🎓 Lições
Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD
✍Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS
PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã Vitoriosa
AUTOR:
Pr. Elias Torralbo
Data da aula: 31
de Março de 2024
TEXTO
PRINCIPAL
Exorta
semelhantemente os jovens a que sejam moderados. Em tudo, te dá por exemplo de
boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade." (Tt
2.6,7)
RESUMO
DA LIÇÃO
A
Igreja depende dos fundamentos inabaláveis do
Senhor,
pois por eles a mentira é vencida e o crente vive de modo a agradar a Deus.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA
- Sl 334
A
Palavra do Senhor é reta
TERÇA
- Pv 19.21
O
conselho do Senhor permanecerá
QUARTA
- Sl 119,24
Prazer
nos testemunhos do Senhor
QUINTA
- Sl 119.9
Caminhos
puros
SEXTA
- Pv 19.21
O
conselho do Senhor é permanente
SÁBADO
- Sl 106.12-14,26
Consequências
de não crer nas Palavras do Senhor
OBJETIVOS
•
COMPREENDER que o firme fundamento de Deus permanece;
•
SABER
como o crente pode desmascarar os mentirosos;
•
CONSCIENTIZAR
da importância de se viver uma vida moderada.
INTERAÇÃO
Professor
(a), nesta lição estudaremos a respeito da essencialidade da doutrina para uma
vida cristã vitoriosa. O objetivo é reafirmar a importância da doutrina. No
decorrer da lição, enfatize que que os fundamentos doutrinários de Deus são
firmes, eterno e estão revelados nas Escrituras Sagradas. Eles contribuem para
firmar a nossa fé em Deus.
As
obras de Deus refletem o seu caráter, isto é, o que Ele faz não está separado
de quem Ele é. Então, podemos afirmar que os preceitos do Senhor permanecem
inabaláveis e imutáveis, afinal, Deus é imutável permanece para sempre (Tg
1.17).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), converse com os alunos explicando que "os
princípios divinos são bíblicos, e, portanto, imutáveis. Eles têm aplicação
para o crente da atualidade, assim como o tiveram antigamente. Aquilo que a
revelação bíblica considera pecado, permanece sendo pecado. A lei divina não
pode ser revogada e ajustada os interesses humanos. Enfatize que a verdade
bíblica não pode ser relativizada ou flexibilizada para atender o egoísmo e o
hedonismo da raça humana. O texto bíblico permanece inalterado e imexível. Por
isso, os valores doutrinários são permanentes, pois a fonte de autoridade é
permanente. Quanto a esta realidade, Cristo afirmou: 'o céu e a terra passarão,
mas minhas palavras não hão de passar" (Mt 24.35)" (Adaptado de BAPTISTA,
Douglas. Valores Cristãos: Enfrentando as Questões Morais do Nosso Tempo. Rio
de Janeiro: CPAD, 2018, p. 8).
TEXTO BÍBLICO
2 Timóteo 2.14-21
14
Traze estas coisas à memória, ordenando- lhes diante do Senhor que não tenham
contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos
ouvintes.
15
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade.
16
Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.
17
E a palavra desses roerá como gangrena: entre os quais são Himeneu e Fileto.
18
Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e
perverteram a fé de alguns.
19
Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que
são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparta-se da iniquidade.
20
Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de
pau e de barro: uns para honra, outros, porém, para desonra.
21
De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado
e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra.
INTRODUÇÃO
Nesta
Lição, que encerra o trimestre, estudaremos a respeito do caráter essencial da
doutrina para a manutenção da vida e da saúde da igreja. O objetivo é reafirmara
importância da doutrina para a igreja. Veremos que os fundamentos doutrinários
de Deus são firmes e eternos.
I - O FIRME FUNDAMENTO DE DEUS PERMANECE
1.
A natureza do fundamento de Deus.
Os
fundamentos divinos revelados nas Escrituras Sagradas contribuem para firmar a
nossa fé em Deus. Paulo afirma que se “o fundamento” é “de Deus” ele “fica
firme” haja o que houver (2 Tm 2.19), pois pertencem a Deus. O salmista
reconheceu o caráter de Deus em suas obras (Sl 19.1), assim como Paulo ensina
que Deus é conhecido também por meio da criação (Rm 1.18-20). As obras de Deus
refletem o seu caráter, isto é, o que Ele faz não está separado de quem Ele é,
afinal de contas, “Ele não pode negar-se a si mesmo” (2 Tm 2.13).
