Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 8 A Disciplina na Igreja
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
Lições
Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: O CORPO
DE CRISTO- Origem, Natureza e Missão da Igreja no
Mundo
Comentarista: Pr. José Gonçalves
Data
da aula: 25 de Fevereiro de 2024
A
TEXTO ÁUREO
E
já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não
desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores
repreendido. (Hb 12.5)
VERDADE
PRÁTICA
A
disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente
refletir o caráter de Cristo.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
- Lv 11.44
O
Senhor nosso Deus é santo
Terça
- 1 Pe 1.14,15
O
povo de Deus deve ser santo
Quarta
- Rm 2.22-24
Deus
deve ser honrado na vida
Quinta
- 1 Co 5.6
O
poder contagioso do pecado
Sexta
- Gl 6.2
Levando
as cargas uns dos outros
Sábado
- Hb 12.7
Deus
corrige a quem ama
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 12.5-13
5
– E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho
meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores
repreendido;
6
- porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.
7
- Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a
quem opai não corrija?
8
- Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois,
então, bastardos e não filhos.
9
- Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós
os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para
vivermos?
10- Porque aqueles, na verdade, por um pouco
de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito,
para sermos participantes da sua santidade.
11- E, na verdade, toda correção, ao presente,
não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto
pacífico de justiça nos exercitados por ela.
12- Portanto, tornai a levantar as mãos
cansadas e os joelhos desconjuntados,
13
- e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não
desvie inteiramente; antes, seja sarado.
Veja também esta opção de Lições da Escola Dominical
Hinos
Sugeridos: 4, 33,153 da Harpa Cristã
1. INTRODUÇÃO
Caro professor, prezada professora, esta lição tem como finalidade
apresentar a prática da disciplina na igreja. Haja vista o nosso Deus ser
santo, convém que os seus servos o sirvam em santidade. Por essa razão, a
disciplina é uma prática indispensável para a igreja, pois tem o propósito de
corrigir maus comportamentos, afugentar o pecado e preservar o bom testemunho
cristão.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Mostrar a necessidade de disciplina na igreja;
II) Destacar que a disciplina tem como propósito
preservar a honra cristã e repelir a prática do pecado;
III) Apresentar as diferentes formas de disciplina
elencadas na Bíblia.
B)Motivação: A disciplina
sempre existiu entre 0 povo de Deus. Desde os tempos em que os hebreus saíram
da escravidão no Egito até os dias atuais, a disciplina tem sido 0 método
instituído pelo Senhor como forma de preservar a santidade e a comunhão com 0
seu povo. Esse processo pode ser compreendido pela forma como Deus usou a Lei,
os profetas e, por fim, seu próprio Filho anunciando a mensagem do Reino.
C)Sugestão de Método:
Nesta lição, a compreensão do processo de disciplina é fundamental para que os
crentes possam manter-se compromissados com o Evangelho. Analise com seus
alunos os métodos de disciplina instruídos na Bíblia, especificamente, nas
Cartas Pastorais. Em seguida, relacione se tais métodos têm sido adotados com
frequência atualmente e converse com seus alunos sobre o que pode ser feito
para estimular a prática da disciplina na igreja.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A prática da disciplina, embora pareça indigesta para
alguns crentes, não deve ser entendida como uma punição que tem a pretensão de
humilhar o pecador. Antes, a disciplina é a prova mais clara de que o Senhor
repreende e corrige a todos que Ele ama. Nesse sentido, o crente deve aceitar a
disciplina como indispensável para melhorar o seu comportamento e testemunho
cristãos.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A)Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas
e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p. 40, você
encontrará um subsídio especial para esta lição.
B)Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula:
1) O texto “Correção”, localizado depois do primeiro tópico, traz a
definição do conceito de correção e o seu propósito na vida cristã;
2) O texto “Deus disciplina seus filhos”, ao final do terceiro
tópico, amplia a reflexão sobre o bom efeito da disciplina. A forma como os
pais corrigem seus filhos exemplifica e justifica por que Deus também aplica a
correção para com os seus filhos por adoção.
Palavra
Chave: Disciplina
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, estudaremos sobre a prática da disciplina na igreja. Embora seja muito
necessária, a disciplina como prática da Igreja Cristã vem sendo esquecida e negligenciada
por muitos. Ora, uma igreja que não corrige seus membros perdeu a sua
identidade, não passando de um mero grupo social. O resultado disso são igrejas
fracas, anêmicas e sem testemunho cristão. Por isso, o nosso assunto da
disciplina cristã como um processo formativo do caráter cristão nas modalidades
corretiva e formativa.
I - A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA
1.
Deus é santo.
