🎓 Lições
Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD
✍Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS
PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã Vitoriosa
AUTOR: Pr. Elias
Torralbo
DATA aula 14 de
Janeiro de 2024
TEXTO
PRINCIPAL
"Então,
disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; e dar-te-ei tábuas de
pedra, e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinares."
(Êx 24.12)
RESUMO
DA LIÇÃO
Moisés
recebeu a Lei diretamente do Senhor.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA
- Êx 20.1
Deus
entregou os Mandamentos a Moisés
TERÇA
- Mt 5.17
Jesus
cumpriu toda a lei
QUARTA
- Jr 31.31-34
O
antigo concerto apontava para o novo
QUINTA
- Gl 3.24
A
lei nos conduziu a Cristo
SEXTA
- Lv 1.1-7
As
normas quanto aos holocaustos
SÁBADO
- Êx 20.3-17
As
leis morais
OBJETIVOS
•
COMPREENDER
o significado da Antiga Aliança;
•
EXPLICAR
o que são as doutrinas litúrgicas;
•
MOSTRAR
o que são as doutrinas morais.
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor (a), na lição deste domingo veremos o
propósito e o valor da doutrina bíblica. A proposta é fazer, juntamente com
seus alunos, uma reflexão a respeito da "Doutrina de Moisés”, uma
referência à lei que Deus entregou ao seu servo, bem como as suas aplicações.
É importante ressaltar, no decorrer da lição, que a expressão
“Antiga Aliança” se refere a uma parte importante do plano divino na história,
e não deve ser negligenciada e nem declinada pelos crentes da atualidade.
Veremos que tanto na individualidade de pessoas quanto na coletividade de seu
povo, Deus estabeleceu importantes e eternas alianças, um exemplo é a aliança
que Ele fez com Israel e que é denominada de “os Dez Mandamentos". Esse
acordo foi entregue a Moisés no Monte Sinai (Êx 34.28). Assim como a Nova
Aliança, a Antiga, cumpriu o propósito de Deus.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor
(a), depois de orar para iniciar a aula e fazer as atividades rotineiras,
converse com seus alunos explicando quais eram os propósitos da Lei que Deus
entregou a Moisés. Diga que o termo Decálogo significa, literalmente, dez
enunciados ou declarações (Êx 34.28; Dt4.13). Deus proferiu suas declarações de
forma audível no monte Sinai para Moisés, porém elas também foram escritas em
duas tábuas de pedra (Êx 31.18).
Os
Dez Mandamentos exprimem a vontade de Deus em relação ao ser humano e são um
resumo da lei moral do Senhor. Em seguida, escreva no quadro os três propósitos
dos Mandamentos relacionados abaixo. Discuta esses propósitos com seus alunos.
1.
Prover um padrão de justiça. A Lei entregue pelo Senhor a Moisés é
um padrão de moralidade não só para os judeus, mas para os seres humanos (Dt
4.8; Rm 7.12).
2.
Identificar e expor o pecado. “Pela lei vem o conhecimento do
pecado”, ou seja, o pleno conhecimento dele (Rm 3.20).
3.
Revelar a santidade de Deus. A santidade do Senhor foi revelada por
intermédio da Lei Mosaica (Êx 24.15-17; Lv 19.1,2), assim como na Nova Aliança,
Ele revela ao mundo o seu amor através de Jesus (Jo 3,16; Rm 5.8).
TEXTO BÍBLICO
Gálatas 3.23-26
23
Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei e encerrados
para aquela fé que se havia de manifestar.
24
De maneira que a lei nos serviu de aio.
para
nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados.
25
Mas, depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio.
26
Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição vamos tratar a respeito do propósito e o valor da doutrina. Faremos uma
reflexão a respeito da “Doutrina de Moisés", uma referência à lei que Deus
entregou ao seu servo, bem como as suas aplicações.
I - A ANTIGA ALIANÇA
1.
Compreendendo o termo.
A
expressão "Antiga Aliança" se refere a uma parte importante do plano
divino na história e não deve ser negligenciada e nem desvalorizada. Tanto na
individualidade de pessoas quanto na coletividade de seu povo, Deus estabeleceu
importantes e eternas alianças (Gn 9.8-19; 173-14; Êx 34.10).
