Lições Bíblicas Juvenis 3º Trimestre 2023 – CPAD
Revista: Conhecendo
os Fundamentos da Fé Cristã nas Epístolas Gerais.
Comentarista:
Samuel de Oliveira Martins
VERSÍCULO CHAVE
“Amados,
procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive
por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi
dada aos santos." (Jd 3)
LEITURA DIÁRIA
★ 1 Pe 3.15 | Santidade, Mansidão e Temor
★ Cl 4.5-6 | A sabedoria bem
temperada
★ At 6.8-10 | Irrefutabilidade da Fé Verdadeira
★ Is 50.4-10 | Erudição e Obediência
★ Pv 25.11 | Timing
★ 2 Tm 4.2 | Longanimidade e
Doutrina
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Judas 17-25
17
Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos
apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo,
18
os quais vos diziam que, no último tempo, haveria escarnecedores que andariam
segundo as suas ímpias concupiscências.
19
Estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito.
20
Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé,
orando no Espírito Santo,
21
conservai a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia
de
nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna,
22
E apiedai-vos de alguns que estão duvidosos;
23
e salvai alguns, arrebatando-os do fogo; tende deles misericórdia com temor,
aborrecendo até a roupa manchada da carne.
24
Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória,
25
ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e
majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o
sempre. Amém!
CONECTADO
COM DEUS
A Epístola de Judas registra um fato interessante. O apóstolo
declara que pretendia escrever sobre a salvação, mas sentiu a necessidade de
alertar os crentes a "batalhar pela fé" (v. 3). Judas primeiro
esclarece que Deus não deixa o pecado sem castigo. Em sua Epístola, encontramos
a descrição de vários pecados a que estamos expostos e que podem contaminar a
nossa fé. Ele encerra a Carta ensinando-nos a maneira como podemos vencer essa
batalha. Lembre-se; temos de manter uma luta constante pela nossa fé a fim de
não sermos envolvidos pelo pecado e para que não venhamos a perder a salvação.
OBJETIVOS
EXPLICAR os motivos para o envio da
carta;
EXPOR sobre o perigo dos falsos
mestres;
SABER como devemos nos portar na
defesa da fé.
ANTES
DA AULA
Caro (a) professor(a), nesta última aula do trimestre, agradeça o
esforço da turma nos últimos três meses e demonstre a sua felicidade em ser
professor (a) deles. Fale o quanto eles são importantes para você e como o
Senhor tem moldado a sua vida através da interação com eles a cada domingo.
Abra espaço para os alunos falarem, se desejarem. Isso fará com que eles se
sintam importantes e reforçará os laços de comunhão entre professor e aluno.
Aproveite o momento para, também, apresentar a lição de Juvenis do
próximo trimestre. Uma ótima abordagem é, se possível, levar um exemplar da
lição de aluno e sortear entre os alunos presentes! Com certeza a turma
perceberá sua empolgação com o próximo trimestre e buscará valorizar ainda mais
a Escola Dominical.
1. INTRODUÇÃO A EPÍSTOLA
Judas,
que era filho de Maria e José, meio-irmão de Jesus (Jd 1), escreveu esta
Epístola em meados dos anos 60 d.C., com o propósito de que os cristãos
batalhassem pela fé que tinham recebido de Deus e, para isso, precisavam se
achegar a Deus, ter cuidado com ensinos enganosos, trazidos por falsos mestres,
e, inclusive, reconquistar os duvidosos. Uma pequena carta, mas com grande
valor para a formação de todo cristão.
Judas
e o apóstolo Pedro conviveram e certamente conversavam (At 1.13,14).
convergindo, com o tempo, sobre os grandes problemas dos seus dias. Talvez por
isso a Segunda Carta de Pedro e esta Epístola coincidam bastante nas ideias e
na abordagem literária: o ensino é denso e direto ao ponto, sem rodeios. Era
preciso despertamento!
2. A DEFESA DA FÉ
2.1.
