Lições Bíblicas BETEL: 4° Trimestre de 2023 | REVISTA:
TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO: Instituindo o discipulado baseado na
verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.
TEXTO ÁUREO
TEXTO
ÁUREO
“Temos,
porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de
Deus, e não de nós.” 2 Coríntios 4.7
VERDADE APLICADA
O
exercício de um discipulado saudável consiste no discipulador estar ciente de ser
um instrumento nas mãos de Deus, para que o propósito do Senhor seja cumprido.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Ensinar que as qualidades humanas são insuficientes
2. Expor o conceito bíblico de autoridade
3. Mostrar que fraco é quem não se submete a Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOSUÉ 7
2- Enviando, pois,
Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Aven, da banda do
oriente de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra Subiram, pois,
aqueles homens e espiaram a Ai.
3- E voltaram a
Josué, e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam alguns dois mil ou três mil
homens, a ferir a Ai. Não fatigueis ali a todo o povo, porque poucos são,
4- Assim, subiram
lá do povo alguns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai.
5- E os homens de
Ai feriram deles alguns trinta e seis e seguiram-nos desde a porta até Sebarim,
e feriram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como
água.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA
| 1 Sm 16.7 Deus não vê a aparência, mas o coração.
TERÇA
| Sl 119.67 A vitória vem da obediência à Palavra.
QUARTA
| Jo 15.5 O êxito vem de Jesus.
QUINTA
| 2Co 12.10 A força vem de Deus.
SEXTA
| Fp 4.13 É Jesus quem nos fortalece.
SÁBADO
| Tg 4.10 Só Deus pode exaltar o homem.
HINOS SUGERIDOS: 253, 268, 427
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore
para que o discipulador dependa unicamente do poder e da força de Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1–
A ilusão da força humana
2–
Autoridade e autoritarismo
3–
O verdadeiro discípulo
Conclusão
INTRODUÇÃO
As
promessas e garantias de Deus a respeito de conquistas e de que está com o Seu
povo não eliminam a necessidade de constante vigilância, oração, humildade,
cuidado para agir de acordo com os princípios bíblicos e consciência de que
somos falhos e limitados.
1.
A ILUSÃO DA FORÇA HUMANA
Ai
ou Aia ou Aiate era uma cidade ao oriente de Betel e junto a Bete-Áven, próxima
a Jericó e a segunda cidade tomada na invasão de Canaã (a Terra Prometida). Seu
nome traduzido é “monte de ruínas”, podendo significar o que ela se tornaria.
Após conquistar Jericó, uma cidade forte, os hebreus acreditaram que nada mais
seria impossível. A subestimação do inimigo aliada à desobediência os levou à
derrota em um lugar onde venceriam. O bom discipulador é aquele que confia em
Deus, não em si [2Co 12.10]. Aprendeu a maior lição: aquele que aprendeu a
depender de Deus!
1.1
Corpo físico.
O
maior engano já cometido por grandes personagens bíblicos, geralmente está
relacionado à confiança em suas próprias forças, como foi o caso de Sansão, que
acabou morto [Jz 16.30], ou ao tamanho de seus recursos, como foi o de Davi [1
Cr 2.1]. Ser forte, de acordo com a Bíblia, não significa ter um porte físico
avantajado ou ter um grande exército. Mas ter confiança plena em Deus e
obedecê-lo em qualquer condição. Os hebreus caíram por se acharem mais fortes
que os homens de Ai.
Diótrefes se considerava muito bom, muito capaz e acima de qualquer
outro, Ele confiava no que via, na aparência, e não era obediente a Deus nem
submisso à autoridade sobre ele, que era João. No caso de Josué, ao ser
convocado por Deus para substituir Moisés como líder do povo, era necessário
injetar um estímulo nele e fazê-lo ver que a vitória aconteceria não por força
física (eles não eram um exército), mas pela obediência. Segundo o comentário
de Cambridge, o líder hebreu foi lembrado repetidamente de que não era sua
obra, mas obra de Deus, para a qual ele havia sido levantado. Josué tinha de
confiar em Deus 100% e não nas coisas que via, tanto a “força” dos inimigos
quanto a “fraqueza” dos hebreus. As atitudes de Diótrefes eram desprezíveis e
próprias de quem é fraco, que precisa humilhar o outro para sentir-se forte.