Então,
podemos afirmar que os preceitos do Senhor permanecem inabaláveis e imutáveis,
pois, Deus é imutável e permanece para sempre (Tg 1,17).
2.
Fundamento eterno.
O
teólogo Norman Geisler define eternidade como “não temporalidade ou atemporalidade".
Ele ainda afirma que “do princípio ao fim, a Bíblia declara que Deus não é
dominado pelo tempo". Deus é eterno, pois Ele é antes do princípio de
todas as coisas (Gn 1.1; Sl 90.2). Um dos nomes de Jesus é “pai da eternidade”
(Is 9.6).
A
doutrina de Deus é um fundamento eterno. Sendo assim, podemos afirmar que a
doutrina divina, contida e exposta nas Escrituras, é eterna.
3.
Fundamento firme.
Além
de eterno, o fundamento de Deus é firme (2 Tm 2.19). A expressão “firme"
indica algo consistente, sólido, fixo, resistente, seguro, ou ainda, para algo
que não cede à pressão de nenhuma natureza.
O
fundamento de Deus é firme, inabalável, não sofre alteração e nem cede a nenhum
tipo de pressão, pois o contexto no qual Paulo fala da firmeza do fundamento de
Deus era de infidelidade e desvio de alguns; no entanto, isso não abala e nem
altera a qualidade segura e inviolável da verdade de Deus. No mesmo texto no
qual Paulo indica a firmeza do fundamento de Deus, ele fala de uma verdade relacionada
ao Senhor e da atitude do crente que vive de acordo com este fundamento
doutrinário, No que se refere à verdade sobre Deus, ele afirma que “o Senhor
conhece os que são seus", e os crentes que se fundamentam na verdade da
Palavra devem apartar-se “da iniquidade" (v. 19). Diante disso, destacam-se
duas verdades: o fundamento de Deus é inabalável, pois reflete o caráter firme
do Senhor e o fundamento de Deus dá firmeza ao crente para viver em pureza e
agradar a Ele.
SUBSÍDIO 1
Professor (a), neste primeiro tópico da lição, veremos que os
fundamentos divinos revelados nas Escrituras Sagradas contribuem para firmar a
nossa fé em Deus. Na atualidade temos visto um tempo de apostasia e
infidelidade quanto a obedecer às doutrinas bíblicas. O termo apostasia vem do
grego apostásis e significa o abandono premeditado e consciente da fé
cristã. Ao estudar a Palavra de Deus, vemos que no Antigo Testamento, Israel
por várias, vezes apostatou da fé. Contudo, em tempos de apostasia, os profetas
eram levantados para denunciar o pecado e conduzi-los novamente ao Senhor. O
profeta tinha o dever de confrontar o povo, alertando contra o pecado. Mesmo
sendo perseguidos, muitos deles foram fieis ao Senhor e ao seu ministério, não
permitindo a apostasia do povo.
Não podemos nos calar diante da apostasia do nosso tempo. É preciso
confrontaras pessoas mediante 0 ensino das Escrituras Sagradas. Pauto foi
incisivo ao orientar Timóteo para que ele doutrinasse a igreja a fim de que os
membros não fossem seduzidos pelos falsos ensinos, apostatando da fé.
Atualmente, por falta de ensino, muitos estão abandonando a fé genuína em Jesus
Cristo, caindo nas garras do Inimigo. Para combater a apostasia, precisamos
investir no ensino bíblico. Jesus certa vez, declarou: “Errais não conhecendo
as Escrituras" (Mt 22.29).
II - DESMASCARANDO OS MENTIROSOS
1.
A realidade dos mentirosos.
