VERSÍCULO CHAVE:
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas: porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4:15).
LEITURA DIÁRIA
SEG. At 2.22 | A Bíblia chama Jesus de homem
TER. Hb 4.15 | Jesus se compadece das nossas fraquezas
QUA. Mt 17.24-27 | Jesus cumpria seus deveres com a sociedade
QUI. Mt 4.2; Jo 19.28 | Jesus sentia fome e sede
SEX. Mc 3.5; Jo 11.35 | Jesus ficou triste e também chorou
SÁB. Mc 8.31 | Jesus entende o seu sofrimento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 4.14-16
14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado,
16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Hebreus 726-28
26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus,
27 que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo,
28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.
Hebreus 10.1-5
1 Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
2 Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado.
3 Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se faz comemoração dos pecados,
4 porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados.
5 Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste.
CONECTADO COM DEUS
A Epístola aos Hebreus demonstra a divindade de Jesus, mas também ressalta a sua humanidade. Ele não veio à Terra disfarçado de homem. Jesus, sem deixar de ser Deus, foi realmente um ser humano. A diferença é que Ele nunca pecou, ainda que tentado pelo Diabo, tornando-se, assim, um modelo de perfeição. E, por ter sido humano, é capaz de compreender as nossas fraquezas e necessidades. Hoje, ao lado de Deus Pai, Cristo é o nosso Sumo Sacerdote, o intermediário entre você e Deus, posição que alcançou sob o sacrifício na cruz.
OBJETIVOS
1. ENSINAR o que significa Cristo como nosso grande sumo sacerdote;
2. DEMONSTRAR como a humanidade de Cristo nos beneficiou;
3. MOSTRAR que Cristo foi uma pessoa perfeita, e que nós, estando nEle, podemos ser perfeitos aos olhos de Deus.
ANTES DA AULA
Caríssimo(a) professor (a), infelizmente, a internet está cheia de heresias antigas, já combatidas pelos apóstolos, porém maquiadas com um aspecto de modernidade, com outros nomes. Como também, há muitos portais chamativos de seitas disseminadoras de heresias. Portanto, é necessária uma fonte segura para guiar-nos. Recomendamos, a fim de não errar, a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, publicada pela CPAD. Trata-se de um texto acessível e bem fundamentado para nos suprir respostas sobre o pensamento teológico assembleiano.
O objetivo desta lição é demonstrar a humanidade de Cristo, que o capacitou a tornar-se um Sumo Sacerdote capaz de “compadecer-se das nossas fraquezas” (Hb 4,15). Esquematize em um mural o seguinte esboço sobre a humanidade de Cristo, pedindo aos alunos que leiam as referências bíblicas correspondentes:
JESUS - VERDADEIRO HOMEM
1. A Bíblia chama Jesus de homem At 2.22; 1Tm 2.5
2. Jesus nasceu como qualquer outro homem Lc 2.7
3. Jesus integrou-se totalmente à sociedade:
• Era membro de uma família - Mt 1.18-25; Jo 6.42
• Recebeu um nome - Mt 1.21; Mt 1.1-17;
• Tinha sua genealogia - Mt 1.1-17; Lc 3 23-38
• Teve uma profissão - Mt 13.55; Mc 6.3
• Cumpria seus deveres com a sociedade - Mt 1724-27
1. O GRANDE SUMO SACERDOTE, HUMANO COMO NÓS
1.1. O que é um sumo sacerdote?
“Sacerdote", no judaísmo, era a pessoa que atuava como intermediário entre os homens e Deus, seja oferecendo sacrifícios, seja orando, aconselhando… - eram muitos. Entretanto existia o “sumo sacerdote", que nada mais era que “o maior dos sacerdotes", o chefe. Em Hebreus 414, todavia, Cristo é qualificado como "...um grande sumo sacerdote..." (Hb 414). Só para diferenciar: o profeta era a “ponte” entre Deus e o povo, mas o sacerdote, e principalmente o sumo sacerdote, eram a “ponte” entre o povo e Deus.
1.2. Grande em compaixão
Uma ótima notícia: Hebreus 4.15 diz que nosso grande Sumo Sacerdote tem compaixão de nós! Ou seja, Ele sabe o que a gente passa — sofre conosco — pois como nós, Jesus foi tentado em tudo, entretanto, diferente de nós, nunca pecou!
Assim, você e eu possuímos, diante de Deus, o mediador perfeito, que além de entender completamente nossas falhas — embora não concorde com elas — experimentou a vitória sobre o pecado, inclusive aqueles que são nossos “pontos fracos”.
1.3. O Trono da Graça
Diante de tão Grande Sumo Sacerdote, que compreende a gente — “conhece a nossa estrutura” (Sl 103.14) — o escritor de Hebreus (4.16) completa: não tenha medo de se aproximar do trono da graça! Em muitas partes da Bíblia, encontrar um “trono” não é uma coisa muito boa, pois ali geralmente você será julgado por seus erros (Pv 20.8: Et 4.11; 5.1,2; Mt 2531-33; Ap 20.11). Entretanto, o trono da graça aqui mencionado é diferente: nele encontraremos, através dos méritos de Jesus, misericórdia e graça para continuarmos firmes na caminhada cristã.
Quando chegarmos a esse trono, não seremos condenados, mas receberemos um abraço afetuoso do Pai. Sabe quem encontrou esse trono? O filho pródigo: “E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou” (Lc 15.20). Que maravilha, não é?
2. ELE FOI HUMANO COMO NÓS
2.1. “Porque nos convinha”
O sumo sacerdote entrava uma vez todos os anos no “santo dos santos", Local mais sagrado do tabernáculo feito por Moisés. Nessa ocasião, ele levava consigo o sangue de animais a fim de fazer o pagamento pelos pecados dele e do povo.
Por isso, em Hebreus 7.26, está escrito: “porque nos convinha”, ou seja, era conveniente, apropriado, oportuno, vantajoso, cômodo, que viesse alguém para nos desobrigar de realizar os rituais da lei de Moisés, que não resolviam o problema do pecado. Só podia ser uma pessoa perfeita... Onde achar, já que todos pecaram (Rm 3.23)? Somente descendo do Céu... foi o que aconteceu. Era, assim, tão divino como Deus é tão humano como nós. 100% Deus e 100% Homem.
INTERAÇÃO
Querido (a) professor (a), para introduzir os alunos à lição, inicie perguntando se eles participavam de festas infantis usando roupas de gala muito elegantes. Obviamente, ninguém gostaria de passar por esse constrangimento. É necessário saber como chegar, e Cristo soube. Ele veio como um pobre bebezinho. Humilde e poderosamente, auto limitou (decisão própria) seu poder como Deus (Fp 2,7-11), de forma que possui uma natureza completamente humana e completamente divina, fazendo chegar à humanidade o novo e vivo caminho para o Pai.
2.2. De uma vez por todas
Quando morreu na cruz, Jesus derramou o seu próprio sangue como pagamento pelos nossos pecados (Hb 9.11-14), de uma vez por todas (Hb 7 27)!
Assim, com a redenção perfeita, não há mais a necessidade da morte de animais. Os méritos do sacrifício de Cristo em nosso favor são permanentes. Resta-nos crer na obra da salvação e, através do poder do sangue de Jesus, receber a purificação de nossos pecados, para servir ao Deus vivo.
2.3. "Mar do esquecimento"
Não é difícil pensarmos nos pecados que já cometemos (e até naqueles que ainda lutamos contra) e, na medida em que nos entristecemos, somos inundados por um sentimento ruim de que não merecemos nos relacionar com um Deus tão perfeito e santo.
Bom, de fato não merecemos nada além da morte (Rm 6.23). porém devemos ter sempre em mente que os méritos da nossa salvação são de Jesus. O pecado perdoado pelo sangue de Cristo é lançado no “mar do esquecimento" (Mq 7.18,19; Is 43 25; Hb 9.18)!
3. UMA HUMANIDADE PERFEITA
3.1. Jesus, o perfeito
Entre os hebreus, o sumo sacerdote era o principal ministro religioso, acima dos outros sacerdotes, o único que podia realizar o ritual de expiação pelos pecados do povo. Mas ele era um homem comum, portador das mesmas imperfeições.
O sacerdócio de Cristo é apresentado na Epístola aos Hebreus como sendo superior, "segundo a ordem de Melquisedeque [...] não tendo princípios de dias e nem fim de vida" (Hb 6.20; 7-3). isto é, divino, perfeito, eterno. O sacerdócio de Cristo substitui o sacerdócio terreno (leia Hb 9.11).
Assim, não há por que apelarmos a intermediários terrenos para obtermos o perdão dos pecados. Temos em Cristo um representante ideal diante de Deus, alguém que pode "compadecer-se" de nós, expressão que significa "demonstrar simpatia por". Cristo entende você e vê o seu esforço para acertar. Em contrapartida, Ele espera que você mantenha "firme a confiança" (Hb 3.6), ou seja, não abandone a fé.
3.2. A pessoa perfeita
Deus exige de nós perfeição e o padrão dEle é elevado. Deus mandou que Abraão fosse perfeito (Gn 17.1). Milênios após, Jesus disse a mesma coisa (Mt 5.48). Paulo também falou sobre a possibilidade dessa perfeição (2 Tm 3.17). igualmente sugerida em Hebreus 10.1, para aqueles que se chegam a Deus por intermédio de Jesus.
