Subsídios Bíblicos: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ - Nova Edição

Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ   Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja   Subsídios Lição 2: Somos Cristãos     Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno       Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana    Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo?     Subsídios...

Lição 5 - O Verdadeiro Discípulo depende inteiramente de Cristo (Editora Betel )

Lição 5 - O Verdadeiro Discípulo depende inteiramente de Cristo

Lições Bíblicas BETEL: 4° Trimestre de 2023 | REVISTA: TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO: Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.

TEXTO ÁUREO

TEXTO ÁUREO

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” 2 Coríntios 4.7

VERDADE APLICADA

O exercício de um discipulado saudável consiste no discipulador estar ciente de ser um instrumento nas mãos de Deus, para que o propósito do Senhor seja cumprido.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Ensinar que as qualidades humanas são insuficientes

2. Expor o conceito bíblico de autoridade

3. Mostrar que fraco é quem não se submete a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOSUÉ 7

2- Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Aven, da banda do oriente de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra Subiram, pois, aqueles homens e espiaram a Ai.

3- E voltaram a Josué, e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam alguns dois mil ou três mil homens, a ferir a Ai. Não fatigueis ali a todo o povo, porque poucos são,

4- Assim, subiram lá do povo alguns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai.

5- E os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis e seguiram-nos desde a porta até Sebarim, e feriram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | 1 Sm 16.7 Deus não vê a aparência, mas o coração.

TERÇA | Sl 119.67 A vitória vem da obediência à Palavra.

QUARTA | Jo 15.5 O êxito vem de Jesus.

QUINTA | 2Co 12.10 A força vem de Deus.

SEXTA | Fp 4.13 É Jesus quem nos fortalece.

SÁBADO | Tg 4.10 Só Deus pode exaltar o homem.

 

HINOS SUGERIDOS: 253, 268, 427

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore para que o discipulador dependa unicamente do poder e da força de Deus.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1– A ilusão da força humana

2– Autoridade e autoritarismo

3– O verdadeiro discípulo

Conclusão

 

INTRODUÇÃO

As promessas e garantias de Deus a respeito de conquistas e de que está com o Seu povo não eliminam a necessidade de constante vigilância, oração, humildade, cuidado para agir de acordo com os princípios bíblicos e consciência de que somos falhos e limitados.

1.  A ILUSÃO DA FORÇA HUMANA

Ai ou Aia ou Aiate era uma cidade ao oriente de Betel e junto a Bete-Áven, próxima a Jericó e a segunda cidade tomada na invasão de Canaã (a Terra Prometida). Seu nome traduzido é “monte de ruínas”, podendo significar o que ela se tornaria. Após conquistar Jericó, uma cidade forte, os hebreus acreditaram que nada mais seria impossível. A subestimação do inimigo aliada à desobediência os levou à derrota em um lugar onde venceriam. O bom discipulador é aquele que confia em Deus, não em si [2Co 12.10]. Aprendeu a maior lição: aquele que aprendeu a depender de Deus!

 

1.1 Corpo físico.

O maior engano já cometido por grandes personagens bíblicos, geralmente está relacionado à confiança em suas próprias forças, como foi o caso de Sansão, que acabou morto [Jz 16.30], ou ao tamanho de seus recursos, como foi o de Davi [1 Cr 2.1]. Ser forte, de acordo com a Bíblia, não significa ter um porte físico avantajado ou ter um grande exército. Mas ter confiança plena em Deus e obedecê-lo em qualquer condição. Os hebreus caíram por se acharem mais fortes que os homens de Ai.

 

Diótrefes se considerava muito bom, muito capaz e acima de qualquer outro, Ele confiava no que via, na aparência, e não era obediente a Deus nem submisso à autoridade sobre ele, que era João. No caso de Josué, ao ser convocado por Deus para substituir Moisés como líder do povo, era necessário injetar um estímulo nele e fazê-lo ver que a vitória aconteceria não por força física (eles não eram um exército), mas pela obediência. Segundo o comentário de Cambridge, o líder hebreu foi lembrado repetidamente de que não era sua obra, mas obra de Deus, para a qual ele havia sido levantado. Josué tinha de confiar em Deus 100% e não nas coisas que via, tanto a “força” dos inimigos quanto a “fraqueza” dos hebreus. As atitudes de Diótrefes eram desprezíveis e próprias de quem é fraco, que precisa humilhar o outro para sentir-se forte.

 

1.2. A alma.

A alma é formada pelos sentimentos, conhecimento e emoções. Uma alma abatida conduz a pessoa à derrota, uma alma confiante em Deus leva à vitória [SI 25]. Aqueles que confiam em sua condição intelectual privilegiada, Deus diz que eles certamente serão confundidos. Paulo ressalta que Deus zomba destes, escolhendo as coisas loucas para confundir as sábias [1Co 1.27].

