Lições Bíblicas BETEL: 3°
Trimestre de 2023 | REVISTA: Profetas Menores do Antigo
Testamento: Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus.
Anunciando a esperança da salvação através do Messias.
TEXTO ÁUREO
"E disse: Na
minha angústia, clamei ao Senhor, e ele me respondeu." Jonas 2.2a
VERDADE PRÁTICA
Mesmo que pareça
absurdo ou diferente do que pensamos, devemos ser obedientes ao chamado divino.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Apresentar o
cenário da mensagem do profeta Jonas.
2. Estudar acerca da
fuga do profeta Jonas.
3. Extrair lições do
livro de Jonas para os nossos dias.
TEXTO DE REFERÊNCIA
JONAS 1
1. E veio a palavra
do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2. Levanta-te, vai à
grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3. E Jonas se
levantou para fugir de diante da face do Senhor para Társis; e, descendo a
Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu
para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do Senhor.
8. Então lhe
disseram: Declara-nos tu, agora, por que razão nos sobreveio este mal. Que
ocupação é a tua? E donde vens? Qual é a tua terra? E de que povo és tu?
LEITURA COMPLEMENTAR
SEGUNDA | Êx 33.19: A misericórdia de Deus.
TERÇA | 1Sm 15.22: Obedecer é melhor do que o sacrifício.
QUARTA | SI 40.8: Deleito-me em fazer a tua vontade
QUINTA | Mt 7.21: Devemos fazer a vontade de Deus.
SEXTA | At 5.29: Importa obedecer a Deus do que aos
homens.
SÁBADO | Rm 5.20: A maravilhosa graça de Deus.
HINOS SUGERIDOS: 205,
253, 283
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore a Deus por mais
misericórdia e compaixão pelo próximo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1. O cenário da
mensagem do profeta Jonas
2. A fuga do profeta
3. Jonas para hoje
Conclusão
INTRODUÇÃO
O profeta Jonas fugiu
do chamado de Deus para pregar aos ninivitas, achando ser possível tal coisa,
pois em seu coração achava que aquele povo não merecia ser poupado do castigo
divino, caso viessem a se arrepender.
PONTO DE PARTIDA
Devemos ser
obedientes ao chamado divino.
1. O CENÁRIO DA
MENSAGEM DO PROFETA JONAS
Nínive era capital do
reino da Assíria na antiga Mesopotâmia, atualmente ela encontra-se no norte do
Iraque. Era uma cidade de muitas imoralidades e exploração de pessoas com o
trabalho escravo, além do estilo de vida violento, cruel e desumano [Na 3.1].
Nesse cenário, onde todo o tipo de barbaridade imperava, somado ao forte
antagonismo entre Nínive e Jerusalém, Deus envia o profeta Jonas como Seu mensageiro
para anunciar o julgamento divino contra aquele povo.
1.1 Conhecendo um
pouco mais o profeta. O nome Jonas significa “pomba”.
Isso pode ser uma
analogia de sua missão como mensageiro, da mesma forma como esse animal era
usado em épocas remotas para levar mensagens entre pessoas em terras distantes.
Jonas era filho de Amitai [Jn 1.1 ] e natural de uma pequena vila de Gade-Hefer
[2Rs 14.25], no distrito de Zebulom. Essa área era conhecida pela pluralidade
de povos e suas diversidades culturais e religiosas. Segundo alguns estudiosos,
estar familiarizado com costumes pagãos e tão avessos aos costumes de seu povo,
teria sido uma estratégia divina para enviar Jonas à cidade de Nínive como Seu
mensageiro.
Manual Bíblico -
Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 297): “Não sabemos se
Jonas escreveu, ou se foi outra pessoa que o fez. Mas a história é sobre
“Jonas, filho de Amitai”, um profeta galileu, de uma aldeia próxima a Nazaré.
Este mesmo “Jonas, filho de Amitai” é identificado como um profeta que apoiou
os sucessivos esforços do rei Jeroboão para expandir as fronteiras de Israel no
final dos anos 700 a.C. [2Rs 14.25]. (...) A afirmação de que Nínive “era” uma
grande cidade [Jn 3.3] sugeriría que o livro foi escrito depois que a Babilônia
destruiu a cidade, em 612 a.C.”
1.2 A mensagem do
profeta.
