🎓 Lições
Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD
✍Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS
PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã
Vitoriosa
AUTOR: Pr. Elias
Torralbo
Data da aula:
21 de Janeiro de 2024
TEXTO
PRINCIPAL
"E
sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos."
(Tg 1.22)
RESUMO
DA LIÇÃO
Muitas
são as consequências decorrentes do abandono do ensino das Escrituras, por isso
precisamos priorizar o estudo bíblico.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA
- Jr 18.1-6
O
Senhor é livre para fazer o que e como quiser
TERÇA
- Hb 12.6
A
correção divina
QUARTA
- Mt 7.24-27
A
segurança daqueles que praticam a Palavra
QUINTA
- At 8.14-24
O
espírito do engano é vencido pelo Espírito de Deus
SEXTA
- 2 Co 4-1.2
Não
negocie e nem altere as Escrituras Sagradas
SÁBADO
- Ne 8.1-12
Em
tempos de apostasia, devemos nos voltar para a Palavra
OBJETIVOS
• CONSCIENTIZAR do perigo de se esquecer da Lei do
Senhor;
• EXPLICAR porque não podemos deixar de ouvir as
Escrituras;
• COMPREENDER o perigo dos falsos ensinos.
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor(a), nesta Lição veremos as duas naturezas do
cativeiro babilônico. Sabemos que um dos motivos que fizeram com que o povo de
Deus fosse levado cativo para a Babilônia, foi ter negligenciado os ensinos do
Senhor. Utilize a temática da Lição para advertir seus alunos a respeito dos
grandes prejuízos oriundos do desprezo à Palavra de Deus, Precisamos estar
conscientes dos perigos que nos cercam se descuidarmos em ouvir e obedecer a
lei divina. Vivemos na Nova Aliança, um tempo de graça e misericórdia, mas
jamais podemos deixar de ouvir e praticar o que está revelado nas Escrituras
Sagradas. Precisamos também estar vigilantes quanto aos falsos ensinos na
atualidade, disseminado pelos falsos profetas.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor (a), converse com seus alunos explicando que a
“transgressão irrestrita acaba levando a um estado de impudência (falta de
vergonha) onde o indivíduo é incapaz de se importar. Isso agora pode ser visto
em relação ao povo de Deus, no tempo do profeta Jeremias, Embora apanhado em
seu pecado como um ladrão e envergonhado por causa de sua conduta, seus reis
[...1 príncipes [...] e os seus profetas continuaram praticando a prostituição
espiritual. Apesar do fato de Deus permitir o sofrimento para afastá-los do seu
pecado, eles não aprenderam da sua experiência.
Eles não aceitaram a correção, mas mataram os verdadeiros profetas
com a espada, na sua loucura em servir outros deuses. Essas pessoas tinham um
espírito indisciplinado; elas não tinham consideração pelas leis de Deus ou dos
homens. Imaturas e inconstantes como crianças, insistiam em vir a Deus somente
quando lhes agradava" (Adaptado de Comentário Bíblico Beacon. Vol., 4:
Isaías a Daniel. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, pp. 268,269).
TEXTO
BÍBLICO
Jeremias
27.4-11
4
E lhes darás uma mensagem para seus senhores, dizendo: Assim diz o SENHOR dos
Exércitos, o Deus de Israel: Assim direis a vossos senhores:
5
Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu
grande poder e com o meu braço estendido, e os dou a quem me agrada.
6
E, agora, eu entreguei todas estas terras nas mãos de Nabucodonosor, rei da
Babilônia, meu servo, e até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam.
7
E todas as nações servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até
que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes
reis se servirão dele.
8
E acontecerá que, se alguma nação e reino não servirem o mesmo Nabucodonosor,
rei da Babilônia, e não puserem o pescoço debaixo do jugo do rei da Babilônia,
visitarei com espada, e com fome, e com peste essa nação, diz o SENHOR, até que
a consuma pelas suas mãos.
9
E não deis ouvidos aos vossos profetas, e aos vossos adivinhos, e aos vossos
sonhos, e aos vossos agoureiros, e aos vossos encantadores, que vos falam,
dizendo: Não servireis ao rei da Babilônia.
10
Porque mentiras vos profetizam, para vos mandarem para longe da vossa terra, e
para que eu vos lance dela, e vós pereçais.