A
Bíblia aponta para a triste e trágica realidade da mentira (Jo 8.44). Desde o
pecado cometido por Adão e Eva (Gn 3.1-13), a mentira é uma triste realidade no
mundo dos homens, cujo veneno e consequências afetam a todas as famílias
indistintamente (At 5.1-11). Biblicamente, à medida que o tempo passar e se
aproximar a vinda de Cristo, o mundo se renderá ainda mais à mentira (2 Ts
2.11,12; Ap 13.1-18). O mentiroso não tolera e rejeita a verdade a respeito de
Deus (1 Jo 2.4,22).
O engano é a principal arma do mentiroso, especialmente
aqueles que mentem em relação às questões doutrinárias, cujo propósito é
desviar as pessoas da verdade. Nos tempos mais antigos já havia os enganadores,
pois o Antigo Testamento fala dos falsos profetas que trabalhavam para
perverter a verdade de Deus (Is 9.15,16; Jr 23.14,25,26,32). A mentira é abominável
Deus e Ele julgará os mentirosos (Ap 22.15).
2.
Desmascarando os mentirosos.
Ao
tratar sobre a mentira doutrinária, Paulo adverte Timóteo de que os enganadores
diziam que “a ressurreição era já feita” (2 Tm 2.18). Diante dessa colocação do
apóstolo é possível afirmar que os mentirosos não negaram a doutrina e a
realidade da ressurreição, mas a modificaram. Eles desviaram, propositalmente,
a verdade a fim de macular e desvirtuar a fé dos cristãos. Ao tratar sobre os
que mentem doutrinariamente, Paulo menciona os nomes de Himeneu e Fileto como
desviados da verdade e responsáveis pela disseminação das mentiras doutrinárias
que corroem a igreja (2 Tm 2.17). Provavelmente, esses dois homens foram
mestres entre os irmãos, e que nas palavras do apóstolo, serviram como “vasos
para desonra”, o que permite concluir que os que trabalham para enganar a
igreja do ponto de vista doutrinário, geralmente, vêm do meio da igreja e, em
certa medida, exercem influência sobre o povo (2 Co 11.13-15). Portanto, temos
de ter cuidado e nos mantermos vigilantes doutrinariamente, pois muitos buscam
enganar e corroer as bases doutrinárias da igreja. Os enganadores sempre
apresentam meias verdades a fim de disseminarem o veneno doutrinário no Corpo
de Cristo.
3.
Há escape para os mentirosos.
Inevitavelmente,
surge a seguinte questão: “Há esperança para os que mentem
doutrinariamente?" Sim, se houver arrependimento e 0 abandono da prática
do erro. A Palavra de Deus afirma que “se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça" (1 Jo 1.9).
Em
2 Timóteo 2.21, Paulo afirma que "se alguém se purificar destas coisas,
será vaso para honra", indicando que existe sim a possibilidade de mudança
e transformação de vida para aqueles que se enveredaram pelo caminho do engano
doutrinário. Paulo ensina também que o arrependimento é o caminho para que essa
mudança passe a ser uma realidade. O caminho para que mentirosos no âmbito
doutrinário encontrem a porta de saída e de transformação é o arrependimento,
que só pode ocorrer por meio de uma instrução feita “com mansidão” por obreiros
preparados (2 Tm 2.24-26).
SUBSÍDIO 2
Professor (a), converse com os alunos mostrando, biblicamente, que
nos últimos tempos, haverá muitos que amam a mentira e não medirão esforços
para disseminá-la. Explique que “muitos crentes se desviarão da fé porque
deixarão de amar a verdade (2 Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas
dos últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores
modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas.
A popularidade dos ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de
Satanás, conduzindo suas hostes numa posição cerrada à obra de Deus. A segunda
vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo,
espiritismos, ocultismos, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja.
A proteção do crente contra esses enganos e ilusões consiste na lealdade total
a Deus e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que os homens de
grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com suas
misturas de verdade e falsidade. Essa conscientização deve estar aliada a um desejo
sincero do crente praticar a vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e
no temor dELe.”
III - VIVENDO UMA VIDA MODERADA
1.
Uma vida moderada.