Santidade
é um dos atributos de Deus e, por isso, é uma das causas que justificam a
necessidade da disciplina na igreja: “Eu sou santo” (Lv 11.45). Deus é santo e
como tal deve ser reconhecido. Jesus mostrou na oração do Pai Nosso a
necessidade de reconhecermos a santidade de Deus: “santificado seja o teu nome”
(Mt 6.9). Quando Deus se faz presente, a nossa pecaminosidade se evidencia: “E,
vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus,dizendo: Senhor,
ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador” (Lc 5.8). Assim, quando o
comportamento pecaminoso na vida do crente não é corrigido, a santidade de Deus
deixa de ser reconhecida.
2.
A Igreja é santa.
Deus
é santo e a igreja também deve ser: “Sede santos porque eu sou santo” (1 Pe
1.16). Ao formar seu povo, tanto na Antiga como na Nova Aliança, o desejo do
Senhor é que ele fosse um povo separado. Na verdade, a palavra grega hagios,
traduzida como “santo”, possui o sentido de “separado” ou “consagrado”.
3.
Quando a igreja não disciplina.
Se
a igreja, como Corpo de Cristo deve ser santa (1 Co 3.16), da mesma forma o
cristão, como membro desse Corpo, o deve ser também (1 Co 6.19). A santidade
faz parte da identidade do cristão (Ef 1.1). Logo, a falta de disciplina acaba
embotando essa identidade. Surge, então, a imagem do crente “mundano” ou
“carnal”. Na verdade, esses adjetivos revelam de fato um crente indisciplinado.
Alguém que não tratou, ou não foi tratado, aquilo que acabou se tornando um
hábito pecaminoso. Nesse sentido, a falta de disciplina acaba destruindo o limite
entre o sagrado e o profano. Portanto, uma igreja que não disciplina seus
membros torna-se mundana (Ap 3.19).
SINOPSE I
Santidade
é um dos atributos de Deus e, por isso, é uma das causas que justificam a necessidade
da disciplina na igreja.
II - O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA
1.
Manter a honra de Cristo.
Quando
o pecado não é tratado na vida do crente, Cristo é desonrado: “O nome de Deus é
blasfemado entre os gentios por causa de vós” (Rm 2.24). Se não corrigido, o
comportamento pecaminoso compromete o testemunho cristão. No caso da igreja de
Corinto, onde um dos seus membros adotou um comportamento flagrantemente
pecaminoso sem, contudo, ter uma resposta enérgica da igreja, condenando essa
prática, levou o apóstolo Paulo a censurá-la (1 Co 5.2). Não é possível alguém
adotar um comportamento pecaminoso sem que com isso incorra em julgamento
divino (1 Co 11.27-34; Ap 2.14,15).
2.
Frear o comportamento pecaminoso.
Outro
propósito da disciplina cristã está no fato de que ela põe um freio no comportamento
pecaminoso. Isso porque o pecado é algo extraordinariamente contagioso que tem
poder de se alastrar com grande facilidade. “Não sabeis que um pouco de
fermento faz levedar toda a massa?” (1 Co 5.6).
3.
Não tolerar a prática do pecado.
Em
1 Coríntios 5, o apóstolo Paulo censura os coríntios porque não estavam
adotando medida alguma contra a prática do pecado por parte de um de seus
membros (1 Co 5.1,2). A consequência disso é que esse pecado acabaria enfraquecendo
a igreja, pois uma igreja que não pratica a disciplina bíblica fatalmente
fracassará. Nesse sentido, não se pode tolerar a prática do pecado, ou o
comportamento pecaminoso, na igreja nem fora dela: “Mas tenho contra ti o
tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus
servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria” (Ap 2.20).
SINOPSE II
O
propósito da disciplina cristã está no fato de que ela mantém a honra de Cristo
na conduta do crente e põe um freio no comportamento pecaminoso.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
CORREÇÃO
Esta palavra é usada para regenerar, emendar, restaurar, disciplinar.
A correção é uma função e uma responsabilidade do pai para com os seus filhos
(Pv 23.13; 29.17; Jr 2.30; Hb 12.9) e de Deus para com o seu povo (Jó 5.17; Pv
3-12; Hb 12.7, 9).
Tanto os termos em hebraico como em grego sugerem um significado
duplo; instruir, guiar, argumentar; e, também, punir, castigar, reprovar. A correção
é visível em todo o processo de criação dos filhos, como sugere o termo grego
mais comum paideuo, ‘educar um filho’, envolvendo tanto a orientação positiva,
como a disciplina negativa, no caso de má conduta. A expressão que mostra que a
Palavra de Deus é útil para a correção (2 Tm 3.16), ressalta o seu valor na
melhoria de vida e do caráter do crente. O termo grego aqui significa
‘restauração a um estado de retidão’” (PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário
Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.466).
III - AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA
1.
A disciplina como modo de correção.
