Lições Bíblicas BETEL: 2°
Trimestre de 2023 | REVISTA: GÊNESIS – A segurança de viver pela fé nas
promessas de Deus
TEXTO ÁUREO
“E a
sua mão estendida está; quem, pois a fará voltar atrás?” Isaías 14.27b
VERDADE APLICADA
Persevere na fé em Jesus Cristo e na obediência à Palavra de Deus,
pois os desígnios do Senhor prevalecerão.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar como foi a escolha de uma esposa
para Isaque.
Apresentar Isaque como a continuação da
promessa.
Falar que o Deus de Abraão é o Deus de
Isaque
TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS
26
22
E partiu dali e cavou outro poço; e não porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o
seu nome Reobote, e disse: Porque agora nós alargou o Senhor, e crescemos nesta
terra.
23
Depois subiu dali a Berseba.
24
E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão,
teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a
tua semente por amor de Abraão, meu servo.
25
Então edificou ali um altar, a invocou o nome do Senhor, e armou ali a sua
tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Gn 17.18-19
O propósito de Deus
sempre prevalece.
TERÇA | Sl 105.1-11
Deus guardou o Seu pacto
com os patriarcas.
QUARTA | Mt 22.29-32
Deus de Abraão, de Isaque
e de Jacó.
QUINTA | Rm 9.6-13
A liberdade absoluta da
graça de Deus.
SEXTA | GI 4.27-28
Somos filhos da promessa,
como Isaque.
SÁBADO | Hb 11.20
Pela fé, Isaque abençoou
Jacó e Esaú.
HINOS SUGERIDOS: 28, 427, 519
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore
a Deus por mais confiança em Suas promessas.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1-
Uma esposa para Isaque
2–
Um novo patriarca
3–
Deus de Abraão, Deus de Isaque
Conclusão
INTRODUÇÃO
O
estudo sobre a vida de Isaque nos remete realidade de que, ao longo da nossa
peregrinação como discípulos de Cristo, enfrentaremos diversas situações,
requerendo de nós confiança, vigilância, perseverança a atenção quanto aos
princípios bíblicos que devem ser aplicados em cada situação, com a ajuda a
iluminação do Espírito Santo.
PONTO DE PARTIDA
– Os propósitos de Deus sempre se cumprem.
1. UMA ESPOSA PARA ISAQUE
A
mulher para Isaque deveria ser da linhagem piedosa de Sem. Esse era o principal
critério. Com isso Abraão se mostra sincronizado com o piano de Deus ao longo
da história para a vida do Salvador.
1.1.
Uma esposa para o filho escolhido.
“E
era Abraão já velho e adiantado em idade, e o Senhor havia abençoado a Abraão
em tudo.” [Gn 24.1]. Assim e o epílogo da vida de Abraão é a introdução da
história de Isaque. As bênçãos de Deus que acompanharam Abraão até o fim da sua
vida, seguiram o filho da aliança. Para que a corrente da promessa não fosse
quebrada, Abraão se preocupa com a perpetuidade de sua semente pensando numa
mulher para seu filho.
É
uma benção ter um pai que se preocupa com o futuro de seus filhos [Gn 25.5].
Mas Abraão está mais ocupado com o propósito de Deus para os seus descendentes
[Gn 24.7]. Sua iniciativa ao fim da vida não significa que ele não confia em
Deus para conduzir tudo. Demonstra que Abraão entendeu que Deus o chamou para
trabalhar junto com Ele.
Temos dificuldade de trabalhar com Deus. Ou achamos que devemos
fazer tudo sem Deus ou achamos que Deus não quer que façamos algo. Mas
acreditar na soberania de Deus é acreditar também em Seu desejo de nos incluir
ativamente em Seus propósitos. Deus pode fazer tudo sozinho, mas escolheu nos
envolver em Seus planos. Isso deveria nos motivar a confiar e trabalhar ao
mesmo tempo, rendendo toda glória a Deus pelos resultados das nossas mãos
sustentadas pelas dEle. Como nosso Pai Celestial, Deus tem alegria de ver nosso
interesse de trabalharmos com Ele!
1.2.
Um servo piedoso para uma tarefa preciosa.
