🎓 Classe: JOVENS
✍Revista: Do professor - CPAD
✍Trimestre: 2° de 2023
✍Título: Encorajamento, Instrução e Conselho: Alcance uma
vida cristã feliz com os ensinos dos Salmos
✍Comentarista: Marcelo Oliveira
TEXTO PRINCIPAL
"Tem
misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas
transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias." (Sl 51.1)
RESUMO DA LIÇÃO
Para
viver um processo de restauração espiritual é preciso reconhecer a benignidade
e a misericórdia de Deus, bem como confessar o pecado praticado e abandoná-lo.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - SI 136.1
A benignidade do Senhor
TERÇA - Lm 3.22,23
As misericórdias do
Senhor
QUARTA - SI 51.3-5
Confessando o pecado
QUINTA - Rm 3.9-12
Todos estão debaixo do
pecado
SEXTA-Tg 1.14,15
A prática do pecado
SÁBADO - Jo 16.8
O Espírito Santo apela
para a consciência
OBJETIVOS
1. COMPREENDER
que o Salmo 51 é um clamor por misericórdia e confissão;
2. MOSTRAR
o anelo do salmista pela restauração;
3. EXPLICAR
que depois da confissão e restauração da comunhão com o Senhor, estamos prontos
para adorá-lo.
INTERAÇÃO
Professor (a),
continuaremos nossos estudos do Livro de Salmos. Na lição deste domingo
estudaremos o Salmo 51 Veremos que ele está na categoria dos Salmos
penitenciais. Esses nos ensinam a respeito da importância da confissão e busca
pelo perdão de Deus, Este Salmo foi escrito por Davi quando ele foi confrontado
pelo profeta Natã por ocasião do adultério com Bate-Seba e o assassinato de
Urias (cf. 2 Sm 12.1-14)-
O estudo do
Salmo 51 nos revela importantes preceitos divinos para uma vida cristã
abençoada, como por exemplo: a natureza misericordiosa de Deus, a necessidade
de confessar o pecado para ser restaurado, a disposição de viver o processo de
restauração e viver a adoração pública de maneira restaurada.
Como crentes
recebemos uma nova natureza e não somos mais escravos do pecado, entretanto
enquanto vivermos neste mundo estamos vulneráveis ao pecado. Mas, agora não
mais pecamos de forma deliberada. O erro é um acidente.
É importante
que no decorrer da lição você ressalte que é tempo de humilhar- -se e de
confessar toda iniquidade, ainda é tempo de ser restaurado (a) por Deus!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a),
reproduza a tabela abaixo no quadro. Sugerimos que você a utilize-a para
explicar aos alunos a estrutura do Salmo 51. Conhecer e analisar a estrutura
nos ajuda a ter uma compreensão melhor do texto bíblico que será estudado.
1.
Reconhecimento da natureza misericordiosa de Deus (vv. 1,2).
2
Confissão de pecados (vv. 3-5).
3.
Busca por restauração (vv. 6,13)
4.
A adoração verdadeira (vv. 14-17).
TEXTO
BÍBLICO
Salmos
51.1-17
1 TEM misericórdia de
mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo
a multidão das tuas misericórdias.
2 Lava-me completamente
da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado.
3 Porque eu conheço as
minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
4 Contra ti, contra ti
somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado
quando falares, e puro quando julgares.
5 Eis que em iniquidade
fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
6 Eis que amas a
verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
7 Purifica-me com
hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve.
8 Faze-me ouvir júbilo
e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
9 Esconde a tua face
dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniquidades.
10 Cria em mim, ó Deus,
um coração puro, e renova em mim um espírito reto.
11 Não me lances fora
da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.
12 Torna a dar-me a
alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.
13 Então ensinarei aos
transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.
14 Livra-me dos crimes
de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a
tua justiça.
15 Abre, Senhor, os
meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor.
16 Pois não desejas
sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.
INTRODUÇÃO
O Salmo 51 está na
categoria dos Salmos penitenciais. Esses Salmos trazem a ideia de confissão e
busca pelo perdão de Deus. Outros Salmos podem ser classificados nessa
categoria: 6,37,142, dentre outros. De acordo com essa categoria, o Salmo 51
remonta o contexto em que o rei Davi foi confrontado pelo profeta Natã por
ocasião do seu adultério com Bate-Seba e o consequente assassinato do esposo
dela, Urias (cf. 2 Sm 12.1-14), ordenado e planejado pelo rei.
Por isso, o Salmo 51
está estruturado da seguinte forma:
1) Reconhecimento da
natureza misericordiosa de Deus (vv.1,2);
2) Confissão de pecados
(vv.3-5);
3) Busca por
restauração (vv.6,13);
4) Adoração verdadeira
(vv. 14-17);
5) O bem a Sião
(vv.18,19). Assim, nesta lição, estudaremos sobre a natureza misericordiosa de
Deus, a necessidade de confessar o pecado para ser restaurado, a disposição de
viver o processo de restauração e, finalmente, viver a adoração pública de
maneira restaurada.
I - MISERICÓRDIA E CONFISSÃO (vv.1-5)
1. Um clamor por
misericórdia.
