Lições Bíblicas BETEL:
4° Trimestre de 2022 | Título: A IGREJA E O ESPIRITO SANTO – A
necessidade do avivamento promovido pelo Espírito Santo para os dias atuais
TEXTO ÁUREO
“Mas
o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança.” Gálatas 5.22
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VERDADE APLICADA
É fundamental, após a conversão, andar em Espírito para vencer as
inclinações da natureza pecaminosa e manifestar o fruto do Espírito no dia a
dia.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar a importância do fruto do Espírito.
Expor a necessidade de produzirmos frutos
Compreender que devemos frutificar em toda boa
obra.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÁLATAS 5
13-
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade
para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade.
14-
Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás o teu próximo como a
ti mesmo.
16-
Diga, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.
22-
Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA
– Lc 8.4-15
A parábola do semeador.
TERÇA
– Jo 15.5
Juntos a Cristo produzimos frutos.
QUARTA
– Jo 15.16
Deus nos chamou para produzirmos frutos.
QUINTA
– Rm 14.17
O Reino de Deus é justiça, paz e alegria.
SEXTA
– Ef 5.9
Fruto do Espírito é bondade, justiça e verdade.
SÁBADO
– Ef 5.18
Precisamos ser cheios do Espírito Santo.
HINOS SUGERIDOS: 505, 290, 305
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore
para que sejamos conhecidos pelos frutos.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1–
O fruto do Espírito
2–
Nossa relacionamento com Deus
3–
Nosso relacionamento com o próximo
Conclusão
INTRODUÇÃO
Estudaremos
na presente lição que o mesmo Espírito que concede os dons espirituais, também
quer produzir em nós as qualidades do caráter de Cristo, para que sejamos “conformes
à imagem” de Jesus Cristo, para a glória de Deus.
PONTO DE PARTIDA
Jesus nos chamou para frutificar.
1- O FRUTO DO ESPÍRITO
O
mesmo Espírito que aplica nos discípulos de Cristo a obra salvífica do Senhor,
concede poder para anunciar o evangelho, concede dons espirituais capacitando
os salvos para edificação da Igreja, também produz nos mesmos o fruto com as
qualidades do caráter de Cristo.
Operando
e conduzindo-nos no caminho do contínuo e indispensável crescimento e
aperfeiçoamento. Sendo assim, devemos ter o entendimento de que as nove
virtudes referidas pelo apóstolo Paulo em Gálatas 5.22 são elementos de um
mesmo fruto, como se fossem gomos de uma mesma fruta.
1.1.
Jesus nos escolheu para darmos frutos.
Andar
no Espírito aponta para outro percurso e, também, para uma nova realidade de
vida. Esta nova direção nos faz despir-nos dos velhos hábitos e assumirmos a
condição de filhos de Deus para darmos frutos [Jo 15.16]. Sendo esses frutos
resultados da atuação do Espírito Santo na vida daquele que se entrega a Deus,
afinal Jesus espera que nós, Seus discípulos, sejamos frutíferos para o Reino
de Deus [Jo 15.4-5].
Warren Wiersbe:
“Devemos lembrar que esse fruto é produzido para ser
consumido, não apenas para ser admirado ou usado como enfeite. As pessoas ao
nosso redor estão famintas de amor, alegria, paz e de todas as outras graças do
Espírito. Quando encontram esse fruto em nossa vida, percebem que temos algo
que lhes falta. Não damos fruto para o próprio consumo, mas sim para que outros
sejam alimentados e ajudados e para que Cristo seja glorificado. A carne pode
produzir “resultados” que atraem o louvor dos homens, mas não é capaz de
produzir fruto que glorifique a Deus. É preciso ter paciência, um ambiente
agradável ao Espírito, andar na luz, possuir a semente da Palavra de Deus e ter
um desejo sincero de honrar a Cristo”.
1.2.
O fruto do Espírito nos faz parecidos com Cristo.
