🎓 Classe: JOVENS
✍Revista: Do professor - CPAD
✍Trimestre: 2° de 2023
✍Título: Encorajamento, Instrução e Conselho: Alcance uma
vida cristã feliz com os ensinos dos Salmos
✍Comentarista: Marcelo Oliveira
TEXTO
PRINCIPAL
"Recitarei
o decreto: O
Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei as
nações por herança e os confins da terra por tua possessão." (Sl 2.7,8)
RESUMO DA LIÇÃO
Quem se submete ao
reinado e ao senhorio de Cristo Jesus tem sua vida completamente ordenada por
Ele.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - At 4.25,26
A perseguição contra o
ungido de Deus
TERÇA - Mt 10.40; Jo
13.20
Quem recebe o Filho
recebe o Pai
QUARTA - Rm 1.5
A expectativa para que
as nações obedeçam à fé
QUINTA - Rm 2.14-16
A reta justiça divina
SEXTA - Dn 2.21
Deus é quem institui e
destitui reis
SÁBADO - Hb 12.2
O Rei Jesus é a nossa
referência
OBJETIVOS
• MOSTRAR
a rebelião contra o Ungido de Deus;
• CONSCIENTIZAR
de que um dia o Ungido pedirá contas aos insurgentes,
• EXPLICAR
o chamado à rendição e à submissão ao Ungido de Deus.
INTERAÇÃO
Prezado
(a) professor(a), nesta terceira lição do trimestre estudaremos o Salmo Este é
um Salmo messiânico, cujo o propósito é mostra que o reinado de Cristo nunca
terá fim. As nações, até os dias atuais, insistem em rebelar-se contra o Ungido
do Senhor revelado pelo salmista. Os insurgentes não ficarão impunes, chegará o
dia em que o Messias pedirá contas dos atos de rebeldia dos homens. Veremos que
o Salmo 2 é uma revelação profética do reinado messiânico de Jesus O Inimigo
fez de tudo para que o Salvador não viesse ao mundo e não cumprisse a sua
missão, entretanto haverá um tempo, que o reino do Senhor será plenamente
estabelecido neste mundo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), reproduza o quadro abaixo e utilize-o na introdução
da lição. Mostre aos alunos as quatro cenas principais do Salmo 2 mostrando que
é uma alusão ao reino de Cristo.
(1) 0 salmista começa com uma alusão aos povos e reis da terra em
oposição ao Ungido de Deus (w. 1-3);
(2) Deus responde zombando dos ridículos intentos do mundo para
remove-lo do cenário (vv. 4-6).
(3) Deus, o Pai, promete que enviará seu Filho amado (vv. 7-9). para
aniquilar todos que se opõem ao seu governo.
(4) Através do salmista, o Espírito Santo exorta a raça humana a ser
sábia diante de Deus.
TEXTO BÍBLICO
Salmos
2.1-9
1
Por que se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs?
2
Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o
Senhor e contra o seu ungido, dizendo:
3
Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas,
4
Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.
5
Então, lhes falará na sua ira e no seu furor os confundirá.
6
Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
7
Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
8
Pede-me, e eu teclarei as nações por herança e os confins da terra por tua
possessão.
9
Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de
oleiro.
INTRODUÇÃO
A
história é marcada por impérios que tentaram dominar o mundo. Até hoje há líderes
que possuem a utopia de dominá-lo. O Salmo 2 mostra que há um rei em que seu
reinado nunca terá fim. Veremos como as nações insistem em rebelar-se contra
esse rei, como este pedirá contas dos homens e, finalmente, como que o rei
messiânico apela para que os reis se rendam ao seu senhorio.
I
- A REBELIÃO CONTRA O UNGIDO DE DEUS
1.
A importância do Salmo 2.
O
Salmo 2 está na categoria dos salmos régios ou messiânicos. Segundos
estudiosos, é possível que os salmos régios se refiram a Davi ou algum rei em
Israel. O ponto importante é que esses salmos são uma descrição do rei
messiânico.