Nos dois primeiros
versículos, chama a atenção as expressões "tem misericórdia" e
“benignidade”; “apaga minhas transgressões” e “tua misericórdia";
“lava-me" e “purifica-me". O salmista tem uma clara noção de que Deus
é benigno e misericordioso.
A benignidade do Senhor
dura para sempre (Sl 136.1), e suas misericórdias não têm fim (Lm 3.22,23). Por
isso, só Deus pode ‘'lavar” e “purificar" a alma do salmista. Assim, o rei
Davi tem plena certeza de que se dirigir diretamente a Deus é a melhor decisão.
Ele é benigno e misericordioso. Só Ele pode lavar e purificar sua alma.
2. Confessando o
pecado.
O salmista se dirige a
Deus de maneira humilde, confessando e especificando o seu pecado (vv.3,4).
Este estava tão patente diante dele que a expressão “em pecado me concebeu a
minha mãe” (v.5) revela que o salmista reconhece a inclinação humana para o
pecado desde o início da existência humana. Dois pontos estão bem claros nos
versículos 3-5:
1) o pecado específico
praticado (vv.3,4) e
2) a consciência da
inclinação humana ao pecado desde o início da existência (v.5; cf. Rm 3.9-12).
3. Deus é quem remove o
pecado.
Contra a prática do
pecado só há um antídoto: voltar-se ao Deus misericordioso, por intermédio de
Jesus Cristo, e confessar o pecado (vv.1-5; 1 Jo 1.8-10). Todo pecado é contra
Deus somente. Embora Davi tivesse adulterado com Bate-Seba e ordenado a
execução de Urias, foi “contra ti, contra ti somente pequei”. Davi havia
violado vários mandamentos do Decálogo (Êx 20.13-17) e, por isso, seu pecado
era exclusivamente contra Deus. Logo, quem peca contra Deus só pode ser lavado,
bem como ter purificado o coração, por Ele mesmo por intermédio do Senhor Jesus
(1 Jo 2.1,2). Assim, o caminho para a restauração do jovem cristão, de maneira
humilde, é se dirigir ao Deus misericordioso, confessando especificamente o
pecado praticado, tendo a consciência de que somente Deus pode remover a mancha
deletéria do pecado por meio do Senhor Jesus.
SUBSÍDIO 1
Salmo de
Davi, Professor(a), explique que “conforme se lê no título, este salmo de
confissão é atribuído a Davi, alusivo ao momento em que o profeta Natã revelou
seus pecados de adultério e de homicídio. Note-se que este salmo foi escrito
por um crente que voluntariamente pecou contra Deus e de modo tão grave que foi
privado da comunhão e da presença de Deus (v. 11). Provavelmente, Davi escreveu
este salmo já arrependido, após Natã declarar-lhe o perdão divino (2 Sm 12.13).
Davi roga contritamente a plena restauração da sua salvação, a pureza, a
presença de Deus, a vitalidade espiritual e a alegria.
II - BUSCANDO A RESTAURAÇÃO (vv. 6-13)
1. Purificando a vida
interior.
A prática do pecado
nasce de dentro do ser humano (Tg 1.14,15). Isso devido à corrupção total da
natureza humana como consequência do advento do pecado (Gn 3.1,19; Rm 3-20).
Nesse sentido, contemplamos o pedido do salmista: “purifica-me”,
“lava-me", “apaga", “cria em mim [...] um coração puro” (Sl 51.6-11).
O salmista sabia que
Deus aprecia a verdade de nossa vida interior, pois diante dEle tudo está
patente (v.6). Somente Deus pode criar um coração puro, não mais sujo pelo
pecado (v.10); um espírito reto, não uma vida torta (v.10).
A nossa vida interior
precisa ser purificada para que a presença do Espírito Santo seja uma realidade
e, assim, tenhamos de volta a alegria da salvação e um espírito voluntário nas
coisas de Deus (v.12).
2. Restituindo a
alegria e o júbilo.
Com a vida interior
purificada, o salmista espera ouvir júbilos e alegrias (v.8) no lugar de
tristeza e angústia pelo pecado praticado. Sim, o salmista sabia que o pecado
apaga a alegria de viver. O processo de restauração do pecador perpassa pela
confissão, humilhação diante de Deus e, finalmente, o fato de tornar a sentir a
presença do Espírito Santo. Neste Salmo, uma das verdades mais contundentes é a
de que o pecado tira a presença de Deus do salmista (cf. Ef 4.30). Sem esta
presença não há alegria nem júbilo, mas sobra tristeza, angústia, frustração e
consciência pesada.
3. A restauração começa
pela renovação interior.
Precisamos lembrar de
que a obra de restauração de uma vida que caiu no pecado é de Deus e não
meramente uma decisão humana. Ele pode dar um coração puro e um espírito reto
(Sl 51.10).
Outrossim, o Espírito
Santo sempre apelará para nossa consciência a fim de que não fiquemos imersos
na prática do pecado, pois é Ele quem nos convence do pecado, da justiça e do
juízo (Jo 16.8). E, finalmente, há uma vida plena no Espírito, de alegria e
júbilo para servir a Deus em sua obra e na vida. Entretanto, tudo começa pela
purificação do coração e o estabelecimento de um espírito reto; tudo começa
pela renovação interior do jovem cristão.