 

Um homem rico disse à sua alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga [Lc 12.19] acreditando que seu poder e força estavam em seu conhecimento e inteligência em conquistar bens materiais. Mas Jesus o surpreendeu, dizendo que ele não tinha poder nem sobre sua própria vida [Lc 12.20]. Diótrefes se achava forte e poderoso, desejando a primazia, desprezando seu líder, João, e expulsando o povo da igreja de Deus. Sua alma orgulhosa o tornava reprovável diante de Deus [3  ao 9, 11]. O discipulador confiante em sua inteligência e conhecimento cai [Mt 23.12a).

 

O orgulho é um estado patológico da alma em que o ego cresce desmesuradamente como câncer e acaba destruindo o próprio indivíduo. Toda igreja bem-sucedida tem muitas mãos, mentes e corações envolvidos. O discipulador deve ser o grande mentor, apontando o topo da montanha, levando seus discípulos até lá, preparando as pessoas e apoiando-as.

 

1.3. Espírito.

A derrota em Ai era uma lição que Deus permitiu aos hebreus para lembrar que a força deles era o Senhor, e não porque eram espirituais. Está enganado quem pensa que, porque ocupa uma posição de destaque, é mais espiritual do que os outros. Jesus advertiu Pedro: “Satanás pediu a você para peneirá-lo como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça” [Lc 22.31-32a).

 

Ninguém é espiritualmente forte o bastante por sua própria capacidade. Os hebreus pensavam ser capazes de vencer uma cidade minúscula porque haviam derrotado a mais poderosa, mas precisavam aprender que a vitória só seria possível em Deus [SI 60.12]. Josué também precisou aprender esta lição, logo no começo da jornada, para não comprometer o futuro. O bom discipulador protege a dignidade dos seus discípulos. Mas, o portador da Síndrome de Diótrefes preocupa-se mais em julgar, inibir e proibir do que em apoiar. Em sua mente, opor-se a ele é opor-se ao próprio Deus.

 

EU ENSINEI QUE:

Nenhuma força humana é capaz de tomar alguém importante. Ao contrário, aqueles que querem mostrar-se fortes com base nessa força, acabam sucumbindo, como aconteceu com Diótrefes e tantos que agiram assim.

2. AUTORIDADE E AUTORITARISMO

Deus concede aos seus discípulos autoridade [Lc 10.12]. Todo exercício de autoridade que sai da vontade de Deus passa a ser autoritarismo. Isto acontece quando o mau discípulo tenta se apoderar e usa a autoridade em proveito próprio, visando apenas seus interesses. Autoridade vem do próprio Deus, como foi ensinado por Jesus e é usada para o avanço do Reino [Mt 28.18-19], nunca para sua divisão. Nisso diferem, João e Diótrefes, o que tinha autoridade e o que era autoritário.

 

2.1. A fonte da autoridade.

Deus é a fonte de toda a autoridade [Rm 13.1]. Por esta razão, só é possível ter autoridade se Ele a der ao homem [Lc 10.19], caso contrário é autoritarismo. Diótrefes usava de autoritarismo, acreditando que conseguiria impor as suas vontades [3]o 10], ignorando que a autoridade vem do Senhor. Ninguém tem autoridade para vencer se não tiver a intervenção de Deus, por menor que seja o obstáculo, como era a cidade de Ai.

 

Deus é quem concede poder e autoridade aos homens, sempre para que cumpram o propósito do Senhor. Fora isso, é autoritarismo. Josué tinha uma ordem de chegar à Terra Prometida [Js 1.9], e deveria ter sido firme quando recebeu a sugestão de irem contra Ai em menor número porque consideraram o lugar fraco. Ainda que fosse verdade, a confiança deles deveria estar em Deus, e fracassar em Ai era uma lição de que a autoridade vem de Deus [1 Pe 2.13-15).

 

2.2. O engano do autoritarismo.

Cristo combateu veementemente o estilo de vida que não estava alinhado aos princípios do Seu Reino. O autoritarismo é antibíblicos. O apóstolo Pedro recomendou: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” [1Pe 5.2-3]. Pedro havia sido impetuoso, mas entendeu que na obra de Deus o que rege é Sua autoridade, nunca o autoritarismo.

 

Cristo ensinou que a qualidade primordial é a disposição de servir, e não um espírito ditatorial. Jesus sabe que todos nós precisamos de relacionamentos sadios para viver. Afinal, Deus nos criou de forma que precisássemos um do outro [Ec 4.9-12], e não um acima do outro [Ef 6.9]. Joseph M. Stowell: “A verdadeira autoridade é adquirida, não imposta. Toda vez que tentamos agarrá-la, os problemas aparecem”.

 

2.3. Jesus é o exemplo.

A liderança de Jesus sempre foi exemplo, desde quando chamou seus discípulos até quando esteve perante Pilatos [Jo 19.11], antes de sua condenação e crucificação. Ele tinha toda autoridade [Mt 28.18], mas não usou dela para escapar de Sua missão que era morrer pelos pecados dos homens [Lc 23.39], antes foi submisso à autoridade do Pai [Fp 2.8]. Jesus é o exemplo de autoridade que atrai [Jo 12.21], em vez de autoritarismo que repele. Sua autoridade era reconhecida pela multidão que o seguia “porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas” [Mt 7.29].

