🎓 Classe:
JOVENS ✍Revista: Do professor - CPAD
✍Trimestre: 4° de 2023
✍Título: A Prova da Vossa Fé: Vencendo a Incredulidade para uma
Vida Bem-Sucedida
Comentarista: Pr. Eduardo Leandro Alves
TEXTO
PRINCIPAL
"Porque
o SENHOR é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de
geração a geração." (SI 100.5)
RESUMO
DA LIÇÃO
O
pecado de desobediência de Adão e Eva trouxe toda a sorte de males para a humanidade
e a criação.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA
- Ne 6.2
Pessoas
más intentam fazer o mal
TERÇA
- Jó 15 34,35
O
ajuntamento dos hipócritas
QUARTA
- Sl 10.17
A
boca do homem mau
QUINTA
– Pv 414
Não
ande pelo caminho dos maus
SEXTA
- Pv 24.1
Não
tenhas inveja do homem maligno
SÁBADO
- Pv 24 8
Mestre
dos maus intentos
OBJETIVOS
•
EXPLICAR
o mal moral e físico;
•
DESTACAR
o ensino a respeito de Deus e do mal;
•
DESPONTAR
a respeito do sofrimento do cristão.
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor (a), estudaremos a respeito do mal moral e
físico. Deus não criou o mal e sabemos que ele adentrou no mundo pela
desobediência do primeiro casal. Quando Adão e Eva comeram do fruto proibido,
eles perceberam que estavam nus e procuraram se esconder da presença de Deus
(Gn 3.7,8). Era a ruptura imediata da comunhão com Deus e a entrada do mal no
mundo. Mas Deus na sua bondade e misericórdia anunciou a vinda do Redentor. Foi
por causa da desobediência que o pecado entrou no mundo e, com ele, a morte e
toda a sorte de males (Rm 5.12).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), inicie a lição fazendo as seguintes perguntas: “O
que é pecado?” "Quando o pecado entrou no mundo?" Ouça os alunos e
incentive a participação de todos.
Explique que a palavra pecado significa 'transgressão deliberada
e consciente das leis estabelecidas por Deus. Errar o alvo estabelecido pelo
Criador ao homem. 0 pecado moral é a deliberação consciente e intencional de se
resistir a vontade de Deus. Não se trata de um simples pecado ou de uma
transgressão ordinária; é uma rebeldia movida pelo orgulho e pelo não
reconhecimento da soberania divina" (Dicionário Teológico. Rio de Janeiro:
CPAD, p. 235).
TEXTO
BÍBLICO
Salmos 34.12-22
12
Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem?
13
Guarda a tua língua do mal e os teus lábios, de falarem enganosamente.
14
Aparta-te do mal e faze o bem; procura a paz e segue-a.
15
Os olhos do SENHOR estão sobre os justos; e os seus ouvidos, atentos ao seu
clamor.
16
A face do SENHOR está contra os que fazem o mal, para desarraigar da terra a
memória deles.
17
Os justos clamam, e o SENHOR os ouve e os livra de todas as suas angústias.
18
Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de
espirito.
19
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.
20
Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.
21
A malícia matará o ímpio, e os que aborrecem o justo serão punidos.
22
O SENHOR resgata a alma dos seus servos, e nenhum dos que nele confiam será
condenado.
INTRODUÇÃO
Para
alguns filósofos, teólogos e religiosos, a questão do mal é motivo de muita
discussão. Para muitos, um dos grandes problemas relacionados à fé cristã está
em conciliar a presença do mal e do sofrimento com a bondade e a perfeição de
Deus. Eles acreditam que não existe uma definição precisa do que seja o mal,
assim como não há uma definição para o que é bem. O mal e o bem dependem dos
valores e crenças de cada pessoa. Será essa afirmativa verdadeira? É o que
veremos na lição deste domingo.
I -
O MAL MORAL E FÍSICO
1.
De acordo com a Bíblia.
A
Palavra de Deus afirma que Deus é bom e que Ele criou o homem e o mundo
perfeito (Gn 1.31). O mal, tanto o físico quanto o moral, tiveram seu início na
Queda, narrada no terceiro capítulo do livro de Gênesis. Todo o mal que vemos
hoje é uma consequência do pecado de Adão e Eva (Gn 3.16-19).
Separada
de Deus pelo pecado, a humanidade ficou em um estado de sofrimento e vergonha.