Uma necessidade
O
escritor anuncia que desejava falar sobre a salvação, entretanto foi
direcionado a exortar os irmãos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos
santos (Jd 3). Nos dias de hoje, tal direcionamento se mantém: é fundamental
que a igreja esteja atenta para defender a fé a qualquer instante!
A
defesa da fé, contudo, só pode ser feita por quem a detém. O mundo, as forças
do mal, sempre irão atacá-la. Cabe, por isso, a nós ser os guardiões desse
tesouro de inigualável valor (2 Tm 6.12). Que possamos fazer como Paulo que, no
fim dos seus dias, pôde dizer que, após uma vida de lutas, terminou sua
carreira permanecendo na fé (2 Tm 4.7).
2.2.
A fé genuína
A
fé mencionada por Judas é uma fé racional, bem fundamentada e salvadora, aquela
“que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3), ou seja, a fé verdadeira, dada por
Deus (Ef 2.8) e ensinada pelos apóstolos (At 20.27). É por ela que devemos
travar uma luta incansável.
INTERAÇÃO
No seu momento de preparação para a aula, elabore duas ou mais
perguntas pertinentes sobre a defesa da fé, e faça, previamente, uma resposta
sobre essas questões. Em sala de aula (pode ser no início ou mesmo dentro do
tópico II, subtópico 1), faça as perguntas para os alunos e veja como eles
responderão.
Fique atento (a) e preparado (a) para responder e controlar o curso
das falas! Assim, nessa situação controlada, você poderá identificar
deficiências doutrinárias entre os estudantes e instruí-los sobre questões
importantes da fé. Por isso seria interessante você pesquisar algo sobre o
assunto.
3. PECADO E JUÍZO
3.1.
Os intrusos
Já
sabemos que a fé cristã é constantemente atacada, na escola, nos filmes ou nas
redes sociais, mas o foco que o escritor traz à tona são as ameaças à fé que
vêm de dentro da própria igreja. Como assim? Identificar os ataques “externos”,
muitas vezes, é até fácil, mas os ataques “internos", daqueles de quem não
esperamos nos defender, é muito difícil.
Por
isso, Judas elenca algumas características desses "intrusos”, que se
“infiltraram” em nosso meio e ameaçam a fé.
Veja
a lista:
a)
“ímpios” — não têm amor a Deus (Jd 4):
b)
"convertem em dissolução a graça de Deus” — mundanos, carnais (v.4);
c)
negam a Jesus Cristo — céticos, sem espiritualidade (v.4);
d)
“adormecidos, contaminam sua carne” — indiferentes, sem temor de Deus (v.8);
e)
“rejeitam a dominação e vituperam as autoridades” - indisciplinados e rebeldes
(v.8);
f)
“dizem mal do que não sabem" — mentirosos, propagadores de fake news
(v.10);
g)
“murmuradores” (v.16);
h)
arrogantes (v.16);
i)
interesseiros (v.16);
j)
“causam divisões” (v.19);
k)
“sensuais” (v.19).
Ao
fim, Judas conclui a sua listagem com o efeito que é consequência de todos os
defeitos anteriores: eles, os falsos mestres, “não têm o Espirito" (v.19).
Quem anda na carne, não pode agradar a Deus (Rm 8.5-17).
3.2.
Os exemplos de desobediência
Diante
de tantas características ruins, Judas nos faz lembrar de três exemplos de
desobediência que não terminaram bem.
São eles:
a)
o povo de Israel, o qual foi salvo do Egito, mas os maus morreram no deserto,
por causa da incredulidade (Jd 5);
b)
os anjos caídos, que foram lançados na escuridão e estão atualmente em prisões
eternas (v. 6);
c)
as Cidades de Sodoma e Gomorra, bem como outras ao redor, que, por causa da imoralidade,
sofreram “a pena do fogo eterno" (v. 7).
3.3.
