TEXTO BÍBLICO
Daniel 3.7-12
7
Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, do pífaro,
da harpa, da sambuca, do saltério e de toda a espécie de música, prostram-se
todos os povos, nações e línguas e adoraram a estátua de ouro que o rei
Nabucodonosor tinha levantado.
8
Ora, no mesmo instante, se chegaram alguns homens caldeus e acusaram os judeus,
9
Disseram ao rei Nabucodonosor: Ó rei. vive eternamente.
10
Tu, ó rei, fizeste um decreto que todo o homem que ouvir o som da cometa, da flauta,
da harpa, da sacabuxa, do saltério, da sinfonia e de toda sorte de música se prostrasse
e adorasse a imagem de ouro.
11
Todo aquele que não se prostrar a adorar seja lançado no meio duma fornalha de
fogo ardente.
12
Há uns judeus, que constituíste sobre os negócios da província de Babilônia:
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; esses homens, ó rei, não fizeram caso de ti:
não servem aos teus deuses, nem adoram a imagem de ouro que levantaste.
INTRODUÇÃO
Na
lição deste domingo, vamos discorrer a respeito dos conflitos do cristão com os
ataques à verdadeira doutrina. Tomaremos o exemplo de vida dos jovens judeus
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Inseridos na cultura babilônica, permaneceram
firmes no propósito de honrar a Deus.
A
lição também trata sobre a firmeza doutrinária, os ataques das falsas doutrinas
e como viver a verdade da Palavra de Deus. O objetivo é fazer você perceber que
vale a pena ser fiel a Deus e à sua Palavra em meio a uma geração inimiga.
I - FIRMEZA DOUTRINÁRIA
1.
Jovens sob pressão.
Ao
lado de Daniel, os jovens Sadraque, Mesaque e Abede-Nego recebem merecido
destaque nas Escrituras, não somente pelos livramentos da cova dos Leões e da
fornalha de fogo ardente, respectivamente, mas principalmente pela firmeza de
fé na verdade de Deus que demonstraram, em uma Babilônia hostil, aversa aos
princípios divinos.
A
profundidade das raízes de sua fé tornou-se conhecida diante dos “ventos
contrários" a que esses jovens foram submetidos. Longe de casa, distante
dos referenciais familiares e religiosos, diante do triste quadro de deportação
para a Babilônia, esses jovens hebreus foram testados de todas as formas,
incluindo a crença, convicções e até mesmo o risco de perder a própria vida,
enfim, foram testados no que aprenderam a respeito de Deus e de seu povo.
2.
Três jovens e uma sábia decisão.
A
decisão dos jovens de não se prostrar diante da estátua do rei Nabucodonosor
(Dn 3.16-18), foi o ápice de uma vida pautada em boas e sábias decisões. Junto
de Daniel, eles haviam resolvido não se contaminar com as iguarias do rei,
contrariando assim o curso normal da vida em Babilônia, fazendo-os diferente
dos demais (Dn 1.8-20).
Essa
decisão oferece importantes Lições, das quais duas se destacam: é preciso saber
tomar decisões corretas, inclusive em situações simples, para que em outras
mais complexas isso ocorra naturalmente. Não há dúvida de que a decisão tomada
por esses jovens, que colocou em risco a manutenção de suas vidas, foi fruto da
firmeza doutrinária que tinham, principalmente, na adoração somente a Deus (Êx
20.3-5; Dn 3.17,18). Portanto, a firmeza doutrinária dá condições e permite que
o cristão tome sábias e corretas decisões.
3.
Firmeza doutrinária recompensada.
A
história dos jovens hebreus não é um relato só de pressão e testes à fé, mas
também de confirmação da justiça de Deus em recompensar aos que o honram,
especialmente em contextos que contrariam os seus princípios. Esses jovens
foram recompensados, pois tiveram a garantia da presença do próprio Senhor com
eles desde o momento em que foram lançados na fornalha (Dn 3.25).