Não
por acaso, o Novo Testamento aplica o Salmo 2 à pessoa de Jesus tanto na
perspectiva do ministério terreno quanto na perspectiva futura daquEle que
implantará o seu glorioso reino na terra. Em Mateus 3.17, a expressão
"este é o meu filho amado” tem a ver com Salmo 2.7; Atos 4.25-28, o
evangelista cita os versículos de Salmo 2.1,2 e aplica a perseguição registrada
no Salmo a Jesus. Em Hebreus 1.5 e 5.5. você verá paralelos bem claros das
passagens do salmo. Por isso, o Salmo 2 é muito importante para nós os
cristãos.
2.
A rebelião das nações.
O
Salmo está estruturado em quatro blocos de três versículos cada: vv.1-3;
vv.4-6; vv.7-9; vv.10-12.0 primeiro bloco diz respeito à rebelião dos gentios
contra a autoridade de Deus. O versículo primeiro inicia com uma pergunta
retórica: “Por que se amotinam as nações[...]” (v.1). Essa pergunta, na
verdade, revela a presunção dos reis das nações ao se voltar contra o Senhor.
Eles se preparam, planejam estratégias acreditando que terão êxito em seu
propósito.
O
problema é que eles se levantam contra o Ungido do Senhor, na verdade,
levantam-se contra o próprio Senhor (v.2). Eles acham mesmo que terão autonomia
para romper o domínio divino, bem como seus planos (v.3). Os primeiros cristãos
aplicaram essa passagem na perseguição que eles sofreram (At 4.25,26). No
contexto do Novo Testamento, o Senhor Jesus é o Ungido, o Cristo de Deus, acima
de todo principado, poder, potestade e domínio (Ef 2,20,21).
3,
Rebelião contra Deus é tolice.
Há
uma lição muito preciosa nesses primeiros versículos. Se uma pessoa não servir
ao Senhor Jesus e praticar o seu ensino, servirá a outro segundo a sua
filosofia (Mt 6.24). Não tem como escapar. Liberdade longe de Deus é uma
completa ilusão. Infelizmente, quando alguém se rebela contra o Altíssimo,
deixando de seguir seus valores, tal pessoa passa a seguir uma série de
falsidades e ilusões.
Ora,
os valores de Deus são eternos, bons e verdadeiros. O que leva um (a) jovem a
deixar de desfrutar do bem espiritual que tem impacto positivo e construtivo na
vida terrena para abraçar um estilo tolo e desordenado, que só trará prejuízos?
Perder a juventude na rebelião contra Deus nunca foi uma boa ideia.
SUBSÍDIO 1
“Por que se amotinam as nações?
Refere-se ao goyim, 'gentios',
‘pagãos’, não-israelitas, como distintos do povo de Israel. As nações estavam
se amotinando
com o propósito de organizar uma insurreição. As nações antagônicas
ao verdadeiro Deus podem ser chamadas de forma apropriada de 'gentios'. Os
povos imaginam significa ‘os povos meditam'; a mesma palavra é usada em 1.2,
mas aqui tem a conotação de tramar uma ação maléfica. Entende-se por coisas vãs
uma rebelião irracional e sem esperança.
A rebelião não tem uma conotação meramente política. Ela é contra o
Senhor e contra o seu ungido (v. 2). Em hebraico; Meshiach, que é Messias.
Quando traduzido para o grego, Meshiach se torna Christos.
Essa é a justificativa para uma interpretação messiânica do Salmo,
junto com a aplicação feita no Novo Testamento para Jesus. Os rebeldes estão
determinados a romper as suas ataduras, possivelmente os ferrolhos que prendiam
o jugo ao animal, e suas cordas, que podem representar as rédeas usadas para
controlar o boi que puxava o arado, 'Lance fora o seu jugo'.
Quaisquer que tenham sido as circunstâncias imediatas, esses
versículos representam a descrição de pecado mais comum do Antigo Testamento. O
pecado não é meramente uma imperfeição humana ou finita. O pecado é uma
rebelião moral, uma revolta contra as leis de Deus. Pecar é colocar a vontade
do homem no centro da vida, em vez da vontade de Deus. A revolta das nações é
um retrato do pecado da alma humana de cada indivíduo,"
(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, P
116.)