Os perigos dos falsos mestres
A
Epístola de Judas, após proferir um “ai" contra os falsos mestres (Jd 11),
diz que eles entraram pelo caminho de Caim (inveja), seguiram o engano do
prêmio de Balaão (avareza) e pereceram na contradição de Corá (rebeldia).
Em
seguida, ele denuncia os efeitos da presença desses “intrusos”:
a)
são manchas em vossas festas de amor (v.12) — eles não possuem amor a Deus, nem
ao próximo, mas somente o “amor-próprio", por isso são uma mácula para a
igreja;
b)
são nuvens sem água (v,12) — eles geram expectativas frustrantes, enchem de
esperanças as pessoas, mas tudo é falsidade;
c)
árvores murchas, infrutíferas (v.12) — eles são uma perda de tempo, pois é um
desperdício cultivar uma árvore e, depois, observar que tudo foi em vão;
d)
ondas impetuosas do mar (v.13) — ondas que trazem sujeira; e
e)
estrelas errantes (v.13) — não possuem rumo, rota ou propósito, cujo fim será
causar um grande estrago. Observe-se como se faz necessário defender a fé,
recebida de Deus, diante dessas ameaças dos falsos mestres.
4 COMO DEFENDER A FÉ
4.1.
Cuidados pessoais
Depois
de mencionar os graves problemas causados pelos falsos mestres, Judas apresenta
a maneira como o cristão deve defender a sua fé:
a)
edificando-vos a vós mesmos na fé (Jd 20) — isso significa investir na fé,
como, por exemplo, ler bons livros cristãos, dedicando-se para fortalecer a
convicção em Deus Cristo Jesus (os discípulos oraram: Senhor, aumenta-nos a fé
- Lc 17.5);
b)
orando no Espírito Santo (v. 20) — significa orar no poder e na força do
Espírito, não firmado em palavras “de efeito”, que para nada servem diante de
Deus (Lc 18.11);
c)
conservar-se no amor de Deus (v. 21) e
d)
esperar na misericórdia de Cristo (v. 21).
4.2.
Cuidado com os outros
A
receita só estará completa se, também, houver cuidado com os outros que já
foram enganados pelo mal. Por isso, em tom dramático, de apelo, Judas conclama
que nos apiedemos dos que estão na dúvida (Jd 22). Encontrar-se em dúvida é
algo terrível, pois está escrito que aquele que duvida nada receberá do Senhor
(Tg 1.6,7). Judas aumenta a gravidade da situação, lembrando que os duvidosos
rumam para o Inferno, razão pela qual exorta a que os salvemos, “arrebatando-os
do fogo” (v. 23).
CONHEÇA OS SEUS ALUNOS
“Motivação e bom ânimo são os impulsos e necessários para levar uma
pessoa ser e permanecer alunada na Escola Dominical, sem nunca faltar às aulas.
Bom ânimo e a disposição de se sentir animado mesmo que é circunstâncias ao seu
redor, não levem a isso, nem lhe sejam favoráveis. O desânimo deve ser
combatido com fé, coragem. A motivação interna permite que as curas aconteçam.
Em Cristo motivação interna ganha corpo, cor, cheiro, sabor e
visibilidade." (ROCHA, Jormicezar Fernandes
da. O que me motivaria a ir à Escola Dominical? Ensinador Cristão. Rio de
Janeiro, v. 82.p. 28, abr./mai./jun.2020).
SUBSÍDIO
1
“Os elementos mais importantes desta vida física (amor, alegria,
paz, propósito, contentamento, verdade, justiça, etc.) não podem nem ser vistos
nem explicados. Não muito tempo atrás, o mundo acadêmico acreditava amplamente
que a ciência física, um dia, explicaria tudo, inclusive a consciência. Essa
esperança vã não é mais admitida pela maioria dos cientistas. John Eccles,
prêmio Nobel, apontou que o recente reconhecimento de que a mente é um ente
não-físico causou o colapso do materialismo científico, (...) Devemos ter fé se
quisermos saber sobre as coisas mais importantes da vida (..,), as quais a
ciência não pode revelar e a respeito das quais ela nada tem a esclarecer.