Eles
viram a confissão do rei acerca da grandeza inigualável de Deus (Dn 3.26,28) e
presenciaram a determinação da alteza de que todos os moradores da babilônia deveriam
respeitar o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Os jovens foram
recompensados pelo rei com prosperidade e destaque especial (Dn 3.30). De tal
modo, percebemos que a fidelidade refletida na firmeza doutrinária desses jovens
fez os olhos do rei e de todo o povo se voltarem para Deus, e em seguida,
levou-os a serem recompensados, em questões pessoais. Definitivamente, vale a
pena manter-se firme na doutrina em todo tempo.
SUBSÍDIO
1
"Os quatro heróis de Daniel se sobressaíram entre todos os
vencedores do rigoroso exame. Esses pertenciam aos filhos de Judá e tinham a
reputação de serem da linguagem de Davi. Eles eram Daniel, Hananias, Misaele
Azarias. Esses quatro jovens de Judá, por intermédio dos seus nomes,
testemunhavam do único e verdadeiro Deus, Quaisquer que tivessem sido as
limitações do seu ambiente religioso em Judá, seus pais lhe deram nomes que
serviam de testemunho ao Deus que serviam: Daniel significava: ‘Deus é meu juiz’:
Hananias significava: ‘O Senhor tem sido gracioso ou bondoso'; Misael
significava: “Ele é alguém que vem de Deus e Azarias declarava: ‘O Senhor é meu
Ajudador'. A continuação da história claramente indica que, embora outros pais
em Judá pudessem ter falhado em relação à educação dos seus filhos, os pais
desses meninos tinham dado a eles uma base sólida em relação às convicções e
responsabilidades dignas dos seus nomes. Seu treinamento piedoso havia
cultivado profundas raízes de caráter.
II - CONFRONTANDO A FALSA DOUTRINA
1.
A falsa doutrina.
O
que é uma falsa doutrina e como ela se manifesta? A falsa doutrina se
caracteriza principalmente por contrariar e, em alguns casos, em negar os
fundamentos da fé cristã, conforme se vê na advertência de Paulo a Timóteo
sobre a distorção que fizeram sobre a ressurreição, ponto doutrinário
considerado vital à fé do crente (2 Tm 2.18).
Com
o engano como principal aliado, a falsa doutrina se manifesta de maneiras
distintas e surpreendentes, que podem ser resumidas do seguinte modo: pela
astúcia dos que a disseminam, somada à ingenuidade dos meninos na fé (Ef 4.14):
como meios de tropeços ao povo de Deus (Ap 2.14,15), de maneira a tentar tornar
normal a valorização dos interesses pessoais em detrimento aos interesses
espirituais (Hb 13.9); pela propagação de dissensões e porfias, o que causa
divisões (Rm 16.17,18). Portanto, a falsa doutrina contraria a verdade de Deus
e se manifesta por vias que desonram os princípios divinos.
2.
A falsa doutrina e os seus males.
A
falsa doutrina traz consigo o veneno que destrói a vitalidade e a saúde
espiritual da igreja, comprometendo assim que esta cumpra eficazmente a sua
missão. Mas, por que a falsa doutrina é tão danosa assim e quais seriam os
males que ela causa à igreja? Paulo advertiu que a falsa doutrina deve ser
considerada maldita (GL 1.8-11). Observe que o apóstolo afirma que o crente
deve viver para agradar a Deus (v. 10) e que a doutrina por ele ensinada veio
do próprio Deus (vv. 11,12). Nesse caso, adulterar ou aceitar uma doutrina
adulterada é — em certa medida — afirmar que a mensagem e o ensino deixado por
Deus não são suficientes para satisfazer a necessidade humana, e carece de
alterações, sendo uma desonra a Deus e à sua natureza perfeita.
