🎓 Classe: JOVENS
✍Revista: Do professor - CPAD
✍Trimestre: 3° de 2023
✍Título: Sejam Firmes -
Ensino Sadio e Caráter Santo nas Cartas Pastorais
✍Comentarista: Silas Queiroz
Aula: 30/07/2023
TEXTO
PRINCIPAL
"Esta
é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja."
(1 Tm 3.1)
RESUMO DA LIÇÃO
Pastores
são líderes escolhidos por Deus para cuidarem do rebanho do Senhor.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA
- Mt 20.28 Ser pastor é ser servo
TERÇA
- Jo 12.26 Deus honra aqueles que servem com fidelidade
QUARTA
- At 20.28 Apascentando o rebanho de Deus
QUINTA - Sl 23.1 O bom pastor
SEXTA
-
1Tm 4.12 A chamada pastoral precisa ser confirmada pela Palavra
SÁBADO
-1 Tm 3.2-7 Qualificações para o pastorado
OBJETIVOS
1.
MOSTRAR o perfil da liderança segundo Paulo;
II.
EXPLICAR a instituição do ministério;
III.
CONSCIENTIZAR das qualificações de um pastor.
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor (a), na Lição deste domingo estudaremos a
respeito da missão de Timóteo em Éfeso. Veremos que esta missão é dada aos
pastores. Como líder, Paulo foi dedicado, amoroso, irrepreensível e estava
atento aos assuntos de interesse da igreja. Ao ler as suas cartas pastorais,
podemos perceber que deu especial importância ao treinamento de obreiros,
discorrendo a respeito da disciplina dos líderes, especialmente dos presbíteros
que viessem a falhar. De forma bem clara, doutrinou a respeito dos relacionamentos
na igreja local.
Paulo afirma que "se alguém deseja o episcopado, excelente obra
deseja" (3.1). Do mesmo modo como os doze apóstolos de Jesus deixaram tudo
para segui-lo, muitos homens, na igreja do primeiro século, deixaram tudo para
se dedicar ao pastorado. Estes deveriam ser sustentados pela igreja. “Porque
diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do
seu salário” (5.18). Aos coríntios, ele fez observações idênticas, revelando
seu zelo pela manutenção dos obreiros (1 Co 9.6-10).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), inicie o primeiro tópico da lição fazendo as
seguintes indagações, "Existe diferença entre os termos “bispo”,
“presbítero" e "pastor"? “Quais são elas?"
Ouça os alunos com atenção e incentive a participação da turma. Em
seguida explique que “os termos 'bispo (dai episcopado), 'presbítero' e
'pastor' são todos usados no Novo Testamento para se referir ao mesmo ofício,
'Bispo' [ou ‘super- visor'] enfatiza a tarefa de velar pela congregação (Hb
13-17), Os versículos 2-7 do capítulo três, não descrevem o trabalho do pastor.
Eles descrevem o caráter da pessoa que deve servir nesse ofício, A lista não
pretende ser exaustiva, mas prevê uma pessoa de caráter cristão amadurecido”
(Bíblia de Estudo Holman. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 1943).
TEXTO
BÍBLICO
1
Timóteo 3.1-7
1
Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
2
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante,
sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.
3
Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas
moderado, não contencioso, não avarento.
4
Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a
modéstia.
5
(porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja
de Deus?).
6
Não neófito, para que, ensoberbecendo- -se, não caia na condenação do diabo.
7
Convém, também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não
caia em afronta e no laço do diabo.
INTRODUÇÃO
Como
temos visto, a missão de Timóteo em Éfeso, de defender a pureza do Evangelho
contra o ataque dos falsos mestres, incluía, necessariamente, a transmissão de
uma sólida doutrina para toda a igreja. Não era apenas refutar diretamente os
que estavam ensinando falsas doutrinas, mas aparelhar a igreja com um ensino
puro. Todo o corpo precisava estar bem ajustado, para que crescesse de forma
saudável, com todos os membros funcionando adequadamente (Ef 4.16). Um corpo
sadio possui células de defesa, que identificam e repelem os invasores. Na
igreja, essa função é dada primordialmente aos pastores. Por isso, precisamos
de uma liderança forte, dotada das qualificações espirituais e morais exigidas
pela Palavra de Deus. Ouçamos o Espírito!
I
- O PERFIL DA LIDERANÇA
1.
Relativismo moral.
Vivemos
tempos de um profundo relativismo moral; de rejeição e negação de valores e de
verdades absolutas; são tempos do “não é bem assim". Essa é uma reação
muito comum, para os relativistas, quando se deparam com um texto como o de 1
Timóteo 3. E quando alguém diz “não é bem assim", cria-se um vácuo
imaginário, que pode ser preenchido com qualquer tipo de concepção ideológica.
Nesse novo e multifacetado universo colorido, o homem se torna o senhor do seu destino,
fazendo suas próprias escolhas, sem nenhum parâmetro absoluto.
Os
ensinos de Paulo já eram desafiadores naquele tempo. Para nós, hoje, são ainda
mais, diante do grande afrouxamento de normas, com muitas acomodações às
fraquezas e desejos pecaminosos, próprios da natureza humana caída.