A mensagem do profeta
era, em sua essência, absolutamente condenatória. Ele deveria informar aquele
povo sobre a ira de Deus como resultado de suas ações pecaminosas e perversas.
Na fala do profeta há um tempo determinado por Deus para que a cidade de Nínive
fosse destruída: “E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e
pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.” [Jn 3.4]. Uma
mensagem breve, simples e objetiva. Uma mensagem sem rodeios, justificativas ou
exceções, possivelmente tenha sido essa a fórmula que a tornou tão
eficaz.
Ev. Valdilon
Ferreira Brandão (Revista Betei Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 27): “A cidade
de Nínive era uma das mais importantes cidades da época [Jn 3.2], ficava
situada às margens do Rio Tigre e foi edificada por Ninrode [Gn 10.11].
Tornou-se capital do Império Assírio por ordem de Senaqueribe em 681 a.C. O
profeta Naum profetizou a sua destruição, que veio a acontecer em 612 a.C.
através dos medos e persas. (...) “Ainda quarenta dias e Nínive será
subvertida”. Esta era a única palavra que Jonas tinha para aquele povo que Deus
tanto amava, palavra incondicional, apocalíptica e de desgraça total.”
1.3 A resistência de
Jonas ao chamado.
Deus disse a Jonas:
“Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua
malícia subiu mim. [Jn 1.2], Humanamente falando, não é difícil entender por
que essa não foi uma tarefa fácil de cumprir. Assim como Oséias e outros
profetas, Jonas também teve uma missão desafiadora. Ele precisava ir ao
“território inimigo” e pregar uma mensagem de destruição a um povo poderoso e
violento. Como já dito anteriormente, a truculência daquele povo era o que os
mantinha no poder e no domínio de outras nações. O medo e a barbárie eram as
ferramentas de dominação dos assírios. Como enfrentar esse povo em seu
território e ainda com uma mensagem que anunciava o seu extermínio?
Desmond Alexander
(Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias - Introdução e comentário,
Vida Nova, 2001, p. 113) comenta sobre a fuga de Jonas: “A reação de Jonas é
imediata: o verbo inicial (...) “ele se levantou”, corresponde ao imperativo
inicial da ordem divina. Entretanto, as palavras seguintes revelam de modo
impressionante que Jonas, na verdade, não tem nenhuma intenção de obedecer às
instruções de Deus. Convocado para ir em direção ao oriente, ele prefere fugir
na direção oposta. O destino de sua escolha é a cidade de Társis (localizada
provavelmente no sudoeste da Espanha).
EU ENSINEI QUE:
Muitos resistem ao
chamado de Deus. Contudo, Deus continua nos chamando ao serviço de anunciar a
mensagem de Boas Novas.
2. A FUGA DO PROFETA
Mediante ao desafio
da missão que recebera de Deus, Jonas elaborou um plano para que pudesse se
eximir, evitando um confronto com o Senhor. Em sua limitação, julgou haver a
possibilidade de não cumprir aquele chamado sem maiores prejuízos pessoais. A
fuga para um lugar longe de toda aquela missão impossível aos seus olhos, foi o
ingênuo plano do profeta [Jn 1.3].
2.1. Jonas e o grande
peixe.
O fato de algumas
traduções do texto bíblico usarem a palavra “baleia”, ao invés de grande peixe,
como em outras traduções, tem sido motivo de grandes discussões, erros e muito
ceticismo entre as pessoas. De acordo com alguns dicionários gregos, a palavra
grega subjacente, que é traduzida como “baleia”, é a palavra ketos e é
definida amplamente como “uma grande criatura marinha” (NEWMAN, 1971, p. 100),
“monstro marinho” (DANKER, et al„ 2000, p. 544), ou “peixe enorme” (VINE, 1952,
p. 209). Entretanto, o fato mais importante a ser ressaltado é que não importa
o quão longe o homem esteja de Deus e de Sua vontade, ainda assim o Senhor
poderá alcançá-lo e trazê-lo novamente para junto de Si [SI 139.9-10].
N. Champlin: “Yaweh, porém, não
tinha rompido definitivamente com Seu profeta. Ele nomeou um grande peixe
(tradicionalmente uma baleia) para que cuidasse de Jonas. E o grande peixe
engoliu o pobre Jonas, aumentando assim a duração da sua vida. No ventre do
grande peixe, Jonas podia sobreviver por mais tempo do que dentro da água.”