Um
exemplo é a aliança que Deus fez com Israel e que é denominada de "os Dez
Mandamentos". Esse concerto foi entregue a Moisés no Monte Sinai (Êx
34.28), e como resumo da aliança de Deus com Israel, é possível afirmar que a
expressão "Antiga Aliança” faz referência à forma pela qual o povo de
Israel foi tratado por Deus no Antigo Testamento. Em síntese, assim como a Nova
Aliança, a Antiga cumpriu o propósito de Deus em se conectar e falar com os
homens.
2.
Características e propósito da Antiga Aliança.
A
compreensão da Antiga Aliança depende de analisá-la à luz da Nova Aliança. Esse
exercício passa por identificar o que o Novo Testamento tem a dizer a respeito
de suas características e de seu propósito. A abordagem neotestamentária sobre
a Antiga Aliança é feita por meio da comparação entre ambas, tomando assim os
seus respectivos significados conhecidos e compreensíveis.
A
Carta aos Hebreus nos apresenta uma comparação entre a Antiga e a Nova Aliança.
Na introdução, o autor nos apresenta como Deus tem se comunicado com o seu povo
na história, tanto na Antiga quanto na Nova Aliança (Hb 1.1). Acerca da Antiga
Aliança, esse mesmo texto apresenta as suas principais características: os
homens foram os seus instrumentos; ela foi externa; ela dependeu de tomar uma
forma por meio de cerimoniais e foi representada por símbolos. Sendo assim, por
meio da Antiga Aliança, Deus firmou um relacionamento com o seu povo,
preservando-o de possíveis contaminações enquanto os israelitas aguardavam uma
Nova Aliança a partir do que viam e experimentavam na Antiga.
3.
A relação entre a Antiga Aliança e a Nova.
A
relação entre as duas alianças começa com a indicação de que, embora cada uma
delas tenha suas peculiaridades e propósitos, é possível identificar a
advertência para que haja dedicação em fazer o bem, em claro alinhamento com o
ensinamento de Jesus (Êx 23.4,5; Mt 5.38-48).
O
escritor aos Hebreus informa que a Antiga Aliança serviu de sombra para a Nova
e que esta é superior àquela, pois possui “melhores promessas" (Hb 8,5-7).
Em ambos os casos, existe a presença da promessa, visto que, qualquer aliança
depende da existência de uma promessa que, nesse caso, é confirmada por sinais
exteriores, como o arco nas nuvens e a circuncisão, além da Ceia do Senhor. As
promessas que Deus fez na Antiga Aliança foram cumpridas perfeitamente em
Cristo (Hb 9.11-28). As que pertencem à Nova Aliança também se cumprirão, pois
quem prometeu não muda (Hb 13.8). Fica evidente, tanto pela essência como pela
presença da promessa, que as duas alianças estão intimamente ligadas.
SUBSÍDIO 1
Professor (a), inicie o tópico explicando que “a confirmação
bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida era um juramento ou
ainda a morte daquele que fez a aliança. Os termos juramento e aliança são
sempre usados como sinônimo. Uma Aliança no Antigo Testamento era, em sua
essência, um juramento, um acordo solene. Deus confirmou a aliança Mosaica
através de um juramento mencionado em Deuteronômio 29.12. O juramento 'que o
Senhor, teu Deus, hoje faz contigo’, As partes que faziam a aliança deveriam se
tomar como os mortos, de maneira que não poderiam mais mudar de ideia e
revogá-la, assim como os mortos também não poderiam fazer. Assim, o sangue dos
animais substitutos sacrificados era espargido na cerimônia de ratificação da
aliança, para representar a 'morte' das partes (Êx 24 3-8)."
II - DOUTRINAS LITÚRGICAS
1.
O que eram?
As
“doutrinas litúrgicas" também são identificadas como “leis cerimoniais".
Essas Leis regulamentaram o sistema de ritos, ordenanças e cerimônias,
inclusive na oferta de animais em sacrifício a Deus, inicialmente no
Tabernáculo e depois no Templo. Além dos sacrifícios de animais, as Leis
cerimoniais consistiram em holocaustos e observâncias de festas religiosas.