11
Mas a nação que meter o pescoço sob o jugo do rei da Babilônia e o servir, eu a
deixarei na sua terra, diz o SENHOR, e lavrá-la-á e habitará nela.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, vamos ver duas naturezas do cativeiro babilônico: histórica e
exortativa. No aspecto histórico, veremos o período em que o povo de Deus
estava prestes a ser levado cativo para a Babilônia, principalmente por ter
negligenciado o ensino de Deus: quanto à ação exortativa, esta Lição assume a
responsabilidade de advertir a todos os crentes sobre os grandes prejuízos
oriundos do desprezo à Palavra de Deus.
Com
base nessas duas Linhas de abordagem, inicialmente, a Lição trata sobre os
perigos que cercam o crente no sentido de se esquecerem da Lei do Senhor,
seguido do alerta para que não se deixe de ouvir a Palavra de Deus, culminando
assim com uma denúncia sobre os falsos ensinos na atualidade.
I - O PERIGO DE SE ESQUECER DA LEI DO
SENHOR
1.
O povo de Deus e o cativeiro na Babilônia.
Por
ocasião de seu chamado, Jeremias teve duas visões da parte de Deus. A primeira
foi a de uma vara de amendoeira como clara referência à infalibilidade da
Palavra de Deus (Jr 1.11,12), enquanto a segunda foi a de uma panela a ferver
inclinada para o norte, indicando a mensagem de juízo que ele teria de
transmitir e que viria da região do norte (Jr 1.13,14). Portanto, desde o
início, o ministério e a mensagem de Jeremias estiveram relacionados com a
convocação divina para o arrependimento de seu povo com vistas ao escape do
juízo.
No
Livro de 2 Reis, nos capítulos 24 e 25, encontramos detalhes sobre o processo
pelo qual o povo de Deus foi levado para a Babilônia. Antes disso.
Deus
comunicou através de Jeremias que o cativeiro teria a duração de setenta anos
(Jr 25.9,11). Segundo a Palavra de Deus, o cativeiro faria desaparecer “dentre
eles a voz de folguedo e a voz de alegria" (Jr 25.10). Como era de
esperar, essa mensagem fez de Jeremias um perseguido e odiado pela maioria de
seus irmãos em seus dias que, inclusive, projetaram matá-lo (Jr 26.7-24). No
entanto, o profeta não desfaleceu e cumpriu a missão de anunciar a mensagem (Jr
27.1-11).
2.
Propósito e causa do cativeiro.
Além
de avisar sobre o que seu povo sofreria, Deus informou também que o propósito
disso era de que seu povo se arrependesse, se convertesse e, então, pudesse
habitar na terra que deu a vossos pais (Jr 25.5). Note, portanto, que o
propósito do cativeiro não foi o de destruir e nem de humilhar, mas o de
disciplinar e corrigir (Hb 12.11). Além disso, 0 Senhor apresentou também 0 que
0 Levou a permitir seu povo sofrer durante longos 70 anos nas mãos dos
babilônios: "Todavia, não me destes ouvidos, diz 0 SENHOR [...]. Portanto,
assim diz 0 SENHOR dos Exércitos: Visto que não escutastes as minhas palavras"
(Jr 257,8), O cativeiro foi uma oportunidade para que o povo pudesse reconhecer
o erro de ter rejeitado ao Senhor e seus ensinos.
3.
A saída do cativeiro.
Depois
do que foi abordado até aqui, é momento de conhecera saída que Deus
providenciou e apontou para que seu povo pudesse evitar o cativeiro, ou sair
dele, já que a rejeição à lei de Deus foi a principal causa do cativeiro.
O
desejo de Deus foi de que seu povo se submetesse à sua vontade, a fim de
preservá-lo e abençoá-lo (Jr 27.6,11). A submissão a Deus e à sua Palavra foi o
caminho proposto pelo Senhor para a restauração de seu povo (Ed 1.1-4: Ne
8.1-18).
SUBSÍDIO 1
Jeremias foi nomeado profeta para Judá, mas também para as nações.
Ele é comissionado por Deus. Sua tarefa consistia em se apresentar na intima assembleia
divina e então ir e proclamar o que havia visto e ouvido. Ele foi comissionado
com estas palavras: “tudo quanto te mandar dirás. Eis que ponho as minhas
palavras na tua boca". A fidelidade de Jeremias em relação a essa tarefa
resultou em oposição feroz da sua própria família, dos seus vizinhos, do seu
rei e de seus amigos. Embora vacilasse às vezes, ele nunca falhou na sua
comissão divina.