2.2. A segunda
chamada de Jonas.
Jonas, arrependido,
orou e Deus ouviu a sua oração: “E disse: Na minha angústia, clamei ao Senhor,
e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz.” [Jn
2.2], Uma vez que o Senhor havia lhe poupado a vida, o profeta tem a
oportunidade de retomar os planos iniciais do seu ministério; que eram os
planos de Deus e não os seus. Depois que o grande peixe vomitou o profeta em
terra firme, ele ouviu pela segunda vez a ordem divina para ir a Nínive [Jn
3.1-2]. Apesar dos imprevistos vividos por Jonas, o local, os destinatários e a
mensagem eram as mesmas. Nada foi alterado por causa dos temores ou da
incompreensão de Jonas.
Myer Pearlman
(Através da Bíblia - Editora Vida); “Os ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom,
parte humana e parte peixe. Acreditavam que Dagom tinha saído do mar, fundado
sua nação e que enviava para eles mensageiros do mar de tempos em tempos. Se
Deus, pois, lhes houvesse de enviar um pregador, nada mais razoável que
trouxesse seu plano a nível de conhecimento dos assírios, mandando-lhes um
profeta que saiu do mar.”
2.3. O arrependimento
em Nínive.
Ao ouvir a mensagem,
todo o povo creu em Deus, humilhando-se e jejuando, mostrando arrependimento
por suas más ações. Do rei até o mais carente do povo, incluindo os animais,
todos ficaram cobertos de roupas de sacos e sobre cinzas [Jn 3.5-9]. O
improvável, aos olhos do profeta, aconteceu: a perversa, imoral e idólatra
Nínive se arrependeu e se converteu. A pregação de Jonas resultou em um grande
avivamento naquele lugar, pois mais de cento e vinte e mil pessoas voltaram-se
para Deus, ouvindo uma mensagem de sete palavras: “Ainda quarenta dias, e
Nínive será subvertida” [Jn 3.4]. Nem entre o seu povo, Jonas tinha presenciado
tamanho feito, já que repetidas vezes foi dito a respeito dos dezenove reis
idólatras de Israel: “...e fez o que parecia mal aos olhos do Senhor”.
Esdras Bentho &
Reginaldo Plácido (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p.
538) comentam sobre o milagre do arrependimento de Nínive [Jn 3.5-9]: “Os
ninivitas deram crédito à mensagem de Jonas, da parte de Deus, reconhecendo
Yahweh como o Deus verdadeiro. (...) O arrependimento de Nínive não foi parcial;
todas as classes sociais participaram, do menor ao maior. (...) O único
fundamento que descansava a sua fé era o fato de Deus ter enviado quem os
prevenisse, em vez de destruí-los de uma vez; isso sugeriu- -lhes uma
possibilidade de perdão.
EU ENSINEI QUE:
A missão do servo de
Deus é anunciar a Sua Palavra para que o Espírito Santo convença o pecador do
juízo e da justiça divina, capacitando-o a crer na salvação em Jesus.
3. JONAS PARA HOJE
Mesmo pessoas que
nunca leram a Bíblia já ouviram falar de Jonas em algum momento, sabem alguma
coisa a respeito desse profeta, nem que seja sobre ele e a “baleia”. Assim como
Jonas, de alguma maneira também já tentamos fugir dos propósitos e das ordens
de Deus para cumprir nossa missão.
3.1. O poder de
Deus.
O livro do profeta
Jonas evidencia de forma extraordinária, inquestionável e inequívoca o poder de
Deus. A experiência vivenciada pelo profeta demonstrou o poder de Deus sobre a
natureza quando enviou a tempestade [Jn 1.4] e a acalmou [Jn 1.15]; também ao enviar
o grande peixe para resgatá-lo e ao devolvê-lo em segurança na praia [Jn 1.17;
2.10]; da mesma forma quando acelerou o crescimento de uma planta, a
aboboreira, e usou um verme para destruí-la numa demonstração pedagógica de que
nada foge ao Seu controle [Jn 4.6]. O salmista teve essa compreensão ao
escrever: “Tu me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é
para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir.” [SI 139.5-6]. O
Senhor é o Deus Todo-Poderoso que fez os céus, o mar e a terra [Jn 1.9]; apesar
de todo poder, é um Deus misericordioso e compassivo, sempre pronto a
reconciliar-se com o homem mediante ao seu arrependimento [Jn 4.2b].
