Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Lição 1 Quando a Família Age por Conta Própria
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🕛Data: 2 de abril de 2023
Revista: Do professor - CPAD
Trimestre: 2° de 2023
🎓 Título: Relacionamentos em Família: Superando
Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus
✍Comentarista: Elienai Cabral
📚TEXTO ÁUREO
Na verdade, Sara, tua mulher, te dará
um filho, e chamarás 0 seu nome Isaque, e com ele estabelecerei 0 meu concerto
(Gn 17.19)
💡VERDADE PRÁTICA
Quando o ser humano se precipita a
respeito dos planos de Deus, as consequências dessa ação são inevitáveis.
1 - Ora, O Senhor disse a Abrão: Sai-te
da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te
mostrarei.
2 - E far-te-ei uma grande nação, e
abençoar-te-ei, engrandecerei O teu nome, e tu serás uma benção.
3 - E abençoarei os que te abençoarem e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias
da terra.
Gênesis 16
1- Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe
gerava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar.
2 - E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor
me tem impedido de gerar; entra, pois, à minha serva; porventura, terei filhos
dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.
3 - Assim, tomou Sarai, mulher de
Abrão, a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, ao
fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.
4- E ele entrou a Agar, e
ela concebeu; e, vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus
olhos.
5 - Então, disse Sarai a Abrão: Meu
agravo seja sobre ti. Minha serva pus eu e, teu regaço; vendo ela, agora, que
concebeu, sou menosprezada aos seus olhos. O Senhor julgue entre mim e ti.
Hinos Sugeridos: 58, 84,458 da Harpa
Crista
VEJA Á ÁUDIO LIÇÃO
Objetivos
da Lição:
1) Identificar que as promessas divinas para Abrão passavam também por sua
família;
II) Reconhecer que não podemos tentar “interferir” nos planos de Deus;
III) Entender que uma decisão precipitada pode gerar conflitos
desnecessários na família.
INTRODUÇÃO
Ao longo deste trimestre, estudaremos
assuntos relacionados à família. Nesta oportunidade, especificamente,
ponderamos que, diferentemente de outros trimestres, os assuntos referem-se aos
problemas do cotidiano familiar. Veremos o que a Palavra de Deus tem a nos
ensinar quanto a problemas de comunicação conjugal, ciúmes, rebeldia, porfias,
mentira, mágoas e educação de filhos, dentre outros assuntos.
Nesta lição, em especial, focaremos nas
atitudes precipitadas de Sarai e Abrão, ao decidirem não esperar o cumprimento
da promessa de Deus e agirem por conta própria, “ajudando-O” no cumprimento da
promessa. Veremos as consequências de quando deixamos de ouvir a voz de do
Senhor para “ouvir” a voz de um coração enganoso.
PALAVRA-CHAVE
Família
I – DEUS FAZ PROMESSAS A ABRÃO
1. O encontro de Deus com Abrão.
Abrão vinha de uma jornada de
conquistas e vitórias pessoais desde que saiu de Ur dos Caldeus e, depois, de
Harã (Gn 11.31; 12.1-4). Entretanto, o casal Abrão e Sarai não tinha filhos. No
capítulo 12 de Gênesis, o patriarca tinha 75 anos de idade quando Deus lhe
prometeu uma grande descendência (Gn 12.4). No capítulo 15, o Senhor lhe faz uma
promessa específica de um herdeiro. E, finalmente, quando Isaque, o filho da
promessa, nasceu, o patriarca tinha 100 anos (Gn 21.5). Assim, podemos dizer
que Abraão esperou por 25 anos pelo cumprimento da promessa divina.
2. A dúvida diante da espera.
Após a promessa de uma descendência (Gn
12), veio uma preocupação a Abrão: “Senhor Jeová, que me hás de dar? Pois
ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer” (Gn 15.2).
Esse questionamento revela que sua fé estava em crise. Abrão não conseguia ver
a realização do sonho do casal, uma vez que Sarai era estéril. Não é diferente
conosco também. Às vezes somos bloqueados por dúvidas que nos impedem de, pela
fé, enxergar a operação do sobrenatural.
3. Deus garante a Abrão o cumprimento
da promessa.
Como vimos, Gênesis 15.4 traz a
promessa de um filho. No versículo 7, o Senhor diz: “Eu sou o Senhor” (Gn
15.7). De modo que Ele desfez a preocupação do patriarca, especificando uma
promessa: “Este não será o teu herdeiro [Ismael]; mas aquele que de ti será
gerado, esse será o teu herdeiro [Isaque]” (Gn 15.4). Aqui, Deus está afirmando
a Abrão que suas promessas têm base no próprio caráter, pois Ele não é homem
para mentir, nem filho do homem para se arrepender; “porventura, diria ele e
não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?” (Nm 23.19). Deus cumpre fielmente
a sua Palavra (Sl 89.34). Infelizmente, porém, Abrão vacilaria na fé e não
transmitiria a Sarai confiança na promessa (Gn 16.2,3).
SINÓPSE I
Deus fez a promessa de uma grande
descendência a Abrão. A espera acabou gerando dúvida, mas o Senhor garante
aquilo que promete.
