Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Lição 9 Vamos conhecer a 1ª Carta de João

Classe adolescentes: Vamos conhecer a 1ª  Carta de João

Escola Dominical, Classe: Adolescentes – 3° trimestre de 2023 – CPAD

Título: Grandes Cartas para Nós

Revista: do Professor

Comentarista: Rafael Luz

LEITURA BÍBLICA

1 João 2.14-17


A MENSAGEM

Eu escrevo essas coisas a vocês que creem no Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna. 1 João 5.13

 

Devocional

Segunda » Mc 12.29-34

Terça » Mt 24.23,24

Quarta » 1 Jo 2.1,2

Quinta » 2 Ts 2.3,4

Sexta » Tg 4.4-7

Sábado » 1 Jo 5.21

 

Objetivos

MOSTRAR uma visão panorâmica da Primeira Carta do apóstolo João;

APRESENTAR as mentiras dos falsos ensinadores;

INCENTIVAR os adolescentes a amarem a Deus.

 

Ei Professor!

O autor desta carta era bem íntimo de Jesus (Jo 21.20). Ele esteve com o Mestre em momentos especiais como no monte da transfiguração (Mt 17.1-13), na casa de Jairo (Lc 8.51), no Jardim do Getsêmani (Mc 14.32,33), no julgamento e na crucificação (Jo 18.15,16; 19.26,27). Ele viu o túmulo vazio (Jo 20.1-8), o Cristo ressuscitado (Jo 20.19-28; 21.1-24) e, quando Jesus subiu aos céus, estava com os demais discípulos testemunhando também esse fato (At 1.9-11). Ele escreveu também o quarto evangelho. Em ambos os livros, há uma ênfase em temas como amor, luz, verdade, testemunho e filiação, bem como o uso de contraste entre luz e trevas, verdade e mentira, amor e ódio, vida e morte.

 

Ponto de Partida

Prezado professor, no momento da preparação da aula é importante que você selecione um recurso didático (quadro, apresentação em PowerPoint, grupos de debates, dramatização, dinâmicas etc.) para estimular o interesse, desenvolver a criatividade e prender a atenção dos seus alunos no conteúdo abordado. Pensando nisso, sugerimos uma pesquisa na internet em busca de dinâmicas que tratem do assunto estudado no tópico 3: Não amem o mundo, amem a Deus. Faça algo simples, porém objetivo e impactante, a fim de que eles extraiam uma lição importante, aplicando-a às suas vidas. Boa aula!

 

Vamos Descobrir

Você já divulgou ou recebeu uma informação e depois ficou sabendo que era notícia falsa? Que tipo de sentimento essa notícia gerou em você? Indignação ou indiferença? Preocupação ou decepção? Na aula de hoje veremos que o apóstolo João ficou indignado ao tomar ciência de que uma informação falsa sobre Jesus estava sendo propagada na Ásia. Ele ficou tão preocupado com as consequências de tal mentira que escolheu combater o falso ensino dos hereges através de uma carta.

 

Hora de Aprender


I - ABRINDO A CARTA

1. Você sabe quem escreveu essa Carta?

A Carta, a princípio, é anônima. Isto porque seu autor escolheu não se identificar diretamente. Ele fez isso, possivelmente, por ser muito conhecido entre os leitores. Embora não assine a carta, o autor afirma ser um dos que se relacionavam com Jesus (1 Jo 1.5). Com base em evidências externas e internas e tradição da igreja, o autor da epístola é João, o filho de Zebedeu e Salomé (Mt 27.56; Mc 15.40), o qual, após a morte de João Batista, seu mestre, foi chamado por Jesus para deixar as redes e se tomar seu discípulo (Mc 1.19,20). Ele é o mesmo autor do quarto evangelho, das outras duas cartas subsequentes e do Apocalipse.

 

2. Para quem a Carta foi escrita?

Não há um destinatário específico. Entretanto, considerando que os últimos anos de vida do apóstolo João foram vividos na cidade de Éfeso, é provável que seu público alvo fossem os cristãos da Ásia Menor. Sua proximidade com esses irmãos era tão grande que se dirigia a eles com expressões afetuosas como “meus filhinhos” (1 Jo 2.1,12,14; 3.7,18; 4.4; 5.21). Sabemos que os leitores da carta eram crentes de todas as idades que precisavam ser confirmados no amor, na vida e na verdade.

 

3. Afinal de contas, por que a Carta foi escrita?

Escrita possivelmente da cidade de Éfeso, entre os anos 85 e 90, antes do exílio do apóstolo na ilha de Patmos, a Carta tinha pelo menos dois propósitos fundamentais: 

• Fortalecer os verdadeiros cristãos, conduzindo-os a uma compreensão mais profunda da fé e a uma confiança naquilo que eles já possuíam (1 Jo 1.3; 5.13);

• Combater os ensinos equivocados dos falsos mestres infiltrados na igreja (1 Jo 2.18,19; 4.1). Assim, podemos perceber que seu propósito era, ao mesmo tempo, teórico e prático. Por essa razão, os ensinamentos e exortações contidos nessa carta são tão oportunos e necessários para nós hoje.

 

I - AUXÍLIO TEOLÓGICO

A importância permanente desta epístola é o fato de que ela nos retrata, idealmente, a comunidade de crentes como uma unidade de vida na comunhão com Cristo, mediada pela palavra dos apóstolos, que é a Palavra da vida, Ela descreve essa comunidade como a esfera de vida e luz, de santidade e de justiça, do amor a Deus e aos irmãos; e como a absoluta antítese para o mundo, com as suas trevas e morte, a sua contaminação e as suas injustiças, o seu ódio e as suas mentiras. Todos os que são introduzidos em tal esfera devem, necessariamente, ser santos e justos, cheios de amor, e devem evitar o mundo e as suas luxúrias e desejos. Eles devem provar os espíritos, para saber se são de Deus, e evitar qualquer erro anticristão. Assim, a epístola descreve para a igreja de todas as gerações a natureza e os critérios da comunhão celestial, e adverte os crentes para que se conservem incontaminados pelo mundo” (BERKHOF, Louis. Introdução ao Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 279-280).

 

II - EM DEFESA DE CRISTO

A pessoa e a obra de Jesus Cristo, desde os tempos do Novo Testamento até os dias atuais, têm sido alvo de muitas incompreensões e mentiras. Há fortes indícios de que as congregações a quem João se dirige estavam sendo atacadas por um falso ensinamento, que negava a humanidade de Jesus. 

Tal ideia, provavelmente, derivava de uma escola de pensamento que os estudiosos identificam como “gnosticismo”. Esse termo é derivado da palavra grega gnosis, cujo significado é “conhecimento”.

 

Os gnósticos ensinavam uma espécie de salvação através do conhecimento místico e superior. Jesus e sua obra não eram suficientes para eles, pois acreditavam que era preciso algo mais. Os seus falsos ensinamentos se baseavam na premissa de que a matéria era essencialmente má e que somente o espírito era bom — ideia que não corresponde à verdade bíblica.

 

Os gnósticos consideravam que se a matéria era má, então, o Filho de Deus não poderia ter assumido um corpo humano de verdade. Assim, para eles, Jesus era apenas um espírito com aparência de ser humano. Razão pela qual, João os chama de inimigos de Cristo (1 Jo 2.18). O apóstolo combate tais heresias de forma veemente (1 Jo 2.22,23; 4.2,3). Assim como nós devemos fazer hoje, tendo cuidado, por exemplo, ao ouvir “pregações de redes sociais”, pois muitos influenciadores digitais são “simpatizantes” de Jesus e não servos verdadeiros.

 

Semelhantes aos hereges que João combateu, eles costumam destacar apenas um aspecto da vida de Jesus ou apenas uma parte do Evangelho. Para eles, Jesus é um ser iluminado, um exemplo a ser seguido, um mestre acima da média, um espírito evoluído etc. Mas nunca se esqueça de que para nós, Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Ele é o único Salvador, o verdadeiro Deus, Senhor dos senhores.

 

II - AUXÍLIO DEVOCIONAL

“Para saber se um profeta tem o Espírito de Deus, isto é, se a sua mensagem é a verdade de Deus, nós precisamos descobrir se ele confessa que Jesus Cristo veio em carne. Um verdadeiro ensinador de Deus crê que Jesus de Nazaré, conforme revelado nos Evangelhos, é o Messias de Deus, a única e exclusiva encarnação de Deus. Um verdadeiro ensinador ou pregador deve também ensinar que Jesus tornou-se um homem com um corpo humano. Deus, o Filho, era plenamente Deus e plenamente homem. Hoje, ele tem um corpo imortal e incorruptível. Um ensinador ou pregador que negue a humanidade completa e verdadeira de Jesus estará provando que não é um servo de Deus […]. Nesse contexto, recusar-se a confessar a Jesus significa negar a verdadeira pessoa de Jesus que é tanto Deus como homem. Aqueles que fazem isso não são de Deus. Portanto, existe somente uma outra fonte: o espírito que opera nos falsos profetas é o espírito do anticristo (1 Jo 2.18), o espírito do erro (4.6).” (Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 783)

 

III - NÃO AMEM O MUNDO, AMEM A DEUS

João faz uma advertência aos seus leitores: “não amem o mundo, nem as coisas que há nele” (1 Jo 2.15). Que mundo é esse que o apóstolo diz que não devemos amar? Certamente não é o mundo criado por Deus, no qual habitamos (Sl 24.1,2; At 17.24); muito menos a humanidade, que devemos amar e evangelizar (Jo 3.16; Mc 16.15). 