O
fruto do Espírito é a demonstração do Espírito na vida do crente. O apóstolo
Paulo em sua carta aos Gálatas apresenta o fruto do Espírito individualmente,
entretanto o apóstolo relaciona nove virtudes que auxiliam os crentes a serem
parecidos com Cristo. Nessa perspectiva os crentes parecidos com Jesus devem
ser notados em seu modo de viver através da evidência do fruto do Espírito em
suas obras e comportamentos. Devemos nos lembrar de que o caráter e as ações de
Cristo são o exemplo de santidade que Deus deseja implantar na vida do crente
através da atuação do Espírito Santo.
Pastor Antonio Gilberto:
“De que tipo de fruto Jesus estava falando em Joao 15.1-16? A
resposta nos é dada em Gálatas 5.22: “O fruto do Espírito é: caridade, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”. Em outras
palavras, o fruto do Espírito é no crente a existência de um caráter semelhante
a Cristo: um caráter que testemunha de Jesus e que o revela em seu viver
diário. É a expressão externa da natureza santa de Deus no crente. É o desdobre
da vida de Cristo manifesta no cristão. Como é que o povo à nossa volta está
vendo Cristo em nós? Em família, no emprego, nas viagens, na escola, na igreja,
nos relacionamentos pessoais, nos tratos, nos negócios, no lazer, no porte
geral, na vida cristã?”
1.3.
Paulo deu ênfase ao fruto do Espírito.
Em
contraste com as obras da carne, Paulo expõe que o fruto do Espírito é a
implicação natural de uma ação de amadurecimento na vida do crente. Se bem
observado podemos notar uma tríplice divisão entre as nove qualidades do fruto
do Espírito, a saber:
1)
Relacionamento com Deus
– caridade, gozo e paz;
2)
Relacionamento com os outros
– longanimidade, benignidade e bondade;
3)
Relacionamento consigo mesmo
– fé, mansidão e temperança.
Bíblia de Estudo Plenitude:
“Essas virtudes são caracterizadas como fruto em contraste com as
‘obras’. Somente o Espírito Santo pode produzi-las, e não nossos próprios
esforços. Outro contraste é que, enquanto as obras da carne são mais de uma, o
fruto do Espírito é um e indivisível. Quando o Espírito controla completamente
a vida de um crente, ele produz todas essas graças. As três primeiras dizem
respeito a nossa atitude em relação a Deus, a segunda tríade lida com os
relacionamentos sociais, e o terceiro grupo descreve os princípios que guiam a
conduta de um cristão”.
EU ENSINEI QUE:
Como filhos de Deus, necessitamos fazer uso de todas as virtudes
concedidas por Deus para que o Espírito Santo produza Seu fruto em nossa vida.
2- NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS
Na
tríade da divisão das nove virtudes do fruto do Espírito, a primeira é o
nosso relacionamento com Deus, composto por: caridade, gozo e paz. Justifica-se
assim, que o Espírito Santo aloca o amor de Deus em nossos corações, a alegria
dEle em nossa alma e a paz que emana dos céus em nossa mente.
2.1.
Amor: a maior de todas as virtudes.
R. N. Champlin: “O amor como fruto, além do amor ao
próximo – como expandido em 1 Coríntios 13 – também precisa incluir o amor a
Deus, porquanto, sem este, a vida espiritual não terá sentido nem fruição”.
Entendemos que o amor aparece em primeiro lugar na relação das virtudes, pois
nenhuma das outras virtudes do fruto do Espírito é possível sem o amor. O amor
abre as vias para todos os outros frutos vindouros. Como podemos desfrutar da
paz, alegria sem nos emergirmos de amor?
Assim
podemos dizer que o amor é a maior de todas as virtudes. Pois, todas as outras
particularidades do fruto do Espírito estão de certa maneira ligadas a essa
virtude. A feliz impressão que nos dá é que o crente que possui essa virtude
tem os seus passos dirigidos pelo Espírito Santo.