O
servo a quem Abraão incumbiu esta importante tarefa era alguém igualmente
temente de Deus. Ele promete a Abraão não escolher para Isaque uma mulher
estrangeira [Gn 24.2-4, 9]. Ele pede a Deus graça e direção [Gn 24.12-14]. Ele
agradece a Deus pelo sucesso [Gn.24.26-27, 51-52]. Embora Eliézer não tivesse a
mesma intimidade com Deus que Abraão, seu senhor, pois ele diz “Ó Senhor, Deus
de meu senhor Abraão” [Gn 24.12], pelo testemunho de Abraão [Gn 24.7] ele tinha
muita confiança e dependência em Deus. Deus respondeu em detalhes a sua oração
[Gn 24.49-61].
Comentário Bíblico Moody – Gênesis: “Colocar a mão sob a coxa era atitude
solene, significando que se o juramento fosse violado, os filhos, mesmo os que
ainda não tinham nascido, vingariam o ato de deslealdade. Por meio do
juramento, o servo ficaria obrigado a maior diligência na obtenção de uma
esposa aceitável para Isaque. Abraão assegurou-lhe que receberia a ajuda de
Deus: Ele enviará o seu anjo, que te há de preceder, e tomarás de lá esposa
para meu filho.”
1.3.
O encontro marcado por Deus.
Isaque
perdera aquela que, até ali, fora a mulher mais importante da sua vida: sua
mãe. Deus estava para confortá-lo com aquela que a partir de então se tornaria
a mulher mais importante para os seus descendentes [Gn 24.67]. Quando Deus tem
propósito em nossa vida, nossa história nunca termina na dor. Seu coração se
alegra novamente. Ele conhece uma mulher maravilhosa em beleza e virtudes [Gn
24.62-65].
As
belezas físicas eram as últimas coisas que um pretendente conhecia de uma
mulher. Depois de sua origem, seu caráter, virtude e piedade eram as primeiras
qualificações que um servo de Deus buscava. Quão distante estamos disso hoje em
dia, onde o corpo é talvez a primeira e muitas vezes a única coisa que
pretendentes desejam conhecer.
Comentário Bíblico Moody – Gênesis: “Ora, Isaque saíra a orar no
campo” [Gn 24.63]. Isaque estava esperando a sua noiva perto de Beer-Laai-Roi,
onde Hagar encontrará esperança, alegria e orientação divina. Isaque precisava
de conforto [Gn 24.67]. É possível que Sara tenha falecido durante a ausência
de Eliezer. A narrativa descreve Rebeca literalmente saltando do camelo, em
atitude de respeito diante de Isaque e devida consideração por sua importância.
Rapidamente arrumou o seu véu, de acordo com as regras da etiqueta vigente. Uma
mulher comprometida devia permanecer com o rosto velado até que o casamento
fosse consumado. Só então seu esposo poderia olhar o seu rosto.”
EU ENSINEI QUE:
Os
servos de Deus precisam enxergar as escolhas de seus relacionamentos sob o
ponto de vista dos propósitos de Deus.
2. UM NOVO PATRIARCA
Abraão
concluiu o propósito da sua vida morrendo em boa velhice [Gn 25.7-8]. Mas o
propósito que Deus começou em Abraão não morreu com ele.
2.1.
Contando com um milagre.
Depois
da morte de seu pai, Deus abençoou Isaque [Gn 25.11]. Precisamos aprender isso.
As bênçãos de Deus para a nossa vida não se resumem à nossa vida. Têm sempre
propósitos maiores que afetam outros e futuras gerações. Semelhante à Sara,
Rebeca, esposa de Isaque, tinha o ventre estéril, e ele precisa de um milagre
de Deus para a continuação da promessa. Esta é a tônica insistente do Antigo
Testamento. A despeito de qualquer esforço humano, sem uma constante ação
soberana de Deus, as bênçãos prometidas a Abraão de abençoar em Cristo todas as
famílias da terra não se cumpririam. Isaque está preocupado com a posteridade.
Por isso ora ao Senhor e Deus o atende [Gn 25.21].
Comentário Bíblico do Antigo Testamento – Warren W. Wiersbe: “A
morte de Abraão mostra o que a fé pode fazer por um homem. Ele morreu em paz
[Gn 15.15]; morreu “ditoso” (satisfeito), e morreu em fé [Hb 11.13ss]. Essa foi
a herança que Abraão deixou para seu filho: seu exemplo piedoso [Gn 18.19], a
tenda e o altar [Gn 26.25] e a promessa maravilhosa de Deus [Gn 26.2-5]. Essas
bênçãos espirituais representam muito mais para um filho que os bens
materiais.”