 

O discípulo deve ser conciliador e não déspota. Seu papel é essencial, mas ele deve usar sua autoridade da mesma forma como Jesus fez. Cristo jamais agiu como um opressor. Nunca conduziu Seus seguidores com mão de ferro. Seu ensino não exigiu ameaças ou prática abusiva. Ele disse que aprendei de mim que sou manso e humilde de coração [Mt 11.29].

 

EU ENSINEI QUE:

O autoritarismo não funciona na obra de Deus. O discípulo que deseja ter autoridade verdadeira deve ter Jesus como exemplo.

3. O VERDADEIRO DISCÍPULO

O discípulo de Cristo cumpre seu chamado em total submissão ao plano de Deus. O erro de Josué em Ai foi não ter buscado a orientação de Deus. Por isso, teve de aprender com a derrota. Toda ação deve ser levada ao Senhor, por mais simples que possa parecer [Tg 4.13-15].

 

3.1. Ama e cuida da Igreja.

O verdadeiro discípulo reflete o amor de Deus pelas almas, ensinando-as a seguir e a servir Jesus [Mt 28.18-20]. O cuidado do discípulo de Cristo é condição essencial daquele que precisa ensinar e conduzir as vidas a Cristo, gerando novos discípulos [2 Tm 4.2]. Josué falhou nisso. O amor precisa ser materializado por meio de ações concretas [1 Jo 3.16-18].

 

Diferentemente de Diótrefes, João viveu e morreu praticando o amor, tornando-se conhecido por isso [Jo 21.7]. Ele é um grande exemplo para todos que desejam êxito ministerial. Soube amar as ovelhas e deter os lobos [Jo 10.10-16], afastando-os para bem longe do rebanho. Para ele, poupar o lobo era o mesmo que sacrificar as ovelhas. Por isso João não ficou inferente e passivo em relação à postura de Diótrefes.

 

Diótrefes não era verdadeiro, comprometido em cuidar e amar seus discípulos. Suas atitudes egoístas e arrogantes mostravam isso. Um ditado diz: “Quando você vê o que Deus quer que você veja, você pode fazer o que Deus quer que você faça”.

 

3.2. Preserva as ovelhas.

Ao perder a primeira investida contra Ai, como um líder, Josué colocou em risco a vida de suas “ovelhas”. Por ouvir o “conselho” de homens, não se importou em ouvir a Deus. Essa insubmissão custou caro a Josué, pois trinta e seis pessoas perderam a vida naquela batalha; uma derrota significativa para Josué. O discípulo verdadeiro tem responsabilidade em gerar e cuidar, pois se não o fizer, Deus o cobrará [Jr 23.1-4]. Jesus deixa claro que guardou todas as ovelhas que Deus o deu, e nenhuma se perdeu [Jo 17.12a).

 

A liderança de Diótrefes era equivocada. Ele não se espelhava em Jesus, por isso cometeu tantos erros. Era orgulhoso em vez de humilde. Sem humildade, Cristo não pode ser representado no pastorado. O verdadeiro êxito de um discípulo passa pela cruz. A cruz da agonia interior, das críticas, do fracasso, do abandono pelos amigos e das injustiças [Mt 26.36-39]. Essa cruz é necessária porque ela realiza em nós a morte do ego e tornar transparente aos olhos de todos, a justiça e a força de Deus. Tudo que Diótrefes precisava para ser um líder segundo o coração de Deus. Preocupava-se consigo mesmo e não com o outro, o que é dever pastoral.

 

3.3. Cumpre o propósito divino.

O propósito divino para Josué era vencer Aí, mas ele perdeu. O fato de Josué não saber que Aca havia roubado o ouro que estava sob a proibição [Js 7.1-13], mostra que Josué não havia buscado Deus antes de invadir a cidade, senão o Senhor o teria avisado [Am 3.6-7]. Para cumprir o propósito divino em Ai, Josué agora busca a Deus e recebe a garantia da vitória na batalha, após ouvir as estratégias do Senhor [Js 8.1-2]. Um discípulo verdadeiro ouve as instruções de seu Mestre.

 

Um discípulo arrogante como Diótrefes não se preocupa em cumprir o propósito de Deus, ele pensa apenas nos seus planos. Deus não se preocupa com a força humana, mas com o caráter. Ele ajuda todos que O buscam em suas fraquezas. Quanto mais reconhecemos e confessamos perante o Senhor as nossas falhas, mais Deus usará isso para o propósito dele. Pastor Philip Gulley: “Em vez de ver Deus como alguém que me ajuda a realizar meus propósitos, deve ser minha alegria ajudá-lo a cumprir o Seu propósito, buscando o crescimento de todos”.

 

EU ENSINEI QUE:

O verdadeiro discípulo conhece os objetivos de Deus, sujeita-se a Ele e trabalha para que seu chamado seja eficiente junto à igreja.


CONCLUSÃO

Deus não procura pessoas fortes, mas alguém que seja fortalecido nEle. Deus não quer discípulos de aparência como Diótrefes, mas de essência, comprometidos e amáveis como João, Gaio e Demétrio para realizar Seus propósitos.

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