O
ato de sacrificar animais está implícito na ação de Deus em vestir Adão e Eva
logo que pecaram (Gn 3.21), e pode ser identificado explicitamente nos dias de
Caim e Abel, além de outros casos (Gn 4.3-5; Hb 11.4). Portanto, elas se
constituem tanto de ordenanças como de sacrifícios de animais, e com elas a
intenção de Deus foi a de normatizá-las, o que ocorreu enquanto Israel
peregrinava no deserto e momentos antes da constituição do Tabernáculo, com
vistas à organização das ações que ali ocorreriam (Êx 25.8,9). Portanto, por
meio dos ritos, das ordenanças e das cerimônias que juntos formaram as
“doutrinas Litúrgicas", Deus revelou o seu caráter santo e exigiu o mesmo
de seu povo.
2.
O seu propósito.
A
Liturgia cerimonial tinha o propósito fazer com que o povo concentrasse a sua
atenção em Deus. Ela poderia ser dividida da seguinte maneira: em relação a
Ele: diante da história; com respeito aos outros povos e quanto ao futuro. Os
sacrifícios e as cerimônias que envolviam o combate à impureza tiveram o
propósito de indicar o meio do resgate da posição do homem diante do Criador.
Historicamente,
as festas e os festivais cumpriam o desígnio de lembrar o povo sobre as grandes
obras realizadas por Deus ao Longo de sua trajetória. Na relação com outros
povos, o objetivo foi o de distinguir o povo de Deus dos demais povos por meio
de restrições alimentares e o uso de roupas diferentes. Finalmente, Leis como a
guarda do sábado, a circuncisão, a Páscoa e a redenção do primogênito
projetavam o futuro, indicando a vinda do Messias (Hb 9.9-11).
3.
Tempo de operação.
A
proposta deste subtópico é refletir sobre o prazo de validade das “doutrinas
litúrgicas”. Ao chamá-las de “sombras das coisas futuras" (Cl 2.17), a
Bíblia sugere um tempo limite de atuação determinado pela chegada daquilo que
ansiosamente se aguardava. Por isso, até quando essas doutrinas vigoraram,
quando e por que deixaram de existir? Essas doutrinas litúrgicas trabalharam
com símbolos e tipos que apontaram para aquilo que haveria de vir, com
referência a um novo tempo inaugurado por Cristo, motivo pelo qual é possível
afirmar que essas doutrinas foram válidas até a morte de Cristo (GL5.1-12; Hb
10.8-10). Houve 0 que pode ser chamado de substituição, cuja estrutura é essa:
Cristo é o verdadeiro sacrifício (Jo 1.29), e os crentes cumprem a função
sacerdotal (1 Pe 2.5,9), à medida que oferecem sacrifícios aceitáveis diante de
Deus (Rm 12.1).
SUBSÍDIO 2
Prezado(a) professor (a), explique que “é comum ouvir falar de lei
moral, lei cerimonial e lei civil. Os preceitos morais estão resumidos nos Dez
Mandamentos. São os que tratam dos princípios básicos morais (alguns chegam a
considerar erroneamente o sábado como preceito moral).
A lei cerimonial é parte que trata das festividades religiosas, do
sistema de sacrifícios e da adoração, no santuário, dos alimentos limpos e
imundos e das instruções sobre a pureza ritual, entre outros. A Lei civil diz
respeito à responsabilidade do israelita como cidadão; são regulamentos
jurídicos e instruções que regiam a nação de Israel. Há uma interpretação entre
os cristãos de que a lei moral é eterna, portanto, para a atualidade. A lei
cerimonial se cumpriu na vida e na obra de Jesus Cristo. A lei civil cumpriu
sua função até que Israel deixou de ser um estado teocrático, e a igreja não é
um estado.
III - DOUTRINAS MORAIS
1.
Uma análise introdutória.
As
"doutrinas morais” são parte da aliança de Deus com o seu povo (Êx 6.1-8;
19.5-8). Embora sejam importantes, essas doutrinas não possuem propósitos de
salvação, pois esta é obra da graça de Deus, e somente pela fé em Jesus pode
ser alcançada (Ef 2.8,9). Essas doutrinas evidenciam a natureza e a vontade de
Deus, que as entregou a Moisés (Êx 20.1). Sendo assim, elas são perfeitas,
eternas e imutáveis, e por meio da obediência a elas que Israel foi mantido
como povo de Deus (Êx 19-5), e pôde refletir a santidade divina. Essas
doutrinas têm relação direta com os Dez Mandamentos e, juntos regulamentam o
exercício da justiça, o respeito mútuo entre as pessoas. Em síntese, as
doutrinas morais exprimem parte da lei de Deus, que nas palavras do apóstolo
Paulo é “santa” (Rm 7.12) e como expressão da vontade divina, ela é “boa,
agradável e perfeita" (Rm 12,2).