2.2.
Duas nações em um ventre.
A
narrativa do texto nos faz pensar sobre a gestação de filhos e a vida sob uma
perspectiva divina. Gênesis 25.21 diz que Deus atendeu a oração de Isaque. A
vinda dos gêmeos não foi acaso de um ventre agora fértil, mas, sim, providência
divina. Há uma briga já destes dois filhos desde o ventre de Rebeca.
Um
prenúncio profético de como seria a futura relação entre estes dois. As duas
nações que surgiriam destes dois filhos não apenas brigaram entre si, como os
descendentes de Jacó seriam mais fortes que os descendentes de Esaú [Gn 25.23].
Devemos guardar isso na memória quando começarmos a observar os eventos que
farão da tribo de Israel (Jacó) uma poderosa nação.
Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “Um propósito governava a
linhagem Abraão-Isaque-Jacó. Outro propósito governava a linhagem
Abraão-Ismael-Esaú. A linhagem de Rebeca, através de Jacó, produziu a nação de
Israel. A outra linhagem produziu os ismaelitas e os edomitas, os quais, em
considerável proporção, se mesclaram com várias nações árabes. Assim, Deus
abençoou ambas as linhagens, mas de diferentes modos. Israel tornou-se mestre
das nações e guardião das revelações divinas, que culminaram no Messias, Jesus.
Mas isso aconteceu a fim de que todas as nações viessem a ser abençoadas. O
propósito de Deus é grandioso e amplo. Onde não redime, restaura, do que Isaque
e Ismael são tipos.”
2.3.
O mais fraco governará o mais forte.
Em
toda a Escritura Deus faz assim. Usa o menor e mais fraco para confundir os que
acham que são [1Co 1.26-29]. Foi assim com Gideão [Jz 7.2], Davi [2Sm 7.8], e o
próprio Israel [Dt 8.17-18]. “O maior servirá ao menor” [Gn 25.23]. E Deus tem
uma razão bem específica para isso. Para que a glória dos feitos seja dada a
Deus e não aos Seus servos. Esaú era formoso, caçador, homem do campo. Jacó era
caseiro, mais fraco, inexpressível [Gn 25.24-28]. Por isso Isaque apreciava
mais a Esaú que Jacó, e o via como o herdeiro das promessas. Rebeca estava
decidida a fazer qualquer coisa para que seu preferido Jacó, e não seu outro
filho, Esaú, fosse o herdeiro das promessas. Mas, acima das intenções de uma
mãe, há um Deus dando prosseguimento aos Seus propósitos.
Saber que Deus com frequência usa até os mais fracos significa que
Ele pode usar qualquer um de nós. Isso gera confiança e humildade. Deus usa
gente comum para realizar coisas extraordinárias porque para Ele não há difícil
e nem impossível [Tg 5.17].
EU ENSINEI QUE:
Nosso
futuro não será produto do destino impessoal e nem estará limitado às nossas
escolhas fracassadas.
3. DEUS DE ABRAÃO, DEUS DE ISAQUE
As
mesmas promessas que Deus fez a Abraão se repetem agora em Isaque [Gn 12.7;
26.1-5]. Há um fio de propósito divino perpassando por detrás da história de
vida dos patriarcas.
3.1.
Promessas confirmadas.
Enquanto
Deus repete as bênçãos e promessas, Isaque parece repetir o erro e deslizes do
seu pai. O mesmo medo que fez Abraão mentir dizendo que Sara era sua irmã [Gn
20.2-18], levou Isaque à mentira sobre Rebeca [Gn 26.6-11]. Tais erros e
vacilos da jornada apenas mostram, como diz John Piper, “que o caminho dos
justos não é uma linha reta do chamado até a vitória final”. Há curvas,
buracos, desfiladeiros, bifurcações. Mas por causa da fidelidade e soberania de
Deus, eles chegarão onde Deus planejou. Apesar desse deslize de Isaque, Deus
preservou sua esposa e ele.
Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “A provisão do território, mencionada
por diversas vezes no Pacto Abraâmico, é reiterada. A promessa divina agora é
transferida para Isaque, que era o instrumento escolhido para dar continuidade
ao desígnio do Senhor. Afirmado e anotado em Gênesis 12.3; 18.18 e 22.18. O
trecho de Gálatas 3.14ss. fornece-nos a dimensão espiritual da promessa divina.