II - O UNGIDO PEDIRÁ CONTAS
1.
Como Deus contempla a rebelião dos homens?
No
versículo 4, temos uma resposta de Deus num tom de desprezo e
escárnio, típicas expressões da natureza humana. É muito comum essa linguagem
na Bíblia, denominada em Teologia de antropopatismo, ou seja, atribuição das
paixões humanas a Deus (cf. Gn 6.6; Zc 8.2).
Essa
figura de linguagem nos ajuda a compreender as verdades eternas da Bíblia de
acordo com a nossa capacidade. Então, Deus está olhando para a rebelião humana,
zombando dela porque Ele mesmo falará aos homens no derramamento de sua ira (v.
5). Os homens não podem fazer nada contra a soberania divina. Deus ungiu o seu
rei sobre o monte Sião, isto é, o monte de sua santidade, onde está o Santo
Templo (v.6). Não por acaso, o Novo Testamento apresenta a passagem que revela
essa mesma relação entre Jesus e o Pai: “Quem vos recebe a mim me recebe; e
quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou” (Mt 10.40; cf. Jo 13.20).
2.
O Ungido do Senhor regerá o mundo todo.
O
versículo 7 remonta um oráculo divino, ou profecia, em que é dito ao ungido do
Senhor: Tu és o meu filho; eu hoje te gerei" (v.7). Essa expressão tem a
ver com um herdeiro da casa de Davi para sempre (2 Sm 7,13,14). No Novo
Testamento, o autor aos Hebreus desenvolve a messianidade de Jesus a partir
dessa mesma expressão (1.5). Nesse caso, Deus dará por herança as nações ao rei
(v.8) e o ungido destruirá com “vara de ferro" os rebeldes e seu reinado
será de justiça.
3.
Todos prestarão contas.
Deus
“ri” das artimanhas dos homens aqui da Terra porque todo poder vem dEle. Os homens
que arrogam para si orgulho e soberba e, ao mesmo tempo, buscam a rebelião
contra o Altíssimo, estão fadados ao fracasso. Da mesma forma que eles foram
dotados de poder, podem perdê-lo a qualquer momento (Dn 2.21). Por isso,
precisamos andar em humildade e mansidão como Jesus ensinou (Mt 11.29). A
soberba e a arrogância humanas só levam ao caminho de perdição. A Palavra de
Deus mostra com clareza que, seja quem for, um dia todos estaremos diante do
Juiz para prestar contas de todas as nossas ações (Rm 2.6,7). E tudo será feito
de acordo com a reta justiça divina (Rm 2.14-16).
SUBSÍDIO 2
Professor (a), explique que a resposta de Deus contra os insurgentes
‘é retratada pelo salmista em termos de escárnio e desprezo humanos, A Bíblia
frequentemente atribuí a Deus aspectos, atitudes e ações derivadas da
experiência humana. Isto é feito sem a intenção de rebaixar 0 Infinito ao nível
humano, mas para apresentar verdades em termos que somos capazes de entender.
O Senhor é visto como aquele que habita nos céus (v, 4), 'entronizado
nos céus’, Ele nem precisa se elevar para opor-se à insurreição. O Senhor não é
0 nome mais comum atribuído a Deus, Yaweh (traduzido por SENHOR na ARC e ARA)
mas Adonai (Senhor, indicado pelas letras em caixa baixa e depois da letra maiúscula.
‘Deus é visto como o governante soberano do mundo, em vez de o Deus da aliança
de Israel".
III
- UM CHAMADO À RENDIÇÃO E
À SUBMISSÃO
1.
Um chamado aos reis da Terra.
O
último bloco do Salmo, ou estrofe, traz um chamado à rendição completa: “Agora,
pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra" (Sl
2.10). É uma oportunidade dada às nações para reverter seus caminhos tortuosos.
Esse chamado lembra muito o convite de sabedoria que lemos no livro de
Provérbios (9.10). Ademais, o chamado também é para servir a Deus com temor e
tremor (v.11). Por isso, a Bíblia diz que o temor do Senhor é o princípio do
saber (Pv 1.7 - NAA).