Além
de desonrar a Deus, a falsa doutrina traz confusão, divide a igreja em grupos e
impede que haja a disseminação da seiva vivificadora do verdadeiro Evangelho de
Cristo (1 Tm 6.3-5), capaz de salvar o perdido (Rm 1.16) e consolidar a sua
Igreja (Rm 1.15).
3.
O confronto à falsa doutrina.
Está
claro que a falsa doutrina e os seus males são uma realidade e que, gostando ou
não, o cristão - em algum momento - terá de enfrentá-la, daí surge a pergunta:
“Como confrontar a falsa doutrina?”
O
aprofundamento dos conhecimentos bíblicos, a intensificação da vida de oração,
a promoção de encontros saudáveis de ensino da Palavra e a ampla distribuição
de literaturas com a verdadeira doutrina são meios eficazes de confronto à
falsa doutrina. No entanto, tanto essas como outras atitudes que podem ser
tomadas, dependem diretamente da unidade doutrinária da igreja, pois ela dá
clareza e firmeza sobre as crenças fundamentais que sustentam a vida da igreja,
sendo aptas para o enfrentamento à falsa doutrina.
A
divisão de entendimento e de crença traz danos terríveis à igreja. Paulo
lamentou a forma com que a igreja em Corinto estava lidando com a celebração da
ceia (1 Co 11.18) e por essa razão, ao escrever à igreja em Éfeso, o apóstolo
enfatizou veementemente sobre a unidade, inclusive a doutrinária (Ef 4.3-6).
Portanto, a forma mais segura e eficaz que a igreja tem de confrontar as falsas
doutrinas é fortalecendo a unidade doutrinária, cumprindo assim o desejo de
Jesus, demonstrado em sua oração: “que eles sejam um” (Jo 17.21). A unidade
doutrinária é o muro de contenção às ações sorrateiras e maldosas da falsa
doutrina.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), explique que “a melhor maneira de identificar os
falsos ensinos continua sendo conhecer o verdadeiro. Para isso, temos em nossas
mãos as Sagradas Escrituras e farta literatura teológica ortodoxa. Em 2017, o
Pentecostalismo Clássico brasileiro ganhou um documento oficial que reúne
sinteticamente todas as doutrinas fundamentais da Bíblia. Trata-se da
Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Amplamente fundamentada nas
Escrituras, a obra apresenta o mais genuíno pensamento teológico dos cristãos
bíblicos pentecostais. o cremos assembleiano foi elaborado por uma Comissão
Especial composta por vários teólogos da denominação, liderados pelo pastor
Esequias Soares. O texto foi apreciado e aprovado na 43a Assembleia Geral
Ordinária da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) em 27 de
abril de 2017.
III - VIVENDO A VERDADEIRA DOUTRINA
1.
A verdadeira doutrina.
A
verdadeira doutrina procede de Deus (Tt 2.10) e está de acordo com a piedade (1Tm
6.3). Note que a natureza da verdadeira doutrina é divina, cujos frutos sempre
são bons, santos e piedosos; e juntos, capacitam o cristão a manter uma vida
cristã firme e a refletir o caráter santo de Deus.
Sendo
de natureza divina, o conteúdo da sã doutrina é composto, tanto de elementos
quanto de propósitos divinos, como por exemplo: a exaltação a Deus, o Justo
Criador; a triste realidade do estado de pecado da humanidade e a sua necessidade
de um Salvador; a gloriosa mensagem da redenção em Cristo e a consumação de
todas as coisas. Sendo assim, a verdadeira doutrina procede de Deus e tem como
objetivo a glória dEle, a salvação do perdido e a edificação da igreja.
2.
Os benefícios da verdadeira doutrina.
Uma
igreja que vive a verdadeira doutrina se beneficia em todos os aspectos. O
apóstolo Paulo mostra que a verdade da Palavra de Deus ensina, repreende,
corrige, instrui e capacita o crente a praticar boas obras, agradando e honrando
a Deus (2 Tm 3.16,17).