1.2.
A alma.
A
alma é formada pelos sentimentos, conhecimento e emoções. Uma alma abatida
conduz a pessoa à derrota, uma alma confiante em Deus leva à vitória [SI 25].
Aqueles que confiam em sua condição intelectual privilegiada, Deus diz que eles
certamente serão confundidos. Paulo ressalta que Deus zomba destes, escolhendo
as coisas loucas para confundir as sábias [1Co 1.27].
Um
homem rico disse à sua alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos;
descansa, come, bebe e folga [Lc 12.19] acreditando que seu poder e força
estavam em seu conhecimento e inteligência em conquistar bens materiais. Mas
Jesus o surpreendeu, dizendo que ele não tinha poder nem sobre sua própria vida
[Lc 12.20]. Diótrefes se achava forte e poderoso, desejando a primazia,
desprezando seu líder, João, e expulsando o povo da igreja de Deus. Sua alma
orgulhosa o tornava reprovável diante de Deus [3 ao 9, 11]. O discipulador confiante em sua
inteligência e conhecimento cai [Mt 23.12a).
O orgulho é um estado patológico da alma em que o ego cresce
desmesuradamente como câncer e acaba destruindo o próprio indivíduo. Toda
igreja bem-sucedida tem muitas mãos, mentes e corações envolvidos. O
discipulador deve ser o grande mentor, apontando o topo da montanha, levando
seus discípulos até lá, preparando as pessoas e apoiando-as.
1.3.
Espírito.
A
derrota em Ai era uma lição que Deus permitiu aos hebreus para lembrar que a
força deles era o Senhor, e não porque eram espirituais. Está enganado quem
pensa que, porque ocupa uma posição de destaque, é mais espiritual do que os
outros. Jesus advertiu Pedro: “Satanás pediu a você para peneirá-lo como trigo.
Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça” [Lc 22.31-32a).
Ninguém é espiritualmente forte o bastante por sua própria
capacidade. Os hebreus pensavam ser capazes de vencer uma cidade minúscula porque
haviam derrotado a mais poderosa, mas precisavam aprender que a vitória só
seria possível em Deus [SI 60.12]. Josué também precisou aprender esta lição,
logo no começo da jornada, para não comprometer o futuro. O bom discipulador
protege a dignidade dos seus discípulos. Mas, o portador da Síndrome de
Diótrefes preocupa-se mais em julgar, inibir e proibir do que em apoiar. Em sua
mente, opor-se a ele é opor-se ao próprio Deus.
EU ENSINEI QUE:
Nenhuma
força humana é capaz de tomar alguém importante. Ao contrário, aqueles que
querem mostrar-se fortes com base nessa força, acabam sucumbindo, como
aconteceu com Diótrefes e tantos que agiram assim.
2. AUTORIDADE E AUTORITARISMO
Deus
concede aos seus discípulos autoridade [Lc 10.12]. Todo exercício de autoridade
que sai da vontade de Deus passa a ser autoritarismo. Isto acontece quando o
mau discípulo tenta se apoderar e usa a autoridade em proveito próprio, visando
apenas seus interesses. Autoridade vem do próprio Deus, como foi ensinado por
Jesus e é usada para o avanço do Reino [Mt 28.18-19], nunca para sua divisão.
Nisso diferem, João e Diótrefes, o que tinha autoridade e o que era
autoritário.
2.1.
A fonte da autoridade.