2.
Se curvando ao Filho.
Aquele
que se arrepende da rebelião contra Deus e o seu ungido, deve se submeter ao
Altíssimo e ao seu Filho: “Beijai o Filho” (v.12). É uma homenagem de submissão
ao senhorio do Filho. Quem assim proceder será poupado da ira vindoura. Por
isso, é feliz e realizado quem se refugia e confia no Filho (v.12). Assim, o
Salmo encerra exatamente com o convite de cultivar a confiança no ungido do
Senhor. O Novo Testamento nos orienta a olhar “para Jesus, autor e consumador
da fé" (Hb 12.2).
3.
Jesus é Rei e Senhor?
De
maneira geral, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito da completa rendição e
submissão a Jesus. No mundo de hoje, submeter-se e render-se a Jesus não é um
desafio fácil. Isso significa fazer dEle o Rei do nosso coração. Aqui, é que
acontece a verdadeira batalha: quando Jesus deve ser o Rei do nosso pensamento,
do nosso sentimento e da nossa vontade (2 Co 10.5). Quando nosso Senhor se
torna Rei do nosso mundo interior, o mundo exterior é completamente ordenado. Entretanto,
quando Ele não é Rei da nossa vida interior, a exterior fica completamente
desordenada. Por isso, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito de não lutarmos
mais contra o reinado de Jesus em nós. Deixemo-Lo reinar! Então seremos verdadeiramente
livres.
SUBSÍDIO 3
"Na última estrofe, o salmista fala diretamente aos rebeldes. O
texto hebraico começa com: Agora, pois’ (v.10), como que indicando a conclusão
extraída dos versículos precedentes. Deixai-vos instruir ou 'admoestar'. Juízes
é um termo usado para os governantes em geral, incluindo os subordinados do
rei.
Em vez de continuar com sua rebelião, o povo é impelido a servir ao
Senhor com temor (v. 11). Aqui se tem em mente mais do que uma mera submissão
política, visto que servir e temor são termos usados constantemente no Antigo
Testamento com significado religioso. O temor do Senhor' é o respeito reverente
com o qual o homem deve venerar o Deus soberano. Esse conceito do Antigo
Testamento é o que mais se aproxima da palavra ‘rebelião’. Esse serviço
capacitará o homem a legrar-se com tremor. Não existe contradição nessa
cláusula. Ela representa a harmonização da 'alegria do Senhor' com ‘o temor do
Senhor'. As duas emoções são apropriadas ao homem diante do seu Criador.
Da mesma forma que a rebelião se expressou contra o Senhor e contra
o seu ungido, assim o arrependimento deve influir tanto o Deus soberano como o
seu Filho real."
CONCLUSÃO
O
Salmo 2 tem uma ligação muito profunda com o reinado messiânico do Senhor
Jesus. Ao longo dos séculos, os cristãos sempre leram esse Salmo com vista ao
reino messiânico do Senhor Jesus. Haverá um tempo, em que o reino do Senhor
será plenamente estabelecido neste mundo. Todavia, ele pode ser experimentado
agora por meio do reinado de Cristo em nossos corações. É tempo de deixar Jesus
reinar dentro de nós.
HORA
DA REVISÃO
1.
Em qual categoria podemos classificar o Salmo 2?
O
Salmo 2 está na categoria dos Salmos régios ou messiânicos.
2.
O que a expressão por que se amotinam as nações
(v.1) revela?
Revela
a presunção dos reis das nações ao se voltar contra o Senhor.
3.
O que é antropopatismo?
É
uma atribuição das paixões humanas a Deus.
4.
O que a Palavra de Deus mostra?
A
Palavra de Deus mostra com clareza que, seja quem for, um dia todos estaremos
diante do Juiz para prestar contas de todas as nossas ações (Rm 2.6,7). E tudo
será feito de acordo com a reta justiça divina (Rm 2.14-16).
5.
O que o Salmo nos ajuda a refletir?
De
maneira geral, o Salmo nos ajuda
a
refletir a respeito da completa rendição e submissão a Jesus.
Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.