2.
Compromisso com as Escrituras.
O
perfil de líderes que precisamos ser e ter deve estar de acordo com a Palavra
de Deus. São os grandes desafios que nos forjam e nos preparam para as grandes
missões. Deus sempre submeteu a profundas provas os homens que escolheu para
servi-lo. Paulo foi um deles (At 9.15,16). Timóteo estava seguindo o mesmo
caminho (2 Tm 1.8; 2.3,4; 3.10-12; Fp 2.19-22).
Deus
nos tem dado líderes valorosos, aos quais devemos reconhecer e honrar, com
respeito e gratidão, orando por eles e os ajudando em suas difíceis tarefas (1
Ts 5.12,13; Hb 13.17-19).
3.
Desejo pelo episcopado.
A
expressão "se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” não
contém um juízo de valor sobre o desejo. O adjetivo está na obra, chamada de
excelente. Mas não há censura para quem aspira ser um obreiro, desde que a
motivação seja pura e correta. Quando não há sinais externos evidentes do
caráter da motivação, somente Deus conhece a natureza do desejo de liderança.
Cabe
à igreja local uma observância cautelosa da presença ou não das qualificações
espirituais e morais exigidas pela Palavra de Deus. Com ou sem o desejo de ser
presbítero, ninguém pode ser ascendido à função sem evidenciar os
qualificativos prescritos nas Escrituras. O afrouxamento da observância desses
requisitos para a escolha de líderes, sob o pensamento de estar beneficiando o
candidato, pode impor graves prejuízos a ele e a todos os liderados.
SUBSÍDIO 1
Prezado (a) professor(a), explique que as aspirações à liderança
são ratificadas (3.1). “O apóstolo volta sua atenção especificamente às
posições de liderança na igreja, citando outro provérbio aparentemente famoso.
Já naquele tempo, a igreja primitiva tinha uma coleção de curtas declarações (logia),
de modo resumido, porções memoráveis de verdades comumente sustentadas pelos
crentes. Tais expressões existiram antes do tempo da composição das pastorais,
e como reconhecimento de sua aceitação geral foram introduzidas em forma de
citações como vemos aqui: Esta é uma palavra fiel’.
Esta declaração cristã valida a aspiração que um crente possa ter
de servir à igreja em uma posição de liderança ou supervisão. O crente que
tenha esta aspiração, certamente deseja fazer um bom trabalho, desempenhar uma
tarefa nobre. Ao citar este provérbio, o apóstolo recomenda o ofício do bispo a
qualquer pessoa que tenha qualificações que se seguem (vv. 2-7).
II
- A INSTITUIÇÃO DO MINISTÉRIO
1.
A estrutura.
As
cartas pastorais contribuem muito para que se conheça o grau de organização ministerial
que a Igreja alcançou já no primeiro século, principalmente como resultado do
trabalho de Paulo ao longo de suas viagens missionárias. Vários textos de Atos
indicam a organização de presbitérios nas igrejas (At 14.21- 23; 15.2-4,22; At
20.17,28). Em várias passagens do Novo Testamento encontramos referências a
diáconos, presbíteros, mestres, pastores, evangelistas, profetas e apóstolos
(At 6.1-6; Fp 1.1; 1 Tm 3.8).
O
Novo Testamento não apresenta um rol rígido, taxativo ou exaustivo de funções
ou serviços ministeriais, o que tem levado a interpretações distintas, com
modelos variados de organização eclesiástica. No pentecostalismo clássico, o
corpo de obreiros é constituído de diáconos, presbíteros, evangelistas e
pastores.
2.
O episcopado.
Bispo,
ancião ou presbítero. Do grego episkopos, significa supervisor,
“literalmente, 'inspetor' (formado de epi, 'por cima de', e skopeo,
‘olhar ou vigiar’)". É a figura do pastor da igreja local. Alguém que
tenha maturidade e discernimento espiritual necessários para cuidar do rebanho;
apascentar as ovelhas. O próprio sentido da palavra, portanto, é suficiente
para entendermos que somente pode exercer essa missão quem reunia altas
qualificações espirituais e morais, daí Paulo usar a expressão “convém",
no sentido de ser recomendável e necessário.
3.
Rol de qualificações.
Não
se trata de um rol exaustivo, mas cuida do que é essencial na vida do obreiro,
do líder espiritual, do cuidador de almas. De imediato, é possível observar que
a prioridade não está ligada a popularidade ou carisma, em qualquer sentido,
nem mesmo no sentido bíblico, quanto aos dons espirituais.