O
crente é chamado a viver moderadamente, e as condições necessárias para isso
estão à sua disposição nas Escrituras Sagradas. Mas, o que efetivamente vem a
ser esta vida moderada? O Dicionário Vine diz que o termo moderação está
associado ao termo mansidão, associação com o bom. O crente não deve se
envolver em contendas de palavras (2 Tm 2.14). Aqueles que querem agradar a
Deus e herdar a vida eterna devem procurar viver uma vida santa, justa, fiel em
amor. A vida moderada diz respeito ao equilíbrio como fruto da comunhão com
Deus.
2.
A moderação como obra do Espírito Santo.
O
crente moderado é comedido em suas ações, palavras e suas emoções, como no
exercício da paciência. As manifestações do “fruto do Espirito” refletem com
elevada precisão as características de um crente moderado, em contraste com uma
vida não moderada que é levada sob o domínio da carne (Gl 5.19-22). Dentre as
virtudes do Fruto do Espirito Santo, a “temperança" é a que mais se
aproxima do sentido de “moderação", já que o seu significado prático é a
capacidade que o crente recebe de agir com autocontrole nas mais diversas e
difíceis circunstâncias da vida. Essa capacidade é parte da obra que somente o
Espírito Santo pode realizar no homem, pois, conforme Lawrence O. Richards -
Ele "fornece energia para a nova natureza que impulsiona o convertido para
a direção oposta à natureza pecaminosa.” A moderação é uma obra exclusivamente
do Espírito Santo, motivo pelo qual o crente que deseja viver moderadamente
deve “andar e ser guiado pelo Espírito” (GI5.18, 25). Andar e ser guiado pelo
Espírito Santo é o mesmo que ser dominado por Ele e fazer aquilo que é ordenado
na Palavra de Deus (Ef 5.18), Somente pelo Espírito Santo é que o crente pode
viver uma vida verdadeiramente moderada.
3.
Alcançando uma vida moderada.
Paulo
ensinou e estimulou Tito a ensinar aos jovens a serem moderados (Tt 2.6),
reafirmando assim que este é o caminho que o verdadeiro cristão deve seguir. Se
0 crente é chamado a ter uma vida moderada, qual é o caminho a ser tomado para
que este objetivo seja alcançado? É preciso confiar em Deus, orar e dedicar-se
à leitura bíblica (SL 1.1,2). A moderação não é uma virtude a ser sentida, mas
a ser vivida em nosso dia a dia. O crente deve viver com a consciência da
presença permanente de Deus, desenvolvendo práticas de piedade e
quebrantamento. Portanto, tenha uma vida moderada e honre a Deus com isso.
SUBSÍDIO 3
Professor (a), explique aos alunos que Paulo lembra Timóteo de que
ele pode esperar falsos ensinos infectando as igrejas, mas o seu dever é
‘propor’ a verdade aos irmãos (4.1-10). Esse é também o nosso dever.
CONCLUSÃO
Estudamos
a respeito dos fundamentos de Deus que permanecem inabaláveis e intocáveis.
Esses fundamentos nos ajudam a resistir ao engano doutrinário, disseminar a
verdade de Deus e a viver uma vida moderada. Vimos que moderação é equilíbrio e
controle diante de diferentes circunstâncias. Se quisermos uma vida moderada precisamos
buscar a ser cheios do Espirito Santo.
HORA DA REVISÃO
1.
Segundo a lição, qual o propósito dos fundamentos divinos?
Os
fundamentos divinos revelados nas Escrituras Sagradas, contribuem para firmar a
nossa fé em Deus.
2.
Como o teólogo Normam Geisler define "eternidade? O teólogo
Norman Geisler define eternidade como "não temporalidade ou
atemporalidade".
3.
Há esperança para os que mentem doutrinariamente?
Sim,
se houver arrependimento e o abandono da prática do erro.
4.
Segundo a lição, quais são as características do crente moderado?
O
crente moderado é comedido em suas ações e palavras, em suas emoções, como no
exercício da paciência.
5.
Dentre as virtudes do Fruto do Espírito, qual a que mais se aproxima do sentido
de moderação?
Dentre
as virtudes do Fruto do Espírito Santo, a “temperança" é a que mais se
aproxima do sentido de "moderação", já que o seu significado prático
é a capacidade que o crente recebe de agir com autocontrole nas mais diversas e
difíceis circunstâncias da vida.