Deus
é a fonte de toda a autoridade [Rm 13.1]. Por esta razão, só é possível ter
autoridade se Ele a der ao homem [Lc 10.19], caso contrário é autoritarismo.
Diótrefes usava de autoritarismo, acreditando que conseguiria impor as suas
vontades [3]o 10], ignorando que a autoridade vem do Senhor. Ninguém tem
autoridade para vencer se não tiver a intervenção de Deus, por menor que seja o
obstáculo, como era a cidade de Ai.
Deus é quem concede poder e autoridade aos homens, sempre para que
cumpram o propósito do Senhor. Fora isso, é autoritarismo. Josué tinha uma
ordem de chegar à Terra Prometida [Js 1.9], e deveria ter sido firme quando
recebeu a sugestão de irem contra Ai em menor número porque consideraram o
lugar fraco. Ainda que fosse verdade, a confiança deles deveria estar em Deus,
e fracassar em Ai era uma lição de que a autoridade vem de Deus [1 Pe 2.13-15).
2.2.
O engano do autoritarismo.
Cristo
combateu veementemente o estilo de vida que não estava alinhado aos princípios
do Seu Reino. O autoritarismo é antibíblicos. O apóstolo Pedro recomendou:
“Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por
força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem
como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho”
[1Pe 5.2-3]. Pedro havia sido impetuoso, mas entendeu que na obra de Deus o que
rege é Sua autoridade, nunca o autoritarismo.
Cristo ensinou que a qualidade primordial é a disposição de servir,
e não um espírito ditatorial. Jesus sabe que todos nós precisamos de
relacionamentos sadios para viver. Afinal, Deus nos criou de forma que
precisássemos um do outro [Ec 4.9-12], e não um acima do outro [Ef 6.9]. Joseph
M. Stowell: “A verdadeira autoridade é adquirida, não imposta. Toda vez que
tentamos agarrá-la, os problemas aparecem”.
2.3.
Jesus é o exemplo.
A
liderança de Jesus sempre foi exemplo, desde quando chamou seus discípulos até
quando esteve perante Pilatos [Jo 19.11], antes de sua condenação e
crucificação. Ele tinha toda autoridade [Mt 28.18], mas não usou dela para
escapar de Sua missão que era morrer pelos pecados dos homens [Lc 23.39], antes
foi submisso à autoridade do Pai [Fp 2.8]. Jesus é o exemplo de autoridade que
atrai [Jo 12.21], em vez de autoritarismo que repele. Sua autoridade era
reconhecida pela multidão que o seguia “porquanto os ensinava como tendo
autoridade; e não como os escribas” [Mt 7.29].
O discípulo deve ser conciliador e não déspota. Seu papel é
essencial, mas ele deve usar sua autoridade da mesma forma como Jesus fez.
Cristo jamais agiu como um opressor. Nunca conduziu Seus seguidores com mão de
ferro. Seu ensino não exigiu ameaças ou prática abusiva. Ele disse que aprendei
de mim que sou manso e humilde de coração [Mt 11.29].
EU ENSINEI QUE:
O
autoritarismo não funciona na obra de Deus. O discípulo que deseja ter
autoridade verdadeira deve ter Jesus como exemplo.
3. O VERDADEIRO DISCÍPULO
O
discípulo de Cristo cumpre seu chamado em total submissão ao plano de Deus. O
erro de Josué em Ai foi não ter buscado a orientação de Deus. Por isso, teve de
aprender com a derrota. Toda ação deve ser levada ao Senhor, por mais simples
que possa parecer [Tg 4.13-15].
3.1.
Ama e cuida da Igreja.
O
verdadeiro discípulo reflete o amor de Deus pelas almas, ensinando-as a seguir
e a servir Jesus [Mt 28.18-20]. O cuidado do discípulo de Cristo é condição
essencial daquele que precisa ensinar e conduzir as vidas a Cristo, gerando
novos discípulos [2 Tm 4.2]. Josué falhou nisso. O amor precisa ser
materializado por meio de ações concretas [1 Jo 3.16-18].