Qual é a mensagem recebida por Jeremias para o seu povo? [...] Todos
os homens são culpados e responsáveis diante de Deus (1.5,10). Judá é
responsável porque abandonou o Senhor para servir a falsos deuses (1,10,15,16).
As nações estão debaixo do juízo divino porque sua conduta está abaixo da
justiça humana comum. Os culpados sofrerão destruição e dificuldade, porque
Deus certamente virá para julgar. Quando Ele vier, os reinos e povos serão
arrancados e derribados, Deus não está dormindo como supõem os homens, mas está
alerta para cumprir sua palavra (1.11,12). [...I Essa advertência oportuna é
seguida por uma palavra de esperança: O castigo e o julgamento de Deus são
redentores; isto é, Ele aflige para curar. Além do julgamento há esperança de
uma restauração — um povo redimido e um dia novo.
II - NÃO SE PODE DEIXAR DE OUVIR AS
ESCRITURAS
1.
Causas da indiferença às Escrituras.
Na
atualidade, temos visto um esfriamento espiritual que tem causado desinteresse,
afastamento e aversão aos ensinos de Deus, O homem tomou, erradamente, a
decisão de viver independente do Criador, como Adão e Eva (Gn 3,5). O conhecimento
sobre 0 Senhor e sua vontade passa pelas Escrituras (Jo 5-39), pois por meio
delas a humanidade é informada a respeito do plano divino. O ser humano é, por
natureza, inclinado aos seus próprios desejos e a ser independente de Deus,
sendo tendencioso a negligenciar e a desprezar as Escrituras (Jr 6.16,17).
Portanto, a principal e maior causa da indiferença às Escrituras advêm da
natureza humana que, além de contrária a Deus e à sua vontade, traz a rebeldia.
2.
Consequências da indiferença às Escrituras.
Ao
pecar, o primeiro casal negligenciou e desobedeceu a ordem de Deus (Gn
2.15-17:3.6,7). Os acontecimentos sucedentes mostram a tragédia oriunda do
desprezo à Palavra de Deus, pois tudo o que o ser humano precisa para viver bem
está em sua submissão a ela (Sl 1.1-3).
As
terríveis consequências da desobediência aos ensinos divinos ocorrem em três
dimensões, isto é, na relação do homem com Deus, consigo mesmo e com as outras
pessoas, Adão e Eva tentaram se esconder de Deus quando pecaram (Gn 3.8), perceberam
que estavam nus (Gn 3.7) e o homem culpou à mulher por sua atitude (Gn 3.12). A
fonte de toda insatisfação individual e dos conflitos interpessoais é a
rejeição da vontade de Deus e de sua Palavra (Tg 4.1-7), e o pecado só poderá
ser vencido através do compromisso renovado e resoluto com os ensinos divinos
(Sl 119.11).
3.
O caminho de volta às Escrituras.
Que
caminho é este? Esta questão pode ser respondida de diferentes formas, e aqui
será utilizado o texto de Neemias 8.1-12. Em um contexto de contraste entre a
realidade da destruição e o trabalho de restauração, o texto mostra a atitude
do povo de Israel diante da lei de Deus, indicando o caminho aos que desejam
reencontrar-se com a Palavra de Deus, como podemos ver: o povo solicitou que o
livro da Lei de Moisés pudesse estar entre eles para ser lido; o povo deu
atenção aos ensinos do Livro e se dispôs a ouvir longamente sua Leitura; o
livro da Lei de Moisés foi colocado acima do povo, que o reverenciou (v. 5); a
mensagem foi centrada em Deus e o povo se quebrantou e adorou: o povo desejou
aprender: quebrantado e arrependido, o povo chorou (v. 9) e a vida do povo
melhorou porque entendeu a palavra explicada (v. 12). Portanto, o caminho de
volta às Escrituras é pavimentado através do temor a Deus, da consciência do
próprio estado espiritual e do arrependimento sincero.
SUBSÍDIO 1
Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “Porque
não podemos deixar de ouvir, estudar e praticar as Escrituras?”
Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em
seguida, explique que um dos motivos porque não devemos negligenciar o estudo
da Palavra de Deus está no fato de que ela oferece luz para o nosso caminho (Sl
119.105). Ela é lâmpada para os nossos pés. Sem a Palavra de Deus nos tornamos
uma preza fácil para o Inimigo e acabamos sucumbindo em meio às falsas
doutrinas da atualidade. Precisamos fazer como o salmista, Ele fez dos
testemunhos de Deus o seu tesouro, e se regozija neles.
III - O PERIGO DOS FALSOS ENSINOS
1.
A triste realidade dos falsos ensinos.
O
primeiro passo é reconhecer a realidade dos falsos ensinos em todas as épocas
da história. Paulo mostra que os falsos ensinos são suscitados e disseminados
por espíritos enganadores (Tm 4.1). A Bíblia mostra que o Diabo é enganador (Jo
8.44). Ele enganou Adão e Eva no jardim do Éden, levando-os à desobediência,
cujas consequências atormentam os homens até hoje.
O
Inimigo continua operando mediante os ensinos enganosos a fim de trazer
confusão e o enfraquecimento espiritual para a igreja. Nos dias de Elias,
falsos profetas enganavam o povo de Deus (1 Rs 18.20-22), assim como nos dias
de Jeremias, o espírito de engano atuava abertamente (Jr 5.30,31), bem como no
período dos apóstolos (1 Jo 4.5). Sendo assim, a igreja da atualidade deve reconhecer
que o espírito de engano que atua na disseminação de falsos ensinos ainda
opera, e que os seus frutos são amargos e prejudiciais.
2.
Identificando os falsos ensinos.
Diante
da realidade dos falsos ensinos e de seus males, é preciso identificá-los, por
meio da própria Bíblia. Conforme analisado, a fonte dos falsos ensinos é o
espírito de engano, e de acordo com 1 João 4.1-6, é possível identificá-los e
resisti-los. A igreja não deve acreditar em tudo, mas deve provar os espíritos
e reconhecera existência do engano, pois somente pelo Espírito é que Cristo
pode ser confessado como vindo de Deus, sendo o critério final de verificação
(vv. 2,3). É também importante ressaltar que aqueles que conhecem a voz de seu
Senhor não serão enganados (vv. 4-6). Em Gálatas 1.6-11, Paulo fala sobre esse
espirito de engano, que ele chamou de “outro evangelho". Paulo mostra que
o “veneno" do engano deve ser rejeitado pela igreja e essa rejeição se dá
por meio do conhecimento do verdadeiro Evangelho (Rm 1.16,17). Portanto, no
combate aos falsos ensinos sempre deve ter o ensino do verdadeiro Evangelho
como referência e ponto de partida.
3.
Vencendo os falsos ensinos.
Impõe-se
a necessidade de uma saída pela qual a igreja possa enfrentar e vencer o
problema dos falsos ensinos. No texto base dessa lição é possível identificar a
orientação de Deus para o seu povo e pode ser dividido em dois pontos: ouça a
Palavra de Deus (Jr 27.4,5,11) e identifique os falsos profetas e não dê
ouvidos aos seus ensinos, que contrariam à mensagem de Deus (Jr 27.9,10).
Paulo
teve de lidar com a astúcia dos falsos mestres que aproveitaram a sua ausência
da igreja em Corinto para destilar o veneno dos falsos ensinos, questionando a
autenticidade do ministério do apóstolo, com base principalmente em suas
limitações físicas e na simplicidade de sua mensagem. O enfrentamento de Paulo
aos ataques daqueles falsos mestres passou pela confirmação de que o serviço é
o principal objetivo do ministério, e mesmo que em meio às mais terríveis
adversidades, o importante é que a igreja desfrute da obra de Deus realizada em
Cristo (2 Co 3). O apóstolo mostrou também que diante dos falsos ensinos ele
não desfaleceria, não agiria com interesses pessoais e não falsificaria a
Palavra de Deus (2 Co 4.1,2). Portanto, podemos afirmar que a forma mais eficaz
de enfrentar e vencer os falsos ensinos é manter viva a confiança na verdade do
Evangelho, pregando-o em todo o tempo sem adulterá-lo (2 Tm 4.2-4).