Ao
escrever para Tito, Paulo diz que a doutrina verdadeira é fonte encorajadora
aos crentes, e muro de proteção contra os falsos ensinamentos (Tt 1.9). Paulo,
ao escrever a Timóteo, mostrou que a boa doutrina oferece nutrientes à vida
espiritual da igreja, dando-lhe saúde e vigor espirituais (1Tm 4.6,7).
Finalmente, o apóstolo João afirma que a sã doutrina garante as condições
necessárias para a permanência de Deus na vida do cristão (2 Jo 9).
3.
Vivendo a verdadeira doutrina.
É
possível notar que o combate às falsas doutrinas e o incentivo para que a
igreja honrasse e vivesse a verdadeira doutrina, ocuparam posição de destaque
na agenda dos apóstolos, o que confirma que isso é vital à igreja de Cristo. Os
falsos ensinos não são um desafio enfrentado somente pela Igreja Primitiva, mas
a igreja da atualidade também os enfrenta, e, como os apóstolos, a liderança e
a igreja, devem se ocupar no combate a este mal, formando uma frente de
incentivo para que a geração atual viva intensa e plenamente a verdadeira
doutrina.
A
sã doutrina trabalha na manutenção da comunhão com Deus, no fortalecimento das
bases da fé e a sua constante preservação, além de promover saúde espiritual.
Diante de tudo isso, resta fazer um importante e inadiável convite: “Conheça e
viva a verdadeira doutrina.
SUBSÍDIO 3
Professor (a), explique que "Paulo não se preocupou em
detalhar as heresias, mas em insistir com Timóteo e Tito para que estes
batalhassem pela preservação da sã doutrina. Ao que se observa, assim como
havia ocorrido em outras igrejas desde os primeiros anos da fé cristã, muitos
judeus insistiam em misturara doutrina do Caminho — como o cristianismo era
conhecido nos seus primórdios, cf. At 9,2 (NAA); 24.14 — com elementos
judaicos, o que, aliás, motivou a ida de Paulo com Barnabé e outros a
Jerusalém, para o conhecido Concilio de Atos 15. Pior ainda se dava quando
judeus místicos, influenciados pelo paganismo grego, buscavam trazer as suas
religiosidades para o seio do cristianismo, o que produzia um sincretismo ainda
mais agudo, corrompendo a fé cristã.
CONCLUSÃO
Nesta
lição, aprendemos que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, diante da pressão
babilônica e sob o risco de morte, decidiram manter-se firmes na fé em Deus e
no propósito de honrá-lo até o fim. Com isso, vimos a necessidade de a igreja,
por meio da verdadeira doutrina, confrontar a falsa, sempre com o objetivo de,
à semelhança dos jovens hebreus, honrar a Deus acima de tudo.
HORA
DA REVISÃO
1.
Segundo a lição, qual foi a maior recompensa que os amigos de Daniel receberam?
A
maior recompensa foi a garantia da presença do próprio Senhor com eles desde o
momento em que foram lançados na fornalha (Dn 3.25).
2.
O que é uma falsa doutrina?
A
falsa doutrina se caracteriza principalmente por contrariar e, em alguns casos,
em negar os fundamentos da fé cristã.
3.
Qual é o principal aliado da falsa doutrina?
O
engano é o principal aliado da falsa doutrina.
4.
Cite, conforme a lição, um dos males que a falsa doutrina traz.
Além
de desonrar a Deus, a falsa doutrina traz confusão, divide a igreja em grupos e
impede que haja a disseminação da seiva vivificadora do verdadeiro Evangelho de
Cristo (1 Tm 6.3-5), capaz de salvar o perdido e consolidar a sua Igreja.
5.
Como confrontar a falsa doutrina?
O
aprofundamento dos conhecimentos bíblicos, a intensificação da vida de oração,
a promoção de encontros saudáveis de ensino da Palavra e a ampla distribuição
de literaturas com a verdadeira doutrina são meios eficazes de confronto à
falsa doutrina.
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