2.
O seu propósito.
O
principal propósito das doutrinas morais é advertir o povo de Deus a não pecar
(Êx 20.20), principio repetido pelo apóstolo João: “vos escrevo para que não pequeis”
(1 Jo 2.1). No texto de Êxodo está a expressão “provar-vos”, que aparece também
no episódio em que Deus provou Abraão (Gn 22.1-24). Enquanto as doutrinas
cerimoniais apontavam para Cristo, as morais lembram o ser humano sobre a sua
condição de pecador e convidam- -no a buscar a solução em Deus, As doutrinas
morais visam também guiar o crente ao conhecimento da vontade de Deus e a viver
em santidade.
SUBSÍDIO 3
Em geral, a Torá (Lei) pode ser subdividida em três categorias:
judicial, cerimonial e moral, embora cada uma delas possa influenciar ou se
sobrepor à outras.
O Antigo Testamento associa a ‘entrega da Torá1 com o primeiro
encontro divino de Moisés no monte Sinais (Êx 19—23) após a libertação dos
israelitas da terra do Egito, embora algum corpo de legislação consuetudinária
existisse antes dessa época (Êx 18). Essas instruções encontram expansão e
elucidação noutros textos do Pentateuco, como Levítico e Deuteronômio 12—24,
indicando que os ensinos de Deus foram concebidos como código de conduta e
adoração para Israel não só durante as peregrinações no deserto, mas também
quando se estabeleceu na terra de Canaã após a conquista. Mais especificamente,
a palavra ‘lei’ denota os Dez Mandamentos que foram entregues a Moisés. Esses
mandamentos refletem uma declaração resumida da aliança e podem ser divididos
em duas partes, consistentes com as duas tábuas de pedra em que foram
registrados pela primeira vez: os quatro primeiros tratam do relacionamento do
indivíduo com Deus, e os seis últimos concentram-se em instruções relativas aos
relacionamentos humanos.
PROFESSOR (A), “O que é a
Bíblia? É a revelação de Deus à humanidade. Seu Autor é Deus mesmo. Seu real
intérprete é o Espirito Santo. Seu assunto central é o Senhor Jesus Cristo. O
homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo e
praticar a Bíblia para ser santo ou santificado" (Antonio Gilberto, Manual
da Escola Dominical, CPAD).
CONCLUSÃO
Nesta
lição reafirmamos o lugar da Bíblia como fonte genuína da doutrina cristã.
Vimos que ela é a inspirada Palavra de Deus, cujo desenvolvimento histórico e
estrutural comprova que, não obstante tenha sido escrita por homens falíveis,
Deus é a sua fonte; o que faz dela o Livro dos livros, pois é o instrumento
infalível e inerrante de comunicação da mensagem de Deus aos seres humanos.
HORA
DA REVISÃO
1.
A que se refere a expressão "Antiga Aliança?
A
expressão “Antiga Aliança" se refere a uma parte importante do plano divino
na história e não deve ser negligenciada e nem desvalorizada.
2.
Cite um exemplo de aliança que Deus fez com Israel. Um exemplo é a
aliança que Deus fez com Israel e que é denominada de "os Dez
Mandamentos."
3.
Segundo a lição, quais são as principais características da Antiga Aliança?
Acerca
da Antiga Aliança, as suas principais características são: os homens foram os
seus instrumentos; ela foi externa: ela dependeu de tomar uma forma por meio de
cerimoniais e foi representada por símbolos.
4.
O que o escritor aos Hebreus fala a respeito da Antiga Aliança em relação à
Nova?
O
escritor aos Hebreus informa que a Antiga Aliança serviu de sombra para a Nova
e que esta é superior àquela, pois possui “melhores promessas” (Hb 8.5-7).
5.
Qual é o principal propósito das doutrinas morais no Antigo Testamento?
O
principal propósito das doutrinas morais é advertir o povo de Deus a não pecar
(Êx 20.20).
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