Com certeza já lhe ocorreu ficar indignado (a) por tornar a cometer um erro que já se havia proposto não repetir. Ou deixar de praticar uma boa ação, ainda que desejasse fazê-lo, O apóstolo Paulo vivia o mesmo dilema, pois revela em Romanos 7.15: "Porque o que faço, não o aprovo, pois o que quero, isso não faço; mas o que aborreço, isso faço." Acontece que essa é a condição de todos os seres humanos. Todos, sem exceção, nascemos com deficiências morais. A boa notícia é que Cristo se deparou com a mesma situação, não que Ele tenha sido moralmente imperfeito, porque jamais errou, mas como homem, pôde conhecer de perto as nossas imperfeições e descobrir o quanto é difícil ser justo. E foi justamente pelo fato de experimentar a natureza humana sem pecado que Ele se tornou o Sumo Sacerdote perfeito.
Note que não podemos estar satisfeitos com a nossa imperfeição, pois cairemos no erro de aceitar o pecado como uma coisa natural. Nossa preocupação constante deve ser a de não pecar. E, se errarmos, temos um advogado no céu (1 Jo 2.1).
3.3. O impossível que se tornou possível
Hebreus 10.4 diz que é impossível que o sangue de animais tire pecados. E isso era um grave problema no relacionamento dos homens com Deus (Is 59.2). mas Cristo, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29), tornou o impossível em possível.).
CONHEÇA OS SEUS ALUNOS
“Às vezes, Jesus prendia-lhes a atenção com uma história da vida. Suas parábolas eram curtas, objetivas e memoráveis. Ao estudar a lição, lembre-se de algum evento em seu passado que o ajudou a aprendê-la, e partilhe-o. Os alunos ouvirão a sua história e pensarão no princípio que você lhes está ensinando antes de perceberem que estão aprendendo. Noutras ocasiões, Jesus usou o estudo de casos para atingir sua meta. Chamou a atenção a uma viúva que dera tudo o que possuía ao depositar algumas moedas na coleta do Templo (veja Mc 12.41-44). Jesus ensinou os ouvintes sobre ofertar.
Para fazer com que o povo pensasse sobre como orar. contou de um fariseu e coletor de impostos que orava no Templo (veja Lc 18.9-14). E mostrou a diferença entre um pobre mendigo, Lázaro, e um homem rico para levar o povo a pensar em como vivia (veja Lc 16.19- 31). Às vezes, uma nova história local tornava-se o ponto de partida para algumas das lições de Jesus. [...] (veja Lc 13.1-3).” (TOWMS, Elmer L. O que todo professor de Escola Dominial precisa saber. Rio de Janeiro. CPAD. 2011, p. 66-67).
PARA CONCLUIR
O Senhor é mencionado em Hebreus 4.14 como o “grande (gr. megas) Sumo Sacerdote, Jesus (nome humano dEle). Filho de Deus (titulo divino)" porque atendia a todos os requisitos da Justiça de Deus — era 100% humano sentiu sede. fome, cansaço... e era 100% Deus - “santo, inocente, imaculado... sublime” (Hb 7.26). Em razão disso, tendo as duas naturezas, Jesus entende você com seus dilemas e o ajudará a superar seus pecados.
SUBSÍDIOS
Há dezenas de nomes e titulos de nosso Senhor Jesus Cristo nas Escrituras Sagradas. O nome 'Senhor' fala sobre a divindade de Jesus. A Septuaginta, antiga versão grega do Antigo Testamento, traduziu os nomes divinos hebraicos Adonay e Yahweh pelo nome grego Kyrios, que é 'Senhor'. Dizer que Jesus é o Senhor significa reconhecer a sua divindade: 'e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor: senão pelo Espírito Santo' (1 Co 12.3). O nome Jesus vem do hebraico Yehoshua ou Yeshua — 'Josué, que significa 'Javé é salvação'. A Septuaginta emprega lesous para ambas as formas, lesous é o nome do Salvador usado no Novo Testamento grego, que chegou para nossa língua como Jesus.
O nome Cristo é a forma grega do hebraico mashiach, 'ungido, messias'. Assim, os nomes ou títulos 'Messias' e ‘Cristo' são a mesma coisa: 'Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo)' (Jo 1.41). Jesus é o Salvador Ungido, o único que pode salvar os pecadores: ‘e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados’ (Mt 1.21).' (SILVA, Esequias Soares da (et. al). Declaração de Fé das Assembléias de Deus: Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e breve voltará. 2a ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2017, p. 50.)
HORA DA REVISÃO
1. O que encontramos no “Trono da Graça"?
O trono da graça é onde encontraremos, através dos méritos de Jesus, misericórdia e graça para continuarmos firmes na caminhada cristã.
2. Os rituais da Lei de Moisés resolviam o problema do pecado?
Os rituais da Lei de Moisés não resolviam o problema do pecado.
3. Onde é lançado o pecado perdoado pelo sangue de Jesus?
O pecado perdoado pelo sangue de Cristo é lançado no “mar do esquecimento" (Mq 7.18,19; Is 43.25; Hb 9.18)!
4. Entre os hebreus, quem era o sumo sacerdote?
Entre os hebreus, o sumo sacerdote era o principal ministro religioso, acima dos outros sacerdotes.
5. Segundo a lição, quem exige de nós a perfeição?
Deus exige de nós perfeição e o padrão dEle é elevado.