II – INTERFERÊNCIA NO PLANO DE DEUS
1. A tentativa de Sarai em “ajudar” a
Deus.
Pelo processo natural, Sarai não podia
gerar filhos por causa de sua esterilidade e, naquele contexto, ela estava
ainda com a idade avançada. Por isso, Sarai persuadiu Abrão de que a melhor
forma de ele ter um herdeiro seria tomar a serva egípcia Agar e com ela
conceber um filho (Gn 16.2).
Naquele tempo era permitido fazer isso
para que um homem tivesse um herdeiro. Essa tentativa de “ajudar a Deus” no
cumprimento da promessa de um filho foi uma atitude precipitada de Abrão. Na
vida conjugal, é importante que o casal crente consulte a Deus em tudo. Nesse
sentido, Abrãodeveria convencer sua
mulher a esperar em Deus, pois Ele cumpre a sua Palavra (1 Rs 8.56).
2. Os dois vacilam na fé.
No capítulo 15, Abrão é um homem de fé.
Porém, no capítulo 16, a situação muda completamente porque ele preferiu ouvir
a voz de sua mulher, conforme Gênesis 16.2: “E ouviu Abrão a voz de Sarai”. A
verdade é que, diante da reclamação de sua esposa, Abrão aquietou-se e preferiu
aceitar o argumento dela e não acreditar no milagre de ambos gerarem um filho
conforme a promessa.
Os dois deixaram a lógica da fé e se
apegaram à lógica meramente humana. Devemos cuidar para não interferir nos
desígnios de Deus, pois isso pode significar o desvio da vontade divina. Não
podemos, por causa de uma decisão precipitada, querer intervir no plano original
divino.
3. O problema da precipitação.
Sarai abandonou e desprezou a confiança
em Deus, preferindo resolver o problema ao seu modo, além de induzir seu marido
à mesma atitude equivocada e incrédula. Ao afastar-se da dependência de Deus, o
casal não conseguiu evitar as consequências desastrosas para sua vida (Gn
16.5-9).
Agar engravidou e teve o filho que
Abraão sonhava ter, mas provocou o conflito familiar histórico entre Abrão e
Sarai, entre Sarai e Agar e, posteriormente, entre os filhos de ambas, Ismael e
Isaque. Muitos conflitos são gerados nos lares por causa de atitudes
precipitadas da parte dos cônjuges. A consequência dessa precipitação de Abrão
permanece até hoje, com as sementes de Ismael e Isaque, ou seja, judeus e
árabes.
SINÓPSE II
A precipitação de Sarai gerou
consequências na família que reverberam até aos dias atuais entre duas nações.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A ESPOSA SUBSTITUTA
“O tempo passou e Sarai
continuava sem filhos. Deus não prometeu que o filho sairia dela [Agar] (15.4)
e o problema de uma promessa não cumprida permanecia. Na opinião de Sarai, a
resposta era o costume da pátria de onde vieram. Este costume dizia que a
esposa sem filhos tem de oferecer ao marido uma criada para servir no lugar
dela. A descendência seria considerada sua. Sarai tinha uma serva egípcia
chamada Agar, que ela ofereceu a Abrão. Abrão aceitou a oferta e pouco tempo
depois Agar teve um filho.
Emoções profundas e intensas
no coração de cada participante estavam emaranhadas com o problema de
interpretar uma promessa divina por meio de providências legais. Agar ficou
arrogante com sua senhora, e Sarai ficou amarga e abusiva. Indo ao marido, ela
o acusou de privá-la dos direitos básicos de esposa e exigiu que tomasse uma
atitude. [...] Era contrário ao costume da pátria de onde vieram as esposas
servas mostrarem desrespeito à esposa principal. Abrão recusou punir Agar, mas
permitiu que Sarai agisse como quisesse” (Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a
Deuteronômio. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.63.).
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“O Senhor me tem impedido de gerar
Entre o povo da Mesopotâmia,
o costume, quando a esposa era estéril, era deixar que a sua serva tivesse
filho com o esposo. Esses filhos eram considerados filhos legítimos daquela
esposa. (1) Apesar de existir então esse costume, a tentativa de Abrão e Sarai
de terem um filho através da união de Abrão com Agar não teve a aprovação de
Deus (2.24). (2) O NT fala do filho de Agar como sendo o produto do esforço
humano – [...] (Gl 4.29).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo Bíblia de
Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.55.
III – AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA DECISÃO
PRECIPITADA
1. O conflito na família de Abrão.
A precipitação do casal acabou criando
o conflito entre Abrão e Sarai, provocado pela nova situação a que se submeteu
Agar. Discórdia e desarmonia suscitaram uma situação insustentável dentro desse
lar. Agar, sentindo-se privilegiada dentro da casa de Abrão, visto que ele
estava dando atenções especiais para com ela por causa do seu filho em seu
ventre, provocou ciúmes em Sarai. Esta, então, começou a hostilizar sua serva
(Gn 16.4-6). Essa situação ficou bem difícil dentro da casa do patriarca.