Está em pauta a grandiosa promessa espiritual por meio do Messias, através do
Filho maior de Abraão.”
3.2.
A bênção da prosperidade.
Isaque
buscou refúgio na terra de Abimeleque em razão da fome [Gn 26.1]. Mas Deus o
abençoará tanto que começou a causar medo e inveja entre os filisteus [Gn
26.14]. Os poços que Abraão, seu pai, havia cavado estavam em suas terras. Para
que nenhum direito fosse requerido por Isaque, os filisteus entulharam estes
poços [Gn 26.15].
Isaque
é convidado a se retirar de Gerar, pois seu crescimento aparentava para
Abimeleque uma ameaça [Gn 26.16]. Por garantia Abimeleque faz um acordo de paz
com Isaque [Gn 26.26-33]. Como a terra onde Isaque prosperava com os poços era
dos filisteus, eles requeriam os poços cavados [Gn 26.18-21]. Isso parece
frustrar Isaque. Mas Deus está vendo como estas demandas estão gerando
insegurança no coração do seu servo e lhe aparece para fortalecer a sua fé [Gn
26.24]. Sua resposta foi adoração [Gn 26.25].
Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “Esse episódio tem paralelo
em Gênesis 21.25ss., onde Abraão enfrentou dificuldades com Abimeleque, por
causa do suprimento de água. Naquele caso, foi conseguida uma solução pacífica.
Cem anos mais tarde, entretanto, de Isaque foi simplesmente solicitado que
fosse embora. Abraão tinha escavado os poços e estes faziam parte da herança de
sua família. Mas com a passagem do tempo, o respeito à propriedade foi
diminuindo. A terra era “deles”, e não de Isaque, pelo que o “estrangeiro”
Isaque perdeu direito à terra. Sem dúvida, ele levou tudo quanto possuía, não
tendo sido prejudicado de modo especial, excetuando a inconveniência de ter de
encontrar um novo lugar onde lançar raízes.”
3.3.
O legado das bênçãos.
Isaque
está velho e cego [Gn 27.1]. Mas antes de morrer, precisa abençoar seu
primogênito e passar adiante as promessas de Deus dadas a Abraão [Gn 27.4]. No
patriarcado, a bênção da primogenitura não se limitava à herança física, mas
também incluía a herança de autoridade espiritual sobre o clã. Com a trama de
Rebeca, Isaque abençoa Jacó ao invés de Esaú [Gn 27.6-29]. Embora Isaque fosse
o portador das promessas, às suas preferências por Esaú não determinaram aquele
a quem Deus escolheu abençoar [Gn 25.23]. Como a bênção era irrevogável, coube
a Isaque recomendar ao filho da promessa aquilo que seu pai, Abraão, recomendou
a seu respeito. Que Jacó não tomasse para si mulheres estrangeiras [Gn 28.1;
26.34-35]. Embora Esaú tivesse direito por nascimento, tudo nele apontava na
direção oposta. Não valorizava o que deveria [Gn 25.34], não seguia os
princípios de Deus [Gn 26.34-35].
Havia um direito biológico sobre Esaú. Porém, por causa das
articulações de Rebeca, Isaque abençoa Jacó em nome de Deus. Não é que Deus
tenha mudado de ideia sobre Seus planos. Abençoar Jacó sempre foi o Seu
propósito. Isso não nos dá o direito de fazer o que é errado na crença que Deus
fará com que as coisas deem certo de qualquer maneira. Somos responsáveis
morais pelas nossas escolhas. Devemos obedecer a vontade revelada de Deus. Mas
não podemos nos esquecer de uma coisa: os motivos e propósitos de Deus estão
para além da nossa capacidade de compreensão [Is 55.9].
EU ENSINEI QUE:
Não importam as dificuldades ou o que os opositores queiram fazer
para nos levar ao fracasso. Os propósitos de Deus sempre prosperarão.
CONCLUSÃO
A
maior herança que podemos deixar de legado para os nossos filhos não são as
posses materiais, nem a cultura, nem a influência pública, mas uma fé
cristocêntrica que nos conduz a um comprometimento com Deus, certos de que
somos dEle e vivemos para Ele.
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Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.