(...) A fé deve estar fundamentada em evidências que independem de sinais
físicos ou comprovação científica, mas que são irrefutáveis" (HUNT, Dave. Em Defesa da Fé Cristã: Respostas a perguntas difíceis.
Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 18 e 19).
SUBSÍDIO
2
“Batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd 3).
Algumas coisas na vida são relativas. Eu prefiro o verde, outra pessoa prefere
o azul. Eu gosto de pipoca. Outra pessoa gosta de batata chips. Com as
preferências, nenhuma diferença é realmente importante.
A verdade é diferente. Ela é absoluta, no sentido de que a verdade
permanece imutável e certa, a despeito das preferências humanas, E assim Judas
nos Lembra de que quando alguém diz, “Eu prefiro pensar em Jesus apenas como um
homem bom", nós podemos responder: “Tudo bem. Mas eu prefiro pensar nEle
como Deus".
Discutir sobre a verdade não significa ser hostil, ou esbravejar com
aqueles que não creem. Mas significa certificar-se de que as pessoas percebam que
a verdade não é uma questão de preferência. Alguém pode muito bem dizer, “Eu
prefiro pensar em Jesus apenas como um homem bom". Mas quando alguém
disser isto, esta é a nossa oportunidade para responder: “Eu lamento muito por
isso. Veja bem, a Bíblia diz que Jesus é Deus, o Filho, e todo o seu futuro
depende de você aceitar ou não a verdade desta afirmação”. (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia Rio de
Janeiro: CPAD, 2012, p. 993-94).
SUBSÍDIOS
3
“Porque se introduziram alguns" (Jd 4). Ontem, a nossa
filha Sarah chegou da Escola Dominical usando um grande medalhão de papel em
torno do seu pescoço, que dizia em letras de cinco centímetros de altura, 'Eu
estou perdoada'.
Os falsos mestres não usam medalhões em torno do pescoço,
anunciando, 'Eu sou um falso mestre'. Muito pelo contrário, eles se introduzem
secretamente. Eles fingem ser crentes, e somente depois de serem aceitos é que
eles começam a passar clandestinamente as suas heresias para dentro da
congregação.
Judas, como fizeram Pedro e Paulo, nos lembra que por mais que
os falsos mestres tentem, eles não conseguirão esconder duas marcas de
identificação. Eles negam a Jesus Cristo, fazendo-o menos que Deus. E
transformam a graça que nos liberta do poder do pecado em uma licença para
pecar.
O Natal é a nossa grande reafirmação de que Jesus Cristo é Deus,
e que Ele veio em carne. Fazendo com que relembremos o grande dom de Deus, o
Natal nos lembra de que devemos nos dedicar, uma vez mais, a viver uma vida
santa e piedosa.' (RICHARDS, Lawrence O
Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 994).
HORA DA REVISÃO
1.
Qual era o grau de parentesco entre Jesus e Judas, o autor da Epístola?
Judas,
filho de Maria e José, era meio-irmão de Jesus (Jd l).
2.
De que maneira o cristão deve defender a sua fé?
a)
edificando-vos a vós mesmos na fé (v. 20):
b)
orando no Espírito Santo (v. 20);
c)
conservando-se no amor de Deus (v. 21) e
d)
esperando na misericórdia de Cristo (v. 21).
3.
Segundo as Escrituras, os falsos mestres:
(
) são manchas em vossas festas de amor;
(
) são nuvens sem água;
(
) são árvores murchas, infrutíferas;
(X) todas as opções
anteriores.
4.
Qual o apelo de Judas no versículo 22?
Que
nos apiedemos dos que estão na dúvida.
5.
A afirmação "A defesa da fé é desempenhada
contra ataques externos, porém, é ainda mais fundamental para contra-atacar as
investidas internas, dos falsos mestres" é verdadeira ou falsa?
Verdadeira.
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