SUBSÍDIO 2
“Professor (a),
explique que “todos que pecaram gravemente e que estão opressos por sentimento
de culpa podem obter o perdão, a purificação do pecado e a restauração diante
de Deus, se o buscarem conforme a natureza e a mensagem deste salmo. A súplica
de Davi, por perdão e restauração, baseia-se na graça, misericórdia,
benignidade e compaixão de Deus (v. 1), num coração verdadeiramente quebrantado
e arrependido (v. 17) e, em sentido pleno, na morte vicária de Cristo pelos
nossos pecados (1 Jo 2.1,2).
Às vezes, a
certeza do perdão e restauração da bênção divina não ocorrem facilmente. A
pessoa que antes desfrutava a alegria da salvação desce às profundezas da
imoralidade poderá passar por um período de arrependimento e de conflitos
interiores antes de receber a certeza do perdão e a plena restauração ao favor
de Deus. A experiência de Davi revela quão terrível é ofender a um Deus santo
depois de alguém ter sido tão ricamente abençoado por Ele".
III - PRONTOS PARA ADORAR (vv. 14-17)
1. O desejo de participar da adoração pública. Lembre-se de que os Salmos são canções para
adorar, principalmente, no Templo. O salmista tem o desejo, aqui, de louvar a
justiça divina (Sl 51.14). Por isso, o pedido de livrá-lo dos "crimes de
sangue", certamente, uma alusão ao assassinato de Urias (v.14). Assim, uma
vez perdoado, o salmista estaria pronto para adorar publicamente no Templo do
Senhor de acordo com a justiça divina (v.15). A adoração pública,
congregacional, tem a ver com o real estado interior da vida do salmista.
2. Quebrantamento e contrição.
Os versículos 16 e 17 aprofundam mais ainda a questão do estado interior
para a adoração pública. Note as expressões “espírito quebrantado" e
“coração quebrantado e contrito". Essas expressões não substituíram o
sistema de sacrifício levítico, pois ele é retomado no versículo 19.
A ideia é a de que não podemos nos apresentar para adoração pública de
maneira mecânica, superficial. Nesse sentido, o salmista entende que todo o seu
ser deve estar presente no ato de adoração, isto é, espírito, alma e corpo (1
Ts 5.23).
Espírito e coração quebrantados e contritos são a prova de que a vida
inteira do adorador está ali diante de Deus.
3. Fazendo o bem para outros.
A nossa experiência de restauração nos permite “ensinar aos
transgressores os teus caminhos” (Sl 51.13). É isso o que Deus quer fazer
conosco. Que os nossos gestos exteriores reflitam a nossa vida interior, pois
se o nosso coração for puro e nosso espírito for reto, consequentemente, nossas
ações serão puras e retas (Mc 7.18-22). Com o advento do sacrifício de Jesus
Cristo, nós, almas restauradas, corpos posicionados, somos o sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus (Rm 12.1).
SUBSÍDIO 3
Professor (a),
explique aos alunos que “todos os crentes precisam que o Espírito Santo crie neles
um coração puro que aborreça a iniquidade e um espírito renovado e disposto a
fazer a vontade de Deus. Somente Deus pode nos fazer novas criaturas e nos
restaurar à verdadeira santidade (Jo 33; 2 Co 517).
Davi sabe que
se Deus abolir da sua vida a obra do Espírito Santo, que convence e repreende o
pecador face aos seus pecados, não haverá qualquer esperança de salvação.’
CONCLUSÃO
Todos nós estamos vulneráveis ao pecado. Por isso, a Palavra de Deus nos
ensina a vigiar e a cuidar de nossa vida espiritual. Entretanto, quando
acontece um "acidente de percurso" na vida do jovem cristão, é
importante que ele não deixe de perceber que Deus é misericórdia, que é
necessário confessar especificamente o pecado praticado, primeiramente a Deus.
em seguida, ao pastor da igreja e, finalmente, viver o processo de restauração
espiritual. O Espírito Santo nunca deixará de apelar às consciências dos que
temem a Deus. É tempo de humilhar-se! É tempo de confessar! É tempo de ser
restaurado(a) por Deus!
HORA DA REVISÃO
1. Qual noção o salmista tem a respeito de Deus?
Ele tem uma clara noção de que Deus é benigno e misericordioso.
2. Qual o único antídoto contra a prática do pecado?
Contra a prática do pecado só há um antídoto: voltar-se ao Deus
misericordioso, por intermédio de Jesus Cristo, e confessar o pecado.
3. Quem é que pode criar um coração puro?
Somente Deus pode criar um coração puro, não mais sujo pelo pecado; um
espírito reto, não uma vida torta.
4. Segundo a lição, a adoração pública, congregacional tem a ver com o
quê?
A adoração pública, congregacional, tem a ver com o real estado interior
da vida do salmista.
5. O que a nossa experiência de restauração nos permite?
A nossa experiência de restauração nos permite “ensinar aos
transgressores os teus caminhos” (Sl 51.13).
Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.