Não
se trata, jamais, de desprezar a exigência de que o pastor seja dotado de dons
espirituais (1 Co 12.4-10). O batismo no Espírito Santo, como sabemos, é a
experiência inicial no glorioso caminho dos dons (At 2,3,4,38,39). Mas o
candidato ao presbiterato precisa já ter percorrido esse caminho e ingressado
em outro, “ainda mais excelente” (1 Co 12.31), no qual é imprescindível que
seja evidenciado em sua vida o fruto do Espírito (Gl 5.22). Sem essas virtudes,
ninguém consegue alcançar as qualificações exigidas em 1 Timóteo 3.2-7.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), leia juntamente com os alunos o texto de 1 Timóteo
3.2-7. Depois, explique que ‘estes versículos não descrevem o trabalho do
pastor. Eles descrevem o caráter da pessoa que deve servir nesse ofício. A
lista não pretende ser exaustiva, mas prevê uma pessoa de caráter cristão amadurecido.
‘Apto para ensinar' é o único requisito desta lista que não é
necessariamente requerido de todos os crentes. Isso também não é requerido dos
diáconos. Consequentemente, essa é uma marca distintiva do pastor (Tt 1.9).”
III
- AS QUALIFICAÇÕES E SEUS ASPECTOS
1.
“Irrepreensível”.
Do
grego anepilemptos, o termo “significa literalmente 'que não se pode
atingi-lo'”. Veja-se que não se trata de uma exigência superficial, mas
absolutamente profunda, que nos leva a refletir sobre o detido cuidado que é
preciso ter no exame preliminar do aspirante ao episcopado. O bispo precisa ser
uma pessoa com a vida resolvida, como poderíamos dizer.
Não
é por acaso que a expressão "marido de uma mulher" aparece logo em
seguida. Naqueles tempos de tanta poligamia, totalmente tolerada pelo paganismo
da época, era fundamental que essa regra fosse estritamente obedecida pelos
bispos, como exemplo para os demais cristãos. Hoje, de igual sorte, esse
requisito deve ser observado.
2.
Sobriedade e correção moral.
O
líder espiritual precisa ser prudente, equilibrado, justo em seus negócios e
acolhedor. Isso é retratado pelas expressões "vigilante, sóbrio, honesto
lei hospitaleiro".
3.
Apto para ensinar.
O
pastor precisa se dedicar ao estudo e ensino das Escrituras à igreja. Não deve
negligenciar a transmissão da doutrina, transferindo a responsabilidade a
terceiros ou ocupando o tempo do culto com qualquer outra atividade, ainda que
espiritual. O momento do ensino da Palavra é sagrado, literalmente (1 Tm
4.6,11-16). Mas essa aptidão para ensinar não é somente associada ao preparo bíblico
e teológico. Tem a ver, também, com aptidões decorrentes de seu testemunho
pessoal, evidenciados por um comportamento sóbrio e por uma conduta moral
isenta de reprovação, dentro e fora de casa (1 Tm 3.7).
SUBSÍDIO 3
“Quinze
qualificações (3.2-7).
Os
versículos relacionam 15 qualidades a serem consideradas quando da seleção de
bispos. Observe que entre as qualificações, não aparece a capacitação em
seminário ou a posse de algum dom espiritual em particular.
Observe
o breve esboço do caráter do bispo (3.2-7).
Irrepreensível: inteiramente fiel à sua
esposa;
Esposo de uma só mulher;
inteiramente fiel à sua mulher;
Temperante: sóbrio, solicito e
modesto;
Domínio próprio:
discipulado, moderado;
Respeitável: modesto, honrado,
bem-comportado;
Hospitaleiro: que recebe bem os
visitantes;
Apto para ensinar; capacitado
a explicar e aplicar os ensinamentos;
Não dado à embriaguez; não dado
ao vinho;
Não violento; não dado à hostilidade,
ao antagonismo;
Gentil: bondoso, razoável, de boa
família;
Não contencioso: não
combativo, inimigo de contendas;
Não avarento: preocupado com as
pessoas, não com as finanças;
Bom governante de sua família;
administra a vida familiar;
Não seja um recém-convertido: maduro e
humilde;
Reputação imaculada: admitido
pelos de fora.
CONCLUSÃO
Paulo
conclui a lista de qualificações do pastor incluindo a recomendação de que “não
seja neófito, para que, ensoberbecendo-se. não caia na condenação do
diabo" e que tenha bom testemunho dos que estão de fora (1 Tm 3.6,7). Concluímos,
portanto, que o pastor deve ser maduro espiritualmente e viver em harmonia com
todos: em casa, na igreja e na sociedade. O desafio é grande. Oremos mais por
nossos pastores.
HORA
DA REVISÃO
1
O que é relativismo moral e qual a sua principal consequência?
Rejeição
e negação de valores e de verdades absolutas. O homem se torna o senhor do seu
destino, fazendo suas próprias escolhas.
2.
Como devemos agir para não sucumbirmos diante do relativismo moral?
Devemos
agir com compromisso com as Escrituras Sagradas.
3.
Qual o significado do termo “bispo" em 1 Timóteo 3.2?
Do
grego episkopo significa supervisor, literalmente inspetor.
4.
Qual o significado do termo “irrepreensível"?
Do
grego anepilemptos, o termo significa literalmente "que não se pode
atingi-lo".
5.
O que significa apto para ensinar?
Significa
que o pastor precisa se dedicar ao estudo e ensino da Palavra de Deus.