SUBSÍDIO 3
A missão de Timóteo em Éfeso era combater os falsos mestres e zelar
pela pureza do ensino na igreja, o que Paulo chama seguidas vezes de “sã
doutrina” nas Pastorais (1 Tm 1.10; 2 Tm 4.3; Tt 1.9; 2.1); “boa doutrina” (1Tm
4.6) e "sãs palavras" (1 Tm 6.3; 2 Tm 1.13). Hoje, de forma
semelhante, precisamos estar cada vez mais apegados ao detido estudo das
Escrituras em nossa vida devocional e valorizar o genuíno ensino bíblico em
nossas Escolas Bíblicas Dominicais, cultos de ensino e outras oportunidades que
temos em nossa igreja local.
Assim fazendo, estaremos bem fundamentados para discernir entre o
certo e o errado, o verdadeiro e o falso, no turbilhão de informações e
opiniões teológicas que estão ao nosso alcance, especialmente na Web, a rede
mundial de computadores, e em todos os demais recursos da Internet. Fica claro
no texto de Paulo a sua pouca preocupação com a descrição da natureza em si das
heresias que estavam sendo pregadas. Ele não as expõe em detalhes. Duas
explicações podem ser dadas para isso: a primeira é que Timóteo já as conhecia
bem. Por isso, era desnecessário ao apóstolo detalhá-las na carta. A segunda é
que não interessaria ao jovem pastor analisar os falsos ensinos, mas transmitir
o ensino verdadeiro, o que bastaria para prevenir a igreja de qualquer
falsificação doutrinária. Há, ainda, uma terceira observação que geralmente é
feita quanto a esse ponto, que é o fato de Paulo preocupar-se mais em estampar
os desvios de caráter dos falsos mestres, na linha do que Jesus já havia dito:
“Por seus frutos os conhecereis” (Mt 716). No caso dos falsos mestres de Éfeso,
as suas heresias seriam detectadas pelo resultado produzido: questões, debates
e litigiosidade em vez de edificação na fé (1 Tm 1.4). Se isso já era
perceptível naqueles dias — o que exigia, seguramente, um contato muito próximo
com a comunidade cristã local —, o que dizer hoje, com o advento da Internet,
quando todos os dias são produzidas novas polêmicas, alimentadas de um ciclo
doentio de contendas e debates!
O combate às heresias é necessário, só que é preciso refletir
quando, como e onde isso realmente deve ser feito. Fomentar o debate em torno
de declarações ou ensinos heréticos pode representar, na verdade, um verdadeiro
desserviço ao Reino de Deus. Sim! Irás redes sociais para fazer críticas ou
fomentar confrontos a toda e qualquer declaração que destoe da ortodoxia
bíblica pode não passar de mais um sinal pecaminoso, qual seja, a revanche
contra o irmão para ganhar visualizações, likes e mais seguidores".
CONCLUSÃO
Partindo
do exemplo histórico do cativeiro babilónico que o povo de Deus sofreu, essa
lição é um alerta à Igreja e aos crentes da atualidade acerca dos perigos e das
terríveis consequências advindas do desprezo aos ensinos divinos. Precisamos
reconhecer a realidade dos falsos ensinos, identificando-os e combatendo-os com
a verdade de Deus.
HORA
DA REVISÃO
1.
Por ocasião do seu chamado, Jeremias teve duas visões. Quais foram?
A
primeira foi a de uma vara de amendoeira como clara referência à infalibilidade
da Palavra de Deus (Jr 1,11,12), enquanto a segunda foi a de uma panela a
ferver inclinada para o norte, indicando a mensagem de juízo que ele teria de
transmitir e que viria da região do norte (Jr 1.13,14).
2.
Quanto tempo duraria o cativeiro segundo o profeta Jeremias?
Duraria
70 anos.
3.
Qual era o propósito do Cativeiro Babilónico?
O
propósito era de que seu povo se arrependesse, se convertesse e, então, pudesse
habitar na terra que deu a vossos pais (Jr 25.5). O propósito do cativeiro não
foi o de destruir e nem de humilhar, mas o de disciplinar e corrigir (Hb
12.11).
4.
Segundo a lição, qual foi o caminho proposto pelo Senhor para a restauração?
O
caminho de volta às Escrituras, pavimentado através do temor a Deus, da consciência
do próprio estado espiritual e do arrependimento sincero.
5.
Segundo a lição, como podemos vencer os falsos ensinos?
A
forma mais eficaz de enfrentar e vencer os falsos ensinos é manter viva a
confiança na verdade do Evangelho, pregando-o em todo o tempo sem adulterá-lo
(2 Tm 4.2-4).
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