Bispo Primaz Manoel Ferreira:
“Inicialmente cabe notar que à medida que vamos nos enchendo do
Espírito Santo e sendo controlados por Ele, gradativamente vamos ficando
semelhantes a Cristo. É interessante observar que o fruto do amor brota no
nosso espírito humano nascido de novo, por causa da vida que emana de
permanecermos na Videira, que é Cristo [Jo 15.1-2].”
FOCO NA LIÇÃO: “…devemos
ter o entendimento de que as nove virtudes referidas pelo apóstolo Paulo em
Gálatas 5.22 são elementos de um mesmo fruto, como se fossem gomos de uma mesma
fruta.”
2.2.
Gozo: a alegria que emana de Deus.
A
palavra grega chara que traduzimos por “gozo”, “satisfação” ou “alegria”. Este
termo bíblico não constitui uma alegria originária das coisas terrenas,
todavia, do correto relacionamento com Deus. Paulo nos adverte que devemos nos
alegrar no Senhor [Fp 4.4]. Segundo Strong, essa virtude pode ser traduzida
como ficar extremamente contente. S6 desfruta desta virtude aquele que tem
intimidade com Cristo, já que este fruto é despontado na vida do crente de modo
sobrenatural, é algo que independe das circunstâncias. O gozo de viver nas
mãos de Deus garante uma satisfação eterna.
Pastor Antonio Gilberto:
“A. B. Simpson sugere que a alegria do Senhor é encontrada na
certeza de salvação e na emanação do Espírito. Quando a pessoa recebe perdão de
todos os seus pecados, é como se o peso do mundo inteiro lhe fosse tirado dos
ombros. Quando Jesus entra em uma vida, Ele traz alegria inefável.”
2.3.
Paz: uma condição necessária para florescermos em união.
O
termo paz tem sua raiz na palavra grega eirene que significa concórdia,
harmonia, reconciliação. Assim, a paz que o fruto do Espírito proporciona está
bem distante da “paz” que o mundo almeja. Essa paz que o Espírito promove no
coração do crente faz com que em meio aos vendavais da vida ele possa estar em
paz, essa é a paz que excede todo entendimento segundo o apóstolo Paulo [Fp
4.7]. Essa paz só é encontrada quando o crente passa a andar pelo Espírito,
porque a paz é fruto de uma vida repleta do Espírito.
Stanley Horton:
“A palavra grega eirênê inclui a ideia de harmonia, saúde,
integridade e bem-estar. Em nossos relacionamentos, devemos viver em paz com
todos [Rm 12.18]; no exercício dos dons, Deus não é Deus de desordem, mas de
paz [1Co 14.33]; e, na assembleia, devemos esforçar-nos por manter a unidade do
Espírito no Vínculo da paz [Ef 4.3]. A paz é condição fundamental para
progredirmos na união, para acolhermos os ministérios de outras pessoas e para
aprendermos, ainda que através dos fracassos. O exercício dos dons deve levar a
maior união e paz”.
EU ENSINEI QUE:
A comunhão com Deus nos instrui coma necessitamos viver, entretanto
é o próprio Espírito que distribui o fruto sabre cada um de nós, para que
tenhamos o caráter semelhante ao de Cristo.
3- NOSSO RELACIONAMENTO COM O PRÓXIMO
É
notório que a ação do Espírito Santo na vida do discípulo de Cristo visa não
apenas a edificação, e aperfeiçoamento do mesmo. Mas que cada discípulo esteja
devidamente capacitado para um relacionamento saudável, edificante e abençoador
como o próximo. O nosso cuidado com o próximo é uma das virtudes do fruto do
Espírito. Sendo assim, é importante que, ao lidarmos com o próximo, sejamos
longânimes, benignos e bondosos para com todos
FOCO NA LIÇÃO: “O amor abre
as vias para todos os outros frutos vindouros. Como podemos desfrutar de paz,
alegria sem nos emergirmos de amor.”
3.1.
Longanimidade: suportando as contrariedades do próximo.
Se
bem observado na Bíblia, a longanimidade tem a definição de “paciência”,
“tolerância” e “Constância” [1 Pe 3.20; 2 Pe 3.9; Cl 3.12-13). Esta virtude
concede aos discípulos de Cristo a capacidade de suportar com firmeza as
contrariedades em benefício de outrem [1 Co 6.1-6]. Não é exagerado afirmar que
ser longânimo é suportar a má conduta dos outros contra nós, sem sermos
dominados pela ira, explosões de raiva, sentimento de vingança. O crente que
possui esta virtude não deseja tudo para hoje, ele sabe esperar o tempo oportuno.
Stanley Horton:
“A
palavra grega makrothumia refere-se a paciência que temos com nosso
próximo. Ser longânimo é tolerar a má conduta dos outros contra nós, sem nunca
buscar vingança. Dentro em breve, os cristãos em Roma passariam por
perseguições. Sob tensão e sofrimento, os cristãos podem vir a ter menos
paciência uns com os outros, de modo que Paulo conclama: ‘Sede pacientes na
tribulação’ [Rm 12.12).”
3.2.
Benignidade: o amor mostrando compaixão.
A
benignidade na vida do crente torna-o uma testemunha do amor de Deus. Digo
isso, por não haver dúvidas de que o discípulo de Cristo deve expressar
benignidade por onde passar. Claro está que esta virtude é evidenciada na vida
da igreja quando existe o perdão. Este pensamento se faz em virtude de o perdão
ser um dos maiores desafios da vida cristã, pois provoca abdicar do nosso “eu”
[Ef 4.32].
Pastor Cesar Roza de Melo:
“Perdoar
é muito mais que uma atitude, é exercitar a benignidade de Deus, levando-nos a
agir como Jesus agiria. Jesus, no auge de Seu sofrimento na Cruz do Calvário,
demonstrou a benignidade aos Seus algozes [Lc 23.34]; Estevão, discípulo de
Jesus, no último suspiro, orou; pedindo a Deus que perdoasse os que o
apedrejavam. Sabemos que só são capazes de exercitar o perdão aqueles que
vivem sob o domínio do Espírito Santo.”
3.3.
Bondade: a destreza do amor.
Uma coisa é desejar fazer o bem, outra é
concretiza-lo. Quem possui esta virtude é uma benção para outros [Rm 15.14].
Assim, quando somos convertidos, o Espírito Santo transforma a nossa essência
má, tornando-nos pessoas boas. Afinal está virtude do fruto do Espírito e
presenciada em nossas vidas através das nossas ações de bondade [Ef 5.9].0 que
destaco nesta virtude do Espírito e que aquele que a possui em sua vida e
bem-aventurado [Pv 14.14].
Bispo Primaz Manoel Ferreira:
“A
virtude da bondade que está no fruto do Espírito nos leva a ser parecidos com
Jesus, que é bom. Quando apresentamos a virtude da bondade em nossas vidas,
somos capacitados a viver em retidão. Passamos a ver que a bondade deve estar
presente em tudo que fazemos [Gl 6.9].
Através
desse amor sentimos necessidade de manifestar bondade com os outros, sermos
extensão da nação de Deus para o próximo. Não restam dúvidas de que, a nossa
relação com as pessoas é profundamente modificada pela bondade que provém do
Espírito Santo”.
EU
ENSINEI QUE:
A bondade é a habilidade de exercitar o bem, sem perspectiva de
recompensa. Presenciamos assim que o exercício da bondade deve ser desejado por
todos nós.
CONCLUSÃO
Quando
o crente permite que o Espírito Santo atue em sua vida, Ele o habilita com
algumas virtudes, produzindo Seu fruto, para que este possa andar na condição
de filho da luz.
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