2. A fraqueza de Abrão.
Depois de toda a experiência com Deus e
de ouvir as suas promessas divinas para a vida pessoal e familiar, Abrão optou
pela fraqueza e carnalidade. Não teve firmeza para persuadir Sarai, diante do
conselho de ter esse filho com Agar, a confiar em Deus e em suas promessas (Gn
16.6). Essa história nos ensina que não podemos apenas olhar para as soluções
humanas. Há momentos em nossa vida que só a mão de Deus pode operar. Tenhamos
sensibilidade espiritual para discernir o que está sob nossa responsabilidade e
o que só depende única e exclusivamente de Deus (cf. Êx 14.15-18).
3. Uma opinião equivocada acerca de
Deus.
Quando Sarai diz a Abrão que “o Senhor
me tem impedido de gerar” parecia estar afirmando que Deus havia falhado com
ela para gerar filhos (Gn 16.2). Ela afastou-se do lugar de absoluta
dependência de Deus e preferiu decidir por si mesma, usando Agar como meio para
o cumprimento da divina promessa. Seu coração carnal fez com que ela
desprezasse a fé. Nesse sentido, a fraqueza de Abrão não foi tanto a de não
agir sabiamente com Sarai quanto a convencê-la a acreditar no milagre de Deus
em sua vida. Sua esposa precisava de uma experiência com Deus capaz de dar-lhe
o conhecimento suficiente para entender que seu marido tinha razão no que
dizia. Portanto, é preciso atentar para uma preciosa lição: os homens de Deus
têm um papel de mentores espirituais em suas casas e, por isso, não podem
deixar de governá-la com sabedoria (cf. 1 Tm 3.5,6).
SINÓPSE III
Uma decisão precipitada gera
consequências que vão desde conflitos na família a equívocos acerca de Deus.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
Consequências da união de Abrão com Agar
“Aqui temos as más
consequências imediatas do infeliz casamento de Abrão com Agar. Um grande mal
se produz rapidamente. Quando nós não agimos bem, o pecado e os problemas estão
à porta. E podemos agradecer a nós mesmos pela culpa e pela tristeza que nos
acompanham quando saímos do caminho do nosso dever. Veja isto nesta história.
1. Sarai é desprezada, e, desta maneira, sente-se provocada e se irrita, v.4. Tão logo,
Agar percebe estar grávida de um filho do seu senhor, passa a considerar a sua
senhora com desprezo, talvez criticando-a pela sua esterilidade, insultando-a,
para irritá-la (como em 1 Sm 1.6).
Ela estava se gabando das
perspectivas que tinha de trazer um herdeiro a Abrão, para aquela boa terra, e
para o cumprimento da promessa. Agora ela se julga uma mulher melhor do que
Sarai, mais favorecida pelo Céu, e com probabilidade de ser mais amada por
Abrão. E por isso já não é mais submissa como costumava ser.
Observe: 1. Os espíritos [pessoas] inferiores e servis,
quando favorecidos e promovidos, seja por Deus ou pelo homem, podem se tornar
arrogantes e insolentes, e esquecer seu lugar e origem. Veja Provérbios 29.21;
30.21-23. É difícil atribuir a honra àqueles que realmente devem ser honrados.
2. Nós sofremos, com
razão, por causa daqueles a quem agradamos de maneira pecaminosa. E é justo que
Deus converta em instrumentos de nossa aflição aqueles aos quais tornamos
instrumentos do nosso pecado, e que nos aprisione nos nossos próprios maus
conselhos: o que revolve a pedra, esta sobre ele rolará” (HENRY, Matthew.
Comentário Bíblico Antigo Testamento: Gênesis a Deuteronômio. Rio de Janeiro:
CPAD, 2010, pp.94,95).
CONCLUSÃO
Esta lição nos ensina a respeito das
promessas de Deus para a vida do crente. Entretanto, ela alerta para o perigo
de nos precipitarmos com interferências no cumprimento dessas promessas. Vimos
que esse tipo de atitude trouxe consequências graves para a família de Abrão.
Que Deus nos livre de tentarmos interferir em seus planos, pois sabemos que sua
vontade é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quanto tempo Abraão esperou pelo
cumprimento da promessa divina?
Abraão esperou por 25 anos pelo
cumprimento da promessa divina.
2. No capítulo 15 de Gênesis, Abrão é
um homem de fé; por que no capítulo 16 a situação muda completamente?
A situação muda completamente porque
ele preferiu ouvir a voz de sua mulher.
3. Por que Sarai persuadiu a Abrão de
que a melhor forma de ele ter um herdeiro seria tomar a serva egípcia, Agar,
por mulher?
Porque Sarai não podia gerar filhos por
causa de sua esterilidade e, naquele contexto, ela estava com idade avançada.
4. Quais elementos suscitados que
deixaram a casa de Abrão em uma situação insustentável?
Discórdia e desarmonia.
5. Para qual lição preciosa precisamos
atentar?
Os homens de Deus têm um papel de
mentores espirituais em suas casas e, por isso, não podemos deixar de
governá-la com sabedoria (1 Tm 3.5,6).
Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Trimestre: 2° de 2023
🎓Título: Relacionamentos em Família
✍ Subtítulo: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus