🕛 Data: 16 de Julho de 2023
Lições Bíblicas do 3° Trimestre de 2023,
Adultos - CPAD
🎓 Revista: A igreja de Cristo e o Império do Mal:
como viver neste mundo dominado pelo Espirito da Babilônia
✍COMENTARISTA: Pr. Douglas Baptista
📚 TEXTO ÁUREO
“Sabe, porém, isto: que nos últimos
dias sobrevirão tempos trabalhosos.” (2 Tm 3.1)
💡 VERDADE PRÁTICA
Os ensinos progressistas buscam desconstruir a fé cristã por
dentro e afastar as pessoas do verdadeiro cristianismo bíblico, tornando-as
meras militantes de causas sociais.
⏰ LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Pe 1.15,16
As Escrituras advertem 0 cristão a
viver em santidade
Terça - 2 Tm 3.16,17
A Bíblia é a única revelação escrita de
Deus para a humanidade
Quarta - 2 Pe 1.21
As Escrituras são a verdade plena de Deus,
dada pelo Espírito Santo
Quinta - Ap 22.18,19
Ninguém pode acrescentar ou retirar
coisa alguma das Escrituras
Sexta - Rm 12.7
Exortação à Igreja acerca da dedicação
ao ensino das Escrituras
Sábado - Rm 12.1,2
É preciso manter-se em comunhão com
Deus e permanecer separado das armadilhas do pecado
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.1-9
1 - Sabe, porém, isto: que nos últimos
dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 - porque haverá homens amantes de si
mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e
mães, ingratos, profanos,
3 - sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os
bons,
4 - traidores, obstinados, orgulhosos,
mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 - tendo aparência de piedade, mas
negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6 - Porque deste número são os que se
introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados,
levadas de várias concupiscências,
7 - que aprendem sempre e nunca podem
chegar ao conhecimento da verdade.
8 -
E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à
verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
9 - Não irão, porém, avante; porque a
todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.
Hinos Sugeridos: 210, 259, 306 da Harpa
Cristã
Objetivos da Lição
I) Elencar os elementos que descaracterizam o
cristianismo bíblico;
II) Explicar as principais teorias progressistas;
III) Aplicar elementos que refutam o ensino progressista.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que os ensinos
progressistas enfraquecem a autoridade da Bíblia. Suas heresias propagam que as
Escrituras contêm erros, que Deus não é soberano e que o sobrenatural é um
mito. São indiferentes à doutrina bíblica do pecado, relativizam os valores
morais e defendem a necessidade de “ressignificar” a fé cristã. Por
conseguinte, seus ensinos progressistas resultam na descaracterização do
cristianismo bíblico. Nesta oportunidade, verificaremos alguns de seus
heréticos conceitos e os meios espirituais pelos quais a Igreja deve resistir
aos seus efeitos maléficos (Jd 1.3).
I
- A DESCARACTERIZAÇÃO DO CRISTIANISMO
1. A deterioração moral.
A expressão bíblica “últimos dias” faz
alusão ao período anterior à volta de Cristo, sendo retratado como um tempo
“extremamente difícil” (2 Tm 3.1). O apóstolo Paulo alerta que o comportamento
humano estará associado à impiedade, caracterizada pela profunda degradação
moral (2 Tm 3.2-4). Por isso, a lista paulina é uma descrição da escalada dos
pecados na sociedade. E o enfraquecimento da doutrina bíblica e o relativismo,
que não aceita norma moral absoluta, instigam a má conduta da humanidade.
O atual e alarmante crescimento do
pecado é uma indicação de que já vivemos esses últimos dias. Não obstante,
apesar das investidas heréticas, a Bíblia nos adverte a viver em santidade em
qualquer época da jornada cristã (1 Pe 1.15, 23-25).
2. A erosão da ortodoxia.
O ensino progressista representa um
ataque teológico à ortodoxia bíblica. Suas teses reduzem o texto bíblico a um
mero registro de experiências religiosas. Desse modo, o fundamento da fé cristã
é questionado, isto é, a autoridade bíblica é rejeitada e suas verdades
negligenciadas; o conteúdo doutrinário cede espaço para a cultura, o
entretenimento e ao resultado a qualquer custo; os cristãos tornam-se “mais
amigos dos deleites do que amigos de Deus” (2 Tm 3.4); a vida em igreja fica
desprovida do poder do Espírito, sendo incapaz de ser instrumento de
transformação do caráter das pessoas (2 Tm 3.5; 2 Co 4-2,3)- Portanto, não
podemos negociar a verdade de que a Bíblia é a única revelação escrita de Deus,
dada pelo Espírito Santo, capaz de constranger a consciência dos pecadores (2
Tm 3.16,17).
3. A corrupção da fé.
Com o caráter humano maculado e a
corrosão da ortodoxia, promovidos pelo progressismo no ensino, o cristianismo e
a fé bíblica são descaracterizados. Não por acaso, o apóstolo Paulo acrescenta
as práticas dos falsos cristãos (2 Tm 3.2-4) à repulsiva conduta da luxúria e
de várias concupiscências (2 Tm 3.6).
Os hereges cativam as pessoas por meio
da sedução e do engano. Escravos que são das paixões, eles acreditam que os
prazeres do corpo não podem contaminar a alma. Por isso, os pecados morais, a
libertinagem e o abuso do corpo são tolerados, tais como: a prostituição, a
ideologia de gênero, as drogas, o aborto, o relativismo moral etc. A rebeldia e
a ausência de genuína conversão os impedem de alcançar o conhecimento da
verdade (2 Tm 3.7). Por fim, o engano desses mestres e seus seguidores será
objeto do juízo divino (2 Tm 3.8).
AUTORIDADE
DAS ESCRITURAS
“O escopo da autoridade
das Escrituras é tão extensivo como a própria autoridade de Deus em relação a
todas as áreas da existência humana. Deus está acima de todas as áreas de nossa
vida, e fala a todas elas mediante a sua Palavra. A autoridade da Palavra
escrita é a autoridade do próprio Deus. A Bíblia não é meramente um registro da
autoridade de Deus no passado, mas continua sendo a autoridade de Deus, hoje.”
Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal, editada pela CPAD, pp.94-98.
SINOPSE I
A deterioração moral, a erosão da ortodoxia e a
corrupção da fé são elementos que descaracterizam o cristianismo bíblico.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
PRESSUPOSIÇÕES
DO INTÉRPRETE E DO TEÓLOGO PENTECOSTAL
“Finalmente, é importante
examinarmos o que nós, intérpretes, trazemos de nosso mundo, e acrescentamos ao
texto (pressuposições).
Primeiro: tenhamos um compromisso com a inspiração
verbal e plenária. Os métodos supra delineados devem afirmar esse ponto de
vista. Prestemos atenção a todo o conselho de Deus, e evitemos a ênfase
exagerada num só tema ou texto. Doutra forma, surge um cânon dentro de um
cânon, que é outro erro grave. É que, na prática, traçamos um círculo dentro do
círculo maior (a Bíblia), e dizemos, na prática, que essa parte assim delineada
é mais inspirada do que o resto. Se derivarmos a teologia só de uma parte
selecionada da Bíblia, acontecerá a mesma coisa.
É importante, portanto,
que o pentecostal tenha uma base e um ponto de referência realmente bíblicos e
pentecostais. Primeiro: deve crer no mundo sobrenatural, especialmente em Deus,
que opera de forma poderosa e revela-se na história. Os milagres, no sentido
bíblico, são ocorrências comuns.
Além disso, outros
poderes no mundo sobrenatural, quer angelicais (bons), quer demoníacos (maus),
penetram em nosso mundo e aqui operam. O pentecostal não é materialista nem
racionalista, mas reconhece a realidade da dimensão sobrenatural” (HORTON,
Stanley M (ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2018, pp.61-62).
II
- AS TEORIAS PROGRESSISTAS
1. A desconstrução da Bíblia.
O ensino progressista é o desdobramento
do liberalismo teológico. Sua principal característica é o repúdio à inspiração
e inerrância da Bíblia (2 Tm 3.16).
A ênfase do Progressismo repousa no
antropocentrismo (homem como centro). Esse ensino produz pessoas egocêntricas e
retira a convicção do pecado (2 Tm 3.2). O parâmetro progressista é de
reinterpretação das Escrituras para satisfazer a concupiscência humana (2 Tm
4.3). Então, propaga-se um “evangelho” em que a salvação do homem ocorre por
meio de uma reforma social com a relativização do pecado, da moral e da fé
bíblica (G11.7-10). Assim, o termo “progressista” refere-se às teorias que se
distanciam do cristianismo bíblico, em especial na deturpação das doutrinas e
dos valores cristãos (Fp 3.18,19; 2 Pe 2.19).
2. O Teísmo aberto.
Outra corrente da teologia
liberal/progressista é o ensino do teísmo aberto. Nessa teologia, Deus é
limitado, não conhece o futuro em detalhes, não exerce o controle absoluto
sobre o universo e nem sobre a vida humana. Afirma-se que o conhecimento divino
das coisas que estão por acontecer depende das ações livres dos homens.
Rejeita-se o conceito de presciência em que Deus sabe todas as coisas
antecipadamente. Nessa heresia, Deus foi surpreendido pelo pecado no Éden e
forçado a redesenhar a história (Gn 3.8-19).
Essa ênfase extremada nas decisões do
homem sacrifica a soberania de Deus, e a autolimitação divina anula o que a
Bíblia ensina sobre a queda e a corrupção do gênero humano, afetando assim a
doutrina da providência divina e da presença do mal moral no mundo. Logo,
embora seus postulantes não reconheçam publicamente, a conclusão é bem lógica:
Se Deus não é soberano, então, não faz sentido orar a Ele.
3. A Teologia da Demitologização.
Em 1958, Rudolph Bultmann propôs um
programa de demitologização do texto bíblico. O mito é uma história de caráter
religioso que não tem fundamento na realidade, e que se destina a transmitir um
conceito de fé. Para esse teólogo alemão havia mitos na Bíblia e era preciso
separá-los da verdade.
Nesse pensamento, o Céu e o Inferno, a
tentação, os demônios e a possessão demoníaca passam a ser vistos como
mitológicos. Até a doutrina da concepção, do nascimento virginal e a promessa
da vinda de Cristo são classificados como mitologia. Nessa teologia, a Bíblia
só é crível se dela forem extirpados os milagres, os sinais e outras revelações
sobrenaturais. Em oposição a esses disparates, ratificamos que a Bíblia é a
verdade plena de Deus, atestada pelo Espírito Santo, sustentada pela história e
confirmada por milhões de pessoas alcançadas pela fé em Cristo (2 Pe 1.21).
SINOPSE II
As teorias progressistas passam pela desconstrução da
Bíblia, pelo teísmo aberto e pela teologia liberal.
III
- REFUTANDO O ENSINO PROGRESSISTA
1. Reafirmando a autoridade bíblica.
Em refutação ao ensino progressista é
indispensável reafirmar a doutrina da inspiração divina, verbal e plenária da
inerrante Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17) e validar o princípio de Sola Scriptura
instituído na Reforma, que estabelece a Bíblia como a única regra infalível e
autoridade final de fé e prática. Nessa direção, Lutero advertia sobre a
necessidade de distinguir entre 0 que foi entregue por Deus nos textos sagrados
e o que foi inventado pelos homens no contexto da pesada tradição romana na
Idade Média. Armínio, por sua vez, alertava que a perfeição das Escrituras é
solapada quando sua verdade é negada ou reinterpretada. Desse modo, a
autoridade bíblica é ratificada quando se oferece resistência à presunção das
ideologias humanas em acrescentar ou retirar alguma coisa das Escrituras (Ap
22.18,19).
2. Ensinando as doutrinas bíblicas.
A Grande Comissão confiada à igreja
consiste em fazer e ensinar discípulos (Mt 28.19,20). Compreende uma ordenança
proclamadora e um mandato educacional. A incumbência é tanto de formação quanto
de transformação de indivíduos. É responsabilidade da Igreja evangelizar o
mundo e ensinar as doutrinas bíblicas (2 Tm 4.2). Em vista disso, Paulo exorta
a necessária dedicação ao ensino (Rm 12.7). A atividade é essencial para
instruir, expor e corrigir o erro (2 Tm 3.16). Essa atuação é primordial na
transformação da velha natureza (Ef 4.22-24), formação do caráter cristão (Ef
4.13), resultando no genuíno crescimento de uma igreja espiritualmente saudável
e doutrinariamente bíblica (Ef 4.16).
3. Enfatizando a santificação.
O fortalecimento da autoridade bíblica
e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a uma vida de
santidade (1 Pe 1.16). O verbo santificar vem do grego hagiazõ que
significa “separar, purificar, consagrar”. O adjetivo “santo” é tradução do
vocábulo “hagios”. Desse modo, a santificação é a operação do Espírito
Santo em manter o crente separado do pecado e consagrado a Deus (Rm 12.1,2). É
a continuação da obra iniciada na regeneração (Ef 1.13), quando o salvo recebe
novidade de vida (2 Co 5.17) e se estende até o dia da glorificação do crente
(Rm 6.22). A ênfase está na obediência à Palavra de Deus (Tg 1.22), no abandono
das concupiscências (1 Pe 1.13,14) e numa vida de retidão moral em toda a
maneira de viver (1 Pe 1.15).
SINOPSE III
Refutamos o ensino progressista, reafirmamos a autoridade
da Bíblia, ensinando as doutrinas bíblicas e vivendo uma vida de santidade ao
Senhor.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“PURIFICANDO O CRENTE
A obra do Espírito não
cessa quando a pessoa reconhece sua culpa diante de Deus, mas vai crescendo a
cada etapa subsequente. A segunda etapa na santificação pelo Espírito Santo no
indivíduo é a conversão. Esta é uma experiência instantânea. Inclui a santificação
pelo Espírito, ou, em linguagem biblicamente mais correta, o processo da
santificação pelo Espírito inclui a conversão” HORTON, Stanley M (ed.).
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018,
pp.423-24.
CONCLUSÃO
As Escrituras advertem que a conduta
humana dos “últimos dias” é de repulsiva descaracterização da fé. A heresia
progressista critica as Escrituras, promove o enfraquecimento da ortodoxia,
instiga a frouxidão moral e afasta as pessoas do verdadeiro cristianismo.
Contudo, a postura da Igreja não deve ser de inércia, mas de resistência a
iniquidade. A defesa da fé ocorre quando os valores imutáveis e atemporais da
Bíblia são exercitados pelo poder de Deus na vida diária do crente salvo (1 Co
2.4,5).
REVISANDO
O CONTEÚDO
1. Para o que o apóstolo Paulo alerta?
O apóstolo Paulo alerta que o
comportamento humano estará associado à impiedade, caracterizada pela profunda
degradação moral (2 Tm 3.2-4).
2. O que o ensino progressista
representa?
O ensino progressista representa um
ataque teológico à ortodoxia bíblica. Suas teses reduzem o texto bíblico a um
mero registro de experiências religiosas.
3. O que o ensino progressista
enfatiza?
A ênfase do Progressismo repousa no
antropocentrismo (homem como centro). Esse ensino produz pessoas egocêntricas e
retira a convicção do pecado (2 Tm 3.2).
4. O que é indispensável na refutação
do ensino progressista?
Em refutação ao ensino progressista é
indispensável reafirmar a doutrina da inspiração divina, verbal e plenária da
inerrante Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17). Validar o princípio de Sola Scriptura
instituído na Reforma, que estabelece a Bíblia como a única regra infalível e
autoridade final de fé e prática.
5. O fortalecimento da autoridade
bíblica e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a quê?
O fortalecimento da autoridade bíblica
e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a uma vida de
santidade (1 Pe 1.16).
VEJA AS👇PRÓXIMAS LIÇÕES
Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Trimestre: 3° de 2023
🎓 Título: A Igreja de Cristo e o Império do Mal
✍ Subtítulo: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia
✍COMENTARISTA: Pr. Douglas Baptista
✍LIÇÕES:
Lição 1 - A Igreja Diante do Espirito da Babilônia
Lição 2 - A Deturpação da Doutrina Bíblica do pecado
Lição 3 - O perigo do Ensino Progressista
Lição 4 - Quando a Criatura vale mais que o Criador
Lição 5 - A Dessacralização da Vida no Ventre Materno
Lição 6 - A Desconstrução da Masculinidade Bíblica
Lição 7 – A Desconstrução da Feminilidade Bíblica
Lição 8 - Transgênero - Que Transrealidade é Essa
Lição 9 - Uma Visão Bíblica do Corpo
Lição 10 - A renovação Cotidiana do Homem Interior
Lição 11 - Cultivando a Convicção Cristã
Lição 12 - Sendo Igreja do Deus Vivo
Lição 13 - O Mundo de Deus no Mundo dos Homens
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