N. Champlin: “Yaweh-Elohim (o Deus Eterno e Todo-Poderoso)
exerceu Seu controle sobre a natureza, fazendo crescer uma espetacular planta
de “cuia” (conforme dizem algumas versões), a qual deu a Jonas sombra e abrigo.
Tornou-se essa planta outro fato da misericórdia de Deus, o tema do cântico de
Jonas. O pobre Jonas sentia-se mais confortável em sua miséria, enquanto a cuia
bloqueava os raios de sol. Finalmente, Jonas encontrou alguma coisa que o
deixou feliz, a saber, a planta da cuia.
3.2. Arrependimento
produz mudanças.
Jesus declarou: “Os
ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração e a condenarão, porque se
arrependeram com a pregação de Jonas” [Mt 12.41]. O verdadeiro arrependimento
produz mudança total no modo de viver. Arrependimento difere, em muito, de remorso.
Não são poucas as vezes em que as pessoas confundem arrependimento com remorso,
por isso é importante ressaltar que o remorso não produz mudança nas atitudes,
na maneira de pensar ou no desejo de não mais continuar na prática do pecado.
Aqueles que, mediante ao confronto com suas atitudes contrárias à Palavra de
Deus, se entristecem, inclusive com choro e lamentações, mas continuam a
praticá-las, demonstram claramente que não houve arrependimento genuíno.
Arrependimento significa mudança de mente, maneira de pensar e visão de mundo.
Quando alguém se arrepende, decide firmemente em seu coração agradar a Deus.
Bispo Abner
Ferreira (Revista Betei Dominical, 4o Trimestre de 2017) comentou sobre os
frutos do arrependimento bíblico: “As atitudes que sucedem após o
arrependimento determinarão a natureza dele. Tais procedimentos indicarão
inicialmente se foi um arrependimento profundo e sincero, ou se foi mera
experiência emocional (remorso), que em nada afetou a vida posterior. Enfim, o
genuíno arrependimento deve ser caracterizado por bons frutos, caso contrário,
tal experiência é imprestável. Alguns frutos destacados:
a) Abandono das
práticas do velho homem (despojar-nos do velho homem, renovar a mente e nos
revestir do novo homem);
b) A novidade de
vida (sempre nos comportar como diz a Escritura - Ef 5.8);
c) Diligência
(aponta para um viver não acomodado e passivo, mas em constante renovação - Rm
12.1-2).
3.3. Não fuja do seu
chamado.
O chamado de Deus
pode causar temor e desconforto para aqueles que fixam seu olhar apenas nos
desafios e obstáculos que precisarão enfrentar para cumprido. No entanto, a
vida de Jonas ensina aos servos de Deus que não se deve fugir ao Seu chamado,
qualquer que sejam os motivos que insistam em desencorajar ou desmotivar. O chamado
para obedecer a Deus deve superar qualquer tentativa da natureza humana em
fugir da responsabilidade que Ele deu. Só assim será possível entender que é um
privilégio servi-Lo, pois Ele quer usar Seus filhos, apesar de suas
limitações.
Lições Bíblicas (4°
Trimestre de 2012, Lição 6: Jonas - a misericórdia divina. Subsídios Ensinador
Cristão, CPAD): “Não raro, costumamos reprovar a atitude de Jonas
quanto à ordem de Deus. Mas quantas vezes não nos identificamos com Jonas e sua
rebeldia quando somos desafiados por Deus a obedecê-lo, e não o fazemos? Jonas
é, portanto, um espelho para cada cristão: não precisamos aguardar que Deus aja
de forma extrema conosco, como agiu com Jonas quando o conduziu a Nínive na
barriga de um grande peixe, para que possamos obedecer a Sua vontade, qualquer
que seja o mandado de Deus para nossas vidas.
EU ENSINEI QUE:
Sabemos que quem muda
os corações é o Espírito Santo. No entanto. Ele faz isto utilizando pessoas
falhas como eu e você.
CONCLUSÃO
A misericórdia e a
graça de Deus demonstrada para com os ninivitas, também pode ser percebida na
vida e no chamado do profeta Jonas, pois, mediante ao seu clamor, o Senhor o
ouviu, dando-lhe uma nova oportunidade, tirando-o das profundezas de sua
desobediência.
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