Ao desobedecer deliberadamente a Deus, o ser humano ficou preso ao pecado e as
suas nocivas consequências. Todo o pecado é contra Deus e a sua vontade e,
portanto, jamais pode vir dEle.
A
decisão de Adão e Eva envolvia uma escolha pessoal acerca do mal e do bem. O
primeiro casal era livre para tomar suas decisões, entretanto, o Deus bondoso
já havia alertado para o perigo da desobediência ao afirmar: “da árvore da
ciência do bem e do mal, dela não comerás” (Gn 2.17).
2.
De acordo com a filosofia.
Antes
de falara respeito do mal, observe o que o filósofo Aristóteles entendia como
bem: “é aquilo que todos os seres aspiram; o bem é desejável quando ele
interessa a um indivíduo isolado, mas seu caráter é mais belo e mais divino
quando se aplica a um povo e a Estados inteiros,” Para alguns filósofos
escolásticos (um método ocidental de pensamento crítico, com origem nas escolas
monásticas cristãs, que concilia a fé cristã com um sistema de pensamento
racional especialmente o da filosofia grega) o bem designa o Ser que possui a
perfeição absoluta: Deus. Enquanto no conceito da ética, o bem designa aquilo
que é conforme às normas da moral. O mal, por sua vez, vai designar, em um
sentido geral, tudo o que venha a ser negativo, nocivo ou prejudicial a outra
pessoa.
3.
De acordo com a ética secular e cristã.
A
ética secular está fundamentada em valores materialistas e relativistas, onde o
bem e o mal dependem do ponto de vista de cada pessoa. Já a ética cristã tem
como fundamento as Escrituras Sagradas e seu objetivo é aperfeiçoar a nossa
vida de comunhão com Deus e o nosso testemunho cristão perante a sociedade na qual
estamos inseridos. Ela mostra que o Deus Trino é santo e imutável e criou tudo
perfeito.
A
ética cristã trata das três esferas principais do homem: a moral, a social e
espiritual. Os israelitas caíram no deserto por não observarem a lei moral que
havia sido outorgada pelo Senhor. Não podemos deixar de lado estes fatos
bíblicos, pois nos revelam o perigo de não vivermos o ideal ético do Reino de
Deus instituído por Jesus Cristo (1 Co 10.5). A corrupção moral tem causado
terríveis consequências para toda a sociedade. Não podemos nos conformar com o
pensamento deste mundo (Rm 12.1). É preciso dizer "não" ao hedonismo,
ao relativismo ético e a tudo que nos leva a pecar e assim nos afastar de Deus.
Somos o “sal da terra" e a “luz do mundo” deste século, vivamos como tal
(Mt 5-13.14).
SUBSÍDIO 1
“Um dos mais profundos problemas da Teologia e da Filosofia é a
existência e a ação do mal. Ao longo da História, o mal tem sido motivo de
estudo, pesquisa e discussão, de modo especulativo, mas também de maneira
séria. Haja vista o poder do mal impor-se de modo natural na experiência
humana, a preocupação com a sua origem desafia a inteligência e aguça o
interesse em descobri-lo na sua essência.
Neste campo da realidade universal do mal entra a história da
raça humana através da primeira criatura: o homem. Este, por seu
livre-arbítrio, cai na rede de engano do agente do mal, o Diabo, e pratica o
pecado de rebelião contra o Criador.
A questão do mal é tratada na Bíblia a partir do relato do livro
de Gênesis sobre a Queda do homem. O relato histórico descreve o princípio da
tentação ao homem e seu pecado, trazendo maldição para a sua vida pessoal e a
toda a humanidade. Na teologia cristã, a doutrina do pecado ocupa grande espaço
porque o Cristianismo é a religião da redenção da raça humana. De todas as
doutrinas bíblicas, três delas são de vasta amplitude porque tratam de Deus, do
pecado e da redenção. Existe uma inter-relação entre essas três doutrinas. É
impossível tratar do pecado sem mencionar a redenção do pecador e, naturalmente,
a sua relação com a sua fonte: Deus."
II -
DEUS E O MAL
1.
Deus é mau?
Não!
Ele é bom, santo, justo e tem todo o poder: “Eu formo a luz e crio as trevas:
faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas (Is 45.7)"
Muitos têm se utilizado erroneamente desse texto do profeta Isaías para afirmar
que o mal e o bem procedem de Deus. Sabemos que o caráter de Deus é benigno:
“bom e reto é o SENHOR; pelo que aponta o caminho aos pecadores" (Sl 25.8).
O
Senhor é bom e sabemos que existe a lei da semeadura e da colheita, ou seja,
este princípio afirma que a humanidade colhe o que planta. É a lei da causa e
do efeito. Elifaz, um dos amigos de Jó, faz uso desse princípio ao afirmar:
“Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso
mesmo” (Jó 4.8). Encontramos tal princípio no livro de Salmos, onde os salmistas,
em vários poemas, afirmavam que Deus é bom e justo, por isso, ELe recompensa os
bons e pune os maus (SI1.6). No Novo Testamento também encontramos tal princípio
no texto de 1 Pedro 3.12.
2.
Deus é um ser em equilíbrio?
Há
também aqueles que utilizam o texto de Isaías citado acima para afirmar que
Deus é um ser em “equilíbrio”; Ele é tanto bom como mau. No entanto, sabemos
que o Deus verdadeiro não é um conjunto de forças opostas. Ele é perfeitamente
bom, e não contém nada de mau, conforme nos diz o apóstolo João: “Deus é luz, e
não há nele treva nenhuma" (1 Jo 1.5).
3.
Deus não criou o mal moral.
Deus
não criou o mal no sentido moral As Escrituras Sagradas afirmam que: “Porque tu
não és Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal"
(Sl 5.4,5), Deus não tenta ninguém, pois segundo o profeta Isaías Ele é “Santo,
Santo, Santo” (Is 6.3).
A
palavra "mal" em Isaías 45.7 se origina de uma palavra que pode ter
vários sentidos. Neste contexto e em outros onde Deus faz ou traz o mal, a
palavra significa “calamidade” ou “punição”, sendo o oposto de paz. Deus usaria
Ciro para “abater as nações" (Is 45.1). Já no versículo 8, Deus promete
salvação (paz) e justiça (punição ou mal). Outros trechos usam a mesma
linguagem.
Os
males que Deus ameaçou trazer sobre Judá em 2 Reis 22.16 foram punições pelo
pecado. Tal verdade revela justiça e não maldade. Deus não é o criador do mal
moral, entretanto como um Deus santo, Ele traz juízo ao pecador (Rm 3.23).
SUBSÍDIO 2
“Ao longo da história, a preocupação com a existência do mal tem
provocado muitas perguntas e respostas. O problema da presença do pecado no
Universo é discutido por filósofos, sociólogos e teólogos. Especialmente, no
campo da filosofia, há muitas teorias que tentam em vão analisar e definir o
que é pecado.
Há opiniões extremamente especulativa e arbitrárias sobre esse
assunto. Por isso, ao trazê-las à tona neste estudo, queremos destacar dois
elementos auxiliares para o estudo do pecado. O primeiro trata da natureza
metafísica do pecado, e o segundo, de sua natureza moral. Surgem, então, as
questões: O que é aquilo que denominamos pecado? Seria uma substância, um
princípio ou um ato? Significaria privação, negação ou defeito? Seria alguma
coisa relacionada com sentimentos? Essas perguntas se relacionam com a natureza
metafísica do pecado. Mas, e as questões sobre a natureza moral do pecado? Como
o pecado se relaciona com a lei de Deus? Algumas teorias sobre a natureza do
pecado são apresentadas ao longo da história, no estudo progressivo das
doutrinas cristãs. Algumas dessas teorias são incoerentes com a realidade
bíblica do pecado e, por isso, heréticas.
A primeira teoria filosófica e antibíblica que mencionaremos é a que
ensina a existência de um eterno princípio do mal. Ela se difundiu e foi
introduzida na igreja nos primeiros séculos da Era Cristã. Para alguns, esse princípio
original do mal se identificava como um ser pessoal. Trata-se do gnosticismo,
tal princípio original do mal se identificava como um ser pessoal. Trata-se do
gnosticismo. Para outros, seguidores do gnosticismo tal princípio era uma
substância, uma matéria eterna.”
III
- O CRISTÃO E O SOFRIMENTO
1.
O problema do sofrimento.