O mundo aqui referido é o sistema maligno e pecaminoso, sob a regência de Satanás (2 Co 4.4; 1 Jo 5.19), que se manifesta em valores, ideologias e comportamentos opostos à vontade de Deus; um modelo de vida marcado por um sistema moralmente corrupto que apoia o aborto, as drogas, as múltiplas formas de violência, a discriminação, a ganância, o uso irresponsável dos recursos naturais, a mentira e o prazer a qualquer custo (1 Jo 3.10). Esse sistema mundial de oposição à Deus se utiliza de três armadilhas para nos seduzir e derrubar:

 

Os maus desejos da natureza humana: um apelo para a vida e o prazer imediato, sem medir as consequências. Tais desejos impuros fluem de dentro para fora e se manifestam em pensamentos, palavras e ações (Mt 15.19,20);

 

A vontade de ter o que agrada aos olhos: trata-se do desejo intenso de adquirir bens materiais, que nasce da crença que a felicidade é encontrada nas coisas que se pode comprar com o dinheiro. Tal tentação começa a partir da cobiça do olhar humano (Gn 3.6; Sl 101.3);

 

O orgulho pelas coisas da vida: quando confiamos em nosso próprio poder e recursos e desprezamos a lei de Deus e a sua justiça (Pv 16.18; Lc 12.17-21). Deus nos livre dessas seduções! Nós, adolescentes cristãos, não podemos nos esquecer de que embora estejamos no mundo, não somos do mundo (Jo 17.13-16).

 

Como o navio está na água, mas a água não está dentro dele, caso contrário ele afundaria, assim também somos nós, pois vivemos nessa sociedade pecaminosa, mas o pecado não pode habitar em nosso coração.

 

As Escrituras nos ensinam a não sermos amigos do mundo (Tg 4.4) e a não nos conformarmos com o mundo (Rm 12.2), pois o amor ao mundo compromete o nosso amor a Deus. Não podemos servir a dois senhores (Mt 6.24). Como cristãos, devemos viver na luz (1 Jo 1.5-7), amar a Deus (1 Jo 2.5) e a nossos irmãos (1 Jo 2.10), bem como nos afastar do pecado (1 Jo 5.18).

 

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO

“O terceiro uso principal da palavra [MUNDO] é o que envolve a dimensão ética; e ele não apenas é o uso mais comum como também o mais significativo nos escritos de João. A ideia aqui é do mundo dos homens em rebelião contra Deus. Isso é o que poderíamos chamar de ‘o sistema do mundo’. Ele envolve os valores do mundo, seus prazeres, suas atividades e aspirações. João diz sobre esse mundo que ele está no maligno (1 Jo 5.19, que rejeitou a Jesus quando Ele veio (Jo 1.10), que não o conhece (1 Jo 3.1) e, consequentemente, que não conhece e assim odeia seus seguidores (Jo 15.18-21; 17.14) […]. Quando João diz que os cristãos não devem amar o mundo ou nada que está no mundo’, não está pensando tanto a respeito do materialismo (coisas, mas das atitudes que estão por trás do materialismo […]. Na verdade, João está pensando a respeito da ambição egoísta, do orgulho, do amor pelo sucesso ou o luxo e de outras características parecidas” (BOICE, Jam es Montgomery. As epístolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 74).

 

CONCLUSÃO

Hoje, vimos que Jesus não é um ser humano qualquer. Ele é o Deus que encarnou como ser humano para nos salvar. Qualquer tentativa de reduzi-lo a um aspecto da sua identidade é uma heresia, que deve ser combatida por nós. Jesus viveu aqui na Terra sendo plenamente Deus e plenamente homem. Amá-lo, servi-lo, obedecê-lo e adorá-lo são nossas mais inteligentes e espirituais escolhas.

 

VAMOS PRATICAR

1. Quem é o autor da Carta que estudamos nessa lição? João, discípulo de Jesus e apóstolo.

2. De onde, possivelmente, João escreveu essa Carta?

Ela provavelmente foi escrita na cidade de Éfeso.

3. Há fortes indícios de que as congregações a quem João se dirige estavam sendo atacadas por um falso ensinamento. O que esse falso ensinamento negava?

O falso ensinamento negava a humanidade de Jesus.

4. Como era conhecido o grupo que considerava a matéria má e Jesus apenas um espírito?

Eles eram chamados de gnósticos.

5. Como João chamou em sua Carta as pessoas que negavam a humanidade de Jesus?

João os chama de inimigos de Cristo

 

Pense Nisso

Esteja atento às inúmeras informações que você tem recebido, examinando-as à luz das Escrituras, tal como faziam os crentes de Beréia (Cf. At 17.11). Afinal, nem tudo o que dizem sobre Jesus e a fé cristã é verdadeiro. Infelizmente, muitos mentem e difamam por preconceito ou interesses inescrupulosos. Jamais se esqueça de que o seu coração tem um I dono: o único e verdadeiro Deus, que entregou seu Filho para morrer na cruz pelos nossos pecados.