou a perder
seu ministério e sua própria vida [Mt 27.5].
Pedro alerta os “presbíteros” para seu principal chamado:
“Pastoreai o rebanho”: Uma das virtudes de um verdadeiro discípulo é não ser
ganancioso. Deus sempre cuidou de seu povo, garantindo a subsistência. Na
oração do Pai Nosso, Cristo nos ensina a não sermos gananciosos: “O pão nosso
de cada dia nos dá hoje” [Mt 6.11].
3.2.
Prestar contas.
Diótrefes
não prestava contas de seu ministério a seu líder, o apóstolo João. Aliás, nem
o recebia [3]o 9]. Ele tinha um espírito independente, esquecendo-se de que o reino
de Deus funciona sob o princípio da hierarquia [Tt 3.1]. Quem viola a
hierarquia viola a disciplina, igualmente exigida por Deus [Pv 1.7]. Diótrefes
deveria reconhecer e honrar aquele que estava presidindo sobre ele [1Ts 5.12].
Deus designou líderes para a igreja e líderes sobre líderes [At 14.23], que
devem ser respeitados.
Diótrefes
em nada se assemelhava a Jesus. Era intolerante e exigia atenção imediata
apenas para as questões de seus próprios interesses, sem se importar com os
problemas que ele poderia ocasionar aos outros. Quem não o obedecia saía. Ele
não reconhecia nenhuma autoridade, mesmo devendo fazê-lo porque a Palavra de
Deus ensina isso. O bom discípulo de Cristo cumpre finalmente seu chamado, não
somente por palavras, mas, principalmente, por atitudes. A Bíblia nos ensina
que Cristo cumpriu o Seu propósito e prestou contas ao Pai: “Dos que me deste,
nenhum deles perdi” [Jo 18.9]. O discípulo sempre deverá estar conectado ao
Mestre. A submissão é uma marca do verdadeiro discípulo de Cristo.
3.3.
Receber a coroa de glória.
Há
recompensa para os verdadeiros discípulos que honram seus chamados. Pedro
encerra sua palavra dizendo: “E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a
incorruptível coroa de glória” [1Pe 5.4].
O
cuidado, a fidelidade, o espírito voluntário no exercício do ministério
cristão, o sincero interesse em ser uma influência saudável e edificante aos
que estão diante de nós não passam desapercebido pelo Sumo Pastor. E, então,
quando Cristo se manifestar, haverá recompensa pelos esforços em benefício do
rebanho de Deus. Este cuidado com vidas que pertencem ao Senhor, nos remete a
Mateus 24.45-51 a parábola que trata do servo que é constituído pelo Senhor
para cuidar dos conservos. É preciso sermos servos fiéis e prudentes. Breve o
Senhor virá.
R. N. Champlin (O Novo Testamento interpretado versículo por
versículo, Volume 6, Hagnos, 2014, p. 214) comenta sobre 1 Pedro 5.4: “Mediante
a possessão dessa coroa, chegaremos a compartilhar da “glória de Cristo”, nos
céus eternos. Isso fala da participação na própria glorificação de Cristo, o
que é comentado em Romanos 8.29-30. A glorificação indica que chegaremos a ter
o mesmo tipo de vida que Cristo possui (ver Jo 5.25-26 e 6.57), o que, por sua
vez, é o próprio tipo de vida de Deus. (…) Ao invés da sórdida ganância e a
honra vazia do predomínio, o apóstolo mostra aos anciãos, uma vez mais, a nobre
vantagem e a verdadeira coroa de honra.”
EU ENSINEI QUE:
Um
discípulo fraco jamais servirá de modelo como ministro. Mas aquele que tiver um
ministério exemplar, agindo com cuidado, consciente de que deve satisfação
àqueles que presidem sobre ele, e que vale a pena ser um discípulo aprovado por
Deus, esse será recompensado.
CONCLUSÃO
Precisamos
ser servos fiéis e prudentes no exercício do ministério, tendo cuidado para não
agirmos com ganância e como dominadores dos demais irmãos, pois o Senhor da
Igreja não está indiferente em relação às ações e motivações para com o Seu
rebanho. Breve Jesus voltará.
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