Vivemos
em uma sociedade hedonista, onde as pessoas afirmam não ser plausível pensar
que um Deus que é amoroso e bondoso permita o sofrimento. As Escrituras
Sagradas não descartam o sofrimento, pois segundo o profeta Isaías, o Messias
seria um homem de dores (Is 53). Vivemos na era da autoajuda, da confissão
positiva, dos coach etc. Estes querem banir a dor e sofrimento da existência
humana. Entretanto, se esquecem de que Jesus declarou: "No mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo” (Jo 16.33). Veja o que H. Dieterlen afirmou
depois de meditar a respeito do sofrimento do justo: “tudo depende do modo por
que se sofre. Mas Deus sempre tem um pensamento de amor nas tristezas que nos
envia”. Sabemos que no final todas as coisas concorrem para o bem daqueles que
amam a Deus e que nEle confiam (Rm 8.28).
2.
O sofrimento.
Lutero,
em um debate no qual retomou os ensinamentos do apóstolo Paulo sobre a mensagem
da cruz, afirmou que “Deus somente pode ser encontrado no sofrimento e na
cruz”. Assim, cruz e sofrimento significam, em primeiro lugar, o que Cristo fez
por nós, mas também o sofrimento do cristão. Para o cristão, Deus entende e
conhece nossa dor e Ele não se ausenta de nós em meio às aflições.
Não
podemos nos esquecer de que o pecado sempre causará sofrimento para o homem,
independente da sua crença religiosa; basta ver o que ocorreu com Adão e Eva
logo após pecarem (Gn 3).
3.
Deus é maior que todo o sofrimento.
Deus
é soberano e maior do que toda dor que venhamos enfrentar. Ele nos ama e não
nos abandona em meio ao nosso sofrimento. Jó foi provado pela dor, entretanto
no fim de tudo viu o quanto o Senhor é poderoso (Jó 42.2). Eliú, um dos amigos
de Jó, afirma que “Deus é grande, e nós o não compreendemos” (Jó 36.26). Em uma
tentativa de explicar a grandeza e a majestade do Senhor, ele fala a respeito
da ação de Deus nas quatro estações do ano. O Deus que controla as estações do
ano é o mesmo que tem o controle das nossas vidas. Ele não erra. Confie no
Senhor e você verá que assim como o verão, o outono, o inverno e a primavera
são sazonais, assim são os momentos difíceis da vida.
CONCLUSÃO
Deus
criou um mundo perfeito e bom. 0 mal e o sofrimento entraram no mundo como uma
consequência da Queda, o Criador está sempre disposto a agir com generosidade
para com a sua criação, entretanto o pecado cega o entendimento das pessoas e
elas não conseguem crer que Ele é justo e não pode tolerar o pecado. O pecado é
repugnante diante de Deus e merece ajusta punição. Mas Deus é sempre bom; a
bondade é um dos seus atributos.
HORA
DA REVISÃO
1.
Quando o mal físico e moral teve início?
O
mal, tanto o físico quanto o moral, tiveram seu início na Queda, narrada no
capítulo três do livro de Gênesis.
2.
Segundo a lição, o mal é uma consequência de quê?
Da
Queda,
3.
Defina o bem segundo Aristóteles.
O
filósofo Aristóteles, entendia como bem "aquilo que todos os seres
aspiram: o bem é desejável quando ele interessa a um indivíduo isolado, mas seu
caráter é mais belo e mais divino quando se aplica a um povo e a Estados
inteiros."
5.
Qual o fundamento da ética cristã?
A
ética cristã tem como fundamento as Escrituras Sagradas e seu objetivo é
aperfeiçoar a nossa vida de comunhão com Deus e o nosso testemunho cristão
perante a sociedade na qual estamos inseridos.
5.
O que Lutero afirmou a respeito do sofrimento humano?
Ele
afirmou que “Deus somente pode ser encontrado no sofrimento e na cruz."
CONCLUSÃO
Deus
criou um mundo perfeito e bom. O mal e o sofrimento entraram no mundo como uma
consequência da Queda, o Criador está sempre disposto a agir com generosidade
para com a sua criação, entretanto o pecado cega o entendimento das pessoas e
elas não conseguem crer que Ele é justo e não pode tolerar o pecado. O pecado é
repugnante diante de Deus e merece ajusta punição. Mas Deus é sempre bom; a
bondade é um dos seus atributos.
DICAS DE LEITURAS
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