Diferentemente
de Diótrefes, João viveu e morreu praticando o amor, tornando-se conhecido por
isso [Jo 21.7]. Ele é um grande exemplo para todos que desejam êxito
ministerial. Soube amar as ovelhas e deter os lobos [Jo 10.10-16], afastando-os
para bem longe do rebanho. Para ele, poupar o lobo era o mesmo que sacrificar
as ovelhas. Por isso João não ficou inferente e passivo em relação à postura de
Diótrefes.
Diótrefes não era verdadeiro, comprometido em cuidar e amar seus
discípulos. Suas atitudes egoístas e arrogantes mostravam isso. Um ditado diz:
“Quando você vê o que Deus quer que você veja, você pode fazer o que Deus quer
que você faça”.
3.2.
Preserva as ovelhas.
Ao
perder a primeira investida contra Ai, como um líder, Josué colocou em risco a
vida de suas “ovelhas”. Por ouvir o “conselho” de homens, não se importou em
ouvir a Deus. Essa insubmissão custou caro a Josué, pois trinta e seis pessoas
perderam a vida naquela batalha; uma derrota significativa para Josué. O
discípulo verdadeiro tem responsabilidade em gerar e cuidar, pois se não o
fizer, Deus o cobrará [Jr 23.1-4]. Jesus deixa claro que guardou todas as
ovelhas que Deus o deu, e nenhuma se perdeu [Jo 17.12a).
A liderança de Diótrefes era equivocada. Ele não se espelhava em
Jesus, por isso cometeu tantos erros. Era orgulhoso em vez de humilde. Sem
humildade, Cristo não pode ser representado no pastorado. O verdadeiro êxito de
um discípulo passa pela cruz. A cruz da agonia interior, das críticas, do
fracasso, do abandono pelos amigos e das injustiças [Mt 26.36-39]. Essa cruz é
necessária porque ela realiza em nós a morte do ego e tornar transparente aos
olhos de todos, a justiça e a força de Deus. Tudo que Diótrefes precisava para
ser um líder segundo o coração de Deus. Preocupava-se consigo mesmo e não com o
outro, o que é dever pastoral.
3.3.
Cumpre o propósito divino.
O
propósito divino para Josué era vencer Aí, mas ele perdeu. O fato de Josué não
saber que Aca havia roubado o ouro que estava sob a proibição [Js 7.1-13],
mostra que Josué não havia buscado Deus antes de invadir a cidade, senão o
Senhor o teria avisado [Am 3.6-7]. Para cumprir o propósito divino em Ai, Josué
agora busca a Deus e recebe a garantia da vitória na batalha, após ouvir as
estratégias do Senhor [Js 8.1-2]. Um discípulo verdadeiro ouve as instruções de
seu Mestre.
Um discípulo arrogante como Diótrefes não se preocupa em cumprir o
propósito de Deus, ele pensa apenas nos seus planos. Deus não se preocupa com a
força humana, mas com o caráter. Ele ajuda todos que O buscam em suas
fraquezas. Quanto mais reconhecemos e confessamos perante o Senhor as nossas
falhas, mais Deus usará isso para o propósito dele. Pastor Philip Gulley: “Em
vez de ver Deus como alguém que me ajuda a realizar meus propósitos, deve ser
minha alegria ajudá-lo a cumprir o Seu propósito, buscando o crescimento de
todos”.
EU ENSINEI QUE:
O
verdadeiro discípulo conhece os objetivos de Deus, sujeita-se a Ele e trabalha
para que seu chamado seja eficiente junto à igreja.
CONCLUSÃO
Deus
não procura pessoas fortes, mas alguém que seja fortalecido nEle. Deus não quer
discípulos de aparência como Diótrefes, mas de essência, comprometidos e
amáveis como João, Gaio e Demétrio para realizar Seus propósitos.
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