As
Escrituras mostram a necessidade de sermos corrigidos. A correção contribui
para o crescimento e formação do caráter cristão: “Porque que filho há a quem o
pai não corrija?” (Hb 12.7). Todos os crentes, de alguma forma, tiveram a
necessidade de ser corrigidos em algum momento. Se alguém não é corrigido
quando erra, então, segundo a Bíblia, trata-se de um bastardo e não de filho
(Hb 12.8). Pedro, por exemplo, teve que ser corrigido por Paulo quando adotou
uma atitude visivelmente errada em relação aos gentios (Gl 2.11-14).
Quando
o crente comete alguma falta e não é corrigido, a tendência é que isso acabe se
tornando um comportamento. O comportamento errado é reforçado. Dessa forma, o
alvo da disciplina é levar aquele que pecou, ou vive na prática do pecado, à
restauração e reconciliação (Gl 6.1).
2.
A disciplina como forma de restauração.
A
palavra grega katartizo, traduzida aqui como “encaminhai o tal”
significa na verdade “restaurar”. É usada em Mateus 4.21 para se referir aos
“reparos” (remendos) das redes de pescas. O sentido, portanto, é fazer com que
a pessoa atingida pelo pecado seja restaurada ao seu anterior estado de
bem-estar com Deus, da mesma forma que uma rede de pesca volta à sua utilidade
após ser consertada. Nesse aspecto, dizemos que a disciplina cumpre o
importante papel de restaurar o ferido, conforme a instrução do apóstolo Paulo
à igreja de Corinto para que restaurasse o faltoso à comunhão (2 Co 2.5-8).
3.
A disciplina como modo de exclusão.
Esse
tipo de disciplina é também conhecido como “cirúrgica”. Isto porque o membro é
cortado do Corpo de Cristo: “Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo” (1 Co
5.13). Nesse caso, há um desligamento e não apenas um afastamento da comunhão:
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e
tudo o que desligardes na terra será desligado no céu” (Mt 18.18). Assim, o
indivíduo perde a condição de membro pelo desligamento, já que o Senhor disse
que ele passa a ser considerado “gentio” e “publicano” (Mt 18.17). Esse desligamento
corta o vínculo da comunhão entre o membro e a igreja. Não há, portanto, mais
vínculo entre o crente excluído por esse processo disciplinar e a igreja da
qual fazia parte.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
DEUS DISCIPLINA SEUS FILHOS (HB 12.4-15)
A correção de Deus é dirigida à produção de justiça e paz (Hb
12.10b, 11). O autor revela o fim para o qual se destina a disciplina ou a
correção de Deus. Não importa o quanto possam ser desagradáveis as experiências
difíceis das nossas vidas, ou dolorosos os nossos sofrimentos, nós podemos
obter consolo do fato de que ‘mais tarde’ tais experiências produzirão ‘um
fruto pacífico de justiça’.
O resultado, entretanto, não é automático. A palavra traduzida como
‘exercitados’ no versículo 11 é gegymnasmenois, que deriva do atletismo,
onde ela significa um exercício contínuo. O atleta diz: ‘sem esforço não há
resultados’, querendo dizer que somente rompendo o tecido muscular e
reconstruindo tecidos mais fortes é que ele pode atingir e seu objetivo. A
correção que Deus impõe nos dá oportunidades cada vez mais novas para nos
exercitarmos espiritualmente, e desta forma nos aproximarmos mais do objetivo
de Deus para nós, de vidas verdadeiramente justas e de paz interior” (RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 2007, pp.510,11).
SINOPSE III
A
disciplina faz com que a pessoa atingida pelo pecado seja restaurada ao seu
anterior estado de bem-estar com Deus.
CONCLUSÃO
Nesta
lição, vimos o valor da disciplina cristã sob diferentes aspectos. A disciplina
se mostra necessária quando sabemos que Deus é santo e exige que seu povo seja
santo. Por outro lado, a disciplina também cumpre os propósitos de Deus quando
ela conduz o cristão a se conformar com o caráter de Cristo. Uma igreja
indisciplinada, portanto, perdeu o bom cheiro de Cristo (2 Co 2.14).
REVISANDO
O CONTEÚDO
1.
Qual é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja?
Santidade
é um dos atributos de Deus e, por isso, é uma das causas que justificam a
necessidade da disciplina na igreja.
2.O que acontece quando o pecado não é tratado
na vida do crente?
Quando
o pecado não é tratado na vida do crente, Cristo é desonrado.
3. Por que o apóstolo Paulo censura os crentes
em 1 Coríntios 5?
Um
dos seus membros adotou um comportamento flagrantemente pecaminoso sem,
contudo, ter uma resposta enérgica da igreja. A condenação dessa prática, levou
o apóstolo Paulo a censurá-la (1 Co 5.2).
4.
Cite três formas de disciplina bíblica de acordo com a lição.
As
formas de disciplina são: a disciplina como modo de correção; a disciplina como
forma de restauração; e a disciplina como modo de exclusão.
5.
Com o que a correção contribui?
A
correção contribui